ÊXODO PRIMEIRA PARTE ESTUDO DE TERÇA

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ÊXODO
PRIMEIRA PARTE
ESTUDO DE TERÇA-FEIRA À NOITE
No dia 18 de novembro o pastor Israel, da Igreja Batista de Ourinhos pregou de manhã no
primeiro culto realizado no templo que Deus nos deu. No dia 25 de novembro o irmão Marcio Morel
da Igreja Batista Livre de Pereira Barreto foi o pregador no culto de domingo de manhã.
No domingo do dia 11 de novembro terminamos o livro de Gênesis. Foram noventa e quatro
domingos reunidos na garagem do irmão Morel, nosso diácono, que bondosamente nos cedeu para
desenvolver este estudo.
Na sessão de negócio do dia 01 de dezembro a Igreja decidiu realizar os estudos dos homens
e das senhoras às terças-feiras.
Hoje, portanto, é a primeira terça-feira que vamos iniciar o estudo no livro de Êxodo que
conta a história da saída de Israel do Egito para voltar à terra de Canaã. É importante observar que o
início do livro de Êxodo é sequência do final de Gênesis, pois relata a descendência dos filhos de
Jacó que entraram no Egito. Êxodo 1:1-4.
As almas provenientes de Jacó eram setenta, e estes desceram junto com o patriarca ao Egito,
onde José estava ocupando a posição de segundo rei. Êxodo 1:5.
José e os irmãos com os seus descendentes imediatos faleceram nesta terra de Mizraim, neto
de Noé por parte de Cão. Êxodo 1:6.
É bom lembrar do Cão, filho de Noé, que foi amaldiçoado pelo pai quando contemplou a sua
nudez. Veja Gênesis 9:22-25.
É por este motivo que o Egito, oriundo de Mizraim, filho de Cão, é chamado de terra de Cão.
Veja Salmo 78:51; 105:23 e 27; 106:22.
Foi neste ambiente rude e inóspito para os descendentes dos patriarcas que se tornaram nação.
Quando Jacó demonstrou medo de descer ao Egito Deus disse para não temer, pois ali ele se
transformaria numa grande nação. Veja Gênesis 46:3.
Contudo, as gerações posteriores a José sofreram no Egito. O Egito foi comparado como uma
fornalha de ferro e de aflição para o povo hebreu. Veja Deuteronômio 4:20; I Reis 8:51; Isaías 48:10;
Jeremias 11:4.
O mártir da Igreja primitiva, Estevão, também disse o quanto o povo hebreu foi maltratado
naquela terra. Veja Atos 7:17-19.
O livro de Êxodo é o que mais mostra sinais e prodígios de Deus do que qualquer outro livro
na Bíblia. Foi necessário Deus agir desta maneira, pois o homem, por natureza busca algo
sobrenatural para ficar convencido da operação divina.
Os próprios judeus, nos dias de Jesus Cristo, pediam-lhe que mostrasse o seu poder e
autoridade por meio de sinais.
“E, chegando-se os fariseus e os saduceus para o tentarem, pediram-lhe que lhes mostrasse
algum sinal do céu” (Mateus 16:1).
“Disseram-lhe, pois: Que sinal, pois, fazes tu, para que o vejamos, e creiamos em ti? Que
operas tu?” (João 6:30).
Jesus, pois, para provar ser o Filho de Deus, mostrou muitos sinais e maravilhas ao povo de
Israel.
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“Varões israelitas, escutai estas palavras: A Jesus Nazareno, varão aprovado por Deus entre
vós com maravilhas, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos
bem sabeis...” (Atos 2:22).
Deus tinha que continuar fazendo milagres e prodigiosos mediante os apóstolos para provar o
seu poder.
“...testificando também Deus com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas, e dons
do Espírito Santo, distribuídos por sua vontade?” (Hebreus 2:4).
Se não fossem os milagres feitos por Moisés no Egito, Faraó não deixaria Israel sair de
debaixo de seu jugo. Observe o que Deus disse a Moisés sobre isso:
“E acontecerá que, se eles te não crerem, nem ouvirem a voz do primeiro sinal, crerão a voz
do derradeiro sinal...” (Êxodo 4:8).
Neste primeiro capítulo vamos observar o início das maldades infligidas a Israel pelo governo
do Egito.
Deus abençoou o povo descendente de Abraão na terra de Cão, de tal modo que cresceram
em número. A terra do Egito ficou completamente cheia deste povo, vindo assustar o monarca que
não conhecera a José. Êxodo 1:7-9.
Naturalmente a nação de Israel se preocupava com a sua situação constrangedora nas mãos
dos egípcios. Eles conheciam perfeitamente a promessa divina feita aos três grandes patriarcas de
Israel. Sabiam da peregrinação de Abraão, Isaque e Jacó na terra de Canaã.
Era do conhecimento de Israel as recomendações dadas por Deus a Jacó acerca do retorno de
seus descendentes até Canaã. Veja Gênesis 46:3-4.
No entanto, eles viviam sob um jugo demasiadamente brutal como escravos do governo de
Faraó. O rei reconheceu a Israel como povo mais poderoso do que o Egito. Amedrontado ele armou
um plano maquiavélico a fim de impedir Israel se aliar com os inimigos dos egípcios, e assim se
libertarem do jugo de escravidão. Êxodo 1:10.
Feitores foram colocados para afligirem o povo com trabalhos forçados. Fizeram o povo
israelita construírem cidades-armazéns. Uma das cidades era Pitom. Pitom significa mansão do deus
Atom. A outra cidade foi Ramessés cujo significado em egípcio é “filho de Rá” ou “filho do sol”.
Êxodo 1:11.
Certamente a tecnologia de construir armazéns gigantescos para depositar alimentos veio de
José, filho de Jacó. As gerações egípcias depois de José aprenderam a necessidade de precaver de
qualquer crise por falta de abastecimento. Se não fosse José, o Egito e o mundo pereceriam de fome.
Então, neste clima ameaçador do crescimento do povo hebreu no Egito, Ramsés II, Faraó da
época do nascimento de Moisés, tomou medidas extremamente brutais para impedir uma possível
revolta de Israel.
Na semana vindoura, se Deus quiser, vamos continuar o estudo em Êxodo.
Antônio Carlos Dias
Igreja Batista Memorial de Bauru
Rua Santos Dumont, nº 8-21
Terça-feira, 04 de dezembro de 2012
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ÊXODO
SEGUNDA PARTE
ESTUDO DE TERÇA-FEIRA À NOITE
Faraó, assustado com o crescimento numérico de Israel, tomou a decisão de impor serviços
excessivamente pesados para impedir uma possível revolta dos descendentes de Abraão.
Porém quanto mais os afligiam, tanto mais se multiplicavam de tal maneira que os egípcios
ficaram visivelmente perturbados com o aumento dos hebreus. Êxodo 1:12.
Os filhos de Abraão foram tratados com aspereza na terra do Egito. Êxodo 1:13.
Egito simboliza o mundo não convertido ao Senhor Deus. O povo do mundo odeia os que são
do Senhor, e procuram prejudicá-los de todas as formas possíveis.
“Se o mundo vos aborrece, sabei que, primeiro do que a vós, me aborreceu a mim. Se vós
fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas, porque não sois do mundo, antes eu vos
escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos aborrece” (João 15:18-19).
Estas palavras são do próprio Senhor Jesus. O mundo nutre um ódio contra o povo de Deus.
É claro que alguns do mundo se simpatizam com os filhos de Deus. Deparo com muitas
pessoas simpatizantes àqueles que servem a Cristo. Este foi o caso de Potifar para com José no Egito,
pois viu no rapaz qualidades excepcionais, inclusive a mão do Senhor com ele. Veja Gênesis 39:1-6.
No entanto, depois da esposa ter acusado injustamente a José de assédio sexual, Potifar não
hesitou em pô-lo na cadeia. Veja Gênesis 39:19-20.
O rei Faraó simpatizou com José depois de ter interpretado os sonhos intrincados que o
deixou perturbado. O resultado desta afinidade de Faraó para com José foi dar-lhe a posição de
segundo rei.
Agora, porém, tendo passado mais de três séculos, Israel não goza de prestígios dos dias de
José. Os tempos são outros, o rei e o povo não querem saber de como José salvou o Egito e o mundo
da temível fome no passado.
O monarca não via Israel como amigo, mas, sim, como um inimigo ameaçador. Faraó
simboliza Satanás e o Egito representa o mundo. Como Faraó governava o Egito a seu bel-prazer,
assim o Diabo governa o mundo.
Faraó impunha serviços pesados ao povo de Deus que estava sob o seu domínio, e a mesma
coisa Satanás faz com os crentes em Jesus Cristo. O rei do Egito procurava destruir a nação de Israel
colocando em seus ombros duras servidões. Êxodo 1:14.
Vendo que os trabalhos pesados e cruéis não intimidavam e nem destruíam o povo de Deus, o
rei convocou as parteiras Sifrá e Puá para matar todos os meninos que nascessem das hebreias. As
meninas nascidas seriam poupadas de morrerem. Para o rei as mulheres não eram ameaças. Êxodo
1:15-16.
Esta medida de Faraó era extremamente cruel. Contudo Satanás age desta forma para com os
filhos de Deus. Nele não há misericórdia e nem compaixão. Este procedimento de Faraó faz-me
lembrar de outro rei que agiu da mesma forma quando o Senhor Jesus nasceu.
Herodes ficou com medo quando ouviu do nascimento de um menino destinado a ser rei em
Israel. À semelhança de Faraó, o rei Herodes quis matar a Jesus, pois lhe era uma ameaça de perder o
trono em Israel. Veja Mateus 2:1-13.
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Os grandes políticos e governos deste mundo temem perder o poder. E, para isto, não hesitam
em lançar mão à espada ou revólver para tirar de sua frente os que lhes ameaçam. E, isto acontece
não somente no mundo político, empresarial, industrial, mas também no mundo religioso.
Papas, bispos, pastores e outros líderes de religiões foram sumariamente mortos porque
interviam nos interesses de outros. O poder fascina e leva homens e mulheres à loucura.
O que transformou Lúcifer no horrendo Satanás foi a ambição desmedida do poder. Lúcifer, o
querubim criado por Deus endoidou por uma posição maior do que já tinha e disse:
“Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo” (Isaías 14:14).
Faraó, pois, não era diferente em sua ambição de permanecer como o monarca mais poderoso
da face da terra. Para garantir tal poder, ele tinha que sacrificar vidas inocentes.
As parteiras temeram a Deus e não obedeceram ao mandado do rei. Êxodo 1:17.
Com certeza as hebreias falaram do Deus verdadeiro a essas mulheres encarregadas de
assistirem o trabalho de parto das descendentes de Abraão.
Percebendo que os meninos hebreus continuavam nascendo, o rei chamou as parteiras para
perguntar o motivo da desobediência. Êxodo 1:18.
As parteiras, temerosas em ser mortas, mentiram ao rei dizendo que quando chegam às
hebreias, elas já tinham dado à luz sem ajuda de ninguém. Provavelmente elas estariam dizendo uma
parte da verdade, pois as hebreias eram fortes e abençoadas por Deu. Êxodo 1:19.
É bom lembrar que Deus abençoou as parteiras, não porque elas mentiram, mas porque
temeram ao Senhor, sendo sensíveis com as almas dos inocentes. E por esta razão Deus estabeleceu a
elas famílias, fazendo-as prosperar. Êxodo 1:20-21.
As bênçãos do Senhor sempre enriquecem e faz com que o contemplado prospere. Veja
Salmo 107:7-9; Provérbios 10:22.
O rei deu a ordem ao povo que lançasse os meninos recém-nascidos no rio. As meninas não
seriam jogadas nas águas. Êxodo 1:22.
Antônio Carlos Dias
Igreja Batista Memorial de Bauru
Rua Santos Dumont, nº 8-21
Terça-feira, 11 de dezembro de 2012
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ÊXODO
TERCEIRA PARTE
ESTUDO DE TERÇA-FEIRA À NOITE
O estudo no livro de Êxodo é f ascinante, pois mostra a poderosa mão do Senhor para libertar os
descendentes de Abraão, Isaque e Jacó. O capítulo 2 do livro vai narrar os acontecimentos de muitos anos
depois da morte de José.
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Um homem da família de Levi casou com uma descendentes da mesma família. Era este costume
entre os povos antigos de haver casamento entre o pessoal da mesma tribo. Êxodo 2:1.
O povo que era composto de setenta almas aumentou assustadoramente a ponto de deixar os
egípcios apreensivos. O Faraó era de natureza diferente daquele da época de José. Os hebreus viviam em
colônia e não se misturavam com os egípcios.
O homem levita casou com moça levita e tiveram um filho. A ordem de Faraó era que todo menino
hebreu fosse morto. O menino nascido deste casal foi preservado com vida durante três meses. Êxodo 2:2.
O mundo em geral odeia o povo de Deus. Se Faraó alcançasse êxito em seu plano de matar todos
meninos, então a vinda do Senhor Jesus também seria fracassada. Faraó tinha um coração mau, e, não resta
dúvida de que alguém o controlava para impedir a vinda do Messias. Satanás estava por detrás disso.
É claro que Faraó não queria extinguir por completo os homens de Israel, pois ele carecia da mão de
obra dos varões hebreus. Mas não havendo varões hebreus em número suficiente as moças hebreias teriam
que casar com pessoas de outras raças. E, no Egito, conforme veremos mais adiante, havia muitos povos,
provavelmente trabalhando também como escravos no Egito.
E, se misturassem a raça dos hebreus com as dos gentios, a promessa de Deus feita aos patriarcas
cairia por terra. No entanto, jamais ia acontecer isto, pois Deus guardava o seu povo.
Os pais do menino o escondeu durante três mese, mas depois não havia mais condições de escondêlo. Os pais do menino tinham uma fé inabalável no Senhor Deus a respeito da criança.
“Pela fé, Moisés, já nascido, foi escondido três meses por seus pais, porque viram que era um menino
formoso; e não temeram o mandamento do rei” (Hebreus 11:23).
Quando se tem fé no Senhor, então não existe lugar para o medo.
“O SENHOR está comigo; não temerei o que me pode fazer o homem” (Salmo 118:6).
“Eis que Deus é a minha salvação; eu confiarei e não temerei porque o SENHOR JEOVÁ é a
minha força e o meu cântico e se tornou a minha salvação” (Isaías 12:2). Veja Hebreus 13:6.
Os pais de Moisés criam piamente que o Senhor Deus ia usá-lo para o benefício do povo hebreu.
A fé é o elemento fundamental para servir ao Senhor. Conforme o autor do livro aos Hebreus, sem a fé
é impossível agradar a Deus. Veja Hebreus 11:6.
Os pais do menino fizeram um pequeno barco, revestindo-o com barro e betume para impermeabilizálo. Pôs o menino neste pequeno barco e soltou entre os juncos (plantas aquáticas) na beira do rio. Êxodo 2:23.
A irmã, provavelmente a Míriam, ficou vigiando o pequeno cesto em forma de barco, para saber o que
poderia acontecer. Êxodo 2:4.
A filha de Faraó desceu com suas donzelas para tomar banho no rio. Ela vir a arca e mandou a sua
criada pegar o barquinho.Quando abriu a arca se surpreendeu ao encontrar um lindo menino, e apesar de
saber ser ele um hebreu, ficou cheia de compaixão. Êxodo 2:5-6.
O coração da princesa se encheu de ternura pelo menino indefeso. Sabia da possibilidade da criança,
se não fosse salva, perecer nas águas do rio. Provavelmente era o rio Nilo ou algum dos seus afluentes.
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A irmã do menino que vinha vigiando o barquinho, vendo que a princesa se interessou pela criança,
imediatamente pergunta: “Quer que eu vá chamar uma hebreia para amamentar e criar este menino?” Êxodo
2:7.
Não sabemos se a princesa desconfiou da menina que se ofereceu para achar uma hebreia para criar
a criança. Se desconfiou, não fez caso, pois estava sensibilizada por um bebê indefeso e prestes a morrer nas
águas. A preocupação da filha de Faraó naquele momento era salvar um lindo recém-nascido, cheio de vida,
e que bem poderia ser o seu filho.
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Ela não se importou da fúria do pai que ordenara a morte de todos os meninos hebreus recémnascidos. Certamente ela pensou em como convencer o pai do seu desejo de adotar aquela criança. Não
sabemos se teve problemas em convencer o rei. É natural pensar que foi com muita dificuldade que ela
conseguir convencê-lo.
A verdade é que a moça conseguiu adotar o pequeno Moisés. A menina saiu e foi procurar a própria
do menino, sua mãe também, pois ela era a irmão do bebezinho. A mãe de Moisés se apresentou à princesa
como candidata para amamentar e cuidar da criança. A princesa disse que daria o salário para Joquebede, mãe
de Moisés. Êxodo 2:8-9.
É fantástico a providência de Deus para com os seus filhos. Joquebede, a própria mãe do bebê, ia
receber um generoso salário para criar o seu próprio filho. Teria, pois, condições de dar à criança um cuidado
especial com o dinheiro recebido da filha do rei. Com certeza a mãe da criança viu a poderosa mão do Senhor
protegendo o menino
Os anos passaram rapidamente até aquela criança se tornar grande. Certamente foi com grande pesar
que Joquebede entregou seu filho aos cuidados da filha do rei. Contudo, à medida que os anos foram
passando, Joquebede sabia que o filho estava sendo educado no palácio real. Ela e o marido tinham plena
certeza da operação divina na vida do filho. Êxodo 2:10.
Muitos anos depois Moisés ficou profundamente sensibilizado com os sofrimentos de seus irmãos. A
verdade de que ele pertencia ao povo hebreu foi revelada pelos da casa real.
Provavelmente Moisés chegou a ter contato, comunicando-se com os seus familiares.
Um dia ele se revoltou quando viu um egípcio maltratando seu irmão de raça, e no ímpeto da revolta
o matou. Êxodo 2:11-12.
No dia seguinte, para sua decepção, encontrou dois hebreus brigando com outro hebreu. Moisés não
podia matar nenhum deles, e os exortou que parassem de brigar. O hebreu que estava espancando o outro,
disse: “Você pensa em matar-me como fez com o egípcio?” Estas palavras deixaram Moisés apavorado, pois
ficou sabendo que o seu crime fora descoberto. Êxodo 2:13-14.
Antônio Carlos Dias
Igreja Batista Memorial de Bauru
Rua Santos Dumont, nº 8-21
Terça-feira, 25 de dezembro de 2012
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ÊXODO
QUARTA PARTE
ESTUDO DE TERÇA-FEIRA À NOITE
Moisés fugiu ao saber que o seu crime fora descoberto. Ele havia matado o egípcio que feria
seu irmão de raça. Pensou que ninguém sabia do seu crime, pois tinha olhado de um lado e de outro para
certificar não haver ninguém por perto. Enterrou o morto na areia, mas não há crime perfeito. Veja Êxodo
2:12.
Moisés pensava que os seus irmãos de raça entendiam ser ele o libertado da opressão faraônica.
Infelizmente os hebreus não entendiam assim. Veja a explicação dada por Estêvão:
“E ele cuidava que seus irmãos entenderiam que Deus lhes havia de dar a liberdade pela sua mão; mas
eles não entenderam” (Atos 7:25).
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Provavelmente Moisés vinha deixando claro de sua intenção em libertar Israel. Contudo, oprimidos na
dura servidão dos egípcios, os hebreus ficaram sem esperanças da possibilidade de alguém livrá-los das mãos
de Faraó.
O rei, apesar de ter permitido a filha adotar aquela linda criança recém-nascida, certamente nunca teve
afeição pelo menino Moisés. Não sabemos o trabalho tido pela princesa em convencer o pai do desejo de criar
o hebreuzinho salvo por ela das águas. Não resta dúvida de que o rei se opôs à filha, mas vendo o amor da
filha pela criança, ele consentiu.
A prova de que Faraó nunca engoliu Moisés é que tão logo ficou sabendo dele ter matado um egípcio,
procurou matá-lo. Moisés, para não perder a vida pelo avô adotivo, fugiu para Midiã. Êxodo 2:15.
Duvido de que Faraó fosse procurar matar um neto verdadeiro, sangue de seu sangue. Certamente
procuraria protegê-lo usando o seu poder real. Mas como era neto adotivo, contra a sua vontade, o rei jamais
se afeiçoou a Moisés.
Foi neste momento crucial da vida que Moisés tinha que tomar uma decisão. Ficar no Egito
significaria para ele perder a vida, pois o avô adotivo estava furioso. Abandonar o Egito e todo o conforto
recebido no palácio era demasiadamente difícil, mas não impossível para um homem frustrado em sua
tentativa de libertar o seu povo.
Restava, pois, para Moisés a última opção. Naturalmente ele não queria morrer nas mãos de seu avô.
Por isso ele abandonou o Egito com toda a sua riqueza.
“Pela fé, Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, escolhendo, antes, ser
maltratado com o povo de Deus do que por, um pouco de tempo, ter o gozo do pecado; tendo, por maiores
riquezas, o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa” (Hebreus
11:24-26).
Aprendemos nos versículos acima, de Hebreus 11, que Moisés fez uma decisão muito importante na
vida. Provavelmente ele tinha algum plano em mente para deixar a opulência egípcia e levar seu povo de volta
à terra de Canaã. Creio que Moisés em seu íntimo já havia renunciado a sua posição de príncipe egípcio.
Aliás, Estêvão diz do plano de Mosés salvar os seus irmãos de raça.
“E, quando completou a idade de quarenta anos, veio-lhe ao coração ir visitar seus irmãos, os filhos
de Israel” (Atos 7:23).
Porém ele fez precipitadamente, na sua própria força e inteligência. Por isso ele falhou e teve que
fugir às pressas para não morrer.
Apesar de seu plano não ter dado certo, Moisés não era um pateta e nem debiloide quando tomou a
decisão de abandonar tudo. Dificilmente alguém renunciaria tamanho privilégio semelhante ao que Moisés
tinha para se identificar com o povo escravo. Aos quarenta anos, acostumado com o tratamento e recursos do
maior país da época, Moisés não pestanejou em trocar tais riquezas pelo vitupério de Cristo Jesus.
Moisés fugiu para Midiã, e, chegando lá foi sentar-se junto a um poço. Provavelmente ele estava
exausto da viagem. Havia naquela região um sacerdote, pai de sete filhas. Elas vieram tirar água do poço para
dar de beber ao rebanho do pai. Uns pastores malvados expulsaram as moças do poço. Porém, Moisés
levantou-se e as defendeu. Êxodo 2:16-17.
Esta ajuda dada por Moisés às moças foi de grande valia. Quando o pai perguntou por que tinham
chegado mais cedo, elas responderam que um homem egípcio as ajudou a se livrar da mão dos pastores, dando
de beber ao rebanho. Provavelmente Moisés teve que lutar fisicamente com estes homens. Êxodo 2:18-19.
Curioso com a história das filhas, Jetro queria saber onde o homem estava. Mandou-as chamá-lo para
tomar refeição. E desde então Moisés morou na casa do homem. O sacerdote gostou de Moisés e lhe deu
Zípora, sua filha, como esposa. Êxodo 2:20-21.
Moisés confiava no Senhor e agora morava em um ambiente que lhe favorecia servir ao Senhor de
todo o coração. Afinal, seu sogro era o sacerdote daquela pequena região, homem sério e ponderado,
conforme vamos observar mais adiante.
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Moisés teve um filho com Zípora, e chamou-o de Gerson, pois disse que lembrava a sua vida
peregrina. Êxodo 2:22.
Não foi nada fácil para aquele homem abandonar o Egito e a sua boa vida para agora ser um simples
pastor de ovelhas. Deixou a sua mãe adotiva, a princesa, e a verdadeira mãe e o pai, se é que ainda estavam
vivos, para morar numa terra estrangeira. Uma coisa é certa, Arão e Míriam ainda viviam no Egito.
Moisés é um exemplo de renúncia por amor à causa do Senhor. Jesus mesmo disse que se não houver
uma verdadeira renúncia por parte dos que nele creem, não pode ser o seu discípulo.
“Assim, pois, qualquer de vós que não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo”
(Lucas 14:33).
Os anos passaram, e chegou a notícia da morte do rei do Egito. Os filhos de Israel almejavam ser
libertos da dura servidão. Eles clamaram ao Senhor Deus, e foram ouvidos por Jeová. Êxodo 2:23.
Deus se lembrou da aliança feita com os três grandes patriarcas da nação. Ele prometeu a Abraão,
Isaque e Jacó de que faria deles uma grande nação. Êxodo 2:24.
Deus, então, resolveu pôr um fim nos sofrimentos de seu povo. Estava, pois, na hora de levá-los de
volta a Canaã, terra de peregrinação de seus antepassados. Êxodo 2:25.
O Senhor jamais esquece a sua promessa a alguém. A maioria dos homens promete e não cumpre.
Mas Deus não é homem para que minta.
“Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa; porventura, diria
ele e não o faria? Ou falaria e não o confirmaria?” (Números 23:19).
ÊXODO
QUINTA PARTE
ESTUDO DE TERÇA-FEIRA À NOITE
Passaram-se quarenta anos depois da chegada de Moisés em Midiã. Constituiu família nesta
terra com Zípora, filha de Jetro. A profissão de pastoreio de ovelhas era o mais comum em Midiã,
atividade herdada do velho Abraão. Provavelmente, como midianita, Jetro era um descendente de
Abraão através de Quetura. Veja Gênesis 25:1-6; I Crônicas 1:32-33.
Sendo, pois, um descendente de Abraão, Jetro aprendeu a seguir os passos do velho patriarca
em servir ao Senhor. Convertido a Deus, ele sentiu a chamada para o serviço sacerdotal.
O ambiente não podia ser melhor para Moisés. Estava fugido por ter matado um egípcio.
Praticou este homicídio não porque planejou, mas compadeceu-se de um irmão hebreu por estar
sendo ferido por um egípcio.
Moisés sentiu seguro na terra de Midiã, tendo como sogro Jetro, o sacerdote, homem temente
ao Senhor e mui equilibrado em seus procedimentos.
Pastoreando o rebanho de seu sogro, Moisés procurou pastos junto a Horebe, monte de Deus.
Êxodo 3:1.
Ele viu o anjo do Senhor em uma chama de fogo na sarça (espinheiro); e esta planta não se
consumia. Moisés ficou profundamente impressionado com a visão, e dirigiu-se para ver de perto
aquele fenômeno. Uma planta ardendo em fogo, mas não se consumir é algo prodigioso não visto
com frequência no mundo real. Êxodo 3:2-3.
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A linguagem antropomórfica em relação a Deus, que age e fala como se fosse humano, para
que possamos entender sua comunicação conosco é muito comum em toda a Bíblia. Lemos que o
Senhor viu Moisés se virar e dirigir-se em direção à sarça. Ora, esta linguagem é apenas para mostrar
como Deus vai se relacionar com Moisés. Êxodo 3:4.
O Senhor pediu a Moisés tirar os sapatos dos pés porque o lugar era santo. Êxodo 3:5.
Os pés na Bíblia simbolizam impureza. São eles que estão constantemente em contato com o
chão contaminado. Sustentam o resto do corpo. Depois dos pés são as mãos que simbolizam
impureza, pois elas também pegam todas as coisas puras e impuras. Arão recebeu a ordem
peremptória de Deus para lavar as mãos e os pés antes de entrar na tenda da congregação. Veja
Êxodo 30:19, 21.
Era o costume dos hóspedes serem recebidos pelos hospedeiros com lavagem dos pés para se
sentirem confortáveis. Afinal, a sujeira não traz conforto nenhum para alguém. Veja Gênesis 19:2;
24:32; 43:24.
Jesus reclamou do hospedeiro Simão por não ter-lhe dado água para os seus pés. Veja Lucas
7:44.
Quando o Senhor ordenou a Moisés a tirar os seus sapatos, simbolicamente estava dizendo
para não profanar o lugar onde estava pisando, pois era santo.
Feito isto, Deus começou a ter uma conversa séria com Moisés. Identificou-se como o mesmo
Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Quando ouviu estas palavras, Moisés cobriu o seu rosto, pois sabia
estar diante do Criador dos céus e terra. Êxodo 3:6.
É claro que Moisés não tinha condição de olhar para o Todo-Poderoso Deus. O Senhor Jeová
é infinitamente santo diante e o infinitamente impuro não pode encará-lo.
“Que é o homem, para que seja puro? E o que nasce da mulher, para que fique justo?” (Jó
15:14).
O estado pecaminoso do homem é tão abominável quanto o repugnante verme e o bicho
asqueroso.
“E quanto menos o homem, que é um verme, e o filho do homem, que é um bicho!” (Jó 25:6).
“Mas eu sou verme, e não homem, opróbrio dos homens e desprezado do povo” (Salmo
22:6).
O Senhor Deus fala a Moisés de estar ciente da aflição do seu povo. Ele diz estar ouvindo o
clamor de Israel por causa de seus sofrimentos diante dos cruéis exatores egípcios. Êxodo 3:7.
Uma verdade irrefutável pelos crentes em Jesus é que Deus ouve e atende as orações dirigidas
a ele.
“Clama a mim, e responder-te-ei e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes, que não sabes”
(Jeremias 33:3).
“Os olhos do SENHOR estão sobre os justos; e os seus ouvidos, atentos ao seu clamor”
(Salmo 34:15).
“Perto está o SENHOR de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em
verdade. Ele cumprirá o desejo dos que o temem; ouvirá o seu clamor e os salvará” (Salmo
145:18-19).
Novamente a linguagem antropomórfica é usada, pois Deus diz ter descido para livrar seu
povo. Prometeu levar Israel para uma terra que mana leite e mel. O Senhor estava profundamente
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sensibilizado com os sofrimentos de seu povo. Sabe muito bem das opressões físicas ou psicológicas
que os ímpios impõem aos que nele confiam. Êxodo 3:8-9.
Em seguida Deus chamou Moisés dizendo que era ele quem ia libertar os filhos de Israel do
jugo de Faraó. Êxodo 3:10.
Moisés ficou apavorado com o chamado divino. Perguntou a Deus: “Quem sou eu, que vá a
Faraó e tire do Egito os filhos de Israel?” Êxodo 3:11.
Antônio Carlos Dias
Igreja Batista Memorial de Bauru
Rua Santos Dumont, nº 8-21
Terça-feira, 08 de janeiro de 2013
ÊXODO
SEXTA PARTE
ESTUDO DE TERÇA-FEIRA À NOITE
Observamos, pois, o susto de Moisés ao saber da chamada do Senhor para ir até ao Egito a
fim de libertar o povo de Israel. Afinal, Moisés viveu nesta terra de Midiã quarenta anos desde sua
fuga de diante de seu avô egípcio, o rei Faraó. Veja Êxodo 3:15.
Quarenta anos é um período demasiadamente longo, tempo suficiente para se esquecer da
vida principesca vivida no palácio do rei mais poderoso do mundo. Desde o seu nascimento até
atingir a idade de quarenta anos Moisés viveu uma vida cobiçada por qualquer indivíduo.
No entanto, Moisés foi obrigado deixar a opulência e exuberância nas quais vinha vivendo,
para, agora, morar numa região pobre e com pessoas humildes. Faz-nos lembrar de Jesus Cristo que
deixou a sua glória e majestade celestial para assumir a pobreza humana aqui na terra.
Excetuando os erros e falhas do grande príncipe hebreu-egípcio, podemos vê-lo como figura
do Senhor Jesus. Os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó não confiaram plenamente em Moisés
como seu libertador.
“E ele cuidava que seus irmãos entenderiam que Deus lhes havia de dar a liberdade pela sua
mão; mas eles não entenderam” (Atos 7:25).
Jesus quando veio a este mundo não foi compreendido pelos de sua raça.
“Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas a todos quantos o receberam deulhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que crêem no seu nome..” (João 1:11-12).
É claro que a rejeição dos judeus feita a Jesus foi muito mais agressiva do que aquela feita a
Moisés por não compreendê-lo.
Moisés não foi morto pelos seus patrícios, mas o Senhor Jesus foi.
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Contudo em muitos aspectos Moisés faz lembrar a Jesus. Moisés quando fugiu do Egito, indo
para Midiã, casou-se com uma gentia, a filha de Jetro. Jesus quando rejeitado pelo seu povo também
noivou-se com a Igreja.
Israel deixou de produzir frutos exigidos por Deus, então os gentios entraram como nação,
através da Igreja, e a sua noiva, a Igreja, daria frutos espirituais.
“Portanto, eu vos digo que o Reino de Deus vos será tirado e será dado a uma nação que dê
os seus frutos” (Mateus 21:43).
“Mas Paulo e Barnabé, usando de ousadia, disseram: Era mister que a vós se vos pregasse
primeiro a palavra de Deus; mas, visto que a rejeitais, e vos não julgais dignos da vida eterna, eis
que nos voltamos para os gentios” (Atos 13:46).
O apóstolo Paulo disse a um grupo de judeus que havia declaradamente rejeitado a pregação a
respeito de Jesus Salvador.
“Seja-vos, pois, notório que esta salvação de Deus é enviada aos gentios, e eles a ouvirão”
(Atos 28:28).
Voltando então para a história de Moisés, Deus lhe disse que estaria com ele, e a prova disso
seria quando, finalmente, depois da libertação, Moisés e o povo iam adorar a Deus naquele monte.
Êxodo 3:12.
Moisés tinha certeza da incapacidade do povo aceitá-lo como enviado do Senhor. Então
perguntou ao Senhor o que diria ao povo quando questionado se realmente Deus lhe apareceu. O
Senhor o instruiu a dizer que o “EU SOU O QUE SOU” é quem lhe havia enviado. “EU SOU” na
língua hebraica significa “JEOVÁ”, aquele que é autoexistente ou aquele que é eterno. Êxodo 3:1314.
O “EU SOU” é o mesmo Deus de Abraão, Isaque e Jacó, “ele está me enviando a vós, e este
nome é eternamente do Senhor e será lembrado por vós para sempre”. Em seguida o Senhor instruiu
a Moisés ir ajuntar os anciãos de Israel e dizer-lhes que o Deus dos antigos patriarcas lhe havia
aparecido. JEOVÁ estava ciente de seus sofrimentos nas mãos dos egípcios. Êxodo 3:15-16.
Moisés estava demasiadamente assustado das dificuldades de enfrentar a Faraó. Também
sabia de não encontrar o povo oprimido disposto em acreditar ser ele o enviado de JEOVÁ. Por isso
Deus tinha que animá-lo ao dizer que levaria Israel à terra do cananeu, do heteu, do amorreu, do
perizeu, do heveu e do jebuseu. À terra de fartura onde manava leite e mel. Êxodo 3:17.
O Senhor lhe garantiu de que seria ouvido por Israel. E os anciãos deveriam dirigir com ele
até o rei Faraó e lhe diriam da aparição do Senhor Deus. Comunicariam ao monarca para deixá-los ir
com o povo caminho de três dias para adorá-lo. Êxodo 3:18.
Deus estava ciente da relutância de Faraó em deixar Israel sair de seu domínio. A obstinação
do rei faria com que Deus ferisse o Egito com todas as maravilhas. Depois, disse Deus, Faraó deixará
o povo ir embora. Êxodo 3:19-20.
Israel não sairia sem ser devidamente indenizado pelo povo do Egito. Êxodo 3:21.
Afinal foram quatrocentos e trinta anos ajudando a nação egípcia a se consolidar como um
imenso império no mundo antigo. Deus é justo e ele próprio faria a justiça trabalhista favorecer
grandemente o seu povo.
Deus incumbiu as mulheres hebreias a um serviço importante. Elas pediriam às egípcias,
onde, provavelmente, residiam como servas, ou às suas vizinhas joias de prata e de ouro. Pediriam
roupas e os filhos e filhas iam ser vestidos com os vestuários e adornados com os objetos valiosos.
Considerando que cada mulher casada tinha, no mínimo, quatro filhos, elas iam “limpar” literalmente
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os egípcios. Êxodo 3:22.
Todavia, esta “limpeza” não seria um ato desonesto. Os egípcios era devedor aos israelitas.
Conforme já observamos, este povo trabalhou duro no Egito durante quatro séculos sem receber o
devido salário. Agora, indo embora definitivamente da terra que ajudou a alcançar tantas riquezas,
não poderia sair sem receber uma indenização.
Antônio Carlos Dias
Igreja Batista Memorial de Bauru
Rua Santos Dumont, nº 8-21
Terça-feira, 15 de janeiro de 2013
ÊXODO
SÉTIMA PARTE
ESTUDO DE TERÇA-FEIRA À NOITE
Sim, a maior dificuldade de Moisés era fazer o povo acreditar que o Senhor lhe apareceu.
Êxodo 4:1.
Há ocasiões em nossas vidas, principalmente no que diz a nossa fé, fica complicado provar
aos outros as experiências tidas com Deus. Durante a minha longa caminhada de fé, Deus me tem
abençoado abundantemente.
Quando eu falo o quanto o Senhor tem abençoado a mim, as pessoas ficam me olhando
incrédulas, demonstrando não acreditar no que estão ouvindo. A razão disso é porque o ser humano
tem a tendência de ver, com os seus próprios olhos, algum sinal sobrenatural.
Em razão disso Moisés sabia o quanto seria difícil convencer aquele povo sofrido, cruelmente
oprimido pela dura servidão, de que falou cara a cara com o Senhor no monte Horebe.
Certa ocasião, diante da súplica desesperadora de um alto funcionário do rei, cujo filho estava
para morrer, Jesus recusou descer à sua casa para impor as mãos sobre o enfermo. No entanto o
Senhor lhe disse:
“...Se não virdes sinais e milagres, não crereis” (João 8:48).
Jesus deu a entender de não precisar estar presente diante do filho para curá-lo. Ele, então,
mandou o homem ir embora para ver o filho vivo. Examine João 4:46-53.
O homem, pois, tem a natureza de querer ver grandes sinais, paranormais, ou seja, aqueles
fenômenos não normais acostumados aos nossos olhos no cotidiano. Por exemplo: a chuva, o vento,
o trovão, o relâmpago são fenômenos naturais. Estamos acostumados a vê-los como normais.
Porém há fenômenos não explicados cientificamente. E Moisés observou, pela primeira vez,
algo que ultrapassa as leis naturais. Ele viu a sarça ardendo em chama e do meio dela ouviu a voz de
Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Mas estes acontecimentos não o animou a ir até Faraó para tirar
Israel.
Deus, então, perguntou a Moisés o que era aquilo na sua mão. Moisés respondeu que era uma
vara. Êxodo 4:2.
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O Senhor o mandou lançar a vara na terra. Quando a vara foi jogada na terra, ante os olhos de
Moisés se tornou em cobra, e ele, com medo, fugia dela. Êxodo 4:3.
Era outro ato sobrenatural, realizado por alguém sobrenatural. Era realizado pelo “EU SOU”.
O Senhor ordenou a Moisés a pegar a cobra, não pelo pescoço, neutralizando-a de qualquer
possibilidade de picá-lo, mas pela cauda. Ora, nenhum caçador de serpentes ousaria usar a cauda
para pegá-la. Desta forma ela tem toda a mobilidade para se virar e dar o bote, ou investida para
picar quem lhe pegou pela cauda.
Entretanto, quando Deus lhe mandou pegar a serpente por detrás, ficando assim sujeito à
investida mortal do bicho, Moisés imediatamente obedeceu e pegou-a. No momento em que ele a
pegou, o réptil se transformou na mesma vara novamente. Êxodo 4:4.
Deus fez este grande milagre perante Moisés para persuadi-lo de estar diante de “JEOVÁ”, o
mesmo Senhor de seus antepassados, os antigos patriarcas. Êxodo 4:5.
Ainda, para não deixar nenhuma dúvida sobre isso, o Senhor resolveu realizar mais um
milagre com Moisés. Mandou que colocasse a mão no seio. Quando ele tirou a mão de seu seio, para
seu espanto, viu-a dominada pela lepra. O Senhor mandou-o colocar novamente a mão leprosa no
seio e ao tirá-la estava sadia como dantes. Êxodo 4:6-7.
O homem não fica satisfeito em contemplar apenas um sinal. E, esta natureza, não pertence
somente aos incrédulos, mas, infelizmente alguns crentes também precisam de sinais. Não podemos
deixar de lembrar de Tomé, um dos apóstolos do Senhor. Os seus companheiros disseram da
ressurreição do Senhor, mas veja o que ele lhes respondeu:
“...Mas ele disse-lhes: Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o dedo no
lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei” (João 20:25).
Em razão disso o Senhor falou da necessidade de Moisés realizar o primeiro, o segundo, o
terceiro, o quarto etc. até que, depois de vários milagres, eles haviam de crer no derradeiro. Êxodo
4:8.
Deus antecipou a Moisés das dificuldades que teria diante dos egípcios. Eles não dariam
ouvidos às palavras de Moisés, mesmo sendo acompanhadas por sinais. Por isso, para animá-lo,
Deus disse que com grande poder Moisés faria diante de Faraó as águas do rio derramadas sobre a
terra se tornar em sangue. Êxodo 4:9.
Moisés, temeroso, suplicou ao Senhor de quanto era limitado para esta importante missão,
principalmente na questão de comunicar com os grandes dos egípcios. Ele falou de faltar-lhe
eloquência, de ter dificuldade em pronunciar palavras. Êxodo 4:10.
Então o Senhor perguntou e respondeu ao mesmo tempo quem tinha feito a boca do homem.
Ora, Deus é quem criou todas as coisas, inclusive o corpo humano com as suas diferentes peças ou
partes, e cada uma exercendo maravilhosamente as suas funções. Também, por razão não conhecida
por nós, Deus faz o mudo, o surdo, o cego e aquele que vê. Êxodo 4:11.
Diante dessa afirmação, o Senhor falou a Moisés que fosse, e então, o Criador da boca seria
com ele. Êxodo 4:12.
Contudo, Moisés temeroso com a grande responsabilidade, pediu ao Senhor que enviasse
alguém mais capaz do que ele. Êxodo 4:13.
Deus ficou irado com este comportamento do homem a quem pedia para ir ao Egito libertar
Israel. Arão permaneceu no Egito durante o longo exílio do irmão em Midiã. Com certeza não estava
sujeito a escravidão pesada,. Era o irmão mais velho de Moisés, sendo que quando viesse ao seu
14
encontro, provavelmente de algum ponto próximo da colônia hebraica, ele ia se alegrar em vê-lo.
Êxodo 4:14.
Deus instruiu Moisés a pôr as palavras na boca de Arão, sendo que Deus, no momento certo,
ia dizer o que falar ao Faraó. Arão tinha facilidade para falar, pois permanecendo no Egito,
conservou a cultura. Com certeza não tinha o mesmo grau de cultura do irmão quando este vivia no
Egito. Mas, sem dúvida alguma, de alguma forma, Arão teve oportunidades de estudar. Êxodo 4:15.
Antônio Carlos Dias
Igreja Batista Memorial de Bauru
Rua Santos Dumont, nº 8-21
Terça-feira, 22 de janeiro de 2013
ÊXODO
OITAVA PARTE
ESTUDO DE TERÇA-FEIRA À NOITE
Moisés aprendeu uma grande lição durante os quarenta anos em Midiã. Aprendeu que não
podia confiar em sua inteligência para libertar Israel da tirania de Faraó. Esta foi a principal razão em
relutar com Deus para não ir ao Egito. Estava consciente de sua incapacidade.
No entanto, Deus usa aquele que sente incapaz para desempenhar o papel importante na causa
do Senhor. Ele recebeu a cultura do Egito desde a idade de três meses até aos quarenta anos.
Certamente tornou-se um erudito ao povo egípcio, mas, por ter intercedido pelo seu irmão de raça,
foi obrigado abandonar o palácio, bem como as riquezas do país mais poderoso da época, para se
refugiar em Midiã, terra de gente humilde e pobre.
Em Midiã Moisés viveu quarenta anos exercendo a modesta profissão de pastor de ovelhas.
Foi o tempo suficiente para esquecer uma vasta cultura adquirida. Com certeza ele perdeu o sonho de
ser o libertador de Israel, mas não perdeu a esperança de Deus salvar o seu povo de alguma maneira.
Por isso, quando Deus o chamou a fim de voltar ao Egito para libertar Israel, Moisés ficou
visivelmente assustado, pois não se sentia preparado para esta missão.
O “EU SOU” mostrou através de sinais, transformando seu cajado em serpente, e fazendo que
uma de suas mãos ficasse completamente leprosa. O Senhor fez com que a serpente voltasse ser a
vara e a mão leprosa ficasse sã novamente. Então, Jeová explicou àquele homem matuto e assustado
que diante de Faraó e dos egípcios ele ia produzir maravilhas e prodígios.
Deu-lhe certeza da ajuda de Arão, seu irmão, e da cooperação dos anciãos hebreus. Mandou,
então, Moisés usar a vara na mão para operar sinais. Êxodo 4:17.
Moisés voltou de Horebe e comunicou ao sogro como se deu o encontro com o Senhor.
Disse-lhe que iria ao Egito para ver se ainda seu povo estava vivo. Jetro, homem compreensivo,
servo do Senhor, exercendo o sacerdócio em Midiã, incentivou seu genro a ir em paz. Exodo 4:18.
Jeová consolou a Moisés dizendo que todos os que procuravam matá-lo estavam mortos.
Faraó, pois, seu avô adotivo, estava morto juntamente com outros que empreenderam uma busca a
fim de condenar Moisés à morte. Êxodo 4:19.
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Não sabemos nada sobre a sua mãe adotiva, a princesa, filha de Faraó. Também nada
sabemos de seus pais verdadeiros. Provavelmente todos estavam mortos. A princesa amou o seu filho
adotivo, e a prova disso é que Moisés ficou no palácio real até aos quarenta anos.
Moisés tomou sua mulher e seus filhos, pondo-os sobre um jumento, para voltar à terra de
Cão. Êxodo 4:20.
Afinal a família é importante e deve viver em união mesmo em meios das dificuldades. O
crente verdadeiro no Senhor procura estar com sua família, principalmente quando está servindo o
Criador.
Moisés ia para o Egito numa missão dificílima, todavia, ele desejou levar a esposa e os filhos
em sua companhia. Muitos maridos descrentes procuram evitar a família, afastando-a de si, visto
constituir para eles um atrapalho em suas tarefas.
No entanto, o crente no Senhor Jesus Cristo não tem o porquê evitar a esposa e os filhos. Eles
constituem uma fonte de ânimo para o pai de família.
Mais uma vez o “EU SOU” instrui a Moisés em como encarar a Faraó com maravilhas.
Faraó, no entanto, não ia atender ao pedido de Moisés, e Deus aproveitaria para ser glorificado com
sua teimosia. O Senhor tem Israel como filho primogênito e Faraó o vinha maltratando. Sendo Israel
filho primogênito de Deus, Faraó ia sentir na pele quando visse o seu primogênito morto. Êxodo
4:21-23.
Um dos filhos de Moisés deixou de ser circuncidado pela teimosia de Zípora. Parece que ela
não entendeu a aliança de Deus feita a Abraão. Não se sabe quanto tempo Moisés demorou para
casar com Zípora. E, também não se sabe quanto tempo demorou a ter filho com ela, depois de
casado.
A verdade é que, apesar de oitenta anos de idade, Moisés tinha os dois filhos ainda pequenos.
Ela achou absurdo um dos filhos ter que passar por uma cirurgia da qual fluía muito sangue. Deus,
no entanto, não gostou da atitude de Zípora.
Jeová ameaçou matar o seu esposo, o Moisés, num hotel de estrada. Ela percebeu que
perderia o marido se não circuncidasse o menino. Ela mesma se apressou e fez a cirurgia
(circuncisão) e revoltada lançou a pele extraída do órgão genital do filho nos pés do marido. Ainda
indignada chamou o marido de esposo sanguinário. Êxodo 4:24-26.
Ela ao desviar do marido voltou para a casa do pai. Parece que o desentendimento entre
Moisés e Zípora na questão da circuncisão impediu-a de acompanhá-lo na importante missão de
resgatar Israel do Egito. Quando, finalmente, Moisés tendo resgatado o povo, e estando acampado
com Israel no deserto, Jetro trouxe a filha e os netos para junto do marido. Veja Êxodo 18:1-6.
Deus ordenou a Arão no Egito a ir ao encontro do irmão no deserto. Arão, conforme já vimos
em Êxodo 4:14, ao encontrar com o irmão demonstrou sua alegria beijando-o. O encontro entre os
dois irmãos se deu no monte de Deus, em Horebe. Êxodo 4:27.
Neste encontro tão esperado entre os irmãos, Moisés relatou em minúcias a Arão as palavras
do Senhor e os sinais prodigiosos vistos por ele. Êxodo 4:28.
Animados, ambos ajuntaram os anciãos de Israel para relatar o plano divino. Arão se
encarregou de falar aos anciãos, homens que, certamente estavam esperando a grande salvação
prometida aos antigos patriarcas. Deus fez sinais na presença do povo para provar de que realmente
ele ia salvá-lo. Êxodo 4:29-30.
Diante dos sinais, o povo ficou convencido de que Moisés e Arão não estavam contando
balela, mas a pura verdade da aparição do Senhor em Horebe. Êxodo 4:31.
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Antônio Carlos Dias
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Terça-feira, 29 de janeiro de 2013
ÊXODO
NONA PARTE
ESTUDO DE TERÇA-FEIRA À NOITE
Tendo convencido o povo, não apenas com relatórios, mas também com sinais, Moisés e
Arão foram até Faraó para solicitar a saída de Israel do Egito. Era, sem dúvida, uma missão muito
difícil para os dois irmãos. Conversar com o monarca mais poderoso da terra, exigindo ele abrir mão
do povo hebreu, era no mínimo aos olhos do rei e dos egípcios um atrevimento muito grande.
Não é à toa o temor demonstrado por Moisés perante o Senhor quando lhe disse para ir até
Faraó a fim de pedir que deixasse o povo ir embora. Ele sabia da dificuldade diante do rei, correndo
risco de ser morto por tal ousadia. Contudo, Deus lhe prometeu sucesso na empreitada, inclusive
habilitando-o a fazer prodígios perante o imperador.
Tal como esperava Moisés, Faraó o questionou dizendo não conhecer o Senhor, e nem
tampouco deixaria sair o povo. Êxodo 5:1-2.
Arão era o principal porta-voz diante de Faraó. Disseram a Faraó da aparição do Senhor Deus
dos hebreus. Falaram da necessidade de sair Israel do Egito para adorar o Senhor, e assim, evitar a
maldição de Jeová com pestilência e espada. Êxodo 5:3.
O caminho de três dias referido por eles provavelmente era até Horebe, monte do Senhor.
Três dias de viagem com mulheres, crianças e velhos equivalia, mais ou menos, a distância de uns
cinquenta quilômetros.
O rei percebeu a esperança do povo hebreu de ser liberto da escravidão. Moisés e Arão
estavam alimentando este sonho àquele povo sofrido. Animados com a possível libertação os hebreus
deixaram de se dedicar ao serviço, causando, então, preocupação a Faraó. Com certeza, um tanto
irritado, o rei pediu aos hebreus para retornarem ao trabalho. Êxodo 5:4.
Além da preocupação da grande quantidade de hebreus habitando no país, constituindo assim
uma ameaça à nação, Faraó disse que agora eles estavam sem fazer nada. Êxodo 5:5.
E, o povo, em grande número deixando de trabalhar, além do prejuízo ao Egito, tinha tempo
suficiente para arquitetar um motim contra o rei Faraó. Fazer, pois o povo trabalhar sem cessar era
uma maneira de impedir qualquer insurreição (revolta) contra a nação egípcia.
O crescimento numérico de Israel vinha assustando a dinastia faraônica. O antecessor do rei
havia decretado que toda criança do sexo masculino, ao nascer, fosse morta para não constituir no
futuro uma ameaça ao país. Veja Êxodo 1:8-17.
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O aumento populacional dos hebreus no território egípcio estava fugindo do controle de
Faraó e de seus homens. Com certeza o rei temia matar os adultos, homens amargurados com as
condições desumanas de servidão. Qualquer tentativa neste sentido por parte do rei provocaria nos
hebreus a reação de revidar com violência, visto ser melhor morrer lutando do que ficar indiferente
diante de seus assassinos.
Usar a tática de ocupar o povo no serviço vinha dando certo há muito tempo. Ele resolveu
intensificar o trabalho dos israelitas com serviços pesados. Fiscais rigorosos foram postos sobre eles.
Assim evitaria ter tempo para bolar planos de se livrar do jugo.
Ordenou aos ficais para cobrar a mesma quantia de tijolos, fazendo-os buscar a palha que
antes lhes eram trazidas na fabricação dos blocos. Fazendo, então, o povo trabalhar exaustivamente,
Faraó sabia de não correr o risco de sofrer um motim por parte dos escravos. Êxodo 5:6-8.
Ninguém foi feito para viver em opressão. Os que usufruem de liberdade de qualquer
natureza devem agradecer ao Senhor Deus por esta bênção. A maior bênção dada pelo Senhor Deus,
sem dúvida alguma, é a libertação do pecado através dos sofrimentos de Cristo na cruz do Calvário.
Jesus disse aos judeus do valor da liberdade de cada um que aceita a verdade divina.
“Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra,
verdadeiramente, sereis meus discípulos e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João
8:31-32).
Os judeus, ao ouvirem esta afirmação do Senhor, disseram nunca ter sido escravos de
ninguém. Pelo menos, aquela geração não estava em jugo de serviços pesados à semelhança de seus
antepassados. Eles não se lembravam da escravidão de pagar impostos a César em Roma. Contudo,
numa ocasião reclamaram ao Mestre se era justo pagar tais tributos a César. Veja Lucas 20:22.
É claro que esta pergunta estava carregada de malícia, a fim de que pudessem provocar Jesus
a falar mal do governo imperial. No entanto, não deixa de transparecer o descontentamento do povo
em ralação a tais tributos a um governo estrangeiro.
Já que não tinham em conta este tipo de servidão a César como escravidão, Cristo disse a eles
de uma escravidão em que estavam submetidos. É o cativeiro do pecado do qual ninguém escapa.
“...Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do
pecado” (João 8:34).
A escravidão, seja qualquer uma, rouba a liberdade do escravo. O drogado ou viciado em
qualquer substância tem a sua liberdade tolhida. Israel estava ansioso para se libertar da fornalha de
ferro do Egito.
Sabendo de quanto mais fosse a ocupação dos hebreus, menos liberdade teriam para pensar
num possível plano de libertação, Faraó deu ordem aos fiscais para aumentar o serviço de Israel na
fabricação dos tijolos. Os fiscais foram até o povo hebreu e entregaram o recado do rei. Teria que
trabalhar muito mais, buscando palha para produzir tijolos. Êxodo 5:9-11.
O povo não tinha como apanhar a palha no pé da planta, pois seria um trabalho impossível,
sendo que não podiam diminuir a produção de tijolos. Os hebreus iam apanhar os restolhos no chão
da plantação e voltavam onde tinham que fazer os tijolos. Êxodo 5:12.
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Antônio Carlos Dias
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Terça-feira, 05 de fevereiro de 2013
ÊXODO
DÉCIMA PARTE
ESTUDO DE TERÇA-FEIRA À NOITE
Os exatores apertavam os hebreus, exigindo a mesma produção de tijolos, apesar de não ter a
palha trazida por alguém. Êxodo 5:13.
Os feitores que fiscalizavam o trabalho dos hebreus foram duramente açoitados pelos
exatores por não terem feito o povo dar conta da tarefa. Êxodo 5:14.
Realmente para o povo israelita buscar a palha e produzir a mesma quantidade de tijolo seria,
naturalmente, uma tarefa impossível. O povo encarregado desta difícil tarefa não estava conseguindo
produzir a quantidade exigida pelo rei. Este rei Faraó era mau e fez o povo de Deus sofrer debaixo de
um jugo pesado.
Faraó representa o próprio Diabo e o Egito representa o mundo sob o domínio dele. O povo
escolhido de Deus, infelizmente, tem que viver neste mundo dominado pelo tirano príncipe do mal.
E, como filhos de Deus não devemos nutrir esperança de uma vida melhor neste mundo, pois ele jaz
no maligno. Veja I João 5:19.
Aprendemos pela Bíblia, a palavra de Deus, que jamais teremos vida satisfatória, de
condições agradáveis nesta terra, território do inimigo.
“Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas, porque não sois do mundo,
antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos aborrece” (João 15:19).
“Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende
bom ânimo; eu venci o mundo” (João 16:33).
“...confirmando o ânimo dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé, pois que por
muitas tribulações nos importa entrar no Reino de Deus” (Atos 14:22).
Israel era o povo escolhido de Deus, vivendo em condições desumanas na terra do Egito.
Contudo Deus estava sabendo dos sofrimentos de Israel e com planos de salvá-lo das garras
inimigas. Às vezes pensamos ter Deus esquecido de nós como seus filhos, mas realmente o Senhor
acompanha nossa vida passo a passo.
“E disse o SENHOR: Tenho visto atentamente a aflição do meu povo, que está no Egito, e
tenho ouvido o seu clamor por causa dos seus exatores, porque conheci as suas dores” (Êxodo 3:7).
“Clamou este pobre, e o SENHOR o ouviu; e o salvou de todas as suas angústias” (Salmo
34:6).
Tudo indica que os oficiais do povo hebreu eram os da própria raça hebraica. O povo,
propriamente dito, não foi açoitado, mas, sim, os seus oficiais. Eles foram reclamar a Faraó o porquê
do tal tratamento. Disseram não ter culpa pelo povo não ter condições de produzir a quantia exigida,
pois os próprios operários além da fabricação eram obrigados a buscar palha. Êxodo 5:15-16.
O rei, porém, revidou dizendo ser a culpa do povo hebreu ter parado de trabalhar,
alimentando esperança de sair de seu domínio para sacrificar ao Senhor. Continuou, pois, inflexível
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dando ordens expressas para fazer o povo produzir a mesma quantidade de tijolos, e palha não lhe
seria dada. Os oficiais israelitas se viram em apuros por tal cobrança do rei Faraó. Êxodo 5:17-19.
O inimigo é impiedoso e sem compaixão para com aquele que serve ao Senhor. Seu prazer é
impor aos servos do Senhor sofrimentos algozes. Não é preciso ser expert nas Escrituras para saber
como Satanás produz tormentas aos filhos de Deus. Ele tem poder para prejudicar o físico, bem
como o setor mental e psicológico dos servos do Senhor.
Jó ficou literalmente na mão de Satanás e foi fustigado no corpo e na alma (psicológico) por
este terrível tirano. O inimigo recebeu poderes do próprio Deus para martirizar a Jó. Satanás pediu ao
Senhor para deixá-lo em seu poder a fim de fazê-lo blasfemar a Deus.
Deus sabia da fidelidade de Jó e da sua capacidade de suportar os terríveis ataques do
inimigo. O apóstolo Paulo disse que as provações permitidas por Deus são suportáveis pelos seus
filhos.
“Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar
acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar” (I
Coríntios 10:13).
Aliás, o próprio Paulo recebeu violenta agressão física, sob a permissão divina, deste temível
adversário. Veja as palavras do apóstolo:
“E, para que me não exaltasse pelas excelências das revelações, foi-me dado um espinho na
carne, a saber, um mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de não me exaltar” (II
Coríntios 12:7).
Os oficiais hebreus encontraram Moisés e Arão assim que saíram da presença de Faraó.
Êxodo 5:20.
Reclamaram a eles de quanto estavam padecendo pelo rei Faraó. Culparam a Moisés e Arão e
disseram ter colocado uma espada nas mãos do rei para os matarem. Êxodo 5:20-21.
Diante de tal reclamação, Moisés foi perguntar ao Senhor o porquê lhes tinha tornado a
situação do povo tão intolerável diante de Faraó. Também questionou a razão de tê-lo enviado à
missão de libertar o povo, sendo que a condição do povo ficou intolerável. Êxodo 5:22.
Moisés disse que desde que apresentou-se diante de Faraó, os maus tratos pioraram a Israel, e
nenhum benefício foi feito para aliviar seu sofrimento.Êxodo 5:23.
Faraó estava, até então, numa posição confortável diante de Moisés e Arão que o desafiara.
Por enquanto ele esta ganhando o duelo e provando estar certo de não deixar o povo sair de seu
controle.
No entanto, Faraó estava ganhando apenas algumas batalhas, mas havia ainda muitos
combates pela frente. Sim, neste mundo o filho de Deus perde muitas lutas, porém, ele não perde a
guerra.
Somos vencedores de uma guerra deflagrada pelo inimigo. Nós vamos ganhar, não pela força
da carne, mas através da fé em nosso Senhor Jesus Cristo.
“Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a
nossa fé. Quem é que vence o mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus?” (I João
5:4-5).
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Antônio Carlos Dias
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Terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
ÊXODO
DÉCIMA PRIMEIRA PARTE
ESTUDO DE TERÇA-FEIRA À NOITE
Faraó não estava acreditando nas palavras de Moisés e de Arão. Pensava que eles estavam
blefando quando solicitaram a saída do povo hebreu. Deus já sabia da relutância do rei em não
permitir a saída dos hebreus. Por não acreditar em Moisés, Faraó endureceu seu coração e oprimiu
com rigor Israel.
O povo quando se viu apuros, culpou a Moisés, pois desde quando prometeu livrar os
descendentes de Abraão, Isaque e Jacó, Faraó aumentou a carga de serviço, fazendo o povo sofrer
debaixo de seu jugo.
Moisés foi fa ar com o Senhor, reclamando da situação opressiva de Israel. Deus, então, falou
e disse que ia agir com mão poderosa e Faraó ia ceder ao pedido, deixando ir Israel. Êxodo 6:1.
Mais uma vez o Senhor confirmou a Moisés dizendo ser “Jeová”, o mesmo que apareceu a
Abraão, Isaque e Jacó. O nome santo Jeová não foi perfeitamente conhecido pelos três grandes
patriarcas. Êxodo 6:2-3.
Creio que Deus está dizendo que os três patriarcas, apesar de conhecê-lo pela fé, não tiveram
experiências em ver a poderosa mão divina fazendo maravilhas. Conforme vamos ver mais adiante,
Deus fará maravilhas, através de seu servo Moisés, que Abraão, Isaque e Jacó não viram quando
andaram na presença do Senhor.
A promessa divina feita com eles não perdeu a validade. Até hoje os palestinos (antigos
filisteus) reivindicam o território ocupado por Israel. Eles não conhecem a aliança feita pelo Senhor
com os patriarcas de dar a terra de Canaã aos seus descendentes. Êxodo 6:4.
Os sofrimentos dos hebreus eram conhecidos por Deus. Por este motivo Jeová ia livrá-los
desta terrível situação.O Senhor quando estabelece uma aliança com alguém, ele jamais esquece.
Êxodo 6:5
Deus ordenou a Moisés a tranquilizar os filhos de Israel dizendo do seu poderoso braço que
ia livrá-los das cargas dos egípcios. Êxodo 6:6.
Israel seria adotado pelo Criador para ser seu povo exclusivo. A nação egípcia ficará sabendo
que Israel tem um Deus Todo-Poderoso. O povo egípcio ia saber que o Deus dos hebreus não é
apenas fantasia na imaginação humana, mas é aquele que faz maravilhas que nenhum outro tem
feito. Êxodo 6:7.
Moisés teria que convencer Israel de que não ficaria, de maneira alguma, escrava na terra do
Egito. Deus ia mostrar a sua poderosa mão, resgatando Israel da opressão de Faraó. Egito não era a
terra dos hebreus, mas eles seriam conduzidos à terra de Canaã, lugar de herança prometido aos seus
antepassados. Êxodo 6:8.
21
Moisés falou ao povo, mas devido a angústia do coração eles não o ouviram. O rei aumentou
excessivamente o trabalho pesado sobre Israel, alterando por completo o seu comportamento
psicológico. Êxodo 6:9.
Deus mandou Moisés ir falar com o rei, pedindo-lhe para deixar os filhos de Israel sair do
Egito. Então Moisés respondeu ao Senhor que nem Israel estava ouvindo a ele, e como Faraó ia ouvilo. Além disso, disse Moisés, por ser incircunciso de lábios, não teria como convencer o rei. Êxodo
6:10-12.
Deus, no entanto, não deu ouvidos ao choramingo de seu servo. Moisés queria se livrar desta
missão de libertar o povo de Israel. Quando tinha a idade de quarenta anos, ele tentou livrar seus
irmãos de raça, mas sua tentativa foi frustrada. Nesta ocasião ele estava confiando em sua força física
e intelectual. Foi obrigado a se refugiar em Midiã, terra de gente simples e despidos de recursos de
pessoas de cidade grande.
Agora, de volta, àquele ambiente onde fora criado, Moisés se sentiu inapto para libertar
Israel. Havia perdido, com o passar do tempo, toda a experiência principesca adquirida no palácio de
seu antigo avô adotivo. Os quarenta anos de permanência em Midiã foram suficientes para deixá-lo
incapaz em efetuar a salvação dos hebreus.
De fato, ele não poderia arcar com tamanha responsabilidade. Se na idade de quarenta anos
ele não pôde ajudar o seu povo se livrar da escravidão, agora com oitenta anos seria, humanamente
falando, impossível libertar os descendentes de Abraão.
Todavia, esta operação tão complexa não seria feita por um homem, mesmo que estivsse no
auge de sua força física e intelecutal. Havia necessidade de intervenção sobrenatural, que vencesse os
poderes governamentais do monarca mais poderoso naquela época.
Possivelmente Moisés pensou nos oitenta anos de vida como um obstáculo para libertar
Israel. Afinal, com esta idade muitas pessoas já tinham aposentadas naqueles dias, e, outras tantas
estavam enfermas ou mortas.
Moisés estava ciente de que a libertação do povo era apenas uma etapa entre muitas de seu
serviço. Além de ter que efetuar o difícil resgate do povo, ele teria a missão de conduzi-lo à terra de
Canaã. Depois havia a necessidade de expulsar os inimigos para fixar Israel como nação
independente e soberana da terra.
Para um velho de oitenta anos era uma tarefa extremamente penosa. Contudo, ele ainda não
sabia dos infinitos recursos do Senhor. Deus havia se apresentado como JEOVÁ, mas Moisés não
tinha se aprofundado na magnitude que representava este nome.
Por isso ele sempre estava dizendo de suas limitações diante da grande tarefa dada pelo
Senhor.
Deus instrui a Moisés e Arão a ir falar com Faraó ordenando-lhe a deixar o povo sair do
Egito. Êxodo 6:13.
Com certeza os dois irmãos pensaram como entrar na presença de Faraó para solicitar a saída
de Israel. Eles já tinham experiências de se apresentarem diante deste homem intransigente. No
entanto, quem estava ordenando para falar com o rei era o Senhor Deus, Criador dos céus e terra.
Antônio Carlos Dias
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Terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
ÊXODO
DÉCIMA SEGUNDA PARTE
ESTUDO DE TERÇA-FEIRA À NOITE
Vamos continuar, pois, a nossa leitura no livro de Êxodo que menciona a conversação de
Moisés com Faraó para deixar Israel ir embora para adorar o Senhor. Como era de se esperar, o rei
disse a Moisés e Arão que não deixaria o povo sair do Egito.
Para castigar o povo, Faraó aumentou o serviço de maneira desumana sobre Israel e isto fez
com que os hebreus ficassem profundamente angustiados. Os feitores israelitas encarregados de
fiscalizar o povo foram açoitados pelos exatores egípcios.
Estes feitores foram reclamar a Moisés e Arão dizendo da triste angústia dos israelitas, e,
atribuíram esta condição como resultado da exigência feita ao rei para libertar a Israel.
Moisés foi falar ao Senhor dos maus tratos infligidos ao povo pelo monarca depois de ter
solicitado a libertação do povo. Deus o tranquilizou dizendo que agora ele mostraria ao rei o seu
poder. As maravilhas sobrenaturais impressionaria Faraó de tal maneira que, assustado, ia expulsar
os hebreus do país. Veja Êxodo 6:1.
Êxodo significa saída e simboliza a salvação de todo aquele que crê no Senhor Jesus. Como
Faraó tinha controle absoluto sobre o povo de Deus, prendendo-o em seu reino, assim também
Satanás, inimigo do convertido em Cristo, procura prendê-lo em seu reino que é o mundo.
Como Moisés tirou Israel das garras de Faraó, Jesus liberta o crente do poder do adversário.
A salvação efetuada por Moisés era física e levava o povo para uma terra onde havia bênçãos
materiais. Canaã era a terra onde manava leite e mel. Havia, portanto, além da liberdade de adorar o
Senhor, fartura de recursos materiais. Veja Êxodo 3:8; Levítico 20:24; Números 12:27 etc.
Jesus salva-nos do poder satânico, conduzindo para um lugar de recursos infinitamente maior
daqueles prometidos a Israel, pois estamos a caminho do próprio céu.
Não obstante as fraquezas de Moisés, observamos ter sido um homem corajoso. Com
quarenta anos era uma pessoa inconformado com a situação opressiva de seus irmãos de raça. Estava
disposto, com certeza, deixar sua “boa vida” de príncipe para ajudar o seu povo Israel.
“Pela fé, Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, escolhendo,
antes, ser maltratado com o povo de Deus do que por, um pouco de tempo, ter o gozo do pecado;
tendo, por maiores riquezas, o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista
a recompensa” (Hebreus 11:23-26).
Pelo que vemos nesta passagem aos Hebreus, Moisés tomou a decisão, por si mesmo, de abrir
mão dos privilégios tidos no palácio real. Certamente ele não desprezou a mãe adotiva, e deve ter
amado a princesa tanto quanto sua mãe biológica. No entanto, os descendentes dos três grandes
patriarcas, e as condições humilhantes que vinham passando, preocupavam Moisés.
Não alcançou êxito na tentativa de livrar Israel da escravidão; ele matou um egípcio e foi
obrigado a se refugiar em Mídia. Ele constituiu família nesta região e teve dois filhos que se
converteram ao Senhor.
23
O Senhor mandou Moisés voltar a Faraó e dizer-lhe que ia tirar o povo da terra do Egito. Os
filhos de Israel também foram notificados da saída, e esta notificação tinha como objetivo de
preparar o povo para qualquer eventualidade. Veja Êxodo 6:13.
É importante observar que Israel ficou quatrocentos e trinta anos no Egito e não perdeu a sua
identidade. Cada tribo se guardou, mantendo a linhagem sem se misturar com os egípcios ou com
outros povos ali existentes.
Os versículos 14 a 16 o autor do livro fala dos três primeiros filhos de Jacó com Lia. Os
versículos 16 a 26 fala especificamente dos descendentes de Levi, tribo da qual veio Moisés e seus
irmãos, Arão e Míriam.
O autor do livro, provavelmente o próprio Moisés, fala da linhagem de Levi, demoradamente,
pois através desta família veio os sacerdotes que se ocupavam em ajudar o povo a ter comunhão com
o Senhor Os sacerdotes oficializavam o culto a Deus, oferecendo sacrifícios e intercediam em
orações em prol do povo. Veja Êxodo capítulo28; Levítico 21 e Hebreus 7:17-26.
Arão foi o primeiro sacerdote da nova aliança. Seus quatros filhos também exerceram este
importante cargo. Dois dos filhos de Arão morreram por ter sacrificado coisas abomináveis ao
Senhor. Veja Levítico 10:1; Números 3:4; 26:61.
A família levítica se ocuparam deste serviço a Deus durante séculos na história religiosa de
Israel.
Mesmo habitando no Egito, em condições desfavoráveis, os hebreus procuravam preservar a
raça abraâmica. Eles se resguardavam porque acreditavam piamente na promessa de Deus em fazêlos voltar à terra de Canaã.
Anrão casou-se com a sua tia Joquebede, e deles nasceram Míriam, Arão e Moisés. Uma
união nada convencional para os nossos dias. Êxodo 6:20.
Se a união de parentesco for feito hoje, provavelmente os filhos nascem com problemas.
Contudo, naqueles dias, Deus preservava os descendentes de tais uniões. Aliás, por muitos
séculos depois de Adão e Eva, as pessoas podiam casar com seus parentes, inclusive irmão com
irmã, filhos dos mesmos pais, sem terem problemas.
De maneira que, Moisés, Arão e Míriã não eram debiloides, e viveram inteligentemente
servindo o Senhor Deus. Arão foi chamado para ser o sumo sacerdote, Moisés foi chamado para
pastorear a Israel e Míriã era profetisa. Veja Êxodo 15:20.
Os três irmãos, portanto, eram perfeitos física e mentalmente. Eles em suas fraquezas
humanas falaram ao rei que deixasse os hebreus irem embora. Moisés falou ao Senhor de sua
incapacidade de comunicar, mas ele e seu irmão foram ao rei e entregaram-lhe o recado do TodoPoderoso. Êxodo 6:27-30.
Antônio Carlos Dias
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Terça-feira, 05 de março de 2013
24
ÊXODO
DÉCIMA TERCEIRA PARTE
ESTUDO DE TERÇA-FEIRA À NOITE
Deus designou Moisés como deus ante os olhos de Faraó, e Arão seria o seu profeta. Êxodo
7:1.
É a maneira de fazer o rei reconhecer em Moisés o poder de operar maravilhas e prodígios
jamais vistos pelos homens. De fato, Moisés teria o poder divino, não proveniente de si mesmo, mas
de JEOVÁ, o Todo-Poderoso Deus.
Deus instruiu a Moises a pôr na boca de Arão a palavras que diria ao rei para deixar o povo ir
embora do Egito. Êxodo 7:2.
Deixar o povo de Israel sair do país seria um prejuízo incalculável ao soberano. Significaria
perder mão de obra gratuita, e por outro lado, perder também os impostos dos hebreus no setor
agropecuário, comercial e industrial. Pois uma parte dos hebreus era livre da dura escravidão, porém,
cada qual em sua atividade produzia e, certamente, beneficiava a nação egípcia.
Faraó teria o coração endurecido por Deus, pois ele já havia ouvido o pedido de Moisés para
deixar o povo hebreu ir embora. Êxodo 7:3.
Ora, Moisés tinha falado a Faraó para deixar o povo ir adorar o Senhor. Faraó, ouviu o
homem de Deus, mas recusou o seu pedido. Com Ele, como resposta, aumentou o sofrimento do
povo com serviços pesados, castigando os hebreus. Estude o capítulo 5.
Além disso Faraó conhecia a história deste povo em seu país. Afinal, era uma pessoa
informada de como seu país se beneficiou com a ajuda do povo que agora ele odiava.
Não resta dúvida de que sabia de como José ajudou seus antepassados a se livrar a fome.
Sabia muito bem da operação estratégica de José em tornar o Egito o grande celeiro da terra, fazendo
com que todas as nações viessem buscar mantimento em seu país. No mínimo era para ter respeito e
consideração para com os hebreus e tratá-los humanamente.
Mas, seu antecessor vendo o povo crescendo numericamente em sua pátria, temeu e acreditou
ser uma ameaça de se apoderar de seu reino. A maldade, pois, de seu pai foi mandar matar todo
macho que nascesse das hebreias.
Moisés foi salvo milagrosamente de ser morto ao nascer, visto que as parteiras temeram o
mandado do rei. Veja Êxodo 1:15-17.
Depois de algum tempo da permanência de Moisés em Midiam, o velho Faraó morreu,
sucedendo-o seu filho. Este filho seguiu à risca os passos de seu pai. Resolveu continuar a política de
maltratar tiranicamente os hebreus. Não atendeu a solicitação de Moisés, imprimindo sofrimentos ao
povo de Israel.
Paulo disse dos que endurecem o coração as seguintes palavras:
“...porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças,
antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu” (Romanos 1:21).
Os dois últimos Faraós dos dias de Moisés sabiam muito bem a história daquele povo. Com
certeza sabiam que eles adoravam o Deus que fez os céus e a terra.
No entanto estes reis desprezaram a Deus e humilhava o seu povo como se fosse animal. Por
isso o Senhor operaria com mão poderosa para tirar os exércitos, várias famílias ou tribos do poder
tirano de Faraó. Êxodo 7:4.
25
Diante disso tudo, Deus tinha todo o direito de produzir em Faraó uma reação de
indiferentismo, cujo coração ficaria completamente frio para com a situação do povo do Senhor.
O povo egípcio saberia com quem estava lidando, não com um deus imaginário ou algum
ídolo feito pelas mãos do homem, mas, sim, com o Senhor Deus Todo-Poderoso. Êxodo 7:5.
Moisés e Arão, apesar de suas fraquezas, creram no Senhor e lhe obedeceram cumprindo a
sua ordem. Êxodo 7:6.
A idade de Moisés era de oitenta anos, e seu irmão Arão era três anos mais velho. Êxodo 7:7.
O decreto do rei determinando a matança de todo menino hebreu não atingiu a Arão, pois ele
tinha sobrevivido. O decreto foi apenas alguns dias antes do nascimento de Moisés.
Agora Deus orienta a Moisés a voltar a falar com o rei, exigindo-lhe a libertação de seu povo.
Disse que Arão lançaria a vara no chão para se tornar em serpente. Ambos, encorajados pela
promessa de Deus em mostrar maravilhas, foram novamente falar com Faraó. Fizeram exatamente
como o Senhor ordenara, mas o rei mandou vir os feiticeiros de seu reino para fazer o mesmo sinal.
E cada um lançou sua vara, transformando-as em serpentes. Êxodo 7:7-12.
Satanás tem poder e opera algumas maravilhas aos olhos dos incautos. Porém, seu poder
jamais se iguala ao poder do Criador. O fato da vara de Arão ter devorado as varas-serpentes mostra
claramente a superioridade da força divina.
Jesus disse que os homens dos últimos dias virão alegando serem cristos e profetas farão
maravilhas tais, que vai deixar o mundo embevecido.
“Porque se levantarão falsos cristos, e falsos profetas, e farão sinais e prodígios, para
enganarem, se for possível, até os escolhidos” (Marcos 13:22).
Paulo ao escrever uma carta ao seu filho na fé, Timóteo, disse da ousadia destes feiticeiros em
desafiar a Moisés quando repetiram alguns sinais sobrenaturais.
“E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade, sendo
homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé” (II Timóteo 3:8).
Antônio Carlos Dias
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Terça-feira, 12 de março de 2013
ÊXODO
DÉCIMA QUARTA PARTE
ESTUDO DE TERÇA-FEIRA À NOITE
A Bíblia diz claramente da reação do rei ao ouvir o pedido dos homens de Deus. Ele
endureceu seu coração, ou seja, não atendeu a Moisés e Arão. Êxodo 7:13.
O ser humano tem a natureza desfigurada pelo pecado. Faraó não era exceção, pois ele tinha o
mesmo DNA herdado por qualquer humano. Ele não foi induzido por uma força superior a endurecer
o coração. Pelo contrário, ele fez de livre e espontânea vontade.
26
As Escrituras declaram que a consciência do homem, seja ele de qualquer raça ou condição
social, está predisposta a rejeitar a vontade do Senhor.
Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não
tendo eles lei, para si mesmos são lei; os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações,
testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer
defendendo-os...” (Romanos 2:14-15).
Estes dois versículos em Romanos dispensa qualquer comentário. Aprendemos, pois, que
Deus imprime na consciência de qualquer humano a lei do conhecimento do bem e do mal.
No âmago de nosso ser está o senso da presença de Deus que abençoa quem faz o bem, mas
castiga todo aquele que faz o mal. Não precisa de uma lei escrita em tábuas de pedras ou em papéis.
Deus de antemão sabia da reação do monarca diante de seus dois servos. Ele já havia avisado
a Moisés que o rei ia deixar de ouvi-los. Veja Êxodo 3:19.
O motivo da dificuldade do pecador aceitar a vontade de Deus é porque os seus ouvidos
espirituais sofreram uma disfunção pela doença do pecado. Jesus disse repetidamente que “quem tem
ouvidos, ouça”. Veja Mateus 13:9; Marcos 4:9; Lucas 8:8 etc.
“A quem falarei e testemunharei, para que ouça? Eis que os seus ouvidos estão incircuncisos
e não podem ouvir; eis que a palavra do SENHOR é para eles coisa vergonhosa; não gostam dela”
(Jeremias 6:10).
Porquanto o coração deste povo está endurecido, e com os ouvidos ouviram pesadamente e
fecharam os olhos, para que nunca com os olhos vejam, nem com os ouvidos ouçam, nem do coração
entendam, e se convertam, e eu os cure” (Atos 28:27).
O coração do monarca estava insensível para com o povo do Senhor Deus. Não queria ouvir,
de maneira alguma, os servos do Deus altíssimo, desprezando-os em seu coração. Êxodo 7:14.
Deus mandou Moisés ir de encontro com Faraó quando ele estivesse na praia. Com certeza
era seu costume contemplar o rio ou tomar banho. Arão estenderia a vara, aquela mesma
transformada em serpente, tocando-a no rio e as águas tornariam em sangue diante dos olhos do rei.
Êxodo 7:15-17.
O povo egípcio ficou sem poder beber água, pois por um determinado tempo, não só o rio
ficou contaminado pelo sangue, mas todas as fontes existentes no Egito. Os peixes morreram e veio
mau cheiro em toda a terra. Êxodo 7:15-21.
Faço a ideia de como egípcios sentiram mal diante desta situação, visto que não havia lugar
onde achava água para o uso. A água não serve apenas para beber, pois sem ela não se pode fazer
higiene pessoal. Não há como preparar as principais refeições sem água.
Água nas Escrituras tem o simbolismo de mitigar a sede espiritual do pecador.
“Ó vós todos os que tendes sede, vinde às águas, e vós que não tendes dinheiro, vinde,
comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite” (Isaías 55:1).
Em conversa com uma mulher samaritana à beira de um poço, Jesus lhe disse da verdadeira
água que sacia para sempre a sede espiritual.
“Jesus respondeu e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter sede, mas aquele
que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele
uma fonte de água a jorrar para a vida eterna” (João 4:13-14).
No final de Apocalipse, o último livro da Bíblia, Jesus fez o convite, mediante o seu Espírito
e sua esposa, a Igreja, para vir beber de graça a água da vida.
27
“E o Espírito e a esposa dizem: Vem! E quem ouve diga: Vem! E quem tem sede venha; e
quem quiser tome de graça da água da vida” (Apocalipse 22:17).
Os egípcios não puderam beber água, preparar suas refeições. A higiene apropriada ficou a
desejar por uma semana. Além dos egípcios, os animais do campo e domésticos também ficaram
privados do precioso líquido.
Contudo, os feiticeiros egípcios fizeram o mesmo sinal para provar a Moisés e ao povo
hebreu de que para eles isto não era novidade. Diante de tal sinal dos magos, Faraó ficou orgulhoso e
não deu a mínima ao pedido dos homens de Deus. Êxodo 7:22.
Não sabemos como os magos fizeram água transformar em sangue. Talvez seja um tipo de
magia ajudado pelo inimigo. Satanás não faz o verdadeiro milagre, mas ele tem permissão de Deus
para enganar os rebeldes.
Deus proibiu o seu povo praticar a arte mágica, pois está identificada como obras
demoníacas.
“Quando entrares na terra que o SENHOR, teu Deus, te der, não aprenderás a fazer conforme
as abominações daquelas nações. Entre ti se não achará quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a
sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador de
encantamentos, nem quem consulte um espírito adivinhante, nem mágico, nem quem consulte os
mortos, pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas abominações o
SENHOR, teu Deus, as lança fora de diante de ti” (Deuteronômio 18:9-12).
O monarca virou as costas mais uma vez, sentindo-se vitorioso com as obras enganosas de
seus magos. Êxodo 7:23
Os egípcios cavaram desesperadamente poços junto ao rio para achar água limpa a fim de
saciarem a sede. Êxodo 7:24.
A Bíblia não relata se acharam água em condição de uso, mas, sabemos que com certeza
passaram apuros. Pois a praga durou sete dias completo. Êxodo 7:25.
Antônio Carlos Dias
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Terça-feira, 19 de março de 2013
ÊXODO
DÉCIMA QUINTA PARTE
ESTUDO DE TERÇA-FEIRA À NOITE
Deus continua exigindo do rei que atenda a sua reivindicação concernente à saída de seu povo
da terra do Egito. Quando o Senhor intenta fazer algo, ninguém pode impedi-lo.
Porque o SENHOR dos Exércitos o determinou; quem pois o invalidará? E a sua mão
estendida está; quem, pois, a fará voltar atrás?” (Isaías 14:27).
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“Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas
mãos; operando eu, quem impedirá?” (Isaías 43:13).
Daí então compreendermos a insistência do Senhor fazer seus servos voltarem ao rei e repetir
os mesmos pedidos. Êxodo 8:1.
A próxima praga seria as das rãs sobre toda a terra, e as casas dos egípcios ficariam infestados
destes animais repugnantes. Os grandes e pequenos, ricos e pobres, os religiosos de qualquer seita ou
credo seriam grandemente afetados com estes animais em suas casas.
Moisés deu ordem a seu irmão para estender a vara sobre os rios, nos canais, nos poços e
tanques onde havia águas, e eclodiu em grande quantidade rãs, aparecendo nas camas, nos fornos,
nas amassadeiras dos egípcios. Êxodo 8:2-6.
Naturalmente o povo de Faraó ficou horrorizado com as rãs, pois não havia lugar onde estes
anfíbios não estivessem presentes.
Esta praga foi tão terrível que séculos depois os salmistas (cantores) de Israel mencionaram
em seu cânticos:
E lhes mandou enxames de moscas que os consumiram, e rãs que os destruíram” (Salmo
78:45).
“A sua terra produziu rãs em abundância, até nas câmaras dos seus reis” (Salmo 105:30).
Os feiticeiros ou magos de Faraó conseguiram, através de encantamentos, fazerem surgir rãs
na terra. Êxodo 8:7.
No entanto, estes mesmos “macumbeiros” não conseguiam desfazer os sinais operados pelos
servos do Senhor. Eles, com a ajuda de Lúcifer, Satanás, podiam repetir o mal trazido por Deus, mas
eram incapazes de substituí-los por algum bem.
Prova de que o adversário tem poder para fazer o mal e não o bem. Lembro-me de Jesus
quando disse do ladrão, o inimigo.
“O ladrão não vem senão a roubar, a matar e a destruir; eu vim para que tenham vida e a
tenham com abundância” (João 10:10).
Ora, este ladrão de que refere o Senhor, não é outro senão o próprio Diabo. A sua
especialidade é roubar a felicidade do homem, trazer morte e destruição. Porém, ele não
consegue praticar o bem.
Faraó foi pedir aos servos do Senhor para implorar-lhe a retirar a praga das rãs. Êxodo 8:8.
Ora, por que não pediu aos seus magos que retirasse estes animais de seu reino? Porque eles
conseguiam fazer o mal com a ajuda diabólica, mas não podiam contar com as forças demoníacas
para praticar o bem.
Moisés perguntou ao rei quando ele queria que rogasse a Deus para tirar a praga da rã. Êxodo
8:9.
O único que tinha uma linha de comunicação direta com Deus era Moisés, e Faraó sabia
muito bem disso. Deus vê o coração e intimidade do ser humano, sabe dos seus desígnios, e nada
foge de seu conhecimento. Deus, portanto, conhecia a sinceridade de Moisés e seu sonho de ver o
povo retornar à terra prometida aos seus ancestrais.
O monarca determinou o dia seguinte para a retirada da praga da rã. Moisés, pois, respondeu
que a praga seria tirada, mas recomendou ao rei que reconhecesse o Senhor como o único Deus.
Disse-lhe que estes anfíbios ficariam somente nos rios, lugar onde devem ficar. Mas seriam tiradas
das casas dos servos e do povo em geral de Faraó. Êxodo 8:10-11.
29
Retirando Moisés da presença do rei, ele foi clamar ao Senhor para solicitar a retirada da
praga. O Senhor ouviu o clamor de Moisés e tirou estes animais perturbadores do povo egípcio. A
grande quantidade de rãs mortas causou cheiro repugnante em todo o Egito. Êxodo 8:12-14.
Todavia, como era de se esperar, Faraó endureceu seu coração depois da retirada da praga.
Êxodo 8:15.
Ele estava provocando o Senhor Deus, zombando-o como se fosse um ser mortal passível de
qualquer insulto. O homem não tem a menor ideia da intolerância divina das provocações que lhes
são dirigidas.
“Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também
ceifará” (Gálatas 6:7).
Quando qualquer humano que, ao praticar o mal, e de imediato não vem o castigo, então o
seu coração passa a planejar outros pecados, crendo ser inatingível de qualquer penalidade.
“Visto como se não executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos
homens está inteiramente disposto para praticar o mal” (Eclesiastes 8:11).
Meditando nesta passagem acima, compreendemos muito bem a atitude do rei. Ele, depois de
aliviado da praga, acreditou que poderia indeferir o pedido de Moisés e Arão, permitir o povo sair de
seu domínio.
Mas como o Senhor não é nenhum brinquedo de quem quer que seja, ele imediatamente falou
a Moisés para ordenar a Arão a estender a vara e assim uma nova praga abateria sobre o reino de
Faraó. Seria a praga de piolhos. Êxodo 8:16.
Antônio Carlos Dias
Igreja Batista Memorial de Bauru
Rua Santos Dumont, nº 8-21
Terça-feira, 26 de março de 2013
ÊXODO
DÉCIMA SEXTA PARTE
ESTUDO DE TERÇA-FEIRA À NOITE
As maravilhas divinas mediante Moisés são conhecidas, mesmo nos dias de hoje, por muitas
nações em redor do mundo. Um homem é usado pela primeira vez pelo grandioso Deus para operar
prodigiosos diante de expectadores estupefatos.
Não eram truques, chamados encantamentos, mas eram maravilhas divinas que nenhuma
magia podia anular.
Apesar dos magos repetirem alguns milagres realizados por Moisés, eles não tiveram poder
de neutralizar os efeitos nocivos dos sinais enviados por Deus.
A propósito, a última praga realizada por Moisés e imitada pelos feiticeiros de Faraó, foi a
infestação de rãs na terra do Egito.
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A próxima praga que vamos analisar que é a dos piolhos, os magos foram incapazes de
repetir pelos seus encantamentos.
O rei endureceu seu coração e deixou de ouvir o pedido dos homens de Deus, Moisés e Arão,
para deixar Israel sair de seu domínio.
Então o Senhor mandou Moisés dizer a Arão para estender a vara e tocá-la na terra, para que
assim surgissem piolhos em abundância em toda parte.Veja Êxodo 8:16.
Quando Arão feriu o pó da terra, os piolhos se multiplicaram e perturbaram a tranquilidade
dos egípcios e do gado, deixando toda a nação numa situação desesperadora. Êxodo 8:17.
Os feiticeiros tentaram repetir esta praga dos piolhos, mas o poder de ilusionismo, arte de
fazer com que os expectadores vejam algo inexistente, se esgotou. Eles vinham enganando as
multidões com seus encantamentos diabólicos. Porém, os verdadeiros sinais continuaram, e os
encantamentos de bruxaria acabaram.
Assustados com a continuação dos sinais feitos por Moisés e Araão, os magos reconheceram
o poder de Deus. Êxodo 8:18-19.
Estes insetos procuram se alojar no couro cabeludo e outras regiões pilosas, causando graves
doenças, como o tifo. É bem provável que tenham provocados graves problemas de saúde ao povo
egípcio.
O rei tinha por hábito frequentar as águas do rio. Em outra ocasião Moisés já o havia
encontrado junto ao rio. Veja Êxodo 7:15. Agora, novamente, Deus manda Moisés encontrá-lo junto
às águas do rio. Êxodo 8:20.
Agora a ameaça feita ao rei é de enxames de moscas no território do Egito. Caso Faraó
deixasse o povo ir embora, seu país ficaria livre de tal praga. E, para provar o poder divino, Deus ia
proteger os hebreus das moscas para não sofrer nenhum incômodo. Êxodo 8:21-23.
Deus é poderoso e queria mostrar claramente ao povo do Egito a sua majestade diante da
criação. Ele manda nos animais e estes seres irracionais entendem perfeitamente a sua ordem.
Creio nas Escrituras em tudo que elas dizem. Elas explicam que há certa comunicação entre
Deus e os animais.
O Senhor determinou destruir a terra com o grande dilúvio. Para isto ele conservou oito
pessoas, Noé e sua família. Porém, Deus disse a Noé como escolher casais de animais para pô-los na
Arca. Os animais escolhidos para entrar na Arca iam obedecer a vontade divina para ir até Noé.
“Mas contigo estabelecerei o meu pacto; e entrarás na arca, tu e os teus filhos, e a tua mulher,
e as mulheres de teus filhos contigo. Das aves conforme a sua espécie, dos animais conforme a sua
espécie, de todo réptil da terra conforme a sua espécie, dois de cada espécie virão a ti, para os
conservares em vida” (Gênesis 6:19-20).
Outras partes da Bíblia mostram como os animais entendem a linguagem de Deus. Com as
pragas dos gafanhotos, dos piolhos e das moscas, entende-se que estes insetos estavam obedecendo a
voz do Senhor.
Moscas são animais nojentos que se assentam em sujeiras e depois pousam no homem e nos
alimentos.
Os enxames vieram em montões sobre a terra de Cão, e o povo do rei Faraó, rebelde tanto
quanto a ele, sofreu com a infestação das moscas. Êxodo 8:24.
O rei pediu a Moisés que sacrificasse com o povo no território egípcio. Moisés disse não
poder, pois o povo do Egito tinha o sacrifício dos israelitas como abominação. Se por acaso fizesse
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sacrifício ao Senhor naquela terra, os egípcios pegariam em pedras para apedrejar os hebreus. Êxodo
8:25-26.
Moisés pediu para deixar o povo ir a caminho de três dias para oferecer sacrifício ao Senhor.
Faraó, no entanto, falou para não ir tão longe. E, quando sacrificassem, queria ser lembrado em
oração a Deus por ele. Êxodos 8:27-28.
“Cara de pau” era este rei do Egito. Não tinha a menor intenção de se converter ao Senhor,
mas pediu oração para si.
Moisés, pois, falou que ia orar a Deus para retirar os enxames, mas queria garantia de que não
seria enganado novamente. Afinal, o rei prometia atendê-lo quando se via em apertos com alguma
praga, mas depois da intercessão de Moisés para retirar a praga, ele faltava com a sua palavra. Êxodo
8:29.
Moisés orou ao Senhor. Deus atendia as orações de seu amado servo. Os enxames
desapareceram tão rápido como apareceram. Não ficou uma só mosca no Egito. Êxodo 8:30-31.
Foi um milagre verdadeiro do qual ninguém podia duvidar. Infelizmente, como era de se
esperar, Faraó endureceu seu perverso coração. Êxodo 8:32.
Antônio Carlos Dias
Igreja Batista Memorial de Bauru
Rua Santos Dumont, nº 8-21
Terça-feira, 02 de abril de 2013
ÊXODO
DÉCIMA SÉTIMA PARTE
ESTUDO DE TERÇA-FEIRA À NOITE
Notamos que Faraó simboliza o deus deste século, príncipe entre todos os espíritos maus. O
rei era o homem mais poderoso do mundo naquela época, pois o seu reino, o Egito, ocupava o mais
alto grau de desenvolvimento entre as nações.
No entanto, para o seu desprazer, dois irmãos vinham o incomodando para abrir mão dos
escravos hebreus. Afinal, para aquele homem dotado de excepcional capacidade, no mínimo, ouvir
tais pedidos era-lhe um grande insulto.
Faraó não tinha a menor ideia de deixar os escravos ir embora de seu reino. Os escravos
estavam sendo a locomotiva do progresso arquitetônico do Egito. Construções suntuosas eram
erguidas em todo o território do país, e as lendárias pirâmides foram as obras primas da engenharia.
Como símbolo de Satanás, sendo filho natural dele, o rei não tinha a menor compaixão para
com o povo de Deus. O inimigo, rei do mundo atual, procura fazer uso dos filhos de Deus. Quando
os crentes no Senhor não sujeitam aos caprichos do inimigo, ele fica furioso.
Deus instruiu a Moisés para não dar trégua a Faraó, mas ser-lhe insistente para livrar o povo
de seu jugo.
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Por isso o Senhor manda Moisés voltar ao rei e ameaçá-lo com nova praga. Os animais de seu
reino seriam as vítimas. O gado do campo, o cavalo, o jumento, os camelos, os bois e as ovelhas,
animais de grande valia para o povo egípcio, sofreriam com gravíssima pestilência. Êxodo 9:1-3.
Estes animais enumerados serviam de montaria para locomoção, tais como os cavalos,
jumentos e camelos. Naquela época eram a maneira de transporte de cargas, levando-as de uma
cidade para outra, ou mesmo transportar os produtos do campo para a cidade.
Já notamos pelo estudo de Gênesis como os camelos e os jumentos atravessavam desertos,
pradarias e montanhas transportando cargas e pessoas. Portanto, a ameaça de Moisés em assolar estes
animais com pestilência seria assustador para o rei e o povo.
E o Senhor não estava blefando com tal ameaça. Aliás, nenhum mortal espera de Deus algum
blefe para apenas assustar a quem ele ameaça. Quando ele diz de algum castigo que pretende enviar,
pode-se ter certeza que tal punição virá.
Deus determinou, sem perda de tempo, que o dia seguinte os animais seriam atingidos com a
pestilência. Contudo, como já havia avisado o povo hebreu não havia de ver os seus animais mortos.
Somente os dos egípcios morreram, causando, naturalmente, um prejuízo de grande proporção ao
país. Êxodo 9:4-6.
Não acreditando que somente seu povo e país foram grandemente prejudicados, Faraó enviou
alguém para certificar se de fato era assim. Quando descobriu que Israel foi milagrosamente
protegido, ele não refletiu no poder de Deus, mas, endurecendo o seu coração, e mais uma vez negou
o pedido de Moisés. Êxodo 9:7.
Então Deus mandou Moisés pegar da cinza do forno e espalhá-la para o céu diante dos olhos
do rei. Assim, sarnas iam arrebentar em úlceras nos homens e nos gados. Aconteceu exatamente o
que Deus disse; os animais e homens foram pesteados com sarnas e transformadas em úlceras. Êxodo
9:8-10.
Sarna é infecção cutânea causada por ácaro que cava túneis sob a superfície da pele com o
produto de excreção. O resultado é a coceira irresistível ocasionando infecções
bacterianas.secundárias. Úlcera também é inflamação provocada pela destruição da pele. Além disso,
ela pode causar dor e hemorragia.
Então, os egípcios e seus animais passaram por “maus bocados”. Os magos tão petulantes
com os encantamentos, até então resistindo com as feitiçarias, também foram acometidos pela sarna
a tal ponto que não podiam ficar diante de Moisés, visto que a coceira os incomodava. Êxodo 9:11.
Por quê os feiticeiros não neutralizaram a praga da sarna? Não puderam evitar sarna em seus
próprios corpos. Se realmente tivessem poder, então criariam sarna para atingir Moisés e Arão e
também os israelitas na terra de Gósen.
Mesmo assim Faraó não ouviu o pedido dos homens de Deus. Então o Senhor deu ordem
novamente para Moisés voltar ao rei e falar para deixar o povo ir. Quantas vezes Deus está
precisando insistir com o monarca para atender este pedido!!!
Agora Deus disse que vai atingir o rei com pragas. Faraó estava vivo ainda porque Deus
queria mostrar a ele que não há Deus em todo o mundo. Se o Senhor tivesse destruído ao rei a terra
não conheceria o santo nome “JEOVÁ”, o Todo-Poderoso. No entanto, o soberano do Egito, por sua
própria decisão e vontade, obstinadamente se opunha à ordem divina. Exodo 9:12-17.
Sim, o rei era responsável pelos seus atos. Deus não o estava usando como “marionete”.
Longe de Deus fazer tal coisa, pois assim ele não seria justo. O Senhor não conduz ninguém para o
mal.
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“Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo
mal e a ninguém tenta. Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria
concupiscência” (Tiago 1:13-14).
Cada pessoa é responsável dos seus atos, quer sejam bons, quer sejam maus. Deus pede conta
de cada indivíduo, cobrando somente de quem está envolvido numa determinada conduta.
Examinemos, então, algumas passagens que confirma esta verdade,
“Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do filho é minha; a
alma que pecar, essa morrerá” (Ezequiel 18:4).
“A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a maldade do pai, nem o pai levará a
maldade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a impiedade do ímpio cairá sobre ele”
(Ezequiel 18:20).
“Os pais não morrerão pelos filhos, nem os filhos, pelos pais; cada qual morrerá pelo seu
pecado” (Deuteronômio 24:16).
“Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também
ceifará. Porque o que semeia na sua carne da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no
Espírito do Espírito ceifará a vida eterna” (Gálatas 6:7-8).
Antônio Carlos Dias
Igreja Batista Memorial de Bauru
Rua Santos Dumont, nº 8-21
Terça-feira, 09 de abril de 2013
ÊXODO
DÉCIMA OITAVA PARTE
ESTUDO DE TERÇA-FEIRA À NOITE
O maior entrave no homem, sem dúvida alguma, é o seu coração manchado pelo pecado. O
comportamento do rei egípcio deixa claro esta verdade. O homem, infelizmente, continua o mesmo
desde quando o casal no Éden caiu no pecado.
Vivemos numa época diferente, com costumes diversos, cercados por avanços da ciência;
contudo, nada mudou o coração humano. Ele não diferencia em nada dos índios selvagens que ainda
vivem longe das grandes cidades.
Criticamos os selvagens, homens que empunham arco e flecha, mas ignoramos os chamados
civilizados que ceifam vidas com armas modernas. Aliás, as armas fabricadas pelas nações
desenvolvidas matam muito mais do que as dos bárbaros que se utilizam de lanças e tacapes.
Quem resistiu a Moisés e Arão não foi nenhum ignorante. Muito ao contrário, foi um rei que
cursou, possivelmente, a melhor universidade de sua época. O problema, pois, do homem não é a sua
condição social, mas o seu coração enfermo pela doença chamada pecado.
O apóstolo Paulo faz um raio x do coração do homem, através do Espírito Santo, e depois ele
dá uma descrição de enfermidades encontradas na alma do pecador.
“Todos se extraviaram e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem
um só. A sua garganta é um sepulcro aberto; com a língua tratam enganosamente; peçonha de
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áspides está debaixo de seus lábios; cuja boca está cheia de maldição e amargura. Os seus pés são
ligeiros para derramar sangue” (Romanos 3:12-15).
O rei Faraó, como qualquer mortal, tendo o DNA de Adão e Eva, não quis ser curado pelo
único médico da alma. Moisés e Arão vinham mostrando por meio de sinais o único Deus capaz de
resolver o dilema do coração. Mas o rei não quis dar ouvidos às palavras dos servos do Senhor.
Rebelando-se contra a ordem divina, Faraó tornou-se um instrumento de JEOVÁ para
veicular o seu poder a todo canto da terra.
Depois de alguns sinais feitos no país do rei, Deus mandou Moisés avisá-lo de uma chuva de
granizo, tão terrível jamais vista na história do Egito. Êxodo 9:18.
Deus em sua infinita misericórdia deu oportunidade para Faraó se arrepender. Ao contrário do
que muitos dizem, Deus não impediu o rei de retroceder de suas atitudes rebeldes.
“...que quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade” (I
Timóteo 2:4).
“Dize-lhes: Vivo eu, diz o Senhor JEOVÁ, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas
em que o ímpio se converta do seu caminho e viva; convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus
caminhos; pois por que razão morrereis, ó casa de Israel?” (Ezequiel 33:11).
Há outras passagens provando o desejo divino de arrependimento e salvação de todos os
homens, mas estes dois versículos bastam.
Deus falou para recolher o gado do campo; inclusive advertiu homens egípcios a se
precaverem do iminente castigo divino. Êxodo 9:19.
A chuva de saraiva ia cair, e a única maneira de não ser atingida por ela era procurar refúgio.
Quem não acreditava na advertência de Moisés, com certeza, não ia procurar proteção. Mas muitos
egípcios tementes da palavra do Senhor procuraram proteger seus servos e gado. Êxodo 9:20-21.
Deus ordenou a Moisés para estender a mão ao céu para chamar a saraiva em todo o território
do Egito. Aliás, a saraiva não caiu na colônia hebraica encontrada perto do palácio do rei. Com
exceção de Gósen, lugar onde se encontrava os hebreus, a chuva de granizo causou tragédia entre o
gado e os homens. Além da saraiva veio trovões e fogo produzindo enorme prejuízo à nação. Êxodo
9:22-25.
Os filhos de Israel, como era natural, acreditaram na advertência de Moisés e não saíram de
Gósen. Por esta razão eles não foram atingidos por estes fenômenos da natureza. Êxodo 9:26.
A Bíblia mostra um comportamento do rei que é comum em muitas pessoas. Quando
encurraladas elas fingem arrependimento, até mesmo dramatizando com lágrimas para lograr ou
conseguir se safar de alguma punição. Pelas palavras de Faraó parece que se arrependeu. Mas só
parece, pois ele estava longe de pensar nisso. Êxodo 9:27-28.
Moisés, mais uma vez, disse ao rei que assim que estendesse a mão ao SENHOR, os trovões
e a saraiva cessariam. O rei, diante disto, teria por obrigação reconhecer o poder do SENHORr sobre
a terra. Êxodo 9:29.
Contudo, Moisés disse-lhe estar convencido de sua teimosia em continuar endurecendo o
coração contra o Todo-Poderoso. Êxodo 9:30.
O servo do Senhor não era ingênuo. Afinal, oitenta anos de vida era mais do que suficiente
para conhecer um pouco da reação humana. Psicologia faz parte da natureza humana.
Até mesmo no mundo animal a psicologia não é ignorada. Como explicar, por exemplo, o
leão fingir de morto para a sua vítima se aproximar, e assim ele pegá-la?
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A cevada, cereal que serve como alimento, e o linho, fibra que serve para fazer fio e tecido,
foram danificados. Deus estava desta forma estava mostrando que tinha o poder de privar o homem
de suas necessidades básicas.
“Os olhos de todos esperam em ti, e tu lhes dás o seu mantimento a seu tempo. Abres a mão e
satisfazes os desejos de todos os viventes (Salmo 145:15-16).
O trigo e o centeio, cereais para fazer pão estavam cobertos e ficaram protegidos da saraiva.
Moisés fez cessar o temporal atípico jamais presenciado pelos egípcios. Contudo, as manifestações
sobrenaturais feitas diante dos olhos de Faraó nada adiantaram. Tão logo se viu livre da saraiva, o rei
endureceu o coração, decidindo não libertar o povo hebreu. Êxodo 9:31-35.
Antônio Carlos Dias
Igreja Batista Memorial de Bauru
Rua Santos Dumont, nº 8-21
Terça-feira, 16 de abril de 2013
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