Fundação Iberê Camargo e Cosac Naify lançam livro com trajetória completa da construção de sua nova sede, projetada por Álvaro Siza Edição reúne projeto, história da construção, fotografias do edifício e análises de renomados autores da área. Lançamento nacional acontece em Porto Alegre no dia 15 em evento na sede da Fundação Iberê Camargo, às 10h30, e São Paulo no dia 16, no Instituto Tomie Ohtake, durante a abertura da mostra Álvaro Siza Modern Redux. Fundação Iberê Camargo – Álvaro Siza Flávio Kiefer (org.) Textos: Kenneth Frampton, Jorge Figueira, Roberto Segre, José Luiz Canal, Álvaro Siza e Flávio Kiefer Fotos: Duccio Malagamba, Fábio Del Re, Leonardo Finotti, Nelson Kon Edições em Português e Inglês Capa dura 21,5 x 26,5 cm 192 páginas 175 ilustrações R$ 85,00 ISBN 978-85-7503-730-0 Patrocínio: Gerdau, Petrobrás, Camargo Corrêa, RGE, De Lage Landen, Itaú, Vonpar Apoio: Ministério da Cultura, Secretaria da Cultura do Governo do Rio Grande do Sul, Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre Co-edição: Fundação Iberê Camargo A Fundação Iberê Camargo e a Editora Cosac Naify lançam um livro inteiramente dedicado à nova sede da Fundação Iberê Camargo, inaugurada em maio de 2008 em Porto Alegre e concebida pelo arquiteto português Álvaro. Vencedor do Leão de Ouro na Bienal de Veneza em 2002 e aclamado por revistas especializadas no mundo todo, o edifício é emblemático em diversos aspectos: é o primeiro museu construído no país por um expoente da arquitetura mundial, planejado para abrigar o acervo de um único artista. O prédio também se destaca na carreira de Siza que, ao se aproximar da obra de Iberê Camargo, afastou-se da ortogonalidade e racionalidade de sua arquitetura anterior, criando um edifício com traços expressionistas, orgânicos, até mesmo míticos, como observou o crítico inglês Kenneth Frampton, um dos autores dos artigos que integram o livro. O lançamento nacional da publicação acontece em Porto Alegre no dia 15 de outubro em evento no auditório da Fundação Iberê Camargo, às 10h30, e em São Paulo no dia 16, durante a abertura da mostra Álvaro Siza - Modern Redux, exposição que contempla o trabalho desenvolvido pelo arquiteto na última década, no Instituto Tomie Ohtake. Impossibilitado de deixar Portugal por conta do trabalho, Siza se fará presente no lançamento sediado na capital gaúcha através de vídeo-conferência transmitida a partir das 11h, diretamente do seu escritório na cidade de Porto, de onde acompanha os conferencistas presentes, como organizador do livro, o arquiteto e professor Flávio Kiefer, bem como os autores dos artigos apresentados na edição, entre eles o argentino-cubano-brasileiro Roberto Segre, arquiteto e crítico especializado; o português Jorge Figueira, historiador e crítico que acompanha há muitos anos a trajetória de Siza e José Luiz Canal, engenheiro responsável pela obra da nova sede. Após o debate, será aberta uma sessão de autógrafos seguida de exibições, durante todo o dia, do documentário Mestres em Obra, média-metragem dirigido por Marta Biavachi que narra todo o processo de construção do prédio. A entrada para os eventos é aberta ao público e gratuita. www.cosacnaify.com.br Especialistas internacionais assinam artigos sobre o prédio A publicação combina ensaio fotográfico, realizado por destacados fotógrafos contemporâneos de arquitetura, e textos analíticos sobre a obra de Siza, além de detalhes www.iberecamargo.org.br do projeto. O ensaio fotográfico obedece o percurso que o próprio arquiteto imaginou para os visitantes do museu. Tem início com uma vista aérea da cidade de Porto Alegre, da qual o leitor vai se aproximando até encontrar-se em frente à sede da Fundação; lá dentro, o passeio nos guia para a entrada do prédio e leva direto ao último piso, de onde se parte para conhecer cada um dos três andares de exposição. As rampas conduzem o espectador para que ele adentre e desvende os ambientes, percursos e até detalhes construtivos do prédio, como os móveis e desenhos de sinalizações pensados por Siza. Para analisar sua arquitetura e importância para a museologia brasileira e mundial, foram convidados autores de diferentes nacionalidades. O organizador Flávio Kiefer faz a apresentação trazendo dados sobre a trajetória de Iberê Camargo, da Fundação que leva seu nome e da cidade que o abriga, além de um breve relato sobre a história dos museus de arte e a realidade brasileira nesse campo. O inglês Kenneth Frampton, um dos principais críticos e historiadores da arquitetura mundial, mergulha nos meandros simbólicos da arquitetura de Siza, descrevendo o edifício como um labirinto e trazendo à tona relações que evidenciam a importância dessa obra para a história da arquitetura mundial. O argentino-cubano-brasileiro Roberto Segre, com mais de trinta livros publicados sobre arquitetura latino-americana, parte de um panorama da arquitetura de museus para chegar a múltiplas miradas sobre essa obra, destacando a profunda sintonia entre Siza e Iberê Camargo. O português Jorge Figueira, historiador e crítico que acompanha de perto a trajetória de Álvaro Siza, traz o mundo da arquitetura de seu conterrâneo, seu trajeto e enfrentamento com as grandes questões da disciplina, sua maneira mansa de sair do moderno e entrar no pós-moderno sem perder suas raízes. Num país ainda tão modernista quanto o nosso, esse livro tem tudo para acender um debate, mais que necessário, sobre o nosso próprio desatamento desses laços. Por fim, completa o volume um depoimento do engenheiro responsável pela construção, José Luiz Canal. O projeto gráfico também traz novidades, como os encartes duplos com as plantas técnicas, versão dos textos em inglês independente da brasileira, valorizando a produção nacional no exterior. Merecem destaque entre os livros brasileiros de arquitetura as imagens e textos que explicam a parte técnico-construtiva do edifício em todas as suas etapas, contada pelo próprio engenheiro da obra, e uma memória de projeto e um poema sobre o edifício, escritos especialmente pelo arquiteto Siza para esta publicação. A impressão em preto e branco foi feita com duas cores, para acentuar nuances das fotografias, e a capa impressa em serigrafia destaca o cuidado da edição. A obra de arquitetura é vista aqui como uma totalidade, onde todos os aspectos são abordados. A edição foi planejada já à época do lançamento da pedra fundamental, em 2003, quando a Fundação Iberê Camargo contratou o arquiteto e professor Flávio Kiefer para organizar o livro que deveria contar a história da construção da nova sede e o fotógrafo Fábio Del Re para registrar todas as etapas da obra. Desde então, a arquitetura de museus passou a ser uma preocupação da Fundação. Criada em 1995, a Fundação Iberê Camargo logo ocupou um lugar de destaque na cultura nacional pela seriedade na definição e realização de seus objetivos. Não tem se dedicado apenas a proteger e divulgar a obra de Iberê Camargo, um dos mais importantes pintores brasileiros, mas também a promover as artes em geral, através da organização de simpósios, oferta de bolsas de intercâmbio, publicações e uma série de eventos com artistas, curadores e críticos convidados. Ainda que tenha sido pensado para atender a expectativa dos especialistas, Fundação Iberê Camargo – Álvaro Siza é um documento histórico acessível ao público não-especializado, interessado em projeto, história ou teoria. A beleza e a qualidade das fotografias e desenhos já valem a ida à livraria mais próxima. Saiba mais sobre Álvaro Siza Álvaro Siza assina seu primeiro projeto no Brasil sob aplausos de dezenas de publicações especializadas em engenharia e arquitetura no cenário nacional e internacional. O arquiteto tem trabalhos de sua autoria espalhados por toda a Europa - como o projeto do Museu Serralves, na cidade do Porto, e do Centro Galego de Arte Contemporânea, em Santiago de Compostela. Siza nasceu em 1933, na cidade portuguesa de Matosinhos. Formado pela Escola de Arquitetura da Universidade do Porto, o arquiteto desde cedo se empenhou no projeto de não ser tradicionalista sem abandonar suas raízes, construindo uma obra caracterizada www.iberecamargo.org.br pela incessante busca do novo. São próprias dos projetos de Siza a complexidade formal e a simplicidade do desenho, com investidas constantes nos planos horizontais, na clareza das formas e no requinte dos espaços. Na nova sede da Fundação Iberê Camargo - definida por Siza como uma “quase escultura” luz, textura, movimento e espaço são cuidadosamente explorados - o que favorece a relação direta entre o espectador e a obra de arte e torna o contato com o trabalho de Iberê ainda mais rico. Homenageado em mais de quarenta mostras individuais, o arquiteto é membro da American Academy of Arts and Science e Honorary Fellow do Royal Institute of British Architects, da Academie d´Architecture de France e da European Academy of Sciences and Arts. Em 1992, recebeu o Prêmio Pritzker, da Fundação Hyatt, de Chicago, pelo conjunto de sua obra. A premiação é tida como o Nobel da arquitetura. Siza participou ativamente das operações arquitetônicas mais importantes do mundo, como a Olimpíada de Barcelona e a Expo 98, de Lisboa. Também integrou a equipe que recuperou o Chiado, centro histórico de Lisboa destruído por um incêndio em 1988. Em 2007, foi homenageado pelo Governo brasileiro com a Medalha Ordem do Mérito Cultural. SERVIÇO LANÇAMENTO LIVRO FUNDAÇÃO IBERÊ CAMARGO - ÁLVARO SIZA Quando: dia 15, às 10h30 no auditório da Fundação Iberê Camargo (av. Padre Cacique, 2000 – Porto Alegre / RS) Entrada Franca Porto Alegre, 06 de outubro de 2008. www.iberecamargo.org.br