Colégio Ressurreição - Blog Educacional Ressurreição

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Colégio Ressurreição
Conteúdo para Prova Final e Recuperação Final
3ª Série do Ensino Médio
Língua Portuguesa
2012
O verbo é a palavra variável que indica uma ação, um estado, uma mudança de estado, um fenômeno da natureza. Ao contrário
do nome, tem sempre um aspecto dinâmico, indicando um processo devidamente localizado no tempo. Conforme foi estudado em
sala de aula. Aprendemos que os verbos, em sua formação, apresentam elementos em sua estrutura: radical, vogal temática e
desinências.
Leia com muita atenção o texto abaixo.
O Santa Fé ficava encravado no engenho do meu avô. As terras do Santa Rosa andavam léguas e léguas de
norte a sul. O velho Paulino tinha este gosto: o de perder a vista nos seus domínios. Gostava de descansar os olhos em
horizontes que fossem seus. Tudo o que tinha era para comprar terras e mais terras. Herdara o Santa Rosa pequeno e fizera
dele um reino, rompendo os seus limites pela compra de propriedades anexas. Acompanhava o Paraíba com as várzeas extensas
e entrava de caatinga a dentro. Ia encontrar as divisas de Pernambuco nos tabuleiros de Pedra de Fogo. Tinha mais de três
léguas, de estrema a estrema. E não contente de seu engenho possuía mais oito, comprados com os lucros da cana e do
algodão. Os grandes dias de sua vida lhe davam as escrituras de compra. Os bilhetes de sisa que pagava os bens de raiz, que lhe
caiam nas mãos. Tinha para mais de quatro mil almas debaixo de sua proteção. Senhor feudal ele foi, mas os seus parias não
traziam a servidão como um ultraje. O Santa Fé, porém, resistira a essa sua fome de latifúndio. Sempre que via aqueles condados
da geografia, espremidos entre grandes países que lembrava do Santa Fé. O Santa Rosa crescera a seu lado, fora ganhar
outras posses contornando as suas encostas. Ele não aumentava um palmo e nem um palmo diminuíra. Os seus marcos de
pedra estavam ali nos mesmos lugares de que falavam os papéis. Não se sentiam, porém, rivais o Santa Fé e o Santa Rosa. Era
como se fossem dois irmãos muitos amigos, que tivessem recebido de Deus uma proteção de mais ou uma proteção de menos.
Coitado do Santa Fé! Já o conheci de fogo morto. E nada é mais triste do que um engenho de fogo morto. Uma desolação de fim
de vida, de ruína, que dá à passagem rural uma melancolia de cemitério abandonado. Na bagaceira, crescendo, o mata-pasto de
cobrir gente, o melão entrando pelas fornalhas, os moradores fugindo para outros engenhos, tudo deixado para um canto e até os
bois de carro vendidos para dar de comer aos seus donos. Ao lado da prosperidade e da riqueza do meu avô, eu vira ruir, até no
prestígio de sua autoridade, aquele simpático velhinho que era o Coronel Lula de Holanda, com o seu Santa Fé caindo aos
pedaços. Todo barbado, como aqueles velhos dos álbuns de retratos antigos, sempre que saía de casa era de cabriolé e de
casimira preta. A sua volta parecia um mistério. Não plantava um pé de cana e não pedia um tostão emprestado a ninguém.
(Trecho extraído da obra Menino de Engenho de José Lins do Rego.)
1) Lendo este trecho da obra de Jose Lins do Rego, “Menino de Engenho”, podemos perceber, através dos verbos assinalados,
que o autor posicionou todas as ações num determinado momento (presente, passado, futuro). A sua função é determinar qual é
esse tempo, indicando qual é a pessoa do discurso e na frase abaixo colocá-la no presente do modo indicativo.
2) O período abaixo está num determinado tempo, agora você irá colocá-lo no Pretérito Perfeito do Modo Indicativo.
Lei com bastante atenção o texto abaixo.
Pacientes de derrame odeiam os verbos. Certa vez, Jeanette Dutcher, uma bibliotecária de 51 anos, foi solicitada a
escrever o que ela vira na televisão na noite anterior. Cuidadosamente ela escreveu: “Ontem à noite eu vi o debate dos candidatos
presidenciais. O presidente “X” parecia agressivo. O governador “Y” ... De repente ela parou, sorriu, colocou um traço e depois
terminou a frase: “ *** sobre a economia.” (...)
O problema peculiar de Dutcher fez com que ela entrasse nos anais da ciência. Ela faz parte da dezena de pacientes que
tiveram danos cerebrais que afetam sua capacidade de lidar de lidar com um aspecto determinado da língua – em seu caso,
verbos.
Dutcher pode escrever substantivos, adjetivos ou advérbios sem qualquer dificuldade. Ela pode dizer verbos normalmente e
entender verbos que lê ou escuta. Mas, desde que teve um derrame, há oito anos, ocasionalmente tropeça numa palavra ao
escrever e, invariavelmente, a palavra problemática é um verbo.
O verbo poder é considerado um modalizador da nossa língua por contribuir para a construção de sentido do discurso,
determinando o modo como se diz aquilo que é dito. Observe, portanto, os enunciados abaixo e explicite o sentido que o verbo
poder assume em cada um deles.
3) “Dutcher pode escrever substantivos, adjetivos ou advérbios sem qualquer dificuldade”.
4) Um derrame pode lesar uma área do cérebro onde os verbos são processados.
Semântica, estudo da palavra. A semântica (do grego σημαντικός, derivado de sema, sinal) refere-se ao estudo do significado, em
todos os sentidos do termo. Na semântica estudamos os sinônimos, os antônimos, os homônimos.
Na frase abaixo, extraída do texto publicitário de um conceituado restaurante, há uma palavra cujo significado contraria o efeito de
sentido esperado.
“A nossa meta de atendimento é eficiência e cortesia.”
1
5) Localize a palavra e explique por que ela contraria o objetivo publicitário do texto.
6) Escreva uma frase semelhante, mas que produza o efeito de sentido esperado nesse texto publicitário.
7) Lembrando que nossa língua há variantes linguísticas, o que quer dizer que de tempos em tempos podemos falar a mesma
coisa usando diferentes palavras (época), podemos dizer também a mesma coisa morando em São Paulo ou morando em Manaus
(local), a gíria é um grande exemplo disso, pois é uma forma de comunicação de um grupo ou de uma época. Sendo assim
reescreva o texto abaixo fazendo as devidas adaptações.
“Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles, eram todas mimosas e muito prendadas. Os janotas mesmo não
sendo rapagões, arrastavam suas asas a estas mademoiselles. Às vezes, era melhor tirar o cavalo da chuva para não
levar tábua. Estas moças, quando flertadas, rosavam-se e apressavam-se parecendo terem que tirar o pai da forca
quando os janotas aproximavam-se demais.”
8) O acordo não _______________ as reivindicações, a não ser que _______________ os nossos direitos e _______________ da
luta. (substituir – abdicar – desisitir)
9) As linhas _______________ para um ponto e depois se _______________ no infinito. (convergir – esvair)
10) _______________ em ti; mas nem sempre _______________ dos outros. (crer-duvidar)
11) Entre _____ e ele se estabeleceu curiosa camaradagem. (eu, mim)
12) Nem olhou para o livro, olhou só para _____, entende? (eu, mim)
13) Preencha os espaços corretamente.
“Posso informar os senhores de que ninguém, na reunião, ousou aludir a tão delicado assunto”.
Explique:
14) O que é um substantivo?
15) O que é um numeral?
16) O que é advérbio?
17) O que é preposição?
18) O que é pronome?
19)Na expressão “quilômetros de silêncio”, causa certa estranheza a relação entre a locução adjetiva “de silêncio” e o
substantivo quilômetros.
a) Qual é a razão dessa estranheza?
20) Compare os dois enunciados que seguem.
I – 10 vezes o valor da diferença.
II – Várias vezes o valor da diferença.
a) Sob o ponto de vista argumentativo, qual deles é mais persuasivo?
21) Compare os dois enunciados a seguir:
I – Por não temerem enfrentar os longes mares, os portugueses chegaram a longes terras.
II – Enfrentando mares longe afastados, os portugueses descobriram terras longe escondidas.
Em qual enunciado a palavra longe está empregada como advérbio?
R) No enunciado II.
28) Diga qual foi o processo de formação da palavra sobrevivem.
29) Diga qual foi o processo de formação da palavra aprimorar.
30) Diga qual foi o processo de formação da palavra encerrar.
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