CRIOPRESERVAÇÃO DE EMBRIÕES BOVINOS PIV: O LÍQUIDO FOLICULAR E O β-MERCAPTOETANOL ALTERAM A VIABILIDADE APÓS A CRIOPRESERVAÇÃO Alceu Mezzalira1, Murilo Farias Rodrigues2, Matheus Pedrotti de Cesaro3, Arnaldo Vieira Diniz4, Monalyza Gonçalves Cadori5, Saul Gaudêncio Neto5 Palavras-chave: Vitrificação. Embrião. β-mercaptoetanol. Líquido folicular. Resumo A criotolerância é influenciada pela qualidade do embrião, determinando que o processo de produção in vitro (PIV) seja fundamental na viabilidade pós-criopreservação. Este estudo teve como objetivo avaliar a criotolerância de embriões bovino obtidos de oócitos expostos ao líquido folicular (LF), associado ou não ao β-mercaptoetanol (βM) durante a maturação. Foram utilizados 2.041 oócitos divididos em 4 tratamentos: TCM, 24h-TCM-199; βM, TCM199+100µM βM/24h; LF, LF+TCM-199/18h; LF+βM, LF+TCM-199+100µM βM /18h. Nos grupos expostos ao LF, os oócitos foram mantidos por 6h a 30°C. Após o CIV, os blastocistos expandidos, de qualidade excelente, obtidos no D7 e D8, foram vitrificados com 20% de Propileno-Glicol+20 Etileno-Glicol. Em seguida, foram re-aquecidos e cultivados por 72h adicionais, sendo avaliadas a re-expansão, eclosão e a densidade celular dos embriões eclodidos após a vitrificação. A exposição ao LF determinou as menores taxas de clivagem. A taxa de blastocisto em D7 do grupo LF+βM (18,1%) foi menor que os demais tratamentos (TCM: 28,3%; BM: 22,4%: LF: 24,2%). Não houve diferença nas taxas de re-expansão (P>0,05) e números de células entre os tratamentos. Todavia, verificou-se maior taxa de eclosão nos embriões D7 (54,2%) em relação aos D8 (37,0%) do grupo controle. As taxas de eclosão dos embriões vitrificados D7 nos tratamentos utilizando βM foram inferiores às do TCM (54,2%). Concluí-se que a exposição ao LF associada ou não ao βM no meio de maturação, não melhora o desenvolvimento, a qualidade e a criotolerância de embriões bovinos PIV. 1 Orientador, Professor do Departamento Produção Animal – Centro de Ciências Agroveterinárias - Av. Luiz de Camões, 2090 - CEP 88520-000 - Lages - SC. 2 Acadêmico do Curso de Medicina Veterinária – CAV/UDESC, bolsista de iniciação científica do PROBIC/UDESC. 3 Acadêmicos do Curso de Medicina Veterinária, estagiários do Laboratório de Reprodução Animal Professor Assis Roberto de Bem – CAV/UDESC. 4 Professor CAV/UDESC. 5 Mestrandos do Curso de Ciência Animal Mestrado – CAV/UDESC.