Gestão do Conhecimento na Siemens

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Gestão do Conhecimento na Siemens
Essa resenha foi baseada no site da Siemens considerada empresa
Benchmark em Gestão do Conhecimento, por isso foi escolhida para este
trabalho.
"Nossa prioridade é gerenciar e colocar em rede o nosso
conhecimento interno, de forma a nos tornar ainda mais eficientes e
proporcionar maiores benefícios aos nossos clientes. [.] Como
resultado, somos capazes de aprender mais rapidamente e podemos
concentrar a nossa força inovadora no desenvolvimento de novos
produtos e serviços." Dr. Enrich Von Pierer presidente da Siemens AG.
1. Introdução
A Siemens com uma empresa de ponta em lançamentos de novos produtos
aposta na Importância da Gestão do Conhecimento para a inovação.
“Na Siemens, em 2002, 70% do faturamento vinha de produtos lançados há
menos de três anos!”
Intuitivamente perceberam que, para atender a demanda de produtos, serviços
e idéias novas há a necessidade de ter alta capacidade de aprendizado,
capacidade de gestão do capital intelectual e a capacidade de criar
dinamicamente redes de pessoas criativas.
O gráfico abaixo demonstra como estão ocorrendo as inovações no século XXI,
evidenciando que é cada vez mais rápido o ciclo de inovação dos produtos,
exigindo que as organizações melhorem sua capacidade de aprendizado e seu
capital intelectual.
2. Organização
Para a Gestão de Conhecimento ser efetiva e trazer retorno para a organização
é importante o comprometimento da liderança, além de um modelo
organizacional para implementação e acompanhamento. O modelo foi
implementado em âmbito mundial e permite a política de Gestão do
Conhecimento ter dupla-aceitação e também uma análise pluri-disciplinar.
Assim o modelo atende ao comprometimento Top-Down com aval da liderança,
o comprometimento Botton-up com o aval operacional e visão do negócio; e
conta com um comitê pluri-disciplinar e internacional, o qual consolida a visão
dos vários negócios e nos vários países que a empresa atua, unificando as
políticas, processos e ferramentas de Gestão do Conhecimento.
Na estrutura da Siemens existe formalmente um Gestor do Conhecimento
(CKO Chief of Knowledge), cujo cargo é do presidente da empresa e tem a
responsabilidade de dirigir corporativamente o tema Gestão do Conhecimento
através de políticas e decisões corporativas. Há ainda um conselho que é
constituído por representantes de todas as Unidades de Negócio da
organização que possui a tarefa de consolidar a visão do negócio e garantir o
desdobramento correto do tema em função das decisões coorporativas.
Existem ainda as comunidades práticas, comunidades virtuais internacionais,
onde são agrupados os colaboradores preocupados com a melhoria continua
dos processos de Gestão do Conhecimento na organização.
No Brasil, foi adotado o modelo do MERCOSUL, que possui as mesmas
características do modelo mundial, onde existe um presidente regional de
Gestão do Conhecimento, um diretor padrinho do tema e o comitê executivo
onde participam os representantes das área de Tecnologia e Inovação,
Tecnologia da Informação, Gestão Corporativa da Qualidade, Gestão
Corporativa de Pessoas, BSC e Gestão de Estratégia, e os departamentos de
Gestão de Pessoas de todas as Unidades de Negócios e Setores Centrais. O
comitê executivo tem como missão fortalecer a cultura de gestão e
compartilhamento de conhecimento, garantir a melhoria contínua dos
processos e das ferramentas de Gestão do Conhecimento com base nos
indicadores de mensuração, e ainda fortalecer a posição da Siemens como
Benchmark mundial em Gestão do Conhecimento.
3.Estratégia
Para que a prática da Gestão do Conhecimento seja uma fonte de retorno para
os negócios é de grande importância a mensuração do valor dos ativos
intangíveis e do retorno para o negócio.
A Siemens adotou o modelo de
Sveiby, para a definição da natureza e do valor do capital intelectual.
E efetua o acompanhamento, medição do desempenho e tendência do ativos
intangíveis através do BSC (Balanced Scorecard) nas perspectivas do
aprendizado, processo, cliente e financeiro para comprovar o retorno do
investimento na Gestão do Conhecimento. O mapeamento sistêmico de causaefeito permitiu a medição mais eficiente do retorno do investimento em práticas
de gestão.
3.Ferramentas
A empresa possui três tipos de ferramentas que dão suporte às suas práticas,
que são o Compartilhamento de Conhecimento, Aprendizado Eletrônico e
Gestão de Redes de Competência.
No Compartilhamento de Conhecimento existem três tipos de práticas:
Siemens Sharenet que possibilita a colaboração interativa (Chats), e
passiva (News, CoPs, Forúms, Document Management, Urgent
Requests, etc..)
People Sharenet que é o compartilhamento mundial de recursos
intelectuais através da disponibilização de ofertas e necessidades de
conhecimento dos recursos por meio da aprendizagem in loco e rodízio
de área.
Happy Hour do Saber que é a prática informal de palestras para
compartilhamento “tácito” e espontâneo dos conhecimentos essenciais
da organização.
No Aprendizado Eletrônico foi desenvolvida a ferramenta Hestia que permite a
criação de temas, sem a necessidade do conhecimento em informática, e o
acompanhamento do desempenho dos alunos.
Na Gestão de Redes de Competência a ferramenta Athena permite descobrir
“quem sabe o que” na organização, além de métricas sobre a distribuição das
competências na empresa.
3.Conclusão
Por meio das práticas, ferramentas, estrutura organizacional e
comprometimento da alta direção e acionistas, a Siemens demonstrou que é
factível a implantação da Gestão de Conhecimento com retorno financeiro. Um
dos principais destaques é a medição dos resultados, feito através do
acompanhamento, medição do desempenho e tendências dos ativos
intangíveis.
4.Referências
Siemens Site
http://www.siemens.com.br/templates/coluna1.aspx?channel=5618 – Pesquisa
06/06/2010.
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