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AGASALHO INCOLOR
Sob a couraça,
Segue seu fluxo a tristeza alerta,
E como impacto que a penetra,
É feitiço que escorre,
Do subterrâneo da epiderme esbelta.
Pele esbelta,
És apenas uma ferida aberta,
Que exalando vulcânicos tremores,
Percebe o tórax mergulhado,
Nos próprios horrores.
E embebida por esse abalo,
Garganta engole eflúvios,
Com Nó e Gemido requebrando ao se plasmar,
Conduzindo o pescoço à dança dissonante,
Regada à progressão do corpo em plena dor.
É no teatro da tristeza,
Que decorre o Rosto amassado,
Quem como sanfonado papel,
Interpreta um papel,
No qual exprime sua história para maquiagem de lágrimas.
Sem nunca borrar,
Pois distorcida por natureza o é,
A máscara incolor envolve e amansa o rosto,
Na textura de seu abraço cálido,
Ao delinear estranho agasalho.
GuajupiáEmTerrAfogado.
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