SISTEMA ENDÓCRINO (SE) • Glândulas no organismo humano: Exócrinas secretam as secreções p/ as cavidades ou superfícies do corpo. Ex: glândulas sudoríparas, sebáceas, salivares. Endócrinas secretam seus produtos (hormônios) nos vasos sanguíneos ao redor das células secretoras. • Funções do organismo reguladas pelos sistemas nervoso e endócrino. SN impulsos nervosos liberação de neurotransmissores. excitação ou inibição de outros neurônios, fibras musculares ou células glandulares. SE libera os hormônios na corrente sanguínea células-alvo apresentam receptores específicos para reconhecer os hormônios. Cada receptor é específico para um só hormônio. • Localização dos receptores: •• Membrana celular específicos para os hormônios: protéicospeptídicos cadeias de aminoácidos, entre 3 a 300 [insulina, glucagon (pâncreas)]; catecolaminas (derivados do aminoácido tirosina [adrenalina e noradrenalina (medula da glândula supra renal)]. •• Núcleo específicos para os hormônios: esteróides lipídios [aldosterona, cortisol (córtex supra-renal); testosterona (testículos); estrógenos e progesterona (ovários)]; tireóideos aminoácidos [T3 e T4 (glândula tireóide)]. EIXO HIPOTÁLAMO - HIPÓFISE GLÂNDULA HIPÓFISE (glândula mestre) Seus hormônios regulam muitas atividades corporais. Dividida em 2 partes distintas: • Posterior ou Neurohipófise ligada ao hipotálamo por neurônios; • Anterior ou Adenohipófise parte glandular da hipófise; conectada ao hipotálamo por vasos sanguíneos. NEUROHIPÓFISE Secreta 2 tipos de hormônios peptídicos: Hormônio Antidiurético (ADH) e a Ocitocina (OT) sintetizados pelas células neurosecretoras do hipotálamo e transportados até a neurohipófise armazenados. HORMÔNIO ANTIDIURÉTICO (ADH): Ação túbulo contorcidos renais. Função a) reabsorção de água volume sanguíneo (retira H2O dos túbulos renais). b) Vasopressina constrição arteriolar ( pressão arterial casos de hemorragia, produção de ADH ). Regulação receptores detectam modificações osmóticas no sangue hipotálamo neurohipófise ADH corrente sanguínea túbulos renais. Estimulação da secreção hipovolemia. Inibição da secreção etanol [ diurese e sede (ressaca)]. Patologias Deficiências hipofísárias posteriores são decorrentes de deficiência do ADH ou resposta ↓ a este hormônio Diabetes insípidus (produção excessiva de urina diluída e sede excessiva). Há 2 tipos: a) Diabetes insípidus central defeito na síntese ou liberação do ADH destruição células neuro-secretoras (traumatismo cranioencefálico ou cirurgias nas proximidades do eixo hipotálamo-hipófise). b) Diabetes nefrogênica rins não respondem ao ADH incapacidade de concentrar urina (congênita: falta da proteína que forma os canais de água nos túbulos renais). Conseqüências grande débito urinário, acompanhado de sede excessiva. OCITOCINA (OT) estimula contração das células musculares lisas do útero gravídico e das células contráteis nas glândulas mamárias. •• Ao inicio do trabalho de parto colo do útero é distendido receptores de distensão no colo hipotálamo neurohipófise libera OT no sangue e no útero reforça as contrações uterinas. •• Contrações tornam-se mais intensas OT é liberada cabeça do bebê ultrapassa o colo do útero > distensão do colo, estimulando a liberação máxima de OT (feedback positivo). •• Nascimento do bebê ↓ distensão do colo ↓ liberação de OT. •• Ocitocina sintética (Syntocinon ou Pitocin) uso clínico: induzir o trabalho de parto e para tônus uterino e controlar as hemorragias, imediatamente após o nascimento. •• OT afeta a ejeção de leite leite formado pelas células das glândulas mamárias e é armazenado até a sucção ativa Sucção ativa neurohipófise libera OT glândulas mamárias estimula as células musculares lisas (ao redor das células e ductos glandulares) a se contraírem e ejetarem leite ejeção láctea. ADENOHIPÓFISE Libera hormônios que regulam várias atividades corporais. Alguns desses hormônios influenciam outras gândulas endócrinas hormônios trópicos. Controle hormônio liberador hipotalâmico (HRH) hormônio inibidor hipotalâmico (HIH). Secreta 7 hormônios. 1) HORMÔNIO DE CRESCIMENTO (GH) causa o crescimento e a multiplicação das células do corpo. Ação esqueleto e músculos esqueléticos ( taxa de entrada de aminoácidos nas células para formação de proteínas; degrada ácidos graxos; inibe o uso de glicose para produção de ATP). Regulação liberação do GH: hormônio liberador do hipotálamo (HRH); inibição do GH: hormônio inibidor do hipotálamo (HIH). Estimulação da secreção hipoglicemia: hipotálamo secreção HRH estimula adenohipófise secretar GH glicose circulante (conversão de glicogênio em glicose) nível glicose sanguínea normal secreção de HRH interrompida (nível fisiológico). Inibição da secreção hiperglicemia: hipotálamo secreção HIH inibe secreção GH pela adenohipófise glicose circulante (inibe conversão de glicogênio em glicose) nível glicose sanguínea normal secreção de HIH interrompida GH secretado nível fisiológico (adenohipófise). Secreção máxima do GH pico de crescimento do adolescente. Alterações na secreção de GH hipersecreção: Gigantismo; Acromegalia hiposecreção: Nanismo 2) HORMÔNIO ESTIMULANTE DA TIREÓIDE (TSH) estimula a secreção de hormônios da glândula tireóide (T3 e T4). Regulação níveis sanguíneos dos hormônios tireóideos taxa metabólica corporal hipotálamo libera HRH estimula adenohipófise liberação do TSH (sistema de feedback negativo). 3) HORMÔNIO FOLÍCULO-ESTIMULANTE (FSH) ♀ ovários: estimula desenvolvimento folicular (ovócitos) e secreção de estrógenos (hormônios sexuais ♀). ♂ testículos: estimula produção de espermatozóides e secreção de testosterona (hormônios sexuais ♂). Regulação níveis sanguíneos estrógenos e testosterona hipotálamo libera HRH estimula adenohipófise liberação do FSH. 4) HORMÔNIO LUTEINIZANTE (LH) ♀ a) juntamente com o FSH estimula secreção de estrógenos e provoca liberação do ovócito pelos ovários (ovulação); b) estimula formação do corpo lúteo (estrutura ovárica formada após a ovulação) no ovário; c) secreção de progesterona (hormônio ♀) pelo corpo lúteo. ♂ estimula desenvolvimento dos testículos e secreção de grandes quantidades de testosterona. Regulação níveis sanguíneos estrógenos e testosterona hipotálamo libera HRH estimula adenohipófise liberação do LH. 5) PROLACTINA (PRL) ♀ inicia e mantém produção de leite pelas glândulas mamárias adequadamente preparadas (estrógenos e progesterona). ♂ função desconhecida. •• Secreção excessiva de PRL ♀ ausência de ciclos menstruais. ♂ impotência. Regulação durante a gravidez o nível PRL (estimulada pelo HRH); amamentação provoca redução na secreção do HRH (nível de PRL no sangue está elevado). 6) HORMÔNIO ADRENOCORTICOTRÓPICO (ACTH) controla a secreção de hormônios glicocorticóides (cortisol), secretados na zona média do córtex da supra-renal. Regulação ↓ nível de glicose sanguínea e ocorre o estresse físico HRH é liberado adenohipófise secreção ACTH zona média córtex supra-renal glicocorticóide (cortisol). 7) HORMÔNIO MELANÓCITO-ESTIMULANTE (MSH) estimula melanócito secretar melanina (↑ a pigmentação da pele). Regulação Exposição prolongada luz solar HRH adenohipófise secreção MSH melanócito secreção melanina. Exposição ↓ de luz solar HIH ↓ secreção MSH (nível fisiológico) GLÂNDULAS SUPRA-RENAIS (ADRENAIS) Glândulas supra-renais 2. Localização superiormente a cada rim e compostas de 2 regiões: 1- córtex supra-renal situado mais externamente (> parte da glândula); 2- medula supra-renal interna. Cada região produz diferentes hormônios. CÓRTEX SUPRE-RENAL dividido em 3 zonas secretam diferentes hormônios esteróides: a) Zona Externa secreta os hormônios mineralocorticóides (afetam a homeostase mineral). b) Zona Média secreta os hormônios glicocorticóides (afetam homeostase da glicose). c) Zona Interna secreta pequenas quantidades de hormônios andrógenos (sexuais ♂). a) Mineralocorticóides auxiliam na homeostase da H2O e dos íons Na+ e K+ hormônio ALDOSTERONA. Ação túbulos contorcidos renais reabsorção Na+ dos túbulos renais no sangue e excreção K+ na urina. Regulação secreção aldosterona envolve vários mecanismos que atuam simultaneamente mais importante via renina-angiotensina: 18) outro mecanismo de controle para secreção de aldosterona é o nível de K+ sanguíneo: na concentração de K+ no sg estimula diretamente secreção de aldosterona pelo córtex supra-renal eliminação do excesso de K+ pelos rins. do nível K+ sanguíneo tem efeito oposto. b) Glicocorticóides envolvidos com o metabolismo e a resistência ao estresse. Hormônio CORTISOL + abundante e responsável pela > parte da atividade glicocorticóide. Efeitos: Em conjunto com outros hormônios o metabolismo normal (produção assegurada de ATP ( catabolismo protéico; estimulam degradação de lipídios). Fornecem resistência ao estresse glicose disponível, torna o corpo mais alerta e fornece ATP para combater o estresse, desde medo, temperaturas extremas, altitudes e cirurgia. Auxilia no pressão sanguínea quando a causa do estresse for hemorragia (queda na pressão). Inibem a liberação de substâncias químicas que causam inflamação e retardam a cura de ferimentos altas doses de glicocorticóides causam atrofia dos órgãos do sistema imunológico ( a capacidade do organismo em combater as doenças úteis no tratamento das inflamações crônicas). Regulação estresse hipotálamo HRH adenohipófise secreção de ACTH zona média córtex supra-renal cortisol (glicocorticóide) estresse regulado hipotálamo cessa secreção HRH adenohipófise secreta níveis fisiológicos de ACTH (feedback negativo). c) Andrógenos pequena quantidade são secretados. Concentração de hormônios sexuais secretados pelas glândulas adultas: •••• ♂ insignificante (comparada à testosterona secretada pelo testículo); •••• ♀ contribuem com a libido (impulso sexual). Função ajudam no pico do crescimento pré-puberal e no desenvolvimento inicial dos pêlos pubianos e axilares (♂ e ♀). Regulação feedback negativo MEDULA SUPRA-RENAL células pós ganglionares do SNSimpático especializadas na secreção de hormônios epinefrina (adrenalina) e norepinefrina (noradrenalina). Funções: a) auxiliam na resistência ao estresse (como os glicocorticóides); b) responsáveis pela resposta de “luta ou fuga” (sob estresse produção adrenalina e noradrenalina): pressão sanguínea pelo freqüência cardíaca e vasoconstrição; taxa respiratória e dilata vias respiratórias; taxa digestiva; eficiência das contrações musculares; nível sanguíneo de açúcar; metabolismo celular. Observação : Hipoglicemia estimula secreção de adrenalina e noradrenalina. GLÂNDULA TIREÓIDE Localização abaixo da laringe e anteriormente à traquéia. Constituída pelos folículos tireóideos células foliculares e células parafoliculares. •• Células foliculares produzem os hormônios tiroxina ou T4 (4 átomos de iodo) e o triiodotironina ou T3 (3 átomos de iodo). •• Células parafoliculares produzem o hormônio calcitonina ou CT. Hormônios T3 e T4 93% T4 e 7% T3 . Funções qualitativamente são as mesmas T3 é 4 vezes + potente, está presente em < quantidade e persiste por < tempo. Inconveniente da glândula tireóide produzir quase exclusivamente T4 contornado nos tecidos, onde todo o T4 é convertido em T3 . Formação células foliculares transportam I- do sangue para o interior dos folículos, onde secretam também tireoglobulina (glicoproteína que contém aminoácido tirosina) enzima iodinase iodo + tireoglobulina reagem T3 e T4 . Mecanismo de ação receptores do hormônio tireóideo núcleo ↑ generalizado da atividade funcional em todo o corpo. Efeitos: a) Metabolismo basal ↑ em quase todas as células. b) Metabolismo dos carboidratos e de gorduras ↑ a queima energia. c) Metabolismo das vitaminas ↑ devido a necessidade para produção de enzimas e coenzimas. d) SN ↑ atividade. e) Sistema cardiovascular vasodilatação e ↑ freqüência e da força de contração do coração. f) Sistema respiratório ↑ freqüência e profundidade da respiração. g) Trato gastrintestinal ↑ ingestão de comida, motilidade, secreção gástrica. Regulação eixo hipotálamo-hipófise e estimulados por muitos fatores: 1) Se o nível de T3 e T4 no sangue cair abaixo do normal, ou a taxa metabólica ↓ químioceptores detectam a alteração no sangue hipotálamo secreção do hormônio liberador de tirotropina = TRH (excitador); 2) TRH adenohipófise ↑ hormônio estimulante da tireóide = TSH; 3) O TSH células foliculares da tireóide; 4) Tireóide ↑ liberação T3 e T4; 5) Nível T3 e T4 no sangue ↑ até que a taxa metabólica volte ao normal; 6) Receptores detectam normalidade hipotálamo cessa a liberação do (TRH) adenohipófise libera TSH em nível fisiológico . Observação Condições que ↑ necessidade energética corporal (ambiente frio, alta altitude, gravidez) ↑ secreção de T3 e T4 ↑ metabolismo. Envelhecimento ↓ atividade da glândula tireóide ↓ produção T3 e T4 (um dos fatores responsáveis pelo ganho de peso com o avanço da idade). ANORMALIDADES DE SECREÇÃO: 1) Hipertireoidismo a) doença de Graves distúrbio auto-imune, caracterizado por altos níveis circulantes de imunoglobulinas estimuladoras da tireóide anticorpos contra os receptores para o TSH nas células foliculares anticorpos estimulam intensamente a tireóide secreção aumentada de T3 e T4 e hipertrofia da glândula = bócio (pode comprimir o esôfago dificultando a deglutição). b) Outras causas neoplasias da tireóide, secreção excessiva de TRH ou de TSH e a administração excessiva de hormônios tireóideos exógenos. Sintomas exoftalmia; perda de peso (com ↑ de ingestão de alimentos devido ↑ metabolismo); diarréia; produção de calor com ↑ de sudorese (devido > consumo de O2 ); freqüência cardíaca ↑; dispnéia (respiração difícil com exercício); nervosismo; etc. Tratamento a) administração de medicamentos como o propiltiouracil (inibe a ação da enzima iodinase (tirosina + iodo T3 e T4 ) síntese dos hormônios. b) remoção cirúrgica da tireóide; c) ablação radioativa com 131I destruição da tireóide. 2) Hipotireoidismo a) doença de Hashimoto destruição auto-imune da tireóide, onde os anticorpos destroem a glândula ou bloqueiam a síntese dos hormônios. b) Outras causas remoção cirúrgica da glândula (tratamento de hipertireoidismo); falência do hipotálamo ou da hipófise; deficiência de iodo. Sintomas fadiga; sonolência; queda de cabelo; ↓ freqüência cardíaca; ↓ volume sanguíneo; ↑ peso; constipação; etc. Observação Hipotireoidismo devido defeito congênito da tireóide bócio (estimulação da glândula pelos ↑ níveis circulantes de TSH). Hipotireoidismo no período perinatal retardo no crescimento e mental (cretinismo). Tratamento reposição de T4 convertido em T3 (como o endógeno). Hormônio Calcitonina (CT) Formação produzido pelas células parafoliculares (entre os folículos da tireóide). Efeito ↓ o nível de cálcio no sangue. Mecanismo: 1) Impede a degradação óssea (inibe os osteosclastos células destruidoras de osso = secretam enzimas que digerem matriz protéica do osso, liberando Ca++ para o sangue). 2) Acelera a assimilação óssea do cálcio, ↑ a atividade dos osteoblastos. 3) ↓ movimento do cálcio da urina para o sangue. Regulação feedback negativa. GLÂNDULAS PARATIREÓIDES Quatro glândulas pequeninas 2 atrás de cada lobo da tireóide. Produzem o hormônio paratireóideo ou Paratohormônio (PTH). Funções: 1) ↑ concentração de cálcio no líquido extracelular. Regulação nível de cálcio no sangue. Mecanismos de ação a) Curto prazo estimula membrana osteocítica a transportar ativamente o cálcio do osso para o sangue; ativa os osteoclastos e a formação de novos osteoclastos. b) Longo prazo ativação da vitamina D ↓ excreção de cálcio pelos rins. 2) ↓ concentração de fosfato no sangue (evita a precipitação do fosfato com o cálcio nos tendões, músculos, etc.). Mecanismo de ação ↑ excreção de fosfato. ANORMALIDADES DE SECREÇÃO: 1) Hiperparatireoidismo principal causa tumor em uma das glândulas. Efeito ↑ produção do hormônio paratireóideo ou paratohormônio. Sintomas enfraquecimento ósseo (devido a falta de cálcio no osso); calcificação metastática [hipercalcemia depósito de Ca++ nos tecidos normais lesão (ex: valvas cardíacas)] Tratamento retirada cirúrgica do tumor. 2) Hipoparatireoidismo principal causa remoção cirúrgica acidental de todas as paratireóides ou hiposecreção hereditária. Efeito ↓ a produção do hormônio paratireóideo ou paratohormônio. Sintomas enfraquecimento ósseo (matriz envelhecida). Tratamento vitamina D, cálcio ou hormônio paratireóideo exógeno (dispendioso). PÂNCREAS Constituído ilhotas pancreáticas população celular variada secretando diferentes hormônios: Células alfa glucagon (↑ glicose no sangue); células beta insulina (↓ glicose no sangue) Regulação de secreção Hipoglicemia estimula liberação glucagon Hiperglicemia estimula liberação insulina Efeitos Glucagon acelera conversão de glicogênio em glicose no fígado; promove formação de glicose a partir de outras substâncias como os aminoácidos (aa) no fígado; estimula liberação de glicose no sangue pelo fígado. Insulina acelera transporte de glicose para interior da célula; acelera a conversão de glicose em glicogênio e síntese de ácidos graxos; ↑ movimento de aa para interior células e ↑ síntese protéica; ↓ conversão do glicogênio em glicose; ↓ formação de glicose a partir de outras substâncias como os aa. DIABETES MELLITUS ● Grupo de distúrbios metabólicos menor utilização glicose levando à hiperglicemia (↑ nível glicose no sangue causada pela secreção defeituosa ou deficiente hormônio insulina). ● Atinge carboidratos, lipídios e proteínas. ● Classificação Diabetes Mellitus Primário ou Idiopático Diabetes Mellitus Secundário Diabetes Mellitus Primário ou Idiopático dividida em 2 tipos: 1) Diabetes Mellitus tipo I (D.M. Insulina – Dependente – DMID ou Diabetes Juvenil) resulta da ausência acentuada ou absoluta de insulina, causada pela redução de células beta nas ilhotas pancreáticas. ● ● Manifestação: infância, tornando-se evidente e grave – puberdade (5-14 anos). Pacientes dependem da insulina para sobreviver, sem ela desenvolvem complicações metabólicas agudas: cetoacidose falta total ou quase total de insulina, acumulando acetona que é formada no fígado e acumulada nos tecidos, sangue e urina; coma diabético pode ser produzido por desidratação cerebral, devido a hiperglicemia brusca. ● ● Responsável por 10 a 20% dos casos de diabetes. ● ● Patogenia destruição células β das ilhotas pancreáticas (hormônio insulina), causada pela interação de 3 fatores: genéticos, infecciosos e imunológicos vírus diversos lesariam ilhotas pancreáticas intensamente necrose das células beta (diabetes agudo); ou discretamente alteração das células beta, suficiente para torná-las antigênicas. Inicia-se um processo auto-imune que destroem lenta e progressivamente as células pancreáticas diabetes após alguns anos em pacientes predispostos geneticamente. ● ● Sintomatologia vômitos, sudorese, desmaio, náuseas, fraqueza Poliúria (perda de eletrólitos = Na, K, P, Mg) Polidipsia (sede), Polifagia (fome excessiva) Cetoacidose Coma diabético. 2) Diabetes Mellitus tipo II (D.M. não-insulina-dependente-DMNID ou Diabetes senil) muito + freqüente (atinge 80 a 90% dos casos diabetes). Causas: fatores genéticos e estilo de vida (obesidade, comida excessiva, tabagismo, gravidez). ● ● Manifestação: adultos acima 45 anos. Pacientes assintomáticos. ● ● Patogenia caracterizada por dois defeitos metabólicos: a) distúrbio na secreção de insulina (insuficiente em relação a carga de glicose). b) incapacidade dos tecidos periféricos em responder à insulina resistência à insulina (atribuída a uma redução do no e da função dos receptores de insulina). Diabetes Mellitus Secundário forma muito rara de diabetes em relação ao diabetes primário. ● Causa provocada por lesões secundárias das ilhotas de Langerhans (pancreatite crônica, traumatismo) dependência de insulina exógena. Complicações do diabetes São importantes e causam óbito: ● Arteriosclerose agrava a vida do diabético (80% morrem doença cardiovascular) pacientes tendem à obesidade e hipertensão. Arteriosclerose é responsável pela alta taxa infarto miocárdio, AVE, gangrena das extremidades inferiores. ● Nefropatia diabética os rins são os órgãos mais afetados nos pacientes diabéticos presença proteinúria persistente (proteína na urina); pielonefrite aguda; necrose renal insuficiência renal causa de muitos óbitos. ● Hipertensão arterial freqüente conseqüência da insuficiência renal. pacientes diabéticos, é uma ● Neuropatia diabética comprometimento nervos periféricos entorpecimento ou insensibilidade ao toque, parestesia (queimação, sensação de picadas, formigamento), dor. ● Retinopatia diabética importante lesão ocular, provoca cegueira microhemorragias espessamento hialino da parede dos capilares oculares. ● Infecções carência insulina, interfere nos mecanismos defesa antimicrobianos: quimiotaxia, fagocitose, poder microbicida (necessário energia para célula fagocitária, captar e destruir o agente infeccioso). ● Pé no diabético lesões nos pés decorrentes das várias sistêmicas: isquemia ; gangrena; neuropatia. alterações