IMUNIZAÇÃO CONTRA O PAPILOMA VÍRUS HUMANO (HPV): UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Fernanda Flávia Vasconcelos Sousa¹ Lícia Silva Teixeira¹ Taís Nobre de Lima Andrade¹ Taís Barbosa Evaristo¹ Renata Carneiro Ferreira2 INTRODUÇÃO: O câncer do colo do útero é um problema de saúde pública, especialmente nos países mais pobres. Mundialmente, essa doença foi causador por aproximadamente 260 mil mortes em 2005. (BORSATTO, et all, 2011). Os fatores de risco são bem definidos, tais com: baixas condições socioeconômicas, início precoce da atividade sexual, múltiplos parceiros, tabagismo, precárias condições de higiene, uso prolongado de contraceptivos orais e exposição ao papiloma vírus Humano. (SILVA, et all, 2011). No Brasil, é o segundo tipo de câncer mais freqüente entre as mulheres, perdendo apenas para o câncer de mama. Seu risco estimado é de 18 casos a cada 100 mil mulheres. (VIDAL, et all, 2011). Como forma de precaução a vacina contra o HPV, é um procedimento de prevenção básica. A sua aplicação é indicada entre 11 e 12 anos de idade, mas foi aprovada entre 9 e 26 anos, sendo adequado a aplicação antes da primeira relação sexual. (BORSATTO, et all, 2011). O MS disponibilizou a vacina profilática contra o HPV o que trouxe a possibilidade de ações em nível primário realizando a vacinação gratuita de meninas entre 11 a 13 anos em escolas públicas e privadas, mediante autorização dos pais e depois tomar as outras doses na unidade básica, já que até então a prevenção só ocorria através do exame papanicolau. OBJETIVO: Relatar a vivência de acadêmicas de enfermagem na sala de imunização. Com a finalidade de imunizar as adolescentes contra o HPV. MÉTODOS: Trata-se de um relato de experiência, pelas acadêmicas de enfermagem da Universidade de Fortaleza, durante o estágio curricular da disciplina de Enfermagem em Saúde Pública I. A experiência ocorreu em Unidade de Atenção Primária em Saúde, do município de Fortaleza/CE no período de setembro a outubro de 2014. O público alvo foram os adolescentes do sexo feminino, que estão entre as idades de 11 a 13 anos, acompanhadas com o responsável e providas do cartão de vacina. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O HPV, é transmitido através do contato íntimo desprotegido com o indivíduo 1,Universidade de Fortaleza (UNIFOR) – Acadêmicas do Curso de Enfermagem. 2. Universidade de Fortaleza (UNIFOR) – Docente da graduação em Enfermagem. infectado com o vírus, o tempo de incubação do vírus pode variar de 1 mês a 2 anos e durante este período, apesar de não haver sintomas, o indivíduo já pode contaminar outros. É relevante também que as adolescentes recebam esquema completo da vacina contra o HPV o mais antecipadamente possível, de preferência antes de se tornarem sexualmente ativas. Ainda, deve frisar que a vacina contra o HPV não supre o exame de prevenção de câncer de colo do útero. (ALMEIDA, et all, 2014). A procura das adolescentes foi satisfatória, pois já haviam tomada a primeira dose nas escolas no primeiro semestre de 2014. Portanto vacinamos as adolescentes com a segunda dose e realizamos o aprazamento da terceira dose com 5 anos da segunda. Observarmos que ainda existe um tabu em torno desta vacina tanto das adolescentes quanto dos pais, as adolescentes apresentam- se receosas quanto aos efeitos adversos da vacina.Já com os pais ocorre o receio de se estarão estimulando suas filhas a iniciarem a vida sexual precocemente. Deve ser administrada intramuscular (IM), na região do deltóide, usando seringa de 1 ou 3 ml e agulhas 25x6, 7 ou 8, a dose é de 0,5ml. CONCLUSÃO: Podemos concluir que a demanda para a vacina do HPV foi satisfatório, mas a falta de informação e o receio são fatores que influenciam negativamente para que outras adolescentes procurem o serviço de saúde. REFERÊNCIAS: ALMEIDA, F.L.; BEIRAL, J.S.; RIBEIRO, K.R.; SHIMODA, E.; SOUZA, C.H.M. A vacina contra o vírus HPV para meninas: um incentivo à vida sexual precoce?. Revista Científica Interdisciplinar nº 1, volume 1, artigo nº 3, 2014. BORSATTO, A.Z.; VIDAL, M.L.B.; ROCHA, R.C.N.P.Vacina contra o HPV e a Prevenção do Câncer do Colo do Útero: Subsídios para a Prática HPV. Revista Brasileira de Cancerologia 2011; 57(1): 67-74. OSIS, M.J.D.; DUARTE, G.A.; SOUSA, M.H. Conhecimento e atitude de usuários do SUS sobre o HPV e as vacinas disponíveis no Brasil. Revista de Saúde Pública, 2014, 48-1. SILVA, S.R.; LÍCIO, F.C.; BORGES, L.V.; MENDES, L.C.; VICENTE, N.G.; GOMES, N.S. ATIVIDADES EDUCATIVAS NA ÁREA DA SAÚDE DA MULHER: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA. Revista de Enfermagem e atenção à saúde, nº1, volume 1, 2012.