CORPOS ALCALINOS NO RIO DE JANEIRO: LITOTIPOS DO COMPLEXO DE RIO BONITO Sofia de Abreu e Lima Correia; Renata Hiraga de Vasconcellos Cruz; Mauro Cesar Geraldes Faculdade de Geologia, FGEL/UERJ - Rio de Janeiro ([email protected]); Faculdade de Geologia, FGEL/UERJ - Rio de Janeiro; Departamento de Geologia Regional e Geotectônica, DGRG/UERJ – Rio de Janeiro. O maciço alcalino de Rio Bonito está localizado ao norte da cidade homônima, e é caracterizado por uma anomalia topográfica definida localmente como serra do Sambê. Com uma área de aproximadamente de 28 Km², está encaixado em gnaisses pré-cambrianos do Cinturão Ribeira. No estado do Rio de Janeiro estas intrusões alcalinas compõem 8% do território e esta unidade está compreendida em um conjunto de maciços montanhosos de rochas alcalinas geradas num período de atividade vulcânica entre o final do Cretáceo e o início do Terciário. Esse magmatismo gerou uma série de corpos alcalinos que intrudiram o embasamento cristalino compondo o alinhamento magmático de Poços de Caldas-Cabo Frio, com direção aproximada WNW-ESE. A primeira referência ao maciço alcalino é da década de 1950 onde é citada a existência de uma grande massa de sienito-nefelínico. Em 1959 o corpo é estudado por J. G. Valença, que publica uma nota preliminar sobre a geologia do corpo. A massa principal da intrusão tem formato circular, drenagem radial e é constituída de nordmankito, pulaskito, nefelina-sienito, foiaitos e micro-foiaítos. As rochas alcalinas próximas do contato com os gnaisses são pobres em nefelina, apresentam granulometria grossa e poucas intrusões traquíticas. As rochas alcalinas observadas no Maçiço do Rio Bonito apresentam variações no teor de nefelina, sugerindo processos magmáticos de diferenciação. Neste contexto, a maior parte do maciço é formada por rochas como nordmarkitos constituídos de ortoclásio, albita, biotita e como minerais acessórios apatita, calcita e opacos. Texturas interessantes são observadas nesta rocha como cavidades miarolíticas onde aparecem cristais euédricos de quartzo, epidoto verde, albita e anfibólio. Outras rochas observadas são os pulaskitos que apresentam textura granular hipidiomórfica, granulação média, cor cinza e tem a seguinte composição mineralógica: ortoclásio micropertítico, anfibólio, piroxênio, biotita, plagioclásio e ainda como subordinados olivina, titanita, apatita, zircão, epidoto, zeólitas e opacos. As variações composiconais das rochas alcalinas ainda incluem foiaitos e micro-foiaítos constituídos de feldspato potássico, nefelina, anfibólio, piroxênio e ainda sodalita, analcita e zeólitas. A textura dos foiaítos varia de fina a média, enquanto que nas porções mais finas podem ocorrer texturas porfiríticas. Cortam ainda o maciço diques de fonólito, traquito, fonólito pórfiro e lamprófiro.