AMEI Escolar Ciências Naturais 9º Ano Resumo nº 3 Transmissão da Vida (parte 3) Conteúdos desta unidade: DST/IST. VIH/SIDA; Possibilidades e limites da medicina moderna no tratamento e cura das DST/IST; Prevenção das DST/IST. Educação Sexual. DST/IST. VIH/SIDA As Doenças e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DST/IST) são doenças e infecções que são contraídas por contacto sexual. São exemplos a hepatite B, a herpes genital, a gonorreia, a sífilis e a SIDA. Algumas DST/IST atingem principalmente as vias genitais, são de fácil diagnóstico e curáveis. Outras podem afectar outros sistemas e causar problemas graves de saúde ou a morte. A hepatite B é provocada pelo Vírus da Hepatite B (VHB) que é transmitido principalmente por relações sexuais sem preservativo e por Icterícia - doença que contacto com sangue. manifesta com amarelidão do tegumento, mucosas e alguns Cirrose - estado A hepatite B pode ocorrer órgãos, em virtude do patológico de alguns de forma aguda, aumento de bilirrubina no órgãos com esclerose provocando sintomas sangue, em alguns casos por por formação de semelhantes a uma gripe estarem obliterados os canais tecido fibroso. que rapidamente degenera da sua condução. em icterícia grave, ou de forma crónica, evoluindo para cirrose. O herpes genital é uma infecção nos órgãos genitais provocada, principalmente, pelo herpesvírus simples tipo 2 (HVS-2) que é principalmente por relações sexuais sem preservativo ou através do beijo. Muitas vezes, o herpes genital não transmite sintomas. Quando há os sintomas manifestam-se por lesões dolorosas e febre, causando uma sensação de queimadura. A Síndroma de Imunodeficiência Adquirida (SIDA) é uma doença causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH). Este vírus utiliza as células do sistema imunitário para se reproduzir, destruindo as defesas do organismo, deixando o indivíduo infectado vulnerável ao ataque de microrganismos, como uma simples constipação. O VIH transmite-se através de alguns líquidos orgânicos, como sangue, esperma, secreções vaginais ou leite materno, e pode entrar no organismo, por exemplo através da parede da vagina ou do interior da boca, por contacto directo com o sangue ou por transmissão de mãe para filhos. Situações como utilizar casas de banho públicas, cumprimentar alguém, tosse ou espirros, picadas de mosquitos e outros insectos e partilha de talheres não revelam nenhum risco de transmissão de VIH. O continente mais devastado pelo VIH é a África. Possibilidades e limites da medicina moderna no tratamento e cura das DST/IST Apesar dos progressos científicos e tecnológicos e da massificação da informação, as DST/IST têm vindo a progredir. Os agentes patogénicos das DST/IST multiplicam-se muito rapidamente e, ao longo das gerações, vão-se modificando geneticamente, reduzindo a eficácia dos medicamentos. Assim, mesmo que se consiga controlar temporariamente uma ou outra doença, a resistência aos medicamentos acaba por inutilizar os medicamentos. Contra o HVS-2 e o CIH foi desenvolvida uma nova classe de medicamentos antivíricos e anti-retrovirais (ARV) com a capacidade de inibir a multiplicação dos vírus. Relativamente ao vírus da hepatite B, a actual vacina do VHB é o resultado do avanço da ciência e da tecnologia, sendo produzida por engenharia genética. Prevenção das DST/IST. Educação Sexual Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), o combate às DST/IST deve ser uma prioridade, já que constituem um grave risco para a saúde individual e comunitária, podendo provocar esterilidade, aumentar a infertilidade e causar lesões no sistema reprodutor. A única forma de prevenir as DST/IST é o sexo seguro. Este termo designa os comportamentos sexuais que permitem evitar o risco de contrair DST/IST. Dentro destes comportamentos encontram-se a abstinência sexual, o uso de preservativo, a fidelidade ao parceiro sexual, a higiene, os hábitos de vida saudáveis e as consultas regulares do médico. Alguns dos métodos concretos para prevenir as DST/IST são o uso de luvas no tratamento de feridas, estar atento a vacinas como a vacina contra HPV (papilomavírus humano) que é transmitido sexualmente e que pode levar ao cancro contra o colo do útero e a criação de campanhas de divulgação de informação. A Educação Sexual (ES) ou Educação para a Sexualidade é o processo pelo qual se obtém informação e se formam atitudes e crenças acerca da sexualidade e do comportamento sexual. A ES desenvolve competências nos jovens possibilitando-lhes escolhas informadas nos seus comportamentos na área da sexualidade e permitindo que se sintam seguros das suas opções. A ES para jovens tem como objectivo conseguir uma melhoria dos seus relacionamentos afectivos-sexuais, ao mesmo tempo que pretende reduzir as possíveis consequências negativas dos comportamentos sexuais, tais como uma gravidez não planeada e as doenças sexualmente transmissíveis.