Catequese Vicentina

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SOCIEDADE DE SÃO VICENTE DE PAULO - SSVP
CONSELHO PARTICULAR N. S. DAS DORES – CRUZEIRO-DF
CATEQUESE VICENTINA
A BÍBLIA
VAMOS AGORA DESENVOLVER O ASSUNTO, PARTINDO DA DEFINIÇÃO
1 - O que é a Bíblia?
R. É o conjunto de todos os livros inspirados do Antigo e do Novo Testamento. É a coleção
completa de tudo o que foi escrito sob a inspiração do Espírito Santo. A palavra Bíblia
significa “os livros” (vem do grego).
A inspiração se define assim: um influxo sobrenatural sobre o autor humano para
escrever tudo o que Deus quer. “Toda escritura é inspirada por Deus” (cf. 2Tm 3,16; 2 Pd
1,21).
2 - Quais são os maiores escritores da Bíblia?
R.
Do Antigo Testamento (AT): Moisés, Davi e Esdras.
Do Novo Testamento (NT): Mateus, Marcos, Lucas, João e o apóstolo Paulo.
Obs.: Os primeiros escritos da Bíblia foram feitos a partir do ano 1.200 antes de Cristo, por
iniciativa inspirada de Moisés.
3 - Em que consiste a unidade da Bíblia?
R. Consiste nisso: no AT é anunciado o Messias, o filho de Deus que devia vir salvar a
humanidade. No NT é narrada a história e a doutrina do Salvador e de sua Igreja nascente.
4 - Como chegou até nós a Bíblia?
R. Antigamente, antes da invenção da imprensa, escrevia-se em tijolos, papiros e
pergaminhos. Papiro: tirado de uma planta especial (papirus); cortando-se os filamentos do
tronco, saía uma folha larga e comprida, que era enrolada e se podia escrever de um lado.
Pergaminho: pele de animal (ovelhas e cordeiros), devidamente preparada, na qual se podia
escrever; chama-se assim porque esse método foi inventado na cidade de Pérgamo, antiga
capital da Mísia. Os antigos monges (frades ou religiosos de mosteiros), antes da invenção da
imprensa, transcreviam a Bíblia em milhares de cópias em pergaminhos. Assim, a Bíblia
chegou até nós, intacta, completa, sem adulteração. As cópias mais antigas da Bíblia se
encontram na biblioteca Vaticana (código Vaticano: B-03) e no Museu Britânico (Código
Sinaítico: S-01). Assim, a Bíblia, Palavra de Deus, chegou até nós única e exclusivamente por
meio da Igreja Católica.
5 - Como nasceu o cânon da Bíblia?
R. Primeiramente vamos explicar o que é Cânon? Cânon são regras, decisões de concílio
(assembléia de prelados católicos) sobre assuntos dogmáticos ou disciplinares.
Quase todos os livros do AT foram escritos em hebraico. Por que muito judeus
emigraram da Palestina para roma, Alexandria, etc., tornou-se necessário traduzir a Bíblia para
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o grego, a língua falada no mundo todo. Foram feitas duas grandes traduções da Bíblia para o
grego. A primeira se chama Bíblia palestinense ou Esdrina, cuja codificação começou quase
500 anos antes de Cristo e terminou 100 anos depois de Cristo. A segunda tradução se chama
Bíblia Alexandrina ou dos Setenta. Chama-se assim porque foi traduzida para o grego por 70
sábios de Alexandria, 300 anos antes de Cristo. Acontece que a Bíblia Alexandrina ou dos
Setenta contém alguns livros a mais do que a Bíblia Palestinense ou Esdrina. Os livros que
apareceram nas duas traduções da Bíblia se chamam Protocanônicos. estes são aceitos por
todos como inspirados. Os livros que apareceram apenas na Bíblia Alexandrina se chamam
Deuterocanônicos: Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruc, 1º Macabeus e 2º
Macabeus; e os capítulos 10 a 16 do Livro de Ester e os capítulos 3, 13 e 14 do Livro de
Daniel.
Nos primeiros séculos da Igreja os livros deuterocanônicos eram aceitos por todos. Não
havia nenhuma dúvida sobre sua canonicidade. As dúvidas começaram a surgir no século IV,
devido sobretudo a S. Jerônimo, que, indo morar na Palestina, se deixou influenciar pela
comunidade de rabinos (doutores da lei israelita, ministros do culto judaico), que havia
definido no Sínodo de Jamnia (100 d.C. - assembléia do governo eclesiástico) os critérios
políticos e anti-cristãos, para eliminarem sete livros do Antigo Testamento, tornou-se, por meio
desta convivência cultural, a única voz destoante sobre o catálogo dos livros considerados
inspirados pela Igreja a partir do Concílio de Êfeso. Critérios estes, também, adotados pelo
protestantismo através de Lutero e pelos evangélicos. Os critérios foram: livro sagrado não
pode ter sido escrito fora da terra de Israel; somente são inspirados os livros escritos em
hebraico e não depois de Esdras (458-428 a.C.); livros que não estavam em contradição com a
Lei de Moisés (tora). Posteriormente, essas dúvidas foram esclarecidas. (vide questão 8)
6 - O Que é a Bíblia Católica e Bíblia Protestante?
R. Bíblia Católica: é a Bíblia completa, toda a Palavra de Deus, autêntica, conservada,
guardada e defendida com o maior cuidado e respeito.
Bíblia Protestante: é a Bíblia Católica incompleta.
- De fato, Martinho Lutero, ex-religioso agostiniano, aceitou os livros da Bíblia como
inspirados só os que interessavam à sua teoria. E fez uma tradução em alemão. Esta é a Bíblia
protestante. Uma Bíblia incompleta.
NOTA: A primeira grande tradução da Bíblia para o Latim chama-se Vulgata, conhecida
como Bíblia de Jerusalém, foi realizada por São Jerônimo por encargo do Papa Dâmaso. São
Jerônimo terminou seu trabalho no ano 384.
7 - Você conhece se um Bíblia é Católica ou Protestante?
R. - Vejamos as diferenças:
- A Bíblia Católica contém todos os livros inspirados por Deus, que são 73 ao todo: 46 do
AT e 27 do NT.
- A Bíblia Protestante contém apenas 66 livros: 39 AT e 27 do NT.
- A Bíblia Católica traz sempre no rodapé de cada página notas explicativas para facilitar
o leitor a compreender melhor a Palavra de Deus.
- A Bíblia Protestante não tem nenhuma nota, nenhuma explicação.
NOTA: A Bíblia Católica apresenta na primeira página a palavra IMPRIMATUR (ou
“imprima-se de um bispo), como garantia absoluta de que se trata da Palavra de Deus autêntica
e sem nenhuma alteração. Os Bispos são sucessores dos apóstolos.
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NOTA: As Bíblias que não têm na primeira página essa palavra (Imprimatur ou imprimase de um Bispo) não são Bíblias católicas e por isso não são a Palavra de Deus completa e
autêntica.
8 - Quais são os livros que faltam na Bíblia Protestante?
R. Os sete livros que faltam são: Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruc, 1º
Macabeus, e 2º Macabeus. Também faltam os capítulos 10 a 16 do Livro de Ester e os capítulos
3, 13 e 14 do Livro de Daniel, chamados deuterocanônicos.
Obs.: A Bíblia Alexandrina ou dos Setenta foi usada por Jesus Cristo e pelos apóstolos. Isto
significa que aceitavam os deuterocanônicos como Palavra de Deus revelada. Jesus e os
apóstolos citam o Antigo Testamento 350 vezes. Pois bem, destas 350 citações, 300 são tiradas
da Bíblia Alexandrina ou dos Setenta. Isto demonstra clara e absolutamente, sem deixar dúvida,
que os livros deuterocanônicos contêm a Palavra de Deus autêntica e verdadeira. Há mais: esta
verdade foi reafirmada em vários concílios pela autoridade máxima da Igreja, o Papa. São eles:
Concílios de Roma (382 d.C.) , de Hipona (393 d.C), Cartago (397d.C.), Florença (1441 d.C.) e
Trento (1546 d.C.), reafirmaram os 73 livros da Bíblia.
Obs.: Os que não aceitam os 73 livros da Bíblia rejeitam parte da Palavra de Deus. E isto é
contrário à vontade de Deus, pois está escrito:
“ Nada acrescentareis às coisas que vos imponho, e nada subtraireis, observando os
preceitos do Senhor, vosso Deus, que eu estou para vos ordenar ” (Dt 4,2).
9 - Como ler a Bíblia?
R. A Bíblia é a Palavra de Deus. Sua leitura exige muito respeito, humildade e prudência.
- Respeito: porque é palavra de Deus e Palavra Santa, e as coisas santas devem ser
tratadas com maior respeito.
- Humildade: não pretendendo poder entender tudo o que há na Bíblia. Pensar assim é
colocar-se contra a Bíblia desde o começo, pois “nela há, porém, alguma coisa difícil de
compreender, que as pessoas pouco instruídas ou pouco firmes deturpam, como fazem também
com as outras escrituras, para a sua própria ruína” (2Pd 3,15-16).
Obs.: Quando o leitor encontra algo na Bíblia que não compreende, deve pedir explicações a
quem pode explicar, como o vigário, ou consultar revistas especializadas, como: PERGUNTE
E RESPONDEREMOS - Caixa Postal 2.666 - ZC-00 - Rio de Janeiro ou ESCOLA DA FÉ Edições Paulinas - Caixa Postal 12.899 - São Paulo.
- Prudência: nunca apegar-se a uma só frase, sem conhecer o texto todo e o contexto.
Nunca arriscar interpretações pessoais sobre pontos doutrinários, pois “ nenhuma profecia é de
interpretação pessoal” (2Pd 1,20). A imprudência de muitos ao ler a Bíblia levou-os às mais
tristes heresias.
10 - Vejamos alguns esclarecimentos sobre a BÍBLIA e a TRADIÇÃO ORAL:
Antes, porém, vamos explicar o que é Tradição? Tradição é a palavra de Deus não escrita
mas transmitida de viva voz e conservada pela Igreja em seus ensinamentos, na liturgia e na
disciplina.
Posições:
- Protestantes: a doutrina e o ensinamento de Jesus estão somente na Bíblia.
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- Católicos: a doutrina e o ensinamento de Jesus estão na Bíblia e na Tradição.
- Na Bíblia há muitos trechos em que se demonstra claramente que a Tradição tem o
mesmo valor da Bíblia. Abramos a Bíblia:
“ Portanto, ficai firmes, irmãos, e conservai as verdades que vos ensinamos, de viva voz
ou por carta” (cf. 2Ts 2,15). De viva voz significa pela Tradição, isto é, pelo ensino oral. Por
carta, significa pela Bíblia, por escrito.
“ Tu, meu filho, procura te fortalecer com a graça de Cristo Jesus. E o que aprendeste de
mim, em presença de tantas testemunhas, comunica a homens de confiança, capazes de ensinálo também a outros”. (cf. 2Tm 2, 1-2). Eis aqui a Tradição oral. Naquela época usava-se pouco
a Bíblia, mas ensinava-se de viva voz, que é a Tradição.
NOTA: OS PROTESTANTES DIZEM QUE O ENSINAMENTO DE JESUS ESTÁ
TODO NA BÍBLIA. ESTÁ ERRADO, DE FATO. ABRAMOS A BÍBLIA:
“ Jesus fez ainda, na presença dos discípulos, muitos outros milagres que não estão
escritos neste livro ”. (cf. Jo 20,30).
“ Há, porém muitas outras coisas que Jesus fez. Se todas elas fossem escritas uma por
uma, creio que nem o mundo inteiro poderia conter os livros que seriam escritos”. (cf. Jo
21,25).
MAS CLARO DO QUE ISSO NÃO É POSSÍVEL!
NOTA: Do acima exposto, conclui-se que nenhum protestante pode demonstrar que sua
Bíblia é a autêntica Palavra de Deus. Pelo motivo que nenhuma igreja protestante tem ligação
com a Igreja dos apóstolos. Eles nasceram 1.500 anos depois.
- Os Protestantes afirmam que a interpretação da Bíblia é livre, cada um pode interpretá-la
como quiser.
- Os Católicos afirmam que a interpretação da Bíblia cabe apenas à autoridade da Igreja,
observando que:
O Evangelho foi primeiro pregado oralmente, e só depois foi escrito pela Igreja. Por isso
a Igreja, que antes ouviu de viva voz e depois escreveu, tem autoridade para dar o verdadeiro
sentido da Escritura Sagrada. Para isso ela recebeu o Espírito Santo e todo o poder de Deus. A
Bíblia não pode ficar ao gosto da interpretação de cada leitor, porque não foi escrita sob
inspiração humana, senão vejamos:
“Deveis saber isto antes de tudo: nenhuma profecia da Escritura é assunto de
interpretação pessoal, porque de uma vontade humana jamais veio uma profecia da escritura,
mas, sim, homens movidos pelo Espírito Santo é que falaram da parte de Deus.” (cf. 2Pd 1,2021).
Note-se também que “Pessoas pouco instruídas deturpam a Bíblia ...” (cf. 2Pd 3,15-16).
Leia-se 2Pd 3,15-16 por completo.
DESASTROSAS SÃO AS CONSEQUÊNCIAS DA LIVRE INTERPRETAÇÃO DA
BÍBLIA. É verdade, pois há no mundo atual centenas de igrejas ou seitas. Cada uma diferente
da outra. Cada uma prega um Cristo diferente, cada uma prega verdades diferentes e uma moral
diferente. Se Deus é um, se Cristo é um, se a verdade que Cristo ensinou é uma, deve haver
uma só interpretação da verdade contida na Bíblia. Mas não é assim para as seitas protestantes.
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Cada qual interpreta como quer. Mas as conseqüências são a divisão e separação entre os
cristãos. Isto é um escândalo aos olhos do mundo e é contrariar Cristo, pois ele quer que “ Haja
um só rebanho e um só pastor (cf. Jo 10,16).
Na Igreja Católica ensina-se a única Verdade, a única moral, usa-se a mesma liturgia e se
obedece ao único Pastor, o Papa. É a Igreja Universal, a Igreja de Cristo. É a sua Igreja. Sintase seguro e ame a sua Igreja. A IGREJA É CRISTO CONTINUADO NA HISTÓRIA.
11 - Nós, Católicos, os fiéis de Cristo, que podemos fazer pela unidade da Igreja?
1º - A ORAÇÃO é o meio fundamental ao alcance de todos, para restabelecer a unidade
no Reino de Deus.
2º - A PRÁTICA DA CARIDADE é outro modo de que podemos e devemos nos valer
para a unidade da Igreja. É o mandamento novo de Jesus para os seus fiéis: “Nisto todos
conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros” (cf. Jo 13,35).
3º - O terceiro modo para chegar à unidade é o DIÁLOGO NO PLANO DA FÉ. É claro
que é o mais difícil, mas por meio da oração e da caridade, guiados pelo Espírito Santo,
conseguiremos chegar à reconciliação e à unidade. E então “haverá um só rebanho e um só
Pastor” (Jo 10,16).
CATÓLICOS E PROTESTANTES A CAMINHO DA UNIDADE
Os protestantes ou evangélicos divergem dos católicos quanto à virgindade de Maria, à
confissão, à unção-dos-enfermos, à presença real de Jesus na Eucaristia. Não aceitam o Papa
como chefe da Igreja, nem a Tradição como fonte de verdade, mas somente a Bíblia.
Absolutizam o valor da fé e menosprezam o valor das obras. Não adotam o culto aos Santos
nem as imagens. De outro lado, muitos são os pontos comuns entre católicos e protestantes: a
mesma fé, o mesmo Deus, a existência do céu e do inferno, o poder da graça, o valor da oração,
a leitura da Bíblia, etc. Podemos dizer que nós católicos recebemos dos evangélicos um
estímulo para a leitura da Bíblia, a qual ficou mais valorizada.
O que se disse acima não se aplica a todas as igrejas ditas “protestantes”, pois, adotando
o princípio da livre interpretação da Bíblia, algumas seitas modernas se afastaram muito até
mesmo das Igrejas Evangélicas primitivas. Tais seitas são agressivas, proselitistas(sectárias,
partidárias), e não querem diálogo. Mas, voltando aos pontos comuns, vale lembrar que as
principais Igrejas Evangélicas estão dialogando com a Católica e adotando certos princípios de
ação comum. A própria pessoa de MARIA, que era obstáculo, está sendo a Mãe que reúne os
filhos. Em outubro de 1979, em Saragoça, na Espanha, reuniram-se teólogos católicos,
ortodoxos, luteranos, anglicanos e reformados para o VIII Congresso Mariológico
Internacional, de onde saíram conclusões admiráveis quanto ao lugar de MARIA na Igreja e no
culto. Eis alguns tópicos da declaração que fizeram:
“Nós reconhecemos em comum que todo louvor cristão é louvor a Deus e a Cristo. Se
louvamos os santos e, em particular a Virgem Maria como Mãe de Deus, esse louvor é feito
essencialmente para a glória de Deus, o qual, glorificando os seus santos, está coroando os seus
próprios dons... O problema da invocação a MARIA e de sua intercessão foi examinado neste
congresso. Nós o consideramos sob o pano de fundo da comunhão dos santos. Assim como um
cristão pode e deve orar pelos outros, de igual maneira nós pensamos que os santos que já
alcançaram a plenitude em Cristo ( e entre eles MARIA ocupa o primeiro lugar), podem orar e
oram por nós pecadores que na terra lutamos e sofremos... as dificuldades de ordem concreta,
que dividiram nossas igrejas no passado, não devem agora separar-nos em nossos esforços
rumo à unidade dos cristãos” (CIC).
A alta direção da Igreja Anglicana e o Papa têm dialogado em vista da unidade. O Dr.
Geoffrey Francis Fisher (anglicano) esteve em Roma aos 03.12.1960 com o Papa João XXIII;
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aos 13.01.1966, o Dr. Michael Ransey (anglicano) visitou Paulo VI; e, aos 28.04.1977, o
arcebispo de Cantuária Frederick Donald Coggan esteve com Paulo VI em missão ecumênica.
Essa caminhada para a unidade continua. Em junho de 1982, o Papa João Paulo II esteve na
Inglaterra dialogando com os chefes da Igreja Anglicana.
No fim de 1979, João Paulo II voltou ao Oriente, em vista do diálogo das duas Igrejas
(Católica e Ortodoxa). Para o Papa, a questão não está em saber “se já podemos nos unir” mas
“até quando temos o direito de continuar separados “ ? No dizer de João Paulo II, já é hora de
se passar do “diálogo da caridade” para o “diálogo teológico”.
ORTODOXOS A CAMINHO DA UNIDADE
Exemplo de humildade
Os tempos passaram. E os orientais conservaram a mesma fé e continuaram recebendo
os mesmos sacramentos da Igreja Católica. Em 1965 o Papa Paulo VI esteve na Terra Santa e
visitou Antenágora, então Patriarca de Constantinopla. Os dois se abraçaram e rezaram juntos o
Pai-Nosso. E retiraram as excomunhões. Estava aberto o diálogo ecumênico. Entretanto, o
gesto mais expressivo dessa fraternidade aconteceu aos 14.12.1975, na Capela Sistina, em
Roma, quando o Papa recebeu a delegação do Patriarcado de Constantinopla. Paulo VI
ajoelhou-se e beijou os pés do metropolita Méliton, de Calcedônia, que chefiava a delegação.
Então um jornalista de Atenas disse:
“Só um homem muito grande pode humilhar-se assim”. Ao que acrescentou o
Metropolita: “Só um santo pode agir desta maneira”.
Voltemos ao assunto Bíblia:
Como vimos, a Bíblia é a Palavra de Deus. Sua leitura exige muito respeito, humildade
e prudência. Nela cada um encontra sua história, o que deve fazer, como proceder, como deve
amar a Deus, Princípio e fim de todas as coisas, e como pode salvar-se.
VOCÊ TEM A BÍBLIA EM CASA?
NOTA: Preceda da invocação ao Divino Espírito Santo antes de iniciar a leitura do Livro
Sagrado. É necessário para bem entender a Palavra de Deus.
NAS CITAÇÕES DA BÍBLIA, observa-se que:
1 - A vírgula separa capítulo de versículo.
2 - O ponto-e-vírgula separa capítulos e livros.
3 - O hífen indica seqüência de versículos.
4 - O travessão indica seqüencia de capítulos.
5 - O ponto separa versículos não-seguidos.
Exemplo: Lc 17, 22.25.27-30 significa Evangelho segundo Lucas, capítulo 17, versículos 22,25
e 27 a 30.
Gn 3,14 quer dizer Livro do Gênesis, capítulo 3, versículo 14.
Jo 14, 6-10 significa Evangelho segundo S. João, capítulo 14, versículo de 6 a 10.
ENCONTRE NA SUA BÍBLIA ESTES TRECHOS, LEIA-OS E MEDITE: Lc 17,3-5;
Jo 8,12.
FONTES DE CONSULTA:
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- A “Bíblia” Mensagem de Deus
- “A Igreja do Deus Vivo” - Curso Bíblico Popular sobre a Verdadeira Igreja - Fr.
Batistini.
- “A Quem Iremos, Senhor? - Pe. Luiz Cechinato
ABREVIATURAS DOS LIVROS DA BÍBLIA (utilizados no trabalho)
- 2ª Carta de São Paulo a Timóteo
- 2Tm
- 2ª Carta de São Pedro
- 2Pd
- Deuteronômio
- Dt
- 2ª Carta de S. Paulo aos Tessalonicenses - 2Ts
- Evangelho Segundo João
- Jo
ELABORAÇÃO: Antonio Ramos da Mota Cabral
REVISÃO E DIGITAÇÃO: Andrey Antonio Cavalcanti da Mota Cabral
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