Resumo de Geologia:

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Resumo Global de Geologia
Tema 1
Sistema:
um
sistema
é
qualquer
parte
do
Universo,
independentemente da sua dimensão; constituído por várias partes
que se relacionam entre si.
Sistema Composto: um sistema diz-se composto quando
constituído por vários elementos (subsistemas) que se relacionam.

é
Tipos de Sistemas
o Um sistema diz-se isolado quando não existem trocas de
matéria e energia com o meio envolvente.
o Num sistema fechado não existe troca de massa com o
meio envolvente, mas verifica-se troca de energia.
o Num sistema aberto há troca de massa e energia com o
meio envolvente.

O Planeta Terra
A Terra pode ser considerada um sistema aberto. No entanto, mais
concretamente, deve ser considerada um sistema fechado. A Terra
pode ser considerada um sistema aberto, pois recebe energia
luminosa do seu meio envolvente, assim como matéria, como é o
caso dos meteoritos. No entanto, a quantidade de matéria que recebe
é desprezível quando comparada com a sua própria massa, pelo que
podemos considerar que esta não existe. Neste caso, admitindo que
apenas existem trocas de energia, a Terra é um sistema fechado.
O nosso planeta é um sistema composto e fechado. Consequências:
1. A massa existente é finita.
2. Os gases libertados pela acção humana acumulam-se no planeta.
3. O desequilíbrio dos subsistemas provoca o desequilíbrio do
planeta.
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
Os subsistemas terrestres
a) Atmosfera: camada gasosa que envolve o planeta e,
actualmente, é constituída por uma mistura de gases, dos quais o
azoto, o oxigénio, o árgon e o dióxido de carbono constituem 99,98%
do seu volume. O vapor de água também é um constituinte da
atmosfera, cuja ocorrência pode variar no espaço e no tempo. Há
ainda a considerar uma quantidade considerável de partículas
suspensas na atmosfera, constituídas por fumos, poeiras e matéria
orgânica, que podem ter uma origem natural ou ser causados pelo
Homem. Este subsistema protege a Terra dos efeitos das radiações
solares e do bombardeamento das partículas sólidas do espaço.
Muitos dos meteoritos inflamam-se devido ao atrito provocado pela
sua entrada nas camadas que compõem a atmosfera.
b) Biosfera: conjunto de seres vivos que habitam o planeta. A
biosfera, cuja parte fundamental é a biomassa, inclui a cobertura
vegetal e a fauna da superfície do globo, incluindo o próprio Homem,
a flora e a fauna dos oceanos. A existência de vida na Terra é um
facto único no Sistema Solar. De facto, ao longo da sua História, o
planeta terra foi criando condições para a origem e posterior
manutenção das formas de vida, que foram surgindo. Actualmente,
existem milhares de espécies diferentes de seres vivos, desde seres
microscópicos até alguns de grandes dimensões. Deste modo, a Terra
apresenta uma elevada biodiversidade.
c) Hidrosfera: constituída pelos reservatórios de água que existem o
planeta. A hidrosfera compreende toda a água no estado líquido, que
se encontra na superfície terrestre, incluindo os oceanos, os mares,
os lagos, os rios, os ribeiros, os riachos, a água existente no subsolo
e a água em estado sólido. A água é o recurso natural mais
importante da Terra, pois é essencial para a existência de qualquer
forma de vida. As actividades humanas dependem da água para a
agricultura, indústria, produção de energia, saúde, desporto,
divertimento, etc. Se por um lado, a água é indispensável ao Homem,
por outro lado a sua falta ou o seu excesso, pode ser-lhe hostil ou até
mesmo mortífera. Os oceanos absorvem a maior parte da radiação
solar que atinge a superfície do globo e, através das correntes
oceânicas, esta energia é distribuída por todo o planeta. A água é a
substância comum a todos os subsistemas da Terra.
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d) Geosfera: fracção sólida do planeta (massas continentais e fundos
oceânicos) bem como os restantes materiais que se encontram no
seu interior, separados em camadas, mais ou menos concêntricas. As
transformações e movimentos que ocorrem na Geosfera tornam a
Terra um planeta geologicamente dinâmico e em constante mutação.
É na Geosfera que muitos dos seres vivos possuem o seu suporte,
caminham e habitam. É neste subsistema que o Homem constrói e
adquire materiais para as suas habitações; retira rochas e minerais
para fabricar utensílios e outros materiais de que necessita para
sobreviver ou para simples prazer; obtém dele as fontes de energia
fósseis mais usadas: gás, petróleo e carvão.

A Terra e os seus subsistemas em interacção
Atmosfera
Biosfera
Hidrosfera
Geosfera
Os quatro subsistemas da Terra – Geosfera, Hidrosfera, Atmosfera e
Biosfera – não são subsistemas isolados nem fechados. Constituem
subsistemas abertos que apresentam uma complexa rede de
interacções entre si.
O Homem, como elemento importante do subsistema Biosfera, é
aquele que um maior número de relações consegue estabelecer entre
todos os subsistemas.
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Como resultado da actividade humana, por exemplo através da
obtenção dos diferentes tipos de recursos até aos efeitos resultantes
da utilização dos mesmos, verifica-se que o Homem apesar da sua
aparição recente no planeta interfere negativamente no subsistema
Biosfera, bem como em todos os outros subsistemas terrestres duma
forma como nenhuma outra espécie o havia feito (e.g. poluição a
vários níveis, destruição de habitats de outras espécies,
sobreexploração de recursos naturais...). Todavia, é também a única
espécie que pode mudar o rumo dos acontecimentos perniciosos
resultantes da sua actividade.
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
Génese das Rochas Sedimentares
a) Sedimentogénese: conjunto de processos que intervêm
desde a elaboração dos materiais constituintes das rochas
sedimentares até à sua deposição.
a. Resultantes de meteorização física ou química de outras
rochas.
b. Resultantes de restos de seres vivos, como por exemplo:
conchas.
i. Rocha mãe – meteorização – detritos – deposição
(sedimentação) – sedimentos.
b) Meteorização: alteração das rochas por agentes externos
(agua, ar, ventos, variações de temperatura, variações
térmicas, seres vivos, etc…). Pode ser física ou química,
havendo
desagregação
mecânica
das
rochas,
ou
transformações dos minerais noutros mais estáveis face às
novas condições ambientais em que se encontram.
c. Agentes de Meteorização: efeito do gelo (água
congelada nos interstícios e poros da rocha);
actividade biológica (líquenes, crescimento de
raízes e escavação de galerias); acção
mecânica da água e do vento (provocam o
aparecimento de blocos pedunculados)
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c) Erosão: remoção pela água, pelo vento ou pelo gelo, dos
minerais resultantes da meteorização das rochas.
d) Diagénese: conjunto de fenómenos físicos e químicos que
transformam os sedimentos móveis em rochas sedimentares
compactas. Fenómenos:
d. Compactação: os sedimentos vão sendo comprimidos
por acção dos sedimentos que sobre eles se vão
depositando. Assim, os materiais que se encontram por
baixo são sujeitos a um aumento de pressão, o que vai
provocar a expulsão de água que existe entre eles.
e. Cimentação: ente os espaços dos diferentes sedimentos
pode ocorrer a precipitação de substâncias químicas
dissolvidas na água. Este fenómeno resulta na agregação
de sedimentos, com a ajuda da substância precipitada.
f. Recristalização (só em alguns casos): os minerais
(alguns) alteram as suas estruturas cristalinas. Este
fenómeno ocorre devido a alterações das condições de
pressão, temperatura, circulação de água, onde estão
dissolvidos certos iões.

Classificação de rochas sedimentares
a) Sedimentos detríticos: fragmentos de dimensões variadas
provenientes da alteração de outras rochas (rochas detríticas;
ex. brecha)
b) Sedimentos biogénicos: restos de seres vivos
(conchas, ossos, fragmentos de plantas, pólen, etc…)
(rochas biogénicas; ex: carvão)
c) Sedimentos de origem química: resultantes da
precipitação de substâncias dissolvidas na água (rochas
quimiogénicas; ex: calcário).
Nota: os sedimentos das rochas sedimentares depositam-se
sempre na horizontal excepto nas dunas ou enxurradas.
 Rochas Metamórficas
As rochas metamórficas resultam da actuação dos factores de
metamorfismo sobre rochas sedimentares, rochas magmáticas ou
rochas metamórficas de baixo grau de metamorfismo. Os factores de
metamorfismo são a temperatura, os fluidos de circulação, a pressão
e o tempo. O grau de metamorfismo de uma rocha dependerá do
factor de metamorfismo actuante e do grau de actuação de cada um
desses factores. Um factor de metamorfismo como a pressão poderá
originar rochas metamórficas de baixo ou de alto grau de
metamorfismo, consoante o valor da pressão que foi exercido ou
consoante o tempo que foi exercida a mesma pressão.
Formam-se a partir dos 30 km de profundidade no interior da Terra
devido à elevada pressão e temperatura.
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A causa que leva à actuação dos diferentes factores de metamorfismo
leva à ocorrência de um dos dois tipos básicos de metamorfismo –
metamorfismo regional e o metamorfismo de contacto:
a) Regional: relacionado com a movimentação das placas
tectónicas.
b) De Contacto: relacionado com proximidade a uma intrusão
magmática.
Estratos
I.M
Rochas
Metamórficas
 Rochas Magmáticas
As rochas magmáticas têm origem na consolidação do magma, que
corresponde ao material rochoso que se encontra no estado líquido,
no interior da Terra. Se o magma consolidar à superfície, originará
rochas magmáticas extrusivas ou vulcânicas (basalto e riólito). Se o
magma consolidar em profundidade, originará rochas magmáticas
intrusivas ou plutónicas (gabro e granito).
O mesmo magma pode, dependendo do local da sua consolidação,
originar rochas diferentes, como acontece com os pares granito/gabro
e basalto/riólito. O granito e o gabro resultam da consolidação de um
magma em profundidade, pelo que o magma que lhes dá origem
arrefece lentamente. Devido ao lento arrefecimento do magma, em
profundidade, a totalidade do magma vai originar cristais maiores ou
de menores dimensões, apresentando uma textura cristalina. Quando
o magma solidifica à superfície ou próximo dela, como acontece nos
vulcões, o magma arrefece rapidamente, não existindo nem tempo
nem espaço para a formação de matéria cristalina, isto é, cristais,
possuindo a rocha uma textura hemicristalina ou uma textura
amorfa.
A análise da textura das rochas (dimensão e arranjo dos minerais
constituintes das rochas) permite-nos classificar as rochas
magmáticas em intrusivas e extrusivas. Se a rocha apresenta uma
textura cristalina, a rocha será intrusiva (granito). Se a rocha
apresenta uma textura hemicristalina, o magma solidificou à
superfície e/ou próximo dela, logo temos uma rocha extrusiva
(basalto). Se a rocha apresentar uma textura vítrea ou amorfa,
obtemos também uma rocha extrusiva.
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Notas:
a) Limites divergentes: saída de magma através do
afastamento de placas
b) Limites convergentes: saída de magma em zonas de choque
entre placas oceânicas e continentais
c) Limites conservativos: não há destruição/criação de litosfera
 Datação das rochas
A idade pode ser datada de 2 formas: a relativa e a radiométrica ou
absoluta.

Princípios Geológicos (datação relativa):
a) Sobreposição
de
estratos: quando mais
fundo estiver um estrato,
mais antigo é. Ex: nesta
imagem o estrato A (o
mais fundo denomina-se
de Muro) é mais antigo
que o C (o mais recente denomina-se de Tecto)
b) Identidade
Paleontológica:
duas
camadas com o mesmo
tipo de fósseis têm
aproximadamente
a
mesma
idade.
Nota:
Fósseis de Idade: têm
uma ampla distribuição
geográfica, mas curto
tempo de duração. Ex:
trilobites
c) Da
intersecção:
qualquer
elemento
geográfico
é
mais
recente do que aqueles
que intersecta. Ex: as
camadas A-F são mais
antigas que a intrusão
magmática e as camadas
G e H são as mais
recentes
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d) Da continuidade lateral:
estabelece uma correlação de
idades e posições entre os
estratos
localizados
em
lugares
distanciados.
Ex:
e) Da inclusão: admite que os fragmentos de rochas incorporados
numa outra rocha são mais antigos do que a rocha que os
engloba

Datação absoluta ou radiométrica
a) É referida em milhões de anos (M.a)
b) É calculada através da desintegração regular dos isótopos
radioactivos naturais (decaimento radioactivo)
c) Essa desintegração ocorre no sentido de formar isótopos filhos,
mais estáveis (radioactividade)
d) Só é usado em rochas magmáticas
e) O tempo que demora ao isótopo pai para se transformar em
isótopo filho chama-se Tempo de meia-vida (T½)
f) Concentrações baixas, difíceis de medir, contaminações, fugas,
apenas para rochas magmáticas. Ex:
100 Ist. Pai 50 Ist. Pai
25 Ist. Pai
0 Ist. Filho
50 Ist. Filho 75
Ist.
Filho
1 T½
2T½
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 Memórias dos tempos geológicos
a) As divisões do tempo geológico são feitas com base em:
o Transformações a nível geológico
o Transformações a nível biológico
b) O tempo geológico é medido em:
o M.a (milhões de anos)
c) Divide-se em Eras e, estas, em Períodos

Divisões do tempo geológico
Éons
Eras
Períodos
Cenozóica Quaternário
Terciário
Cretácico
Mesozóica Jurássico
Triássico
Franerozóico
Pérmico
Carbonífero
ou
Carbónico
Paleozóica Devónico
Silúrico
Ordovícico
Câmbrico
Proterozóico
Arcaico
Hadeano

Outras notas:
a) Basculamento: algo que fez com que a coluna estratigráfica
se inclinasse (movimentos tectónicos)
b) Discordância
angular:
variações
na
deposição
dos
estratos,
diferença
na
angulação (linha)
c) Fase orogénica: formação de montanhas
d) Coluna estratigráfica: conjunto de estratos
e) Estratos: camadas horizontais em maciços rochosos
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
Excepcões ao princípio de sobreposição de estratos
a) Inversão de camadas (aquando de dobras)
b) Depósitos fluviais (por vezes os rios
escavam no seu leito rochas que estavam
sobrepostas, dificultando assim a sua datação
através deste principio geológico)
c) Depósitos subterrâneos em grutas (quando se formam
grutas os sedimentos podem se aglomerar no seu interior
formando rochas, ou seja as rochas formadas no interior serão
mais novas que a gruta em si)

Princípios básicos do raciocínio geológico
a) Catastrofismo: “A Terra estaria sujeita, com uma certa
regularidade, a súbitas e violentas revoluções, que provocariam
a extinção da fauna existente. Estas fases de mudança seriam
seguidas de períodos de estabilidade, em que os novos seres
ocupariam a Terra” Couvier, paleontólogo
b) Uniformitarismo: as alterações sofridas pela Terra tinham
resultado do somatório de pequenos, lentos e repetitivos
fenómenos naturais. (James Hutton, geólogo, sec. XVIII)
c) Neocatastrofismo: defende que o planeta Terra se vai
alterando à custa de processos naturais lentos, mas que
ocasionalmente, sofre alterações profundas (sismos, erupções
vulcânicas…)
d) Actualismo: “O presente é a chave do passado” – Charles Lyell
– defende que as causas que, no passado, provocaram as
alterações na Terra são as mesmas que se verificam e
observam actualmente.
 Teoria da deriva continental
a) Proposta por Alfred Wegener
b) Argumentos a favor da teoria:
o Morfológicos: ex: a morfologia das costas das duas
massas continentais (África e América do Sul)
o Paleontológicos: ex: encontraram-se o mesmo tipo de
fósseis na África e na América de Sul (Mesossaurus)
o Litológicos: ex.: as mesmas rochas na América do Sul e
na África
o Paleoclimáticos: ex: registos glaciares em zonas
equatoriais
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
Teoria da tectónica de placas
a) A litosfera encontra-se dividida em placas que se
movimentam sob uma camada com características plásticas
(Astenosfera)
b) Correntes de convecção do manto:
c) Motor que gera as correntes: calor interno da Terra

Tipos de limites:
a) Convergentes: há destruição de litosfera. Localizam-se,
geralmente, em zonas de fossas onde se verifica a destruição
da placa litosférica, que mergulha. Por esta razão, esta zona é
também chamada zona de subducção. As fossas estão
localizadas nas zonas de transição da crosta continental para
a crosta oceânica ou então em zonas de crosta oceânica. Pode
ainda verificar-se a convergência de áreas continentais de
placas, como aconteceu quando a placa da Índia chocou com
o Sul da Ásia.
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b) Divergentes: há formação de litosfera. Situam-se nas dorsais
oceânicas e são zonas onde é gerada crosta oceânica. As
dorsais oceânicas são extensas cadeias de montanhas
geralmente com um vale central – rifte, cuja profundidade
varia entre -1800 e -2000 m, com largura aproximada de 40
km e com paredes em degrau e cortadas por falhas
transversais. Nas dorsais oceânicas de alastramento rápido,
como no Pacífico, não existe o vale central.
c) Conservativos: não há destruição nem criação de litosfera.
Situam-se em determinadas falhas, chamadas falhas
transformantes. Estas falhas cortam transversalmente as
dorsais oceânicas e ao longo delas não se verifica destruição
nem alastramento, mas apenas deslizamento de uma placa
em relação à outra.

Relevos oceânicos:
a) Planícies
abissais
b) Dorsais
oceânicas
c) Fossa
oceânica
d) Rifte
e) Talude
continental
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Tema 2:
 Sistema Solar:
 Formação e constituição:
 Teorias sobre a origem os Sistema Solar:
 Hipótese de colisão entre 2 estrelas (tem
base catastrofista)
o O Sol ter-se-ia formado em primeiro
lugar, sem qualquer planeta a girar à
sua volta
o Uma estrela vagueando pelo espaço
teria chocado com o Sol, arrancando-lhe
pequenos pedaços
o Esses
pedaços,
depois
de
se
condensarem em seu redor, teriam
dado origem aos planetas
 Rejeitada porque: a temperatura
é
demasiado
elevada
para
permitir
a
condensação
da
matéria
 Hipótese da aproximação entre 2 estrelas
o Duas estrelas ter-se-iam aproximado
o Por acção dos respectivos campos
gravíticos
as
estrelas
seriam
deformadas
o Como
resultado
da
deformação,
pequenas porções seriam arrancadas,
formando assim os planetas
 Rejeitada porque: a estrela que se
teria aproximado não teria campo
gravítico suficiente para arrancar
pedaços ao Sol; a temperatura é
demasiado elevada para permitir
a condensação da matéria
 Teoria da nébula solar ou nebular:
o Ponto
de
partida:
uma
nuvem
enriquecida com elementos pesados, de
dimensões gigantescas; constituída por
gases
matéria
interestelar
que
resultaram do “Big Bang”
o Condensação da matéria: aquecimento
do núcleo e rotação da nuvem
o Aumento da velocidade de rotação, com
posterior achatamento
o Aglutinação central das partículas que
constituem a nebulosa e formação de
uma estrela: o proto-sol (início das
reacções termo-nucleares)
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o Zonação de poeiras, de acordo com a
distância ao Sol: elementos mais
densos concentram-se junto ao Sol
(planetas telúricos); elementos menos
densos
(hidrogénio
e
hélio)
são
projectados para a zona externa da
nuvem (planetas gasosos)
 Argumentos a favor:
 Todos os corpos do Sistema
Solar apresentam a mesma
idade (4600 M.a)
 As órbitas planetárias são
elipsóides quase circulares
(excepto Mercúrio) e fazemse todas, praticamente, no
mesmo plano
 O movimento de rotação
dos
planetas
(excepto
Vénus e Úrano que é
retrógrado, no sentido dos
ponteiros do relógio) faz-se
no sentido directo (sentido
contrário ao dos ponteiros
do relógio)
 A densidade dos planetas
mais próximos do Sol é
superior à dos planetas
mais afastados
 Pontos por explicar na teoria
da nebular:
o A baixa rotação do Sol
o A rotação, em sentido oposto aos outros
planetas, de Vénus e Úrano


Teoria geocêntrica:
 A Terra era o centro do Sistema Solar
 Proposta por Aristóteles e Ptolomeu
Teoria Heliocêntrica:
 O Sol era o centro do Sistema Solar
 Proposta Galileu Galilei e por Copérnico
Teoria Nebular
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
Constituição do Sistema Solar:
o Uma estrela: o Sol
o 8 Planetas principais: Mercúrio, Vénus,
Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Úrano e
Neptuno; características:
o Asteróides: localizados entre Marte e
Júpiter, na Cintura de Asteróides.
Compostos por uma liga metálica de
Ferro e Níquel
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o Planetas anões: corpos celestes que
orbitam em torno do Sol; assume uma
forma arredondada; não possui uma
órbita desimpedida de outros astros
o Pequenos corpos: asteróides: corpos
de pequenas dimensões, não chegaram
a constituir um planeta, devido ao
campo gravítico de Marte e Júpiter,
ocupam um vasto cinturão de espaço
entre as órbitas de Marte e Júpiter.
Cometas: corpos esferoidais com
órbitas excêntricas, constituídos por:
núcleo
(rochas,
gases
e
água
congelados) cabeleira (partículas sólidas
soltas – proximidade do sol) e cauda
(gases orientados pelo vento solar).
Meteoróides: corpos vindos do espaço
e, que podem atingir o nosso planeta:
 Meteoros: não chegam a atingir a
superfície
terrestre,
apenas
formam um rasto luminoso.
Durante a entrada na atmosfera
terrestre
sofre
aquecimento
devido ao atrito
 Meteorito: atingem a superfície.
Resistem ao atrito provocado pela
entrada na atmosfera terrestre.
Ao atingirem a superfície formam
crateras de impacto. Tipos:
 Sideritos
ou
férreos:
constituídos por ligas de
Ferro e Níquel.
 Aerólitos
ou
pétreos:
constituídos por silicatos
 Siderólitos ou petroférreos:
têm
natureza
metalorochosa; constituídos por
ligas de Ferro, Níquel e
silicatos
Resumo Global de Geologia






o Acreção e diferenciação:
 Sequência de acontecimentos:
A Terra teria tido origem na acreção de partículas da nebulosa
que colidiam por efeito da atracção gravítica. Durante a
acreção,
a
temperatura
da
Terra
foi-se
elevando
progressivamente.
A energia resultante do impacto de Planetesimais era
convertida em calor, que se ia acumulando no interior do
Protoplaneta. Esta energia não era totalmente dissipada para
o Espaço, pois os protoplanetas colidiam continuamente com
planetesimais que os recobriam e que, igualmente convertiam a
sua energia de choque em energia calorífica.
A dimensão do protoplaneta aumenta e com este incremento
sobe também a pressão a que os materiais estão sujeitos por
compressão. A pressão dos materiais, associada ao aumento
progressivo da profundidade, leva ao aumento da temperatura
dos materiais constituintes do protoplaneta.
A temperatura atinge o ponto de fusão dos silicatos, ferro e
níquel, que constituem o protoplaneta Terra. Inicia-se, então, a
diferenciação, isto é, a separação dos materiais constituintes
da Terra.
Os materiais mais densos, ferro e níquel, migram, por diferença
de densidade, para o centro da Terra, onde vão originar o
núcleo. Os materiais de média densidade, silicatos associados a
ferro e níquel, ocupam a zona média da Terra, dando origem ao
manto terrestre. Finalmente, os silicatos, pouco densos,
atingem a sua temperatura de solidificação, formando-se a
crosta terrestre primitiva (frágil e quebradiça). O núcleo, devido
às elevadas temperaturas que possui e à produção de calor,
continua a manter-se, ainda hoje, no estado líquido.
A fusão dos materiais terrestres permitiu a diferenciação da
Terra e a formação das três grandes zonas litológicas da Terra
– crosta, manto e núcleo.
 A energia da Terra que permitiu a sua fusão e
diferenciação teve origem:
Resumo Global de Geologia
A crosta foi a primeira zona terrestre a solidificar, devido à sua
proximidade com as baixas temperaturas do Espaço. No entanto,
devido à ausência de atmosfera, continuava a ser bombardeada por
inúmeros meteoritos, cujo choque com a fina e recém-formada
superfície terrestre originava fenómenos de vulcanismo activo que
libertavam grandes quantidades de lava e de vapor de água. O vapor
de água libertado, por condensação, originou as primeiras chuvas do
planeta, que deram início à formação dos oceanos primitivos.
Simultaneamente, iniciou-se a formação da atmosfera primitiva e
começaram a surgir as primeiras formas de vida nos oceanos
primitivos.
 Manifestações de actividade geológica
A nível geológico a Terra e Vénus são dois planetas
geologicamente activos, enquanto Mercúrio e Marte são planetas
geologicamente
inactivos.
Um
planeta
é
considerado
geologicamente activo quando, na actualidade ou num passado
recente, manifesta a existência de sismos, vulcanismo activo ou
movimentos
tectónicos.
Um
planeta
será
considerado
geologicamente inactivo quando, há muitíssimo tempo, não
apresenta fenómenos geológicos activos, como sismos, vulcanismo
ou movimentos tectónicos. Os movimentos tectónicos, por sua vez,
são os grandes responsáveis pela existência dos fundos oceânicos e
pela sua idade (menos de 200 M.a). Os fundos oceânicos resultam de
um equilíbrio entre os riftes e as zonas de subducção. No rifte formase o fundo oceânico através de um vulcanismo fissural, que provoca o
aumento da dimensão da placa oceânica, que, por este motivo, vai
ser “obrigada” a mergulhar para manterá constante área superficial
terrestre. Qualquer forma de actividade geológica necessita de um
agente modificador, que tanto pode ter uma origem interna como
externa ao planeta.
o Agentes modificadores:
Agente Modificador
Efeito
Externo
Calor irradiado pelo Sol O calor irradiado pelo Sol,
através das amplitudes térmicas
(agentes atmosféricos), activa os
factores
de
erosão
e
de
meteorização, modificando as
rochas sobre que actua
Água no estado líquido
A água provoca a alteração dos
materiais e transporta-os até
bacias de sedimentação
Impacto meteorítico
Um impacto meteorítico conduz à
formação da cratera de impacto,
de actividade vulcânica e à
metamorfização das rochas
Resumo Global de Geologia
Interno
Acreção da Terra
Contracção gravítica
Materiais radioactivos
constituintes
A acreção, a contracção gravítica
e o decaimento dos elementos
radioactivos produzem a energia
responsável pelo movimento das
placas tectónicas, pela ocorrência
de sismos, do vulcanismo e da
formação dos fundos oceânicos
Nota:
 Na Terra, é água o principal factor da renovação da crosta, devido
ao seu ciclo (ciclo hidrológico), que é, “impulsionado” pelo Sol
 Para encontrar dados referentes aos primeiros 700 M.a, apagados
pela erosão (na Terra e em Vénus), recorre-se aos planetas
geologicamente “mortos”
 Sistema Terra Lua
A lua é o satélite natural da Terra (corpo que descreve órbitas em
torno de um planeta principal), de dimensões reduzidas quando
comparada com a Terra (4x menor). Pensa-se que a sua formação
está relacionada com um corpo de menores dimensões que a Terra,
que colidiu com a Terra primitiva. A lua não possui atmosfera, devido
às suas reduzidas massa e força gravítica, nem água no estado
líquido e, por esse motivo, não tem erosão, pelo que a superfície
lunar mantém-se inalterável. Devido à sua inactividade, a Lua parece
ter preservado, em grande parte, as suas características primitivas.
Por este motivo, estudando a Lua, podemos compreender um pouco
da história da Terra. O satélite da Terra preserva as marcas dos
acontecimentos ocorridos antes da formação dos nossos continentes,
constituindo uma memória daquilo que seria a Terra durante esse
lapso de tempo. A Lua e a Terra interactuam uma com a outra,
influenciando as respectivas deslocações no Espaço. A duração do dia
terrestre é determinada pela presença da Lua e as mudanças na
posição em relação à Terra provocam alterações na duração do dia e
dos meses lunares. Entre a Terra e a Lua existe uma forte ligação
gravitacional, pelo que são considerados, por alguns cientistas, como
planetas duplos. A alteração da força da gravidade exercida pela Lua
sobre a Terra determina a variação das marés dos oceanos. A força
da atracção exercida entre a Terra e a Lua leva a uma diminuição da
velocidade de rotação da Terra, o que origina um aumento da
duração de horas do dia terrestre. Cada dia terrestre aumenta 0.0018
segundos por século.
Resumo Global de Geologia
Como a Lua possui a mesma origem que o seu planeta principal e
formou-se sensivelmente ao mesmo tempo, segundo o mesmo ritmo
de acontecimentos. A tabela a seguir esquematiza a sequência dos
acontecimentos que tiveram na origem e evolução da Lua:
Génese da Lua
4500
M.a
–
ocorreu,
aproximadamente, ao mesmo
tempo que a génese da Terra
Fase de grande aquecimento 4500 a 4300 M.a – a elevação da
temperatura provocou a fusão
dos
materiais
até
uma
profundidade de 300 a 400 km
Formação da crosta primitiva 4300
a
3800
M.a
–
o
arrefecimento e a solidificação
dos materiais originaram a crosta
primitiva
Grande bombardeamento
3800 M.a - a superfície lunar foi
meteorítico
atingida por enormes meteoritos,
que
originaram
crateras
de
impacto. Estes impactos podem
ter provocado a fusão dos
materiais, formando magmas.
Neste período, a Terra e a Lua
estavam mais próximas que
actualmente. O bombardeamento
foi mais intenso no hemisfério
voltado para a Terra
Formação dos mares
3800 a 3000 M.a - as crateras
de impacto foram preenchidas
por lavas basálticas. O magma
originou-se
a
grande
profundidade, no interior da Lua
De 3000 M.a até à actualidade –
não
se
verificou
qualquer
actividade geológica importante
A Lua, tal como a Terra, possui dois tipos de formações
geomorfológicas, os mares e os continentes. O nome destas duas
formações lunares deve-se à sua similitude com as da Terra.
Resumo Global de Geologia
Continentes lunares
Possuem uma cor mais clara
(reflectem 18% da luz incidente
proveniente do Sol) e um relevo
escarpado, tal como se verifica
nos continentes terrestres. As
rochas dos continentes lunares
são anortositos. Estas regiões
apresentam maior número de
crateras de impacto e ocupam
maior extensão da superfície
lunar
Mares lunares
Os mares lunares devem o seu
nome, não há presença de água
líquida, mas ao seu tom escuro e
relevo plano, lembrando o seu
aspecto calmo e escuro dos
oceanos
terrestres.
São
constituídos por basalto, que só
reflecte
7%
da
luz
solar
incidente. Os mares lunares são
mais frequentes na face visível
da Lua do que na face oculta. O
número de crateras de impacto é
menos frequente neste tipo de
formação. Os mares lunares
resultam do preenchimento, por
lavas basálticas, das depressões
resultantes
de
impactos
de
meteoritos.
A Lua não tem erosão devido à ausência de atmosfera e de água no
estado líquido, mas no entanto, pode verificar-se a desagregação de
rochas devido às grandes amplitudes térmicas. A Lua possui uma
variação diária de temperatura que pode ir os -180 ºC aos +120ºC.
esta variação de temperatura pode ocasionar a fracturação das
rochas, tal como acontece a um copo que sai do forno e é colocado
numa superfície fria. Os fragmentos originados por esta fragmentação
térmica podem deslizar pelas encostas lunares, sendo estes os únicos
efeitos de alteração da superfície lunar, alem dos impactos de
meteoritos e os sues efeitos.
Resumo Global de Geologia
A ausência de alterações geomorfológicas na Lua permite que esta
mantenha as características do momento da sua formação. A Terra,
ao possuir agentes de erosão, vulcanismo activo, movimentos
tectónicos, encontra-se em permanente mutação, pelo não
conseguimos observar as características da Terra primitiva. A Lua,
pelo facto de ser contemporânea da Terra e de não ter sofrido
alterações, permite-nos obter dados sobre a Terra primitiva. Uma
grande ajuda sobre a composição e morfologia da Lua foi-nos
fornecida pela ida do Homem à Lua, tendo sido possível, nessa altura,
a recolha de material lunar.
Resumo Global de Geologia
Tema 3:
 A Terra, um planeta a proteger:
o A face da Terra:
 Continentes:
 Cratões (estruturas/áreas geológicas estáveis):
o Escudos – núcleos de rochas magmáticas e
metamórficas com ±600 M.a
o Plataformas interiores – natureza rochosa
mais recente e que conservam a sua
posição horizontal original
 Cadeias montanhosas:
o Antigas
o Recentes
 Margens continentais
 Oceanos:
 Planícies abissais
 Fossas oceânicas (zona convergente)
 Dorsais oceânicos
 Rifte (zona divergente)
Em suma:
Unidades
morfológicas
constituintes da
Terra
Áreas
continentais
Cratões
Cadeias
montanhosas
Escudos
Fundos
oceânicos
Margens
continentais
Domínio
continental
Talude
continental
Plataformas
interiores
Nota: o talude continental é uma zona de transição
entre o domínio continental e domínio oceânico.
Origina conflitos entre geógrafos e geólogos.
Domínio
oceânico
Dorsais
oceânicos
Fossas
oceânicas
Planícies
abissais
Rifte
Resumo Global de Geologia
o Intervenções do Homem nos subsistemas terrestres:
 A Água:
Fontes de poluição:
 Efluentes
 Marés negras
 Indústria (chuvas ácidas)
 Agricultura (pesticidas e herbicidas)
ETA: Estação de Tratamento de Águas
Trata a água que vai ser fornecida às populações, eliminado
organismos e substâncias químicas antes da distribuição.
ETAR: Estação de Tratamento de Águas Residuais
Trata a água utilizada, melhorando a sua qualidade, mas não
tornando-a potável, sendo menos prejudicial ao ambiente de
descarga
Medidas para a poupança de água:
 Garrafas no autoclismo
 Tomar duche em vez de banho de emersão
 Utilizar a água dos cozinhados para a rega
 Fechar a torneira durante a lavagem dos dentes e ao fazer a
barba
 Fechar bem a torneira, evitando fugas
 Utilizar doseador na torneira
 Lavar a roupa/louça só quando a máquina estiver cheia
 Utilizar autoclismos “inteligentes”
 O solo:
Fontes de poluição:
 Desflorestação
 Actividade agrícola
 Sobrepastoreio
 Indústria (chuvas ácidas)
 Construção humana (impermeabilização do solo, causando
cheias)
 Combustíveis Fósseis
O que são?: a partir da sua combustão geram energia; formaram-se
à M.a (a partir da acumulação de organismos). Ex: petróleo
(organismos animais), carvão (organismos vegetais) e gás natural.
São maus porque:
 São finitos
 Os gases (GEE) libertados pela sua combustão degradam o
ambiente:
o Chuvas ácidas
o Efeito estufa
Resumo Global de Geologia
 Recursos Geológicos:
o O que são? São os bens naturais existentes na crosta
terrestre e que, face às suas concentrações num
determinado local, podem ser extraídos e utilizados em
benefício do Homem.
 Renováveis: são gerados pela Natureza a uma taxa
igual ou superior àquela a que são consumidos. Ex:
geotérmica, mares, hídrica…
 Não renováveis: são gerados pela Natureza a um
ritmo muito mais lento do que aquele a que são
consumidos pelo Homem. São por isso, recursos
limitados que acabarão por se esgotar. Os recursos
geológicos não são renováveis, com excepção da
água e do calor interno da Terra. Ex: petróleo,
carvão, volframite…
 Recursos energéticos:
o Fundamentais,
desde
sempre, para as diversas
actividades do ser Humano
o O desenvolvimento das sociedades industrializadas e
tecnológicas fez crescer de forma exponencial, o consumo
de energia
o A maior parte da energia consumida pelas sociedades
actuais é proveniente dos combustíveis fosseis
 Combustíveis Fosseis (energia fóssil)
o O carvão, o petróleo e o gás natural são recursos
energéticos não renováveis e que se aproximam
rapidamente do esgotamento
o A energia que contêm está armazenada nas ligações
químicas de compostos orgânicos, sujeitos a complexas
transformações ao longo de grandes períodos de tempo
o O carvão é principalmente utilizado em centrais
termoeléctricas para a produção de energia. O petróleo e
o gás natural são utilizados como combustíveis. O
petróleo tem, ainda, numerosas utilizações industriais
o A queima de C.F causa diversos problemas ambientais:
 Liberta para a atmosfera dióxido de enxofre, que,
ao combinar-se com o vapor de água atmosférico,
dá origem a H2SO4 (ácido sulfúrico), o qual
precipita como chuva ácida. A chuva ácida baixa o
pH do solo e dos cursos de água, provocando a
morte dos organismos e o desequilíbrio dos
ecossistemas
 Liberta também grandes quantidades de CO2 para a
atmosfera. O aumento do CO2 atmosférico contribui
para
o
aumento
do
efeito
estufa
e,
consequentemente, do aquecimento global do
planeta
Resumo Global de Geologia
 A extracção do carvão em minas e a extracção do
petróleo em poços podem causar contaminação do
solo e da água
 Energia Nuclear:
o A produção de energia nuclear baseia-se na fissão
controlada do elemento urânio em reactores nucleares
o Esta reacção liberta grandes quantidades de energia sob a
forma de calor; esse calor é utilizado na vaporização da
água que, por sua vez, é usada para a produção de
energia
o Desvantagens:
 Risco de acidentes, com fuga de radiações
 Produção de resíduos radioactivos que levantam
sérios problemas de tratamento e armazenamento
 Poluição térmica da água
 Risco de acções terroristas
 Energia Geotérmica:
o O calor interno da Terra constitui uma fonte de energia
que pode ser concentrada localmente
o Quando existe uma fonte de magma relativamente
próxima da superfície da Terra, verifica-se o aquecimento
de fluidos, geralmente a água, que se localiza em rochas
porosas ou fracturas
o A água quente pode ser aproveitada na produção de
energia
o A energia geotérmica não é poluente e é renovável, na
medida que a sua fonte permanece por longos períodos
de tempo (uma câmara magmática pode demorar M.a a
arrefecer)
o No entanto, é um tipo de energia que apenas pode ser
aproveitada em locais com determinadas características
o Em Portugal, há produção de energia geotérmica de alta
entalpia no arquipélago dos Açores
 Energias Alternativas:
o As energias renováveis, que não se esgotam e são pouco
poluentes, constituem a principal alternativa à energia
dos C.F
o No desenvolvimento de tecnologias que aumentam a
eficácia de aproveitamento destas fontes de energia pode
estar a solução para os problemas energéticos do futuro
o Para além da energia geotérmica, há a considerar as
seguintes fontes de energia renovável: solar, eólica,
hidroeléctrica, ondas, biomassa e biogás
Resumo Global de Geologia
 Recursos minerais:
o Incluem numerosos materiais utilizados pelo Homem e
que foram concentrados, muito lentamente, por uma
variedade de processos geológicos
o Os recursos minerais podem classificara-se em metálicos
e não metálicos
 Metálicos:
 Elementos químicos como o ferro, cobre,
prata ou ouro, encontram-se distribuídos na
crosta terrestre, fazendo parte da constituição
de vários materiais em associações diversas
com outros elementos
 “Clarke”:
concentração
média
de
um
determinado elemento químico na crosta
terrestre. Exprime-se em partes por milhão
(ppm) ou gramas por tonelada (g/ton)
 Um jazigo metálico é um local no qual existe
um elemento químico com concentração
superior ao seu clarke
 Num jazigo mineral, chama-se minério ao
material aproveitável e que tem interesse
económico. A ganga ou estéril é o material
sem valor económico quem está associado ao
minério
 A ganga é, geralmente, acumulada em
escombreiras, que são depósitos superficiais
junto
às
explorações
mineiras.
As
escombreiras
causam
poluição
visual,
aumentam o risco de deslocamentos de
terreno e podem conter substâncias tóxicas
que poluem o solo e a água
 Não Metálicos:
 Consideram-se
recursos
minerais
não
metálicos, minerais como cascalhos, areias e
rochas
 São materiais abundantes, que geralmente
não atingem preços elevados (com excepção
das pedras preciosas) e que, por essas
razões, provêm de fontes locais
Resumo Global de Geologia
o Riscos Geológicos
Resumo Global de Geologia
Tema 4:
 Métodos para o estudo do interior da Geosfera
Métodos Directos:
 Observação e estudo de materiais directamente
acessíveis
o Diversas Técnicas
 Observação e estudo de superfície visível
 Exploração de jazigos minerais efectuada em minas
e escavações
 Sondagens
 Magmas e xenólitos
 Movimentos tectónicos e erosão
 Observação e estudo da superfície visível
o Permite o conhecimento mais ou menos completo das
rochas e outros materiais que afloram
o Ex: túneis, cortes de estrada
o Restringem-se a uma parte muito superficial da Terra
 Exploração de jazigos minerais efectuada em minas e
escavações
o Fornece dados directos até profundidades que oscilam
entre os 3 e os 4 km
 Sondagens
o Perfurações envolvendo equipamento apropriado
o Permitem retirar colunas de rochas correspondentes a
milhões de anos de história
 Perfurações
o Furos ultra profundos
 ›1500 Metros
o Podem ser realizados em:
 Crosta continental (o maior: Kola 12023m)
 Crosta Oceânica (o maior: Costa Rica 3500m)
o Problemas
 Económicos e técnicos (aos 300ºC, a broca começa
a desintegrar-se)
 Vulcões
o Magmas e Xenólitos
 O magma provem de profundidades na ordem dos
100 km a 200 km, sofrendo alterações pelo
caminho
 Durante o caminho para a superfície, o magma
arranca e incorpora fragmentos de rocha do manto
e da crosta – os xenólitos ou encraves
Resumo Global de Geologia
 Movimento tectónico e erosão
o Nos limites convergentes de placas, as forças de
compressão são capazes de criar deformações da litosfera
tão intensas, que vestígios de um fundo oceânico podem
surgir no alto de uma montanha – ex: Maciço de Morais
o A erosão permite a exposição das rochas que estiveram
há centenas de milhões de anos, a milhares de metros de
profundidade
Métodos Indirectos
 Planetologia e Astrogeologia
 Métodos geofísicos (estudo das propriedades físicas da
Terra):
o Sismologia
o Gravimetria
o Densidade e massa volúmica
o Geomagnetismo
o Geotermismo
o Gradiente Geobárico
o Geoelctricidade
 Planetologia e Astrogeologia
o Utilização das mesmas técnicas que são utilizadas no
estudo do Sistema Solar
o Estudo comparado de todo o Sistema Solar e do nosso
planeta
o Comparação de meteoritos com a estrutura do nosso
planeta:
 Siderólitos – manto
 Sideritos – núcleo
 Sismologia:
o Estudando a propagação das ondas sísmicas, os
geógrafos analisam as trajectórias das ondas que vão
sendo reflectidas e refractadas, à medida que mudam as
propriedades dos materiais por elas atravessados
 Tomografia sísmica:
 Possibilita distinguir zonas internas com
diferentes temperaturas. As mais quentes são
identificadas por retardarem as ondas
sísmicas interiores, enquanto, as mais frias
são
denunciadas
pela
aceleração
que
provocam
Resumo Global de Geologia
 Gravimetria:
o Todos os corpos na Terra sofrem uma força de atracção
chamada gravidade
o Pode ser medida por um gravímetro
o A gravidade é:
 Menor nos pólos (diminui com a latitude)
 Maior em zonas altas (aumenta com a altitude)
o Gravímetro: massa de metal suspensa por uma mola
extensível, perfeitamente elástica. A força gravítica actua
sobre a massa que, por sua vez, exerce uma força de
tracção sobre a mola, distendendo-a
 Fórmula para calcular a gravimetria:
Sendo:
M – massa da Terra
R – raio terrestre
m – massa do corpo
G – constante de gravitação determinada em
laboratório

Mola
Massa Conhecida
Força Gravítica conhecida
o A superfície da Terra não é regular (cadeias montanhosas,
regiões planas, etc…)
o Raio terrestre equatorial ›21km que o raio equatorial
 Consequência:
 A força gravítica varia de zona para zona
o É necessário efectuar correcções relativas a diferentes
parâmetros (latitude, altitude, presença de acidentes
tipográficos)
o Seria de esperar que a força gravítica fosse igual para
toda a superfície terrestre
Resumo Global de Geologia
o Anomalias gravimétricas:
 Positivas: quando a densidade dos materiais é
superior ao material que compõe as rochas
envolventes. Ex: jazigo mineral
 Negativas: quando a densidade dos materiais é
inferior ao material que compõe as rochas
envolventes. Ex: diapiro (sal)
o Possibilita a determinação de materiais mais ou menos
densos no interior da crosta
 Rochas salinas – menos densas – anomalia negativa
– menor aceleração da gravidade
 Jazigos minerais – mais densos – anomalia positiva
– maior aceleração da gravidade
 Densidade
o Densidade média do planeta – 5,5g/cm3
o Densidade média das rochas litosféricas – 2,8g/cm3
o Conclusão: a densidade da Geosfera interior é muito
superior à densidade das rochas da litosfera
 Geomagnetismo
o A Terra possui um campo magnético natural responsável
pela orientação das bússolas – magnetosfera
o Linhas de força do campo magnético passam através do
planeta e estendem-se de um pólo magnético para o
outro (direcção norte – sul)
o Essa geometria deveria criar um padrão (valor mínimo
próximo do equador até um valor máximo perto dos
pólos). Tal não acontece, porque a heterogeneidade dos
materiais terrestres perturba essa regularidade
o As anomalias magnéticas detectadas com recurso a
magnetómetros são um bom indicador da existência de
jazigos metálicos
o Os minerais ferromagnesianos (ex: basalto) registam
a orientação do campo magnético terrestre. Estes só
registam a orientação magnética quando as temperaturas
descem até ao Ponto de Curie (temperatura acima da
qual um mineral magnético perde o seu magnetismo)
o Método associado a rochas magmáticas
o Polaridade normal: quando a rocha tem o mesmo
magnetismo que o campo magnético actual. O norte
magnético coincide com o norte geográfico
o Polaridade inversa: o norte magnético coincide com o
sul geográfico

Geotermismo
o Principal fonte de energia térmica – desintegração de
elementos radioactivos que se encontram nas rochas
(urânio, potássio, tório)
Resumo Global de Geologia
o Energia térmica interna remanescente da formação do l
o Através da determinação realizada em sondagens e minas
– a temperatura aumenta com a profundidade
o Gradiente geotérmico: quantidade da variação da
temperatura com a profundidade – aumento da
temperatura por km de profundidade
o Em geral: em cada 33 ou 34 metros de profundidade, a
temperatura aumenta 1ºC
o Grau geotérmico: número de metros que é necessário
aprofundar para que a temperatura aumente 1ºC
o A variação do gradiente geotérmico não se verifica de
forma uniforme:
 Se tal acontecesse, a Terra atingiria no seu interior
a temperatura de milhares de graus, o que
provocaria a fusão de todos os materiais
 Admite-se que a variação do gradiente geotérmico
(
)
diminui com a profundidade
 Implica a existência de diferentes tipos de materiais
que constituem a Terra
o À dissipação de calor interno para a superfície denominase Fluxo Térmico
o A quantidade de energia térmica libertada por unidade de
superfície e por unidade de tempo é:
 Geoelectricidade:
o Os métodos geoeléctricos são considerados um bom
método indirecto porque nos dão informações sobre o
interior da Geosfera, baseando-se nas propriedades
eléctricas das rochas. Deste modo, introduzindo-se
corrente
eléctrica
no
solo
pode
analisar-se
a
condutividade/resistividade dos materiais, ou seja, a
capacidade dos mesmos de deixarem atravessar pela
corrente eléctrica. Um dos factores que mais contribui
para o aumento da condutividade dos materiais é a
presença de água nos estratos
 Gradiente Geobárico
o Não é um valor constante, embora não tão irregular como
o do gradiente geotérmico. Essa inconstância resulta da
heterogeneidade da composição do interior da Terra,
conforme sugerem as variações de densidade reveladas
pelos dados sísmicos
o Quando sobrepostos, o gráfico do gradiente geobárico e o
do gradiente geotérmico, não apresentam pontos
comuns. A única semelhança é que a pressão e a
temperatura aumentam com a profundidade.
Resumo Global de Geologia
Tema 5:
 Vulcanismo
Vulcanologia: ciência que estuda os vulcões e os fenómenos a eles
associados.
Vulcanismo: manifestação constante da dinâmica geológica que
constitui o mecanismo central da evolução do nosso planeta.

Tipos de Vulcanismo:
Vulcanismo primário
 Vulcanismo eruptivo
 Vulcanismo secundário
 Vulcanismo residual

 Vulcanismo Primário:
Caracteriza-se pela ocorrência de erupções vulcânicas nas quais são
emitidos para o exterior da Geosfera materiais vulcânicos nos estados
sólido, líquido e gasoso -» emitidos através de aparelhos vulcânicos.
o Divide-se em:
 Vulcanismo central
 Vulcão: abertura na superfície terrestre, que estabelece
comunicação entre o interior e o exterior do globo, trazendo
para a superfície grandes quantidades de matéria e energia.
o Cone vulcânico: elevação em forma cónica, resultante da
acumulação de materiais libertados durante uma ou mais
erupções.
o Chaminé vulcânica: canal no interior do aparelho vulcânico
que estabelece a comunicação entre a câmara magmática
e o exterior.
o Cratera vulcânica: abertura do cone vulcânico, em forma
de funil, que se localiza no topo da chaminé vulcânica.
o Câmara magmática: situada a alguns Kms da superfície
onde se acumula o magma.
Resumo Global de Geologia
 Estrutura de um Vulcão:

Diferença entre Magma e Lava:
o Lava: material vulcânico fluido ou já solidificado (magma
desgaseificado em estado de fusão ígnea), expelido do
interior de um vulcão.
o Magma: material rochoso de origem profunda, constituído,
essencialmente por silicatos fundidos a elevadíssimas
temperaturas e por gases dissolvidos.

Formação de Caldeiras:
o O esvaziamento, total ou parcial, da câmara magmática
torna o aparelho vulcânico instável (por falta de sustentação
do cone), conduzindo ao seu abatimento.
o Têm um diâmetro, nunca inferior, a 1,5 Km de diâmetro.

Vulcanismo Fissural:
 Erupções ocorrem ao longo de fracturas na superfície terrestre
Resumo Global de Geologia

Piroclastos:
Material expelido pelos Vulcões:
 Durante as erupções vulcânicas, são libertados
diversos tipos de produtos, nomeadamente:
Designação
Diâmetro
das
Partículas
Cinzas
Inferior a
2 mm
Lapilli ou
Bagacina1
2 a 64 mm
Bombas e
blocos
vulcânicos
Superior a
64 mm
Fotografia
oGases:
 De entre os gases libertados durante
vulcânica, predominam:
 Vapor de água -» H2O (g)
 Monóxido de carbono -» CO
 Hidrogénio -» H2
 Azoto -» N2
 Ácido clorídrico -» HCl
 Compostos de enxofre -» SOx
1
A Bagacina é um termo só usado nos Açores
uma
erupção
Resumo Global de Geologia

Nuvens ardentes:
 Formadas por fragmentos de várias dimensões (a
maioria cinzas) envolvidas em gases a elevadas
temperaturas que deslocam pelas vertentes dos
vulcões, calcinando tudo à sua frente.
o Lava:
 Diferentes Classificações:
 Tipos de lava segundo a % de SiO2:
o A quantidade de sílica, isto é, do composto de
fórmulas SiO2, é um importante parâmetro de
classificação das lavas, que permite dividi-las em
lavas básicas, intermédias ou ácidas.
 Viscosidade:
o A viscosidade das lavas depende de vários factores:
 Temperatura
 Quantidade de gás
 Quantidade de sílica
dissolvido
Resumo Global de Geologia

Tipos de lava segundo viscosidade:
Lava Viscosa
Lava Fluida
Temperatura
Temperatura
A lava é expelida a uma
temperatura muito
próxima da sua
temperatura de
solidificação
A lava é expelida a uma
temperatura muito
superior à sua
temperatura de
solidificação.
Quantidade de Sílica
Quantidade de Sílica
Rica em sílica
Pobre em sílica
(ácida)
(básica)
Gases
Gases
Libertam-se com
dificuldade
Libertam-se com mais
facilidade.
o Tipos de solidificação das lavas:
 Lavas fluidas
Designação
Descrição
Lavas
Encordoadas
ou
-
Lavas muito fluidas
-
Formam escoadas de lavas
Pahoehoe
-
Originam superfícies lisas ou com
aspectos semelhante a cordas.
Resumo Global de Geologia
Lavas
Escoriáceas
Ou
-
Lavas fluídas
-
Deslocam-se lentamente
-
Originam superfícies ásperas, em
resultado da perda rápida de gases.
aa
Lavas em
Almofada ou
pillow lava
-Lavas fluídas.
-Arrefecem dentro de água.
-Após solidificação assemelham-se a
almofadas.
 Lavas viscosas
Designação
Agulhas
Vulcânicas
Descrição
Lava de elevada
viscosidade
-
-
Domos ou
Cúpulas
Solidificação da
lava na chaminé do
aparelho vulcânico,
funcionando como
uma rolha.
-Lava viscosa.
-Solidificação da lava
sobre a abertura da
cratera (aspecto de
tampa).
Resumo Global de Geologia

Tipos de Erupção
o Explosiva:
 Lavas muito viscosas
 Violentas explosões
 Formação de domos ou agulhas
 Cones altos e acentuados por acumulação de piroclastos
 Formação de nuvens ardentes
o Efusiva:
 Lavas fluidas
 Mantos e correntes de lava
 Cones baixos, formados por camadas de lava solidificada
 A lava espalha-se por grandes superfícies
o Mista:
 Alternância de fases efusivas com fases explosivas (pouco
violentas)
 Cone misto, resultante da acumulação de lavas intercaladas
com piroclastos
 Erupções explosivas causadas por entrada de água pela
chaminé vulcânica
 Vulcanismo residual
o Ocorrem após as erupções vulcânicas terem terminado
o Manifestam-se de um modo menos espectacular e violento,
nomeadamente através da libertação de gases e/ou água a
temperaturas elevadas
 Manifestações de vulcanismo residual
 Fumarolas:
o Ascensão à superfície de água a altas temperaturas que
originam emissão de vapor de água.
o Não há mistura destas águas com águas frias
subterrâneas
o Dependendo dos gases que predominam, misturados com
o vapor de água, recebem diferentes designações:
 Sulfataras (enxofre)
 Mofetas (dióxido de carbono)
 Nascentes termais:
o Águas subterrâneas sobreaquecidas, misturadas com
águas subterrâneas que brotam à superfície a
temperaturas mais baixas que o seu ponto de ebulição
 Géisers
o Emissões descontínuas de água e vapor de água através
de fracturas
Resumo Global de Geologia
 Aproveitamento económico do vulcanismo atenuado
o Utilização directa na fonte (balneoterapia, termalismo,
estufas, confecção de alimentos, …)
o Conversão de calor em electricidade
 Nos Açores, o vapor de água é captado sob pressão
e conduzido para uma central, onde acciona
turbinas que produzem energia eléctrica
 Vulcanismo e Tectónica
o Distribuição de Vulcões:
Resumo Global de Geologia
o Zonas:
Zona
Tectónica
Tipo de
Vulcanismo
Fronteira
Convergente
Vulcanismo
de
Subducção
(O >-< O)
(O >-< C)
O=Oceânica
C=Continental
Características
 Colisão entre duas placas (O-O ou OC).
 O magma é originado por fusão da
placa + densa que mergulha por
baixo da placa menos densa.
 Magma de origem pouco profunda.
 Origina erupções do tipo explosivo.
 Representa cerca de 80% dos vulcões
activos.
 Exemplos:
Colisão O - O: Indonésia
Colisão O – C: Andes, Japão, Cintura
Mediterrânea
Resumo Global de Geologia
Zona
Tectónica
Tipo de
Vulcanismo
Fronteira
Divergente
Vulcanismo
de Vale de
Rifte
(O«-»O)
(C«-»C)
O=Oceânica
C=Continental
Características
 Afastamento de placas tectónicas
(O-O, C-C).
 Originam-se grandes fissuras na
crosta, através das quais o magma
ascende à superfície.
 Origina erupções do tipo efusivo ou
misto.
 Representa cerca de 25% dos vulcões
activos.
 Exemplos:
Colisão O - O: Dorsal ou Crista Médio
Atlântica
Colisão O – C: Rifte Valley Africano
Zona
Tectónica
Tipo de
Vulcanismo
Interior de
placas
Vulcanismo
intraplaca
Características
 Explica a existência de ilhas vulcânicas
no interior de placas oceânicas
(ex.:Havai) e de alguns vulcões no
interior dos continentes (ex.: África
Ocidental)
 O magma supõe-se que tem origem em
zonas mais profundas.
 Origina erupções do tipo efusivo ou
misto.
 Representa cerca de 5% dos vulcões
activos.
Resumo Global de Geologia

Pontos Quentes:
 Formam Plumas térmicas (porções de material quente,
proveniente do manto, que ascendem até à litosfera, originando
uma fonte magma que alimenta um vulcão à superfície,
estando o ponto quente sempre imóvel, o que se desloca é a
placa onde está situado)

Riscos Ambientais:
 O vulcanismo é apenas um dos factores que influenciam o clima
da Terra.
 Os vulcões libertam para a atmosfera cerca de 110 milhões
de toneladas de CO2 anualmente
 Sabe-se que:
 Os vulcões libertam cinzas e gases (nomeadamente SO2),
bloqueiam a luz solar, causam chuvas ácidas e podem
agravar o efeito estufa
 Erupções afectam o clima em curtos períodos de tempo,
mas que podem influenciar alterações de longa duração
 Logo, os danos ambientais são inevitáveis

Riscos pessoais:
 Nos últimos 300 anos, cerca de, 27 erupções vulcânicas, foram
a causa de morte de cerca de 250 000 pessoas
 É impossível evitar uma erupção vulcânica, mas é possível
prever antecipadamente quando ocorre
 A vulcanologia tem progredido a tal ponto que, hoje em dia,
sabemos quantos são os vulcões activos na Terra e quais
apresentam maior risco para o Homem
 Como pode o Homem minimizar os riscos pessoais associados a
uma erupção vulcânica?
 1º Passo – estudar o comportamento de um vulcão:
 Activo
 Extinto
 Adormecido
 2º Passo – vigilância:
 Detecção da deformação do cone vulcânico
 Registo da actividade sísmica
 Variações de temperatura no vulcanismo secundário
 Variações na temperatura dos solos
 Recolha e analise dos gases libertados
 Detecção da variação da força gravítica (anomalias
gravimétricas)
 3º Passo – construção de mapas de zonas de risco:
 Construção
de
mapas
que
permitem
prever
o
comportamento futuro do vulcão, com base em dados
Resumo Global de Geologia
históricos de anteriores erupções e de estudos geológicos
da área envolvente do vulcão
Resumo Global de Geologia

4º Passo – prevenção:
Sensibilização e educação das populações de risco
(habitantes das zonas incluídas no mapa de risco
 Em suma:
 A previsão de erupções vulcânicas pode minimizar os
danos pessoais, principalmente a perda de vidas
humanas
 É importante saber-se se o vulcão está activo,
extinto ou adormecido
 Hoje em dia, através do uso das mais diferentes
tecnologias, é possível prever uma erupção
vulcânica, bem como construir mapas que nos
indiquem as zonas de risco.

Resumo Global de Geologia
Tema 6:
 Sismologia
Sismo: movimento da crosta terrestre, brusco e de curta duração,
resultante de movimentos existentes no interior da Terra.
 Microssismos: sismos de fraca intensidade, pouco violentos,
que passam despercebidos aos nossos sentidos. Apenas
registados em sismógrafos.
 Macrossismos: também designados tremores de Terra, de
grande intensidade e capazes de causarem inúmeras
modificações e catástrofes. São sismos sentidos pela
população.

Origem dos sismos:
 Actualmente os sismólogos – cientistas que se dedicam ao
estudo dos sismos – têm explicações científicas para
estes acontecimentos naturais
 No interior da Terra existem forças que actuam sobre as
rochas. Quando essas forças ultrapassam a capacidade
de resistência da rocha dá-se a ruptura, formando uma
falha. O movimento ao longo da falha provoca sismos.

Tipos de Falhas:
Falha inversa:
 Forças de compressão
 O bloco rochoso sobe

 Fronteiras
convergentes
Falha normal:
 Forças de distensão
 Bloco rochoso desce
 Fronteiras divergentes
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Falha de



Deslizamento:
Força de deslize
O bloco roça no outro
Fronteiras tangenciais
 Teoria do Ressalto Elástico:
Enunciada por H. F. Reid, em 1911, tenta explicar a origem dos
sismos. Segundo esta teoria, as rochas sofrem uma deformação
elástica devido à actuação de forças. As rochas, à medida que vão
sendo sujeitas à actuação de forças, vão acumulando energia das
forças e vão-se deformando. No entanto, se as forças deixarem de
actuar, as rochas recuperam a sua forma inicial, libertando a energia
acumulada (sismo). Caso as forças continuem a actuar, pode ser
ultrapassado o limite de plasticidade do material, que fractura,
libertando a energia libertada (sismo) e surgindo uma falha. O
material, após a formação da falha, recupera a forma inicial, isto é,
deixa de estar deformado.
 Tipos de sismos:
 Sismos naturais:
 Sismos tectónicos: movimento ao longo de falhas
 Sismos de colapso: um deslizamento de terras
numa gruta subterrânea ou à superfície pode
provocar um microssismo
 Sismos vulcânicos: a pressão existente dentro de
uma câmara magmática pode provocar sismos em
regiões vulcânicas
 Sismos artificiais: são aqueles criados pelo
Homem. Provocam sempre microssismos. Ex:
explosões em pedreiras
 Sismicidade em Portugal:
Portugal está localizado numa zona relativamente instável (a 200 Km
da fronteira com a placa Africana), sendo um país de risco sísmico
moderado
 Zonas de maior risco sísmico:
o Algarve
o Zona litoral a sul da Figueira da Foz, incluindo o vale
inferior do rio Tejo
o A área metropolitana de Lisboa
o Açores: zona do território português com grande
actividade sísmica dada a sua localização na fronteira de
placas tectónicas (euro-asiática, americana e africana,
Resumo Global de Geologia
formando um ponto triplo com limites de rifte e falhas
transformantes)
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 Consequências dos sismos
Dependendo da intensidade e da localização do epicentro, os sismos
podem:
 Provocar alterações na topografia: no solo podem abrirse fendas, os rios podem secar, mudar de trajecto ou sofrer
alterações na composição da água
 Provocar avalanchas: quando ocorrem deslizamentos de
Terras ou de neves nas zonas montanhosas
 Originar Tsunamis: quando o epicentro de um sismo se
localiza no mar, formando-se ondas gigantescas muito
destruidoras

Ondas sísmicas:
 Antes do sismo principal: abalos
preliminares
 Depois do sismo principal: réplicas
 Sismo Principal:
premonitórios
ou
o O epicentro é a zona da superfície situada na vertical em
relação ao foco sísmico e que é afectada em primeiro lugar
pelos efeitos dos sismos
o O hipocentro ou foco é o local de origem de um sismo,
situado a profundidade variável (podendo ser profundo,
intermédio ou superficial)
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
Tipos de ondas sísmicas
o Ondas profundas
 Ondas P, primárias
 As partículas deslocam-se no sentido da propagação
da onda (paralelamente à direcção de propagação)
 A propagação efectua-se através de um conjunto
alternado de compressões e distensões, o que altera
apenas o volume das rochas
 São as primeiras ondas a serem registadas pelos
sismógrafos, sendo, por isso, as mais rápidas
 Propagam-se através dos sólidos, dos gases e dos
líquidos, podendo a sua propagação ser comparada à
das ondas sonoras
 Alguma energia transmitida pelas ondas P, pode ser
transmitida para a atmosfera, sob a forma de ondas
sonoras, provocando ruído
 Conhecidas por ondas longitudinais, de compressão,
primárias ou P
 Ondas S, secundárias
 As partículas deslocam-se num plano perpendicular ao
deslocamento da onda, pelo que são chamadas ondas
transversais
 São mais lentas que as ondas P, pelo que chegam
atrasadas em relação às ondas P, às estações
sismográficas. Por esse motivo são chamadas de
ondas secundárias ou S
 Provocam só mudanças na forma do material
 Só se propagam em meios sólidos
o Ondas Superficiais
 Ondas Love, L
 As ondas Love envolvem deslocações laterais das
partículas, resultando interferências entre as ondas S
 As partículas vibram horizontalmente, fazendo a
direcção de vibração um ângulo recto com a direcção
de propagação
 Só se deslocam à superfície, em meios sólidos
 São as mais destrutivas
 Ondas Rayleigh, R
 As ondas R provocam deslocamentos das partículas do
solo, semelhante às vagas do mar, seguindo uma
trajectória elíptica num plano perpendicular à direcção
de propagação
 São as ondas mais lentas
 Deslocam-se à superfície da Terra, em meios sólidos e
líquidos
Resumo Global de Geologia
Ondas P

Ondas S

Ondas L

Ondas R


Detecção de sismos:
o Sismógrafo de registo da componente vertical
o Sismógrafo de registo da componente horizontal (N-S; E-O)

Sismograma:

Medição de sismos:
o Escala de Mercalli Modificada:
Mede a intensidade do sismo com base nos relatos das pessoas,
esses relatos servirão para fazer as cartas de isossistas.
Grau I – as pessoas não sentem nada
Grau II – as vibrações são sentidas por pessoas nos andares
superiores dos edifícios
Grau III – os candeeiros balançam; a vibração é comparável à
causada pela passagem de um pequeno camião
Grau IV – os pratos, os talheres e as janelas vibram; a vibração é
comparável à passagem de um camião de 15 ton
Grau V – as pessoas a dormir acordam; os pratos e as janelas partem
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Grau VI – as chaminés caem, a mobília desloca-se
Grau VII – os muros e os edifícios de estrutura fraca caem
Grau VIII – alarme geral; ruína dos edifícios débeis
Grau IX – pânico; fundações dos edifícios afectadas; canalizações
rebentadas; fissuras no terreno
Grau X – grande ruína; os carris dobram; pontes caem; solo
fortemente afectado
Grau XI – poucas estruturas resistem; grandes fendas no solo
Grau XII – destruição total da paisagem
o Escala de Richter
 Mede a magnitude de um sismo
 Habitualmente considera-se que esta escala se
encontra graduada de 0 a 10, embora, correctamente,
se deva dizer que é uma escala aberta (isto é, sem
limites)
 Escala quantitativa, pois mede a quantidade de
energia libertada

Carta de isossistas
o Corresponde ao conjunto de isossistas, relativas a um sismo
X, que abrangem a região onde este sismo foi sentido
o Um isossista, por sua vez, corresponde a uma linha curva
que delimita regiões com a mesma intensidade sísmica

Sismos e tectónica de placas:
o Zonas Convergentes:
 Zonas de maior sismicidade e sismos com maior magnitude
 Se a convergência for entre duas placas continentais, pode
formar cadeias montanhosas
 Se a convergência for entre placas continentais e oceânicas,
há a formação de uma fossa oceânica, onde ocorre
subducção da placa oceânica (mais densa) em relação à
placa continental
o Zonas Divergentes
 Sismos associados a zonas de dorsais oceânicas
 Localizados em falhas paralelas aos riftes
 Sismos de magnitude inferior aos sismos de zonas
convergentes
o Limites Conservativos:
 Sismos juntos a falhas transformantes
 Movimento horizontal de placas, em sentidos opostos
 Em suma: os sismos destas 3 regiões sísmicas, porque
coincidem com os limites entre várias placas tectónicas,
são considerados sismos interplacas e, representam
cerca de 95% do total dos sismos actuais. Os sismos que
ocorrem no interior das placas tectónicas, representam
Resumo Global de Geologia
5% dos sismos actuais e, designam-se sismos
intraplacas.
 Minimização de riscos sísmicos
o Prevenção:
 Estudos geológicos dos terrenos: a construção de edifícios, ou
qualquer infra-estrutura, não deve ser feita sobre falhas activas
 Construções anti-sísmicas: os edifícios devem obedecer a
regras de construção anti-sísmicas
 Formação pessoal: deve haver planos de evacuação
 Planos de evacuação: devem ser do conhecimento geral da
população; simulações devem ser feitas
 Educação: a população deve conhecer os planos de emergência
o Comportamentos a ter durante um sismo:
 Antes:
 Estudar os locais de maior protecção dentro e fora da habitação
 Responsabilizar os adultos da casa por uma criança e explicar-lhe os procedimentos a fazer
 Fixar armários, botijas de gás e materiais que se possam soltar
 Possuir: lanterna, pilhas de reserva, rádio, extintor, caixa de
primeiros socorros, comida enlatada e água engarrafada
 Durante:
 Evitar o pânico
 Não se precipitar para as saídas
 Utilizar as escadas em vez do elevador
 Afastar-se de objectos cortantes (ex: janelas)
 Proteger-se debaixo do vão de uma porta, no canto de uma
divisão ou debaixo de uma mesa ou cama
 Se está na rua, afastar-se de edifícios altos ou isolados
 Depois:
 Manter a calma e evitar o pânico
 Não se precipitar para as saídas ou escadas
 Não acender fósforos ou isqueiros. Usar a lanterna
 Não ligar a electricidade ou gás
 Cortar a água, o gás e a electricidade logo que se puder
 Verificar se há incêndios, se houver, chamar os bombeiros
 Verificar a existência de feridos, se houver, chamar os serviços
de emergência
 Soltar animais domésticos
 Afastar-se de praias ou rios, devido à possibilidade de
ocorrência de tsunamis
 Acalmar crianças e idosos
 Não circular pelas ruas a observar os estragos
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
Tema 7:
o Estrutura e dinâmica da Geosfera
 Descontinuidades internas na Geosfera:
 O estudo da propagação das ondas sísmicas revelou as
seguintes conclusões:
o Se a Terra fosse homogénea, as ondas sísmicas registadas
em estações sismográficas distantes do epicentro, chegariam
num espaço de tempo menor que o esperado
o Quanto maior é a distância epicentral, maior é a diferença
entre o tempo de chegada das ondas sísmicas e o tempo
esperado para a sua chegada
o Quanto maior a distância epicentral, mais profundamente as
ondas sísmicas mergulham e, maior a sua velocidade, do que
se conclui que a velocidade das ondas sísmicas aumenta com
a profundidade
o As ondas s não se propagam em meios de rigidez nula (meio
liquido), enquanto as P diminuem a sua velocidade
o A velocidade das ondas diminui com o aumento da densidade
o A velocidade das ondas aumenta com a profundidade, pelo
que a rigidez, com a profundidade, aumenta mais do que a
densidade
o As ondas sísmicas podem sofrer desvios durante o seu
percurso ou serem absorvidas, o que revela a existência de
meios de composição diferente, isto é, a Terra é heterogénea
o Existem superfícies de descontinuidades reveladas pela
modificação do comportamento das ondas
 Descontinuidades existentes:
o Descontinuidade de Mohorovicic: a
descontinuidade de Moho efectua a
separação entre a crosta oceânica e o
manto superior, a cerca de 5 km de
profundidade debaixo dos oceanos ou
de 30 a 70 km debaixo de continentes.
Há um aumento na velocidade das
ondas sísmicas
o Descontinuidade dos 400 km: não
tem nome. Há um realinhamento dos
minerais, nomeadamente da olivina
que passa a espinela
o Descontinuidade dos 670 km: tal
como a dos 400, não tem nome. Há, de
novo, uma remineralização da espinela,
desta vez, passa a perosvkite
Nota: a olivina e, consequentemente a espinela e a perosvkite, são
minerais polimórficos.
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o Descontinuidade de Gutenberg: localiza-se aos 2900 km de
profundidade e separa o manto inferior do núcleo externo. Há o
desaparecimento das ondas S e um abrandamento das ondas P.
Esta descontinuidade explica a existência de uma sombra terrestre
o Descontinuidade de Lehmann: aos 5150 km, a descontinuidade
de Lehmann, separa o núcleo externo (liquido) do interno (sólido).
Há um aumento na velocidade das ondas P, o que revela um
aumento na rigidez. O núcleo interno é sólido devido às imensas
forças de pressão que se fazem sentir, o factor temperatura é
posto em segundo plano.

Zonas de sombra:
o Zona da superfície terrestre que dista entre os 11 500 e os 15 900
km do epicentro de um sismo, onde não são recebidas pelas
estações sismográficas quaisquer ondas P ou S
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
Modelos Terrestres:
o Modelo Químico (composição das rochas):
 Crosta:
 Continental (granito)
 Oceânica (basalto)
 Manto:
 Superior (peridotito)
 Inferior (peridotito)
 Núcleo.
 Externo (Fe-Ni liquido)
 Interno (Fe-Ni sólido)
o Modelo Físico (rigidez/densidade):
 Litosfera
 Astenosfera
 Mesosfera
 Endosfera
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