1 Análise sobre o uso de atividades envolvendo softwares matemáticos, identificados e/ou sugeridos por livros didáticos adotados em escolas de ensino médio de Várzea Grande - MT Felipe do Nascimento INTRODUÇÃO Ao me ingressar no mestrado pelo programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso, na linha de pesquisa Educação em Ciências e Matemática, orientando do professor Drº Sérgio Antônio Wielewski, que é membro do grupo de estudos, que pesquisa Livros Didáticos de Matemática: metodologias, conceitos, concepções e a utilização destes em sala de aula é que se origina a pesquisa com o formato aqui apresentado. Foi durante discussões realizadas nos grupos de estudos que a definição da temática dessa pesquisa se concretizou, tendo como problemática: Que uso se faz, em sala de aula, de atividades envolvendo softwares matemáticos, identificados e/ou sugeridos em livros didáticos adotados em escolas de ensino médio de Várzea GrandeMT? Na pesquisa a que nos propomos a TIC tem como foco a informática como processo de ensino, a partir de propostas do livro didático, pois entendemos que por meio de metodologias que envolvam o uso de recursos computacionais é possível, proporcionar aulas mais motivadoras para esse alunado da era digital em que vivemos. A presente pesquisa se justifica pelas novas tendências em pesquisas existentes, como podemos acrescentar conforme Gonzalez, Que se deve inicialmente esclarecer que o significado de fazer matemática, não está a priori, mas depende do modo como se concebe a matemática: se ela é vista como uma prática social ou enquanto o seu produto, ou seja, a matemática quando concebida como uma prática social é um saber fazer, uma ciência em que o método predomina em relação ao conteúdo. (GONZALEZ 1998, apud PAVANELLO, 2003, p.) É nesta linha de pensamento que se insere a pesquisa da própria prática docente, pois o ensino da matemática tem sido foco de várias discussões e críticas. Dessa forma a pesquisa busca averiguar de que forma os livros didáticos adotados em escolas de ensino médio de Várzea Grande – MT, sugerem atividades envolvendo softwares matemáticos. Nesse sentido a abordagem de investigação adotada será do tipo qualitativo, pois, mesmo existindo preconceitos em relação à pesquisa qualitativa, ela é essencialmente utilizada na pesquisa em educação, isso por que é preciso considerar que os fenômenos humanos e sociais nem sempre podem ser quantificados. Assim, por acreditar que a abordagem qualitativa seja adequada para o trabalho planejado e sistemático a que nos propomos investigar é que adota-se as discussões propostas por Ludke, quando afirma que: Para se realizar uma pesquisa é preciso promover o confronto entre os dados, as evidências, as informações coletadas sobre determinado assunto e o conhecimento teórico acumulado a respeito dele. Em geral isso se faz a partir de um problema, que ao mesmo tempo desperta o interesse do pesquisador e 2 limita sua atividade de pesquisa a uma determinada porção do saber, a qual ele se compromete a construir naquele momento. Trata-se, assim, de uma ocasião privilegiada, reunindo o pensamento e acão de uma pessoa, ou de um grupo, no esforço de elaborar o conhecimento de aspectos da realidade e que deverão servir para a composição de soluções propostas aos seus problemas. Esse conhecimento é, portanto, fruto da curiosidade, da inquietação, da inteligência e da atividade investigativa dos indivíduos, a partir e em continuação do que já foi elaborado e sistematizado pelos que trabalharam o assunto anteriormente. Tanto pode ser confirmado como negado pela pesquisa o que se acumulou a respeito desse assunto, mas o que não pode é ser ignorado. (LUDKE, 1986, p.1) A pesquisa encontra-se organizada em etapas, onde, primeiramente serão realizadas visitas as escolas que atendem as diferentes modalidades de ensino médio de Várzea Grande – MT, a fim de coletar informações a respeito dos livros didáticos de matemática adotados e sua estrutura, procurando identificar se os mesmos indicam atividades computacionais e o uso de softwares nas aulas. Em seguida serão realizadas análises buscando verificar de que forma está apresentada a proposta de utilização dos recursos computacionais que os mesmos sugerem. Na sequencia será realizado as discussões teóricas... CAPITULO I 1 - O Computador e a Educação O Computador é uma máquina capaz de variados tipos de tratamento automático de informações ou processamento de dados. Um computador pode prover-se de inúmeros atributos, dentre eles armazenamento de dados, processamento de dados, cálculo em grande escala, desenho industrial, tratamento de imagens gráficas, realidade virtual, entretenimento e cultura. Assim como a Educação que envolve o tratamento de informações e a interação Ciência, Tecnologia e Sociedade – CTS. 1.1 – A Invenção do Computador Historicamente A primeira máquina de verdade foi construída por Ediin, sendo capaz de somar, subtrair, multiplicar e dividir. Essa máquina foi perdida durante a guerra dos trinta anos (1618-1648, denominação genérica de uma série de guerras que diversas nações européias travaram entre si a partir de 1618, especialmente na Alemanha, por motivos variados: rivalidades religiosas, dinásticas, territoriais e comerciais). Sendo que recentemente foi encontrada alguma documentação sobre ela. Durante muitos anos nada se soube sobre essa máquina, por isso, atribuía-se a Blaise Pascal (1623-1662) que contribuiu decisivamente para a criação de dois novos ramos da matemática: a Geometria Projetiva e a Teoria das probabilidades. Em Física, estudou a mecânica dos fluidos, e esclareceu os conceitos de pressão e vácuo ampliando o trabalho de Evangelista Torricelli. É ainda o autor da primeira 3 máquina de calcular mecânica, que fazia apenas somas e subtrações, a Pascaline, e de estudos sobre o método científico. A máquina de Pascal foi criada com objetivo de ajudar seu pai a computar os impostos em Rouen, França. O projeto de Pascal foi bastante aprimorado pelo matemático alemão Gottfried Wilhelm Leibniz (1646-1726), que foi o primeiro a perceber que a anatomia da lógica - “as leis do pensamento”- é assunto de análise combinatória. Em 1666 escreveu De Arte Combinatória, no qual formulou um modelo que é o precursor teórico de computação moderna: todo raciocínio, toda descoberta, verbal ou não, é redutível a uma combinação ordenada de elementos tais como números, palavras, sons ou cores. Também inventou o cálculo, o qual sonhou que, um dia no futuro, todo o raciocínio pudesse ser substituído pelo girar de uma simples alavanca. Todas essas máquinas, porém, estavam longe de ser um computador de uso geral, pois não eram programáveis. Isto quer dizer que a entrada era feita apenas de números, mas não de instruções a respeito do que fazer com os números. A origem da idéia de programar uma máquina vem da necessidade de que as máquinas de tecer produzissem padrões de cores diferentes. Assim, no século XVIII foi criada uma forma de representar os padrões em cartões de papel perfurado, que eram tratados manualmente. Em 1801, Joseph Marie Jacquard (1752-1834) construiu um tear automático, capaz de ler os cartões e executar as operações na sequência programada. A primeira demonstração prática do sistema aconteceu na virada do século XIX, Os mesmos cartões perfurados de Jacquard, que mudaram a rotina da industria têxtil, teriam, poucos anos depois, uma decisiva influência no ramo da computação. E, praticamente sem alterações, continuam a ser aplicados ainda hoje. A idéia de Jacquard atravessou o Canal da Mancha, um braço de mar que é parte do Oceano Atlântico e que separa a ilha da Grã-Bretanha do norte da França e une o Mar do Norte ao Atlântico, onde inspirou Charles Babbage (1792-1871), mais conhecido e, de certa forma, referenciado como o inventor que projetou o primeiro computador de uso geral, utilizando apenas partes mecânicas, a máquina analítica. Ele é considerado o pioneiro e pai da computação. Seu invento, porém, exigia técnicas bastante avançadas e caras na época, e nunca foi construído. Sua invenção também não era conhecida dos criadores do computador moderno. Foi um professor de matemática de Cambridge ou Cantabrígia uma antiga cidade inglesa, e desenvolveu uma máquina de “tecer números”, ou seja, uma máquina de calcular onde a forma de calcular pudesse ser controlada por cartões. Tudo começou com a tentativa de desenvolver uma máquina capaz de calcular polinômios por meio de diferenças, o calculador diferencial. Enquanto projetava seu calculador diferencial, a idéia de Jacquard fez com que Babbage imaginasse uma nova e mais complexa máquina, o calculador analítico, extremamente semelhante ao computador atual. 4 Sua parte principal seria um conjunto de rodas dentadas, o moinho, formando uma máquina de somar com precisão de cinquenta dígitos. As instruções seriam lidas de cartões perfurados. Os cartões seriam lidos em um dispositivo de entrada e armazenados, para futuras referências, em um banco de mil registradores. Cada um dos registradores seria capaz de armazenar um número de cinquenta dígitos, que poderiam ser colocados lá por meio de cartões a partir do resultado de um dos cálculos do moinho. Além disso tudo, Babbage imaginou a primeira máquina de impressão, que imprimiria os resultados dos cálculos, contidos nos registradores. Babbage conseguiu, durante algum tempo, fundos para sua pesquisa, porém não conseguiu completar sua máquina no tempo prometido e não recebeu mais dinheiro. Hoje, partes de sua máquina podem ser vistas no Museu Britânico, que também construiu uma versão completa, utilizando as técnicas disponíveis na época. Junto com Babbage, trabalhou a jovem Ada Augusta, filha do poeta Lord Byron, conhecida como Lady Lovelace e Ada Lovelace. Ada foi a primeira programadora da história, projetando e explicando, a pedido de Babbage, programas para a máquina inexistente. Ada inventou os conceitos de subrotina, uma seqüência de instruções que pode ser usada várias vezes, loop, uma instrução que permite a repetição de uma seqüência de cartões, e do salto condicional, que permite saltar algum cartão caso uma condição seja satisfeita. Ada Lovelace e Charles Babbage estavam avançados demais para o seu tempo, tanto que até a década de 1940, nada se inventou parecido com seu computador analítico. Até essa época foram construídas muitas máquinas mecânicas de somar destinadas a controlar negócios (principalmente caixas registradoras) e algumas máquinas inspiradas na calculadora diferencial de Babbage, para realizar cálculos de engenharia (que não alcançaram grande sucesso). O próximo avanço dos computadores foi feito pelo americano Herman Hollerith (1860-1929), que inventou uma máquina capaz de processar dados baseada na separação de cartões perfurados (pelos seus furos). A máquina de Hollerith foi utilizada para auxiliar no censo de 1890, reduzindo o tempo de processamento de dados de sete anos, do censo anterior, para apenas dois anos e meio. Ela foi também pioneira ao utilizar a eletricidade na separação, contagem e tabulação dos cartões. A empresa fundada por Hollerith é hoje conhecida como International Business Machines, ou IBM. O primeiro computador eletro-mecânico foi construído por Konrad Zuse (1910– 1995). Em 1936, esse engenheiro alemão construiu, a partir de relês que executavam os cálculos e dados lidos em fitas perfuradas, o Z1. 5 Zuse tentou vender o computador ao governo alemão, que desprezou a oferta, já que não poderia auxiliar no esforço de guerra. Os projetos de Zuse ficariam parados durante a guerra, dando a chance aos americanos de desenvolver seus computadores. Foi na Segunda Guerra Mundial, conflito militar global que durou de 1939 a 1945, envolvendo a maioria das nações do mundo, que realmente nasceram os computadores atuais. A Marinha dos Estados Unidos, em conjunto com a Universidade de Harvard e a IBM, desenvolveu o computador Harvard Mark I, também conhecido como Automatic Sequence Controlled Calculator ASCC, e foi o primeiro computador digital automático de larga escala desenvolvido nos Estados Unidos da América. Ele foi construído em 1944, projetado pelo professor Howard Aiken, com base no calculador analítico de Babbage. O Mark I ocupava 120m³ aproximadamente, conseguindo multiplicar dois números de dez dígitos em três segundos. Aiken completou seu trabalho no computador Harvard Mark II. Ele continuou o trabalho em versões posteriores do computador, como o Mark III e o Harvard Mark IV. A terceira versão usava alguns componentes eletrônicos, enquanto a quarta era totalmente eletrônica. Simultaneamente, e em segredo, o Exército dos Estados Unidos desenvolvia um projeto semelhante, chefiado pelos engenheiros J. Presper Eckert e John Mauchy, cujo resultado foi o primeiro computador a válvulas, o Eletronic Numeric Integrator And Calculator (ENIAC), capaz de fazer quinhentas multiplicações por segundo. Tendo sido projetado para calcular trajetórias balísticas, o ENIAC foi mantido em segredo pelo governo americano até o final da guerra, quando foi anunciado ao mundo. No ENIAC, o programa era feito rearranjando a fiação em um painel. Nesse ponto John von Neumann propôs a idéia que transformou os calculadores eletrônicos em “cérebros eletrônicos”: modelar a arquitetura do computador segundo o sistema nervoso central. Para isso, eles teriam que ter três características: 1. Codificar as instruções de uma forma possível de ser armazenada na memória do computador. Von Neumann sugeriu que fossem usados uns e zeros. 2. Armazenar as instruções na memória, bem como toda e qualquer informação necessária a execução da tarefa, e 3. Quando processar o programa, buscar as instruções diretamente na memória, ao invés de lerem um novo cartão perfurado a cada passo. Este é o conceito de programa armazenado, cujas principais vantagens são: rapidez, versatilidade e automodificação. Assim, o computador programável que conhecemos hoje, onde o programa e os dados estão armazenados na memória ficou conhecido como Arquitetura de von Neumann. Para divulgar essa idéia, von Neumann publicou sozinho um artigo. Eckert e Mauchy não ficaram muito contentes com isso, pois teriam discutido muitas vezes com 6 ele. O projeto ENIAC acabou se dissolvendo em uma chuva de processos, mas já estava criado o computador moderno. 1.2 – A Inserção do Computador na Educação Somente após décadas de criação do computador é que segundo Valente, houve uma discussão que traz a informação de que A Informática na Educação, no Brasil, nasceu a partir do interesse de educadores de algumas universidades brasileiras motivados pelo que já vinha acontecendo em outros países como Estados Unidos da América e França. (VALENTE, 1999, p.03) Porém, isso é algo recente, que teve seu inicio na década de 1950, mas era utilizado apenas para armazenarem dados. Com o passar do tempo que ela foi ganhando espaço ate chegar à sala de aula. O Brasil iniciou a busca de um caminho para informatizar a educação em 1971, quando pela primeira vez se discutiu o uso de computadores no ensino de Física (USP/São Carlos). Em 1973, algumas experiências começaram a ser desenvolvidas em outras universidades, usando computadores de grande porte como recurso auxiliar do professor para ensino e avaliação em Química (Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ) e desenvolvimento de software educativo na Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS. Destacam-se, ainda, nos anos 70, as experiências do Laboratório de Estudos Cognitivos do Instituto de Psicologia - LEC, da UFRGS, apoiadas nas teorias de Piaget e Papert, com público-alvo de crianças com dificuldades de aprendizagem de leitura, escrita e cálculo. A Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, em 1975, iniciou cooperação técnica - ainda existente - com o Media LAB do Massachussets Institute of Technology - MIT, criando um grupo interdisciplinar para pesquisar o uso de computadores com linguagem LOGO na educação de crianças. Ainda em 1975 foi produzido o documento "Introdução de Computadores no Ensino do 2º. Grau" financiado pelo Programa de Reformulação do Ensino do Ministério de Educação e Cultura (PREMEM/MEC). Podemos destacar também, em 1979, a criação da Secretaria Especial de Informática (SEI), primeiro órgão destinado a estudar uma política nacional para as questões específicas da informática na Educação. No entanto, a cultura nacional de informática na educação teve início nos anos 80, a partir dos resultados de dois seminários internacionais (1981 e 1982) sobre o uso do computador como ferramenta auxiliar do processo de ensino-aprendizagem. No I Seminário Nacional de Informática na Educação que aconteceu na Universidade de Brasília em 1981, foi divulgado o documento denominado Subsídios para Implantação do Programa Nacional de Informática na Educação, foram definidas 7 também, recomendações que nortearam o desenvolvimento da Informática na Educação no país. Dentre as mais importantes o reconhecimento do computador como um meio de ampliação das funções do professor, e não como um substituto. Já o II Seminário foi organizado na Universidade Federal da Bahia com tema: "O impacto do computador no processo educacional brasileiro em nível do 2o. grau". Em 1983 o Secretário de Informática baixou a portaria no. 01/83, criando a Comissão Especial de Informática na Educação no. 11/83. Essa comissão propunha orientações básicas para utilização das terminologias de informática no processo ensino. Após os Seminários surgiu, a idéia de implantar projetos-piloto em universidades, o que originou, em 1983, o Projeto EDUCOM, (pesquisas sobre o uso do computador como instrumento do processo de aprendizagem escolar) iniciativa conjunta do MEC, Conselho Nacional de Pesquisas - CNPq, Financiadora de Estudos e Projetos FINEP e Secretaria Especial de Informática da Presidência da República - SEI/PR. O projeto EDUCOM era voltado à criação de núcleos interdisciplinares de pesquisa e formação de recursos humanos nas universidades federais do Rio Grande do Sul (UFRGS), do Rio de Janeiro (UFRJ), Pernambuco (UFPE), Minas Gerais (UFMG) e na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Apesar de dificuldades financeiras, esse projeto foi o marco principal do processo de geração de base científica e formulação da política nacional de informática educativa. Em 1984 foi reestruturado o Centro de Informática do MEC (CENINFOR) para assumir Coordenação do projeto EDUCOM e recebeu a responsabilidade de implantá-lo, coordená-lo e supervisioná-lo. A partir desse momento, o MEC assumiu a liderança do processo de informatização da educação brasileira, procurando organizar-se para o cumprimento de suas novas obrigações. Considerando os resultados do Projeto EDUCOM, o MEC criou, em 1986, o Programa de Ação Imediata em Informática na Educação de 1º e 2º grau, destinado a capacitar professores (Projeto FORMAR) e a implantar infra-estruturas de suporte nas secretarias estaduais de educação (Centros de Informática Aplicada à Educação de 1o e 2o grau - CIED), escolas técnicas federais (Centros de Informática na Educação Tecnológica - CIET) e universidades (Centro de Informática na Educação Superior CIES). Competia a cada secretaria de educação e a cada instituição de ensino técnico e/ou superior definir pedagogicamente sua proposta. A implantação do Programa de Informática ocorreu, portanto, a partir de 1986, mediante a locação de novos recursos para a pesquisa, o lançamento do 1º Concurso Nacional de Software Educativo e Avaliação do Projeto EDUCOM. No início de 1988 a Organização dos Estados Americanos - OEA convidou o MEC para avaliar o projeto de Informática Aplicada à Educação Básica do México. Isso 8 fez o MEC e a OEA formularem um projeto multinacional de cooperação técnica e financeira, integrado por oito países americanos, que vigorou entre 1990 e 1995. A partir do projeto multinacional foram implantados em vários estados da Federação 17 CIEDs (1988-89), nos quais grupos interdisciplinares de educadores, técnicos e especialistas trabalhavam com programas computacionais de uso/aplicação de informática educativa. Esses centros atendiam a alunos e professores de 1º e 2º grau e à comunidade em geral e foram irradiadores e multiplicadores da telemática na rede pública de ensino. A sólida base teórica sobre informática educativa no Brasil existente em 1989 possibilitou ao MEC instituir através da Portaria Ministerial n. 549/89, o Programa Nacional de Informática na Educação - PRONINFE, com o objetivo de “desenvolver a informática educativa no Brasil, através de atividades e projetos articulados e convergentes, apoiados em fundamentação pedagógica, sólida e atualizada, de modo a assegurar a unidade política, técnica e científica imprescindível ao êxito dos esforços e investimentos envolvidos.” Apoiado em dispositivos constitucionais relativos à educação, ciência e tecnologia, o PRONINFE visava: promover o desenvolvimento da informática educativa e seu uso nos sistemas públicos de ensino (1º, 2º, 3º grau e educação especial); fomentar o surgimento de infra-estrutura de suporte nas escolas, apoiando a criação de centros, subcentros e laboratórios; capacitar contínua e permanentemente professores. O Programa previa crescimento gradual da competência tecnológica referenciada e controlada por objetivos educacionais, amparado num modelo de planejamento participativo que envolvia as comunidades interessadas. Os objetivos e metas do PRONINFE foram formulados em sintonia com a política nacional de ciência e tecnologia da época. O PRONINFE apresentou os seguintes resultados no período de 1980 - 1995: - 44 centros de informática na educação implantada, a maioria interligada na Internet. - 400 subcentros implantados, a maioria por iniciativas de governos estaduais e municipais, a partir do modelo de planejamento concebido, inicialmente, pelo Projeto EDUCOM/UFRGS (destes, 87 estão no Estado do Rio Grande do Sul). - 400 laboratórios de informática educativa em escolas públicas, financiados por governos estaduais e municipais. - Mais de 10.000 profissionais preparados para trabalhar em informática educativa no país, incluindo um número razoável de pesquisadores com cursos de mestrado e doutorado. O PRONINFE, apesar de dificuldades orçamentárias, gerou, em dez anos, uma cultura nacional de informática educativa centrada na realidade da escola pública. Ele 9 constituiu o principal referencial das ações atualmente planejadas pelo MEC: correspondeu praticamente a uma fase piloto que durou mais de uma década. Em 1990 a Sociedade Brasileira de Computação - SBC criou um grupo de interesse específico na área de Informática e de Educação, iniciando um ciclo de encontros anuais. Nesse mesmo ano foi realizado encontro também no Rio de Janeiro e organizado pela Coordenação de Programas de Pós-Graduação de Engenharia – COPPE/UFRJ e pelo Departamento da Educação da Pontifícia Universidade Católica – PUC/RJ, disseminando os resultados de pesquisas e experimentos bem sucedidos no Brasil e no Mundo. Dessa forma foi se evoluindo a questão da informática na educação e ao considerá-la como um tema complexo é que o programa acima citado teve grande relevância no setor educacional, pois, como aponta Almeida, “O universo de estudos da informática na educação é como uma rede dinâmica de temas ou especificidades inter-relacionados para propiciar a unificação de conhecimentos. A consistência das inter-relações entre os temas em estudo determina a estrutura da rede toda, uma vez que os ‘diversos temas articulam-se mutuamente e abre-se para muitos outros, aqui apenas tangenciados, numa teia que não se fecha, que não se completa, que não poderia completar-se: a própria idéia de complemento ou fechamento não parece compatível com a concepção de conhecimento que se intenta semear’” (MACHADO, 1995:21 apud ALMEIDA, 2000, P.22) Diante do que foi apontado por Almeida é que se percebe o quanto as tecnologias, sobretudo o computador pode ser uma ferramenta de suma importância no processo de ensino aprendizagem de forma que atendam as expectativas desse novo público que temos nas escolas. CAPITULO II 2 - Concepções Relacionadas à Utilização do Computador e de Softwares nas Aulas de Matemática Diante do panorama exposto no capitulo anterior e as contribuições históricas das tecnologias, sobretudo do computador e suas possibilidades no processo de ensino e aprendizagem é que tratamos aqui das concepções de alguns autores referente à inserção das tecnologias informáticas na sala de aula. E ao se tratar de questões que envolvem a relação de ensino e aprendizagem e o processo de ensinar praticamente dito, não devemos deixar de lado as diferentes metodologias que podem e devem ser utilizadas. E ainda lembrar que estamos inseridos em um mundo tecnológico, ou seja, estamos em uma era digital e dessa forma a educação precisa inserir um processo metodológico adequado a essa era. 10 Assim o computador é um importantíssimo instrumento que pode auxiliar o professor nessa nova forma de ensinar para o alunado que temos hoje, pois Almeida afirma que, “Informática na educação é um novo domínio da ciência que em seu próprio conceito traz embutida a idéia de pluralidade, de inter-relação e de intercâmbio crítico entre saberes e idéias desenvolvidas por diferentes pensadores.” (ALMEIDA, 2000, p.19) Essa interação entre saberes e idéias é que contribui de forma significativa para a construção do conhecimento e sendo assim a metodologia incluindo uso do computador e suas possibilidades, deve fazer parte das atividades cotidianas do professor nessa era digital. 2.1 – Possibilidades de utilização do Computador Veremos agora algumas possibilidades que a informática e sobretudo o computador nos apresenta como ferramentas de ensino. Pois, segundo Freitas, “Uma nova era tem início, onde abre enormes possibilidades de comportamentos e de conhecimentos planetários, com resultados sem precedentes para o entendimento e harmonia da humanidade. Não homogeneização biológica ou cultural da espécie, mas a convivência harmoniosa dos diferentes, por meio de uma ética de respeito mútuo, solidariedade e cooperação”. (FREITAS, 1989, p.136). A partir da idéia de início de uma nova era é que se considera a importância do aprender a conhecer, meio enquanto forma de compreender a complexidade do mundo, e condição necessária para viver dignamente desenvolvendo possibilidades pessoais e intelectuais, para se comunicar, enfim, porque seu fundamento é o prazer de compreender, de conhecer, de descobrir. Assim entende-se então, o computador como sendo uma máquina que desperta de maneira significativa o interesse das pessoas e traz possibilidades diversas de atividades sejam elas: profissionais, recreativas ou educacionais. Porém, os alunos utilizam desse recurso apenas como recreação e é preciso que o professor conheça suas potencialidades para poder utilizá–la como atividade educacional. Almeida aponta que: “Ao analisar as possibilidades de introduzir os recursos computacionais nas práticas educacionais com o objetivo de transformar o processo ensino-aprendizagem, não se pode ter como referência nenhum quadro teórico anteriormente estruturado. É preciso delinear uma base conceitual que represente um movimento de integração entre diferentes teorias e que possa conduzir à compreensão do fenômeno educativo em sua unicidade e concretude.” (ALMEIDA, 2000, p. 22) Nesse processo de inserção do computador e suas possibilidades em sala de aula, Litwin aponta que “as formas de utilização dos computadores como recurso didático podem ser classificados nas seguintes modalidades: tutorial, de exercícios ou prática, demonstração, simulação e jogo”. (LITWIN, 1997, pp.86-7). A classificação de Litwin nos leva a compreender que as possibilidades que o computador nos disponibiliza são muitas e que podem revolucionar o processo de ensino e aprendizagem, se forem utilizadas de maneira consciente e didaticamente correta. Assim, como afirma Novick: 11 [...] ao menos sabemos que uma mesma tecnologia pode ser posta em marcha com a mesma eficácia por articulações diferentes saberes. Esta variabilidade de escolhas com a mesma técnica pareceria ir na linha de que a tecnologia por si mesma não há de gerar nem mais ou menos empregos, nem piores ou melhores condições de trabalho, nem maiores qualificações. Sua ação ou seus efeitos neste campo vão estar condicionados por decisões ‘políticas’ que são resultados das ‘relações sociais’ preexistentes à tecnologia, onde interagem desde fatores do mercado de trabalho externo e interno à empresa até as formas culturais do universo demográfico e social da região onde se insere. (NOVICK apud LITWIN,1997, p.82 ) Dessa afirmação do Novick nota-se que as possibilidades que a tecnologia e/ou o computador apresenta vai além do setor educacional, mas como o nosso trabalho é direcionado a questões educacionais e metodológica tratamos então, de concepções relacionadas a esse âmbito que irá nos permitir uma discussão que possa de alguma forma contribuir com a ação do professor em sala de aula. Portanto, vejamos a afirmação de Ilce a respeito da tecnologia educacional. A concepção de Tecnologia Educacional, como o uso de recursos audiovisuais no ensino, logo foi refutada, embora tenha podido sobreviver longo tempo entre alguns educadores e comunicadores latino-americanos [...] reduzida aos dispositivos, era inapropriado falar de uma tecnologia educacional; porém estava se presenciado, antes, um fenômeno de tecnologia na educação. Isto é, aparelhos tecnológicos concebidos para tarefas alheias ao campo educacional incorporavam-se a este com propósitos instrucionais. [...] Nesse sentido, uma aguda observação referente à definição do campo consistiu em estabelecer a distinção entre processos e produtos; entre hardware e software. Nestes termos, já era possível falar de tecnologia educacional, isto é, procedimentos, estratégias e métodos, derivados do conhecimento sobre o factum educativo, que se aplicavam à resolução de problemas práticos. Já não se tratava unicamente de dispositivos ou meios técnicos introduzidos no âmbito pedagógico, mas também de elementos instrumentais para sistematizar os processos e a organização educacional. (ILCE apud LITWIN, 1997, P.15) Essa discussão nos conduz a compreensão de quanto foi complexo a inserção do computador e suas possibilidades no processo de ensino, mas toda mudança traz consigo vários obstáculos que não são ultrapassados de imediato, todavia temos que nos adequar ao mundo que vivemos. Sendo o computador capaz de nos possibilitar esse imenso campo de possibilidades, por que não utilizá-lo no processo de ensino aprendizagem. 2.2 – Algumas possibilidades: Softwares Livres Hoje os professores (as) contam com uma extensa lista de softwares e muitas outras possibilidades de poder inserir atividades que contemple o uso do computador nas aulas, porém, é preciso que esse professor (a) conheça bem essa ferramenta para visualizar os processos e ou passo a passo dessa inserção na sua atividade prática. Segundo a Série de Estudos Educação a Distância do Salto para o Futuro: O computador pode ser um importante recurso para promover a passagem da informação para o usuário ou promover a aprendizagem. No entanto, da análise dos softwares é possível entender que o aprender não deve estar restrito ao software, mas à interação professor-aluno-software. Alguns softwares apresentam características que favorecem a atuação do professor, 12 como no caso da programação; outros, em que certas características não estão presentes e requerem um maior envolvimento do professor para auxiliar o aluno a aprender, como no caso do tutorial. Assim a análise dos softwares educacionais em termos do aprender e do papel que o professor deve desempenhar para que o aprendizado ocorra, permite classificá-los em posições intermediárias entre tutoriais e a programação. No entanto, cada um dos diferentes softwares usados na educação, como os tutoriais, a programação, o processador de texto, os softwares multimídia, as simulações e modelagens e os jogos, apresentam características que podem favorecer, de maneira mais explícita, o processo de construção do conhecimento. É isso que deve ser analisado quando escolhemos um software para ser usado em situações educacionais. (ALMEIDA, 2000, p.92-3) Assim apontamos aqui alguns softwares que podem contribuir nessa preparação do professor (a): Calc 3D Dr. Geo Geogeobra GeoNext Kalcul Kbrusch Kpercentage WinPlot CAPITULO III 3 - Discutindo Livro Didático: Foco da Pesquisa A questão do uso do livro didático é bastante discutida nos aspectos teóricos e com muito mais enfase nos PCNs+, pois nota-se muitos problemas com os livros que são apresentados para os alunos tanto do ensino fundamental como do ensino médio. Ao se preocupar com essa realidade é que a pesquisa abre esse espaço para analisar as idéias dos teóricos e dos PCNs+ afim de ter base suficiente para contribuir na escolha de um determinado livro e utilizá-lo, na prática docente. E leva em conta que o reconhecimento do livro didático como instrumento de formação educacional e cultural não implica na afirmativa que qualquer livro é bom para qualquer idade. Infelizmente, ainda hoje encontra-se livros didáticos alheios à realidade social e econômica que o país atravessa, baseando seus estudos em textos que retraíam as ideias e valores da classe a que pertence seu autor. Compilando conteúdos e atividades dispostas de maneira a tolherem a criatividade do educando e do educador, o livro didático pode se transformar em um agente prejudicial ao invés de auxiliar no processo educacional. 13 No entanto, dentre outros fatores, uma de suas vantagens é a economia de tempo, uma vez que, com a crescente desvalorização do professor, este passou a se dividir entre vários empregos e tem dificuldade em produzir seu próprio material de apoio às aulas. Os estudos a respeito do livro didático têm aumentado progressivamente. A maioria aborda a legislação vigente, outras os critérios de produção e ainda o seu conteúdo sendo que esta última desvendam as intenções escondidas por trás de um simples texto, descortinando um poderoso agente de transmissão dos valores da classe dominante. Pois a ele têm acesso as crianças nas quais o senso crítico ainda não foi trabalhado, sendo, portanto, uma ótima oportunidade para estabelecer conceitos e idéias que acompanharão essas crianças para o resto de suas vidas. Considerando que os livros didáticos são importantes aliados dos alunos no acompanhamento de conceitos, pois em vez de passar o tempo curto da aula copiando tais conceitos os livros contribuem para um melhor aproveitamento desse tempo de aula, não que esse seja um aproveitamento significativo, mais ajuda! Os PCN's+ propõem um novo ensino fundamental visando o preparo do aluno para o pleno exercício da cidadania. O documento não se infiltrou no meio escolar para impor regras, seu principal objetivo é auxiliar o professor na ruptura da artificialidade e fragmentação dos trabalhos. De fato, o ensino de matemática, segundo os PCN's terá prestado sua contribuição na construção de uma sociedade participativa (...) à medida que forem exploradas metodologias que priorizem a criação de estratégias, a comprovação, a justificativa, a argumentação, o espírito critico, e favoreçam a criatividade do desenvolvimento da confiança na própria capacidade de conhecer e enfrentar desafios. ( PCNs+, 2002, p. 31) O livro didático é um recurso educacional que pode provocar mudanças nos modos de pensar, agir e sentir dos alunos, principalmente entre os mais jovens, pois nesse período o aluno não possui o discernimento suficiente para julgar os conceitos ali apresentados. Na educação atual, ainda encontramos educadores que consideram "errado" o conhecimento que o aluno traz de casa para a sala de aula, então, o que é pior, considera-se que ele sofre de um completo vazio intelectual, que a escola deverá preencher, descaracterizando o saber popular que não é analisado em seu contexto específico, sendo rotulado como crendice ou senso comum. Com relação aos erros gramaticais ou de conceitos, estes ocorrem com menos frequência hoje em dia, devido à pressão dos órgãos oficiais que exigem da maioria dos editores o cuidado de revisar os seus livros para que não haja tantos erros grosseiros. Porém, essa atitude não é suficiente. A sociedade e, especialmente, o governo precisam estar atentos para as mensagens veiculadas nos livros didáticos. Como na atual situação em que se encontra a educação ele se transforma no principal agente do processo de ensino, é preciso que se esteja atento para o tipo de conhecimento a que os alunos estão sujeitos, para evitar que se crie uma geração de alienados. 14 Por isso o "pensar e o construir" tendo como recurso o livro didático, não é tarefa fácil. No entanto, o educador comprometido com o processo de ensino e aprendizagem, buscará meios para que tais objetivos sejam concretizados. Referindo-se ao método Paulo Freire considera-se que: “Em um Brasil tão grande, onde é nítida a cisão entre cidade e campo e tão diferentes as culturas regionais, é impossível saber antecipadamente o que interessa e motiva o educando. Por isso, os livros são rejeitados como "roupas de tamanho único" que serve para todo mundo e para ninguém e que tratam de temas distantes da realidade vivida.” (FREIRE, 1972, p.53) Podemos afirmar, sem risco de errar, que o educador Paulo Freire, foi um dos grandes mestres brasileiros da atualidade. Sua postura teórica supera a lógica da dominação como sendo apenas uma questão de classes sociais, na qual os privilégios de uns impedem a maioria de se beneficiar dos bens produzidos. Um desses benefícios é a educação, por isso, em seus estudos, este educador refere-se a dois tipos de pedagogia, isto é, a pedagogia dos dominantes, que percebe a educação como prática de dominação e a pedagogia do oprimido, em que os oprimidos necessitam lutar no interesse de sua própria libertação da opressão que eles mesmos podem estar operando subjetiva e objetivamente. Nesse sentido, Paulo Freire coloca a necessidade de um comprometimento apaixonado por parte dos educadores, tendo como fundamento um projeto social para humanizar a própria vida, em que todos sejam incluídos. O ensinar matemática é auxiliar o aluno a enfrentar desafios, a compreender conceitos e processos que, quando necessário, podem ser resgatados e aprofundados, com lógica e consciência, o que proporcionará ao aluno segurança e satisfação. Ensinar matemática é ensinar ao aluno a pensar, a resolver problemas, a dominar conceitos e procedimentos, e não consiste em obrigar o aluno a decorar um conjunto de símbolos e regras destituídos de significados, com a finalidade única de responder às questões propostas pelo professor. Se os saberes escolares não podem ser alheios a experiência real dos educandos, nada mais razoável que os educadores superem a postura autoritária e procurem conhecer os educandos. Isto significa olhar atentamente sua realidade para melhor escolher o material didático que irá colocar em suas mãos. CAPITULO IV Análise dos Resultados No início da caminhada em busca de resultados referente à utilização de atividades computacionais proposta por livros didáticos de matemática adotados pelas escolas foi pensada em realizar a pesquisa aqui relatada somente nas escolas estaduais de Cuiabá – MT. Porém no decorrer dessa caminhada, resolveu-se ampliar o espaço amostral da pesquisa envolvendo a Cidade de Várzea Grande – MT, pois em visita a escola Jaime 15 Veríssimo de Campos Júnior – Jaiminho foi encontrado um livro que propõem muitas atividades envolvendo a utilização do computador nas aulas de matemática. Continuando as visitas agora nas escolas de Cuiabá e Várzea Grande – MT que atendem as diversas modalidades do Ensino Médio, foi possível constatar que os livros didáticos adotados nem sempre apontam, tais atividades. Mas com as visitas foi detectado que o espaço amostral ficou muito amplo, fezse outra opção em utilizar como foco apenas a cidade de Várzea Grande – MT, pois já temos escola que adotou o livro didático que possui propostas de atividade utilizando do computador que é o nosso foco. Referências Bibliográficas BORBA, M. C., JANUZZI, G. Fun [softwares]. Em fase de publicação, 1998. BORBA, Marcelo de Carvalho. Pesquisa qualitativa em educação matemática / organizado por Marcelo de Carvalho Borba e Jussara de Loiola Araújo; Autores Dario Fiorentini, Antonio Vicente MarafiotiGarnica, Maria Aparecida Viggiani Bicudo. 2ª Ed. – Belo Horizonte: Autêntica, 2006. Ciencias da natureza, matemática e suas tecnologias / Secretaria de Educação Básica. – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006. 135 p. (Orientações curriculares para o ensino médio: volume2). D’AMBROSIO, U. Etnomatemática e Educação. In: KNIJNIK, G; WANDERER, F.; OLIVEIRA, C. J. (Org). Etnomatemática, Currículo e Formação de professores. 1ª reimpressão. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2006. FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1972. LITWIN, Edith. Tecnologia educacional: política, histórias e propostas/ organizado por Edith Litwin. – Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. LUDKE, Menga. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas/Menga Ludke, Marli E.D.A. André. – São Paulo: EPU, 1986. PAVANELLO, Regina Maria. A pesquisa na formação de professores de matemática para a escola básica in Educação Matemática em Revista, SBEM, 2003, p.8-12. PONTE, João Pedro. Investigar a nossa própria prática in GRUPO DE TRABALHO DE INVESTIGAÇÃO (Org). Refletir e Investigar sobre a Prática Profissional. Portugal: Associação de Professores de Matemática, 2002, p.5-24.