MODALIDADE: EJA – Ensino Médio PERÍODO 2º Período Texto complementar: Estrutura e distribuição da população brasileira. Data: 08/08/2016 Disciplina: Geografia Professor (a): Kátia Silene Nome do Aluno: Estrutura da população Para saber como é formada uma população, estudamos sua estrutura etária, sua composição por sexo, por pessoal ocupado nas diversas atividades econômicas e sua composição por cor. Uma população com elevada taxa de crescimento demográfico terá um maior número de jovens e crianças. Por outro lado, países que crescem pouco, ou tem aumento negativo da população, apresentam muitos idosos em suas populações. Todas essas diferenças refletirão, também, na formação da população ativa, na expectativa de vida e nas necessidades do mercado de trabalho. O conhecimento da distribuição dos habitantes por idade, sexo e população que trabalha, dividida pelos setores econômicos, pode revelar dados importantes para a realidade socioeconômica de um país. Para esse levantamento, usamos a demografia, que procura explicar as variáveis das populações: número total, crescimento, estrutura e mobilidade (migrações). Pirâmide etária brasileira Ao analisar uma população, consideramos três grupos ou faixas principais – jovens: com idade entre 0-19 anos; adultos: entre 20 e 59 anos; e idosos: acima de 60 anos. A análise etária de uma população é importante por causa das implicações que a predominância de uma ou outra faixa pode significar: vantagens ou preocupações para o planejamento econômico de um país. O gráfico que representa a estrutura etária e a composição por gênero (sexo) de uma população é a pirâmide etária, cujo formato considera fundamentalmente as taxas de natalidade e a expectativa de vida. Por meio da pirâmide etária, é possível verificar, por exemplo, se há aumento ou diminuição das taxas de natalidade, bem como a proporção de pessoas idosas na população. Há alguns anos, podíamos afirmar que os países desenvolvidos apresentavam elevada porcentagem de adultos, e que países emergentes, como o Brasil, eram nações mais jovens. Hoje, porém, o perfil demográfico do mundo mudou devido ao aumento da expectativa de vida e à diminuição das taxas de natalidade. O envelhecimento da população é um fato global, e países emergentes agora conhecem um aumento de idosos em sua estrutura etária. A população brasileira está em transição para a fase adulta, ou madura, fato que coloca a pirâmide etária do país em uma situação intermediária: a base é mais estreita que o corpo, porque a taxa de natalidade está reduzida e o número de adultos já compõe a maior parte da população do país; o topo é mais estreito que a base. No entanto, com o passar do tempo o aumento da expectativa de vida, o número de idosos será cada vez maior, aumentando, assim, o topo da pirâmide. Veja, a seguir, como evoluiu a pirâmide etária brasileira. Como podemos perceber ao comparar as pirâmides etárias, o Brasil está envelhecendo – e rapidamente. Gênero Como podemos ver na pirâmide etária de 2010, no Brasil, há uma pequena predominância das mulheres sobre os homens. A população feminina é maior do que a população masculina devido à maior expectativa de vida das mulheres. De acordo com os dados do Censo de 2010, 51,5% da população era constituída por mulheres e 48,5%, de homens. A publicação revelou também que os homens eram maioria até os 19 anos, mas a partir dos 20 anos a relação inverteria e as mulheres predominavam entre a população adulta e idosa. População economicamente ativa Segundo o IBGE, a População Economicamente Ativa (PEA) é composta pelas pessoas de 10 a 65 anos de idade que foram classificadas como ocupadas ou desocupadas na semana de referência da pesquisa. Os que não exercem atividade remunerada – crianças, aposentados, idosos, as mulheres que cuidam apenas do lar – constituem a PEI ou População Economicamente Inativa. A composição etária reflete-se na estrutura da população economicamente ativa e considera: População em Idade Ativa (PIA) – Compreende as população economicamente ativa e a população não economicamente ativa. Taxa de Atividade - relação entre o número de pessoas economicamente ativas e o número de pessoas em idade ativa num determinado período de referência. Razão de Dependência – expressa o peso da população considerada inativa ( 0 a 14 anos e 65 anos e mais de idade) sobre a população potencialmente ativa (15 a 64 anos de idade). No Brasil, segundo a Pnad 2011, a população em idade ativa (ocupada ou não) somava 149,8 milhões de pessoas. Nesse mesmo período, a população economicamente ativa estava estimada em 99,1 milhões de pessoas e a taxa de atividade era de 66,2%, A população economicamente no Brasil divide-se entre os três setores de atividades econômicas: o setor primário, que reúne as atividades extrativistas e agropecuárias, perde cada vez mais funcionários para a mecanização do campo; e o setor secundário, que compreende as atividades industriais de modo geral, está ocupando menor número de trabalhadores, devido ao uso intensivo de máquinas e robôs; o setor terciário abrange a prestação de serviços, Os serviços são produtos não matérias em que pessoas ou empresas prestam a terceiros para satisfazer determinadas necessidades, ex. as áreas de informática, a mídia, as escolas,o turismo, o transporte e o comércio em geral. Brasil: composição étnica Os indígenas (primeiros habitantes), os negros (trazidos do continente africano para trabalhar na condição de escravos) e os brancos (europeus, principalmente) formam os três grupos básicos que compõem a população brasileira. A intensa miscigenação, ou mestiçagem, entre esses grupos originou mulatos (brancos com negros), cafuzos (indígenas com negros) e caboclos ou mamelucos, (indígenas com brancos. No entanto, o IBGE usa a nomenclatura parda para definir todos os mestiços. Distribuição da população brasileira por raça ou cor – 2010 (%) Brancos Pretos Pardos Amarelos ou Indígenas 47,7 7,6 43,1 1,5 Fonte de pesquisa: Censo demográfico 2010. IBGE A distribuição da população brasileira População absoluta é o número total de habitantes de um país ou de um lugar, sem considerar sua superfície. Dividindo o número total de habitantes de uma nação ou lugar (população absoluta) por sua superfície ou área territorial (em quilômetros quadrados), obtemos a população relativa ou densidade demográfica. A densidade demográfica brasileira é de aproximadamente 22 hab./km2. A procura de melhores condições de vida ou surgimento de novas atividades econômicas em determinadas áreas em certos momentos explicam o aumento populacional causado principalmente pelos movimentos migratórios. A região Sudeste do Brasil funcionou como pólo de atração populacional durante o processo de industrialização do Brasil (segunda metade do século XX). Mapa da Densidade Demográfica de 2010(IBGE) Um Brasil povoado no litoral e vazio no interior: é o que mostra o mapa de Densidade Demográfica de 2010, uma imagem detalhada da distribuição espacial da população brasileira no território nacional, a partir dos resultados do Censo Demográfico 2010. Ele revela as enormes diferenças encontradas nas formas de povoamento do país, sendo um registro e um elemento fundamental para a discussão da geografia atual e das estratégias futuras de apropriação e uso do território brasileiro. População brasileira se concentra nas zonas litorâneas O mapa revela que as maiores densidades demográficas - acima de 100 hab/km² -, estão situadas no entorno de São Paulo, do Rio de Janeiro e de eixos espaciais intensamente urbanizados, como a região do Vale do Paraíba e as áreas litorâneas ou próximas ao extenso litoral brasileiro, consequência de um passado que implantou próximo à costa os primeiros e mais estáveis pontos de povoamento. A implantação da capital federal no interior do país foi responsável, em grande parte, pelos demais pontos de maior densidade demográfica fora das áreas próximas ao litoral, localizados entre o eixo formado por Brasília e Goiânia – e que atualmente começa a se articular longinquamente com Cuiabá. As capitais planejadas de Belo Horizonte e Teresina também interiorizaram grandes manchas urbanas nas regiões Nordeste e Sudeste, enquanto Manaus se identifica como uma extensa mancha urbana situada em posição central na Região Norte e na Amazônia sul-americana. Condições naturais e produção de commodities agrícolas respondem por baixas densidades demográficas no Norte e Centro-Oeste As extensões territoriais de densidades demográficas mais baixas (até 1 hab/km²) abrangem os estados da região Norte e Centro-Oeste, além de áreas do interior nordestino, como o oeste baiano e o sul do Maranhão e Piauí. Áreas contíguas a essa mancha nordestina, situadas no noroeste mineiro, e manchas descontínuas situadas no sudoeste mineiro e nos Pampas gaúchos, de tradição pastoril, também estão dentre as áreas de menor povoamento. Essa vasta porção do território brasileiro de densidades populacionais muito baixas encobre uma grande diversidade geográfica, seja associada mais diretamente às condições naturais, seja à própria dinâmica histórica que alterou funções e usos tradicionais que a sociedade fazia dos espaços menos densos. Nesse sentido, situam-se nas classes de mais baixas densidades populacionais tanto as enormes extensões de cobertura florestal da Amazônia, ainda pouco alteradas pela ação humana e muitas vezes destinadas a Terras Indígenas ou Unidades de Conservação, como as superfícies intensamente apropriadas e comprometidas com a produção de commodities agrícolas do cerrado do Planalto Central, que abrangem áreas não só do Centro-Oeste como do Nordeste oriental. Essas enormes extensões do país vieram, em grande parte, de um passado pastoril/minerador de baixos índices de ocupação para um presente cuja modernização do processo produtivo gera uma paisagem “vazia”, dominada por intensa mecanização agrícola ou especialização pecuária (Mato Grosso do Sul) associada a uma urbanização dispersa e/ou com cidades linearmente distribuídas ao longo dos rios, como no caso da parte ocidental da Região Norte, ou ao longo das estradas, como no Centro-Oeste e porção oriental da Região Norte. Zonas de ocupação intermediária encobrem pequenas propriedades rurais e áreas de colonização planejada no Sul e no Nordeste Entre esses dois extremos, nas classes intermediárias de densidade populacional (de 15 a 100 hab/km), permeia um povoamento relacionado ora às áreas de ocupação agrícola mais intensa, localizadas em zonas úmidas da Região Nordeste, ora às áreas cuja ocupação agropecuária esteve associada a uma malha fundiária de pequenos estabelecimentos rurais, como no noroeste do Rio Grande do Sul e oeste de Santa Catarina e Paraná. É também a malha fundiária mais fragmentada responsável pelas densidades um pouco maiores do agreste nordestino e de manchas de pequenos estabelecimentos associados a projetos de colonização públicos e privados distribuídos ao sul do Mato Grosso do Sul, a leste e norte de Mato Grosso e a leste do Pará. Fonte: http://www.brasil.gov.br/governo/2013/10/ibge-lanca-mapa-de-densidade-demografica-de-2010 REGIÕES BRASILEIRAS – PROPORÇÃO DE ÁREA E POPULAÇÃO (estimativas 1º julho 2015) EM RELAÇÃO AO TOTAL DO PAÍS Regiões Hab./km2 Área População População (% do total) Total (% do total) SE 92,75 10,86 85.745.520 41,93 NE 36,39 18,26 56.560.081 27,66 S 50,75 6,75 29.230.180 14,3 N 4,53 45,27 17.472.636 8,54 CO 9,61 18,86 15.442.232 7,55