Tumor de células dendríticas foliculares de mediastino

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Tumor de células dendríticas foliculares de mediastino: Relato de caso.
Autores:
1-Bruno Carvalho Oliveira. Oncologista clínico do Grupo Acreditar de Brasília Distrito Federal e do
Hospital Anchieta Taguatinga Distrito Federal;
2-Viviani Bastos Lima. Farmacêutica da Fundação Hemocentro de Brasília, setor de controle de
qualidade;
3-Humberto Alves Oliveira. Cirurgião Torácico da clínica do tórax e endotórax.
4-Luciana Miwa N. Watanabe. Otorrinolaringologista da clínica COTTA (clínica de otorrinolaringologia
de Taguatinga)
5-Ernane Bronzatti.Radioterapeuta do Hospital Mater Dei – Belo Horizonte Minas Gerais.
Relato de caso:
Paciente masculino, 32 anos, em janeiro de 2008 procurou o otorrinolaringologista com rouquidão e leve
falta de ar; foi realizado raios-x de tórax que mostrou massa mediastinal. A Tomografia de tórax mostrou
massa na transição cervico-torácica de 7,2cm sem planos de clivagem(19/02/2008) e restante de exames
normais. O exame anátomo patológico mostrou neoplasia pouco diferenciada; a imunohistoquímica, tumor
de células dendríticas foliculares (TCDF) de mediastino (Diagnose – Brasília, Laboratório Bacchi –
Botucatu –SP). O cirurgião torácico constatou que não havia ressecabilidade da massa e encaminhou o
paciente à oncologia. Este foi avaliado e pedido para coleta de sêmen antes do tratamento. Foi iniciada
quimioterapia em abril de 2008 com esquema com Adriablastina 25mg/m², Ifosfamida 1500mg/m², Mesna
1000mg/m² endovenoso por 5 dias e ciclos a cada 28 dias. Após 2 ciclos com doença estável o paciente foi
encaminhado ao radioteraputa. Iniciada radioterapia mediastinal em julho de 2008 e continuado a
quimioterapia concomitante com Ifosfamida e Etoposideo e Mesna por 2 ciclos. Em outubro de 2008 a
tomografia de tórax mostrava tumor de 3x2,8cm e foi encaminhado novamente para cirurgia. A massa
mediastinal foi ressecada em 29 de novembro de 2008; O exame anátomo-patológico mostrou tumor de
células dendríticas foliculares de 5x2,6cm com margens cirúrgicas focalmente comprometidas e 06
linfonodos livres de neoplasia. Foi novamente submetido à radioterapia em leito cirúrgico com 16Gy e
mais 2 ciclos de quimioterapia com etoposideo, mesna e ifosfamida. A rouquidão não melhorou devido à
lesão do laríngeo recorrente. Foi então submetido à tireoplastia tipo I em 23 de junho de 2010 com
melhora importante da rouquidão. Vem realizando tomografias de controle (tórax e abdome) sem
evidência de neoplasia em atividade até o dia 21 de fevereiro de 2011. E sua esposa grávida de 7 meses.
Discussão:
O tratamento quimioterápico ainda é controverso e não há um protocolo descrito na literatura a esse
respeito sendo baseados pricipalmente nos esquemas CHOP ou adriablastina e ifosfamida. Quanto à
radioterapia, seu benefício também ainda não está totalmente definido.
Este caso mostrou o quanto é importante a abordagem multidisciplinar no tratamento oncológico dessa
neoplasia que ainda não possui uma diretriz ou protocolo de manejo. Além da preocupação com o
tratamento, mostrou o quão é importante ter também o cuidado com as complicações e o oferecimento de
uma melhor qualidade de vida ao paciente.
Referências bibliográficas:
1-Vargas, H. et al. Follicular dendritic cell tumor:an aggressive head and neck tumor. Am J otolaryngol v.
23, n 2, p. 93-8, 2002;
2- International Agency for research on cancer (WHO) Tumors of Haematopoeitic and Lymphoid tissues.
Lyon: IARC, 2001, p 286-9;
3-Back, W; Grobholz, R; Riedel, F. Follicular dendritic cell tumor: A rare but characteristic neoplasia.
The internet Journal of Pathology, v. 03, n 01, 2004. disponível em :
HYPERLINK "http://www.ispud.com/ostia/index.xml"
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