Um poema vazio Não... não te enganes, meu amigo! A folha é branca e não em branco Leia apenas o vácuo do que digo Deixa o que digo para depois. Para que o som? Se a voz do silêncio tudo diz. Não anseio por saber tudo, ser o bom Apenas ser o leigo com mania de aprendiz Ser um pouco vazio. Nem Vênus de Milo Nem a geometria Euclidiana Ideias fixas não fazem meu estilo A beleza está na abstração insana De cada pedra amorfa e intrigante. Olha para o nada e nada na sua imensidão Sente o lugar vago do seu peito. Se perceberes a luz na escuridão Entenderás este poema rarefeito.