O SR

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O SR. INOCÊNCIO OLIVEIRA (PFL/PE pronuncia o seguinte
discurso.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados: Os jornais de
grande circulação publicaram, no último dia 13, o relatório da
administração e o balanço correspondente ao exercício de 2003 da
CHESF – Companhia Hidroelétrica do São Francisco. Vale a pena
debruçar-se sobre esses resultados, quer do ponto de vista
financeiro, quer do ponto de vista técnico, que interessam a todos
nós, pois se trata do sistema de geração de energia hidrotérmico,
com predominância das usinas hidráulicas, de importância vital
para toda a região Nordeste do Brasil.
Atualmente, seu parque de geração totaliza 10.738 MW de
potência instalada, composto por 16 usinas supridas por 9
reservatórios com capacidade para armazenar 52 bilhões de m³ de
água proveniente do São Francisco e dos seus afluentes.
O sistema de transmissão dessa energia gerada abrange os
estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí,
Rio Grande do Norte e Sergipe, com mais de 18.700 km de linhas
de transmissão em tensões de até 500 mil volts.
Se a comercialização de energia é um sinal do crescimento
econômico, temos a registrar que a energia comercializada pela
CHESF em 2003 retraiu-se 3,3% em relação às vendas efetuadas
em 2002. Pouca demanda? Retração do setor industrial refletido
através das distribuidoras ou diretamente das empresas industriais
clientes da CHESF?
Há que se fazer referência às ações desenvolvidas pela
empresa no capítulo de geração de energia, com a operação de
A CHESF e o Sistema de Geração e...
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gás natural na Usina Termelétrica de Camaçari, dentro do
processo de diversificação da matriz energética do Nordeste, que
vem enfrentando condições adversas (hidrológicas) nos últimos
tempos. A operação com gás natural afigura-se mais eficiente e
mais econômica e menos poluente, no caso de Camaçari.
Na área do potencial hidráulico (energético), a CHESF vem
aprofundando os estudos sobre a bacia do Parnaíba e do Baixo
São Francisco, com potenciais, respectivamente, de 817 MW e
150-270 MW.
A empresa não descurou do sistema de transmissão, que é
vital para o suprimento a toda a região e há que ressaltar o cuidado
da administração em manter operacional o sistema, sem quedas
ou cortes por deficiência técnica, embora o problema das
queimadas preocupe – e muito – a administração, principalmente,
na época da safra de cana na região do Nordeste canavieiro.
Que dizer do desempenho econômico-financeiro? A CHESF
apresentou um lucro líquido de mais de 817 milhões de reais (em
2002, foi de R$ 79 milhões), constituindo-se “no melhor resultado
da história da Companhia”.
Não posso deixar de louvar esse resultado que muito se deve
ao presidente da empresa, Engº Dilton Da Conti e à diretoria da
empresa estatal – Marcos José da Mota Cerqueira, diretor
econômico-financiero; José Ailton de Lima, diretor de engenharia e
construção; João Bosco de Almeida, diretor administrativo e Mozart
Bandeira Arnaud, diretor de operação. E faço-o, com muita
espontaneidade e largueza, pois integro um partido, o PFL, que faz
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oposição ao Governo do PT nesta Casa. Mas não posso deixar de
reconhecer a eficiência e a eficácia da atual gestão da CHESF, que
se inscreve no melhor nível da meritocracia do serviço público
brasileiro.
Quero endossar e enfatizar as palavras da diretoria neste
relatório que tão pouca divulgação teve no país, mesmo na
imprensa especializada e até mesmo da parte de parlamentares,
meus colegas, que integram a base do Governo e fazem parte do
PT e do PSB: “A conquista desse resultado (econômico-financeiro)
acompanhado
da
elevação
das
margens
de
rentabilidade
operacional e de uma excelente geração de caixa, coloca a CHESF
no patamar das melhores companhias do setor de energia elétrica”.
Acrescento: do país e do exterior. E, em primeiro lugar, na América
Latina.
Muito obrigado!
Sala das Sessões, em 29 de abril de 2004.
Deputado INOCÊNCIO OLIVEIRA
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