Placas Tectónicas Uma placa tectónica é uma porção de litosfera limitada por zonas de convergência, zonas de subducção (uma área de convergência de placas tectónicas, onde uma das placas desliza para debaixo da outra) e zonas conservativas. Atualmente, a Terra tem sete placas tectónicas principais e muitas mais sub-placas de menores dimensões. Segundo a teoria da tectónica de placas, as placas tectónicas são criadas nas zonas de divergência, ou “zonas de rifte”, e são consumidas em zonas de subducção. É nas zonas de fronteira entre placas que se regista a grande maioria dos terramotos e erupções vulcânicas. São atualmente reconhecidas 52 placas tectónicas, 14 principais e 38 menores. Teoria da tectónica de placas: Defende que a litosfera se encontra fragmentada em diferentes porções Litosfera – parte superior da Terra que engloba a crusta e parte do manto superior Fossa – zonas onde se cria nova litosfera Limites de placas Limites Construtivo – Placas com movimento divergente: são aqueles onde o sentido do movimento relativo entre duas placas litosféricas faz com que elas se afastem uma da outra devido à ascensão de magma nesse local. Logo, são locais onde há formação de nova litosfera. Situam-se nas dorsais oceânicas e estão associadas a fenómenos de vulcanismo. Limites Destrutivos – Placas com movimento convergente: são aqueles em que o sentido do movimento relativo entre duas placas litosféricas faz com que elas se aproximem uma da outra. Logo, é um local onde a litosfera vai ser destruída. Geralmente são zonas de fossa oceânica. Zonas de subducção, uma área de convergência de placas tectónicas, onde uma das placas desliza para debaixo da outra. Limites Conservativos – Placas com movimento transformante: são aqueles onde o sentido do movimento relativo entre duas placas litosféricas faz com que elas deslizem lateralmente uma em relação à outra. Logo, são locais onde não há formação nem destruição da listosfera. Deriva dos continentes Teoria da deriva dos continentes (Alfred Wegener): Deslocação de uns continentes em relação a outros FIXISMO – a posição atual dos continentes é a mesma que elas terão ocupado desde o inicio da formação da Terra MOBILISMO – a posição atual dos continentes é diferente da posição que ocupavam no passado e diferente daquela que ocuparão no futuro Provas a favor: Rochas com a mesma idade em continentes diferentes Fósseis com os mesmos organismos em continentes distantes Cadeias montanhosas com características iguais em continentes diferentes Rochas com idades semelhantes com marcas de glaciação em diferentes continentes. Existência de dinossauros nos diferentes períodos com grande distribuição geográfica Características dos planetas e outros corpos do sistema solar Planetas Telúricos: Pequenas dimensões, com diâmetro igual ou inferior ao da Terra Densidade elevada, provavelmente tem um núcleo metálico Constituídos por materiais rochosos As atmosferas quando existentes são pouco extensas, relativamente às dimensões do planeta Movimento de rotação lenta Possuem poucos ou nenhuns satélites Os materiais que constituem o seu interior estão estruturados em camadas mais ou menos concêntricas Planetas Gasosos ou Gigantes: Possuem diâmetros bastantes superiores aos telúricos Tem baixa densidade, constituídos essencialmente por materiais gasosos Movimentos de rotação rápidos. Têm geralmente inúmeros satélites. Planetas Anões: Gravitam para além de Neptuno, na cintura de Kiúper Orbitam em torno ao sol Tem uma gravidade suficiente para ter forma esférica, mas não atraem corpos celestes à sua vizinhança Corpos pequenos do sistema solar: Asteroides, Cometas e Meteoritos São corpos de pequenas dimensões Planetas Rochosos: Formaram-se nas zonas mais densas do disco proto-planetário, mais perto do sol Constituídos por materiais mais densos Os menos densos escaparam devido a radiação emitida pelo sol São pequenos e rochosos, com atmosferas pouco densas Maior núcleo em ferro o que os torna mais densos Planetas Gasosos: Formados a partir dos gases menos densos que o sol afastou da sua vizinhança e que solidificaram Composição semelhante ao sol, compostos por elementos voláteis (H e He) A radiação não conseguiu repelir esses elementos já que era demasiada fraca Pequeno núcleo em ferro Atmosfera de Mercúrio: Não tem: Não tem massa suficiente para atrair e manter uma atmosfera Demasiado perto do sol, a radiação afasta os gases voláteis Meteoroides: partículas rochosas de variadas dimensões, resultantes da colisão entre asteroides ou desagregação de cometas Meteoro ( Estrela Cadente): meteoroide que entrou numa atmosfera, sofre aquecimento, tornando-se incandescente e deixando um rasto luminoso. Teoria Nebular A história do Sistema Solar começa com a formação de uma nuvem primordial enriquecida com elementos pesados, fria, de dimensões gigantescas e constituída por gases e matéria interestelar. Devido a fenómenos de condensação, o núcleo desta nuvem foi aquecendo gradualmente e a nuvem começou a rodar. Devido à elevada temperatura que a nuvem atingiu, ocorreram reações termonucleares por fusão do hidrogénio. Depois de milhares de anos em rotação, a sua velocidade foi sendo cada vez mais rápida o que fez com que começasse a ficar achatada. Muitas das partículas que constituíam essa nebulosa juntaram-se no centro e formaram uma estrela – o Sol. No interior do Sol as reações termonucleares continuaram e duram até aos dias de hoje. As partículas que rodeavam o Sol foram-se concentrando nas zonas internas (onde as temperaturas eram mais elevadas), tendo aí ocorrido a condensação de matéria o que levou à formação dos planetas telúricos de elevada densidade e na zona externa da nuvem (onde as temperaturas eram mais baixas), ocorreu uma condensação semelhante à do Sol, que deu origem aos planetas gasosos de menor densidade. Estes planetas começariam a descrever órbitas mais ou menos circulares e entrariam em equilíbrio. Acreção e Diferenciação Acreção: A acreção foi um dos processos que deu origem à Terra e a outros planetas no nosso sistema solar. Esse processo deve-se ao facto de terem havido colisões de materiais que andavam dispersos pelo espaço, materiais esses provenientes da nébula solar. A colisão de materiais provocou uma acumulação de poeiras e gases, determinando uma capacidade de atrair matéria devido ao aumento da sua massa e da força gravitacional, dando origem ao crescimento de protoplanetas e de pequenos corpos do sistema solar. Diferenciação: Traduzido pela migração de materiais quer para o centro do planeta (para onde se deslocaram os mais densos, como Fe e Ní) quer para a superfície (menos densos) A terra era uma estrutura homogénia de sílicio, ferro e água Hierarquizada em camadas, apresentando igualmente uma hidrosfera e atmosfera. O que permitiu esta diferenciação: Acreção Compressão – aquecimento, que dissipou-se para o resto do corpo Desintegração radioativa Diferenciação (como ocorreu) : Os materiais mais densos afundam e fundem Os materiais menos densos ficam à superfície e arrefecem, formando a crosta Na crosta ocorrem fenómenos de vulcanismo que libertam grandes quantidades de gases que formam a atmosfera primitiva Tipos de Estruturas Estruturas Endógenas: resultam da ação de processos e forças que atuam no interior dos planetas (ex: dobras, falhas, cones vulcânicos, filões, fissuras…) Estruturas Exógenas: originadas por processos que ocorrem na superfície do planeta (ex: rios, dunas, ravinamentos…) Estruturas Exóticas: origem no exterior do planeta (ex: crateras de impacto…) Energia para a atividade geológica A energia necessária para a atividade geológica interna provém: Radioatividade Efeitos das marés Núcleo da Terra (libertação de calor) Contração gravitacional. A energia necessária para a atividade geológica externa provém: Sol Atividade Vulcânica Impactismo Áreas Continentais e Fundos Oceânicos Cratões: Áreas antigas dos continentes Plataforma Continental: Zona ligeiramente inclinada coberta de sedimentos provenientes da erosão das rochas continentais, transportadas pelos rios Fossas Oceânicas: Áreas mais profundas do oceano Cadeias Montanhosas: Resultam de fenómenos orogénicos Talude Continental: Zona de transição entre a crosta continental e oceânica Zona de transição entre continentes e oceanos Zonas de forte declive Planície Abissal: Zona aplanada, que possui por vezes depressões (fossas) Podem possuir picos isolados de vulcões submarinos que atingindo a superfície originam ilhas vulcânicas Zonas profundas e planas dos oceanos. Crista Médio-Oceânica: Relevo submerso e contínuo à escala planetária. R’s R’s: Redução – pequenas medidas adotadas por todos, que no global tem impacto significante Reutilizar – Processo que encontra uma nova utilização a um material já usado Reciclar – Transformar resíduos em novos produtos Respeitar – Respeitar é um pequeno contributo para uma boa pratica universal Responsabilizar – ser responsáveis tanto pelas boas como pelas más ações perante o ambiente Métodos para o estudo do interior da geosfera Diretos: Observação direta da superfície: Permite concluir acerca da existência de falhas, dobras, tipo de rochas e respetivas idades Sondagens ultra profundas: Perfurações envolvendo equipamento apropriado que permitem retirar colunas de rochas (carotes) correspondentes a milhões de anos de história, e que permitem deduzir muitos acontecimentos do passado da Terra. Magma: O magma ao movimentar-se arranca e incorpora fragmentos de rochas do manto e da crosta. Estes fragmentos são transportados e ficam incluídos na rocha, após a solidificação, podem ser provenientes de profundidades de cerca de 200km ou mais. Indiretos: Gravimetria Geotermismo Geomagnetismo Gravimetria Lei da atração Universal de Newton: qualquer corpo que situado à superfície da Terra experimenta um força F de atração para o centro da Terra. Anomalias Gravimétricas: Positivas – quando as medições são superiores ao valor esperado. Negativas – quando as medições são inferiores ao valor esperado. A força gravítica varia de zona para zona, devido aos relevos do planeta e ao achatamento dos pólos; varia em função da latitude e da altitude. A densidade aumenta com a profundidade. Pressão litostática: pressão exercida em profundidade, pela massa rochosa suprajacente, a qual altera a estrutura e a mineralogia de uma rocha por compressão dos seus continentes Gradiente geobárico: É a variação da pressão litostática com a profundidade. A densidade média da geosfera é superior à das rochas, o que leva a crer que o interior da Terra deve ser constituído por materiais consideravelmente superiores ao valor da densidade média da geosfera. Através da gravimetria podemos concluir que a densidade dos materiais que constituem a geosfera é variável. Geomagnetismo Magnetosfera: é a região que circunda um planeta e que contém partículas carregadas que são controladas pelo campo magnético. Importância do geomagnetismo: A existência de um campo magnético terrestre apoia o modelo sobre a existência de um núcleo formado por Ferro e Níquel, sendo o núcleo externo líquido Campo Magnético é uma região do espaço onde se manifesta o magnetismo, através das chamadas ações magnéticas. Estas ações verificam-se à distância e apenas algumas substâncias são influenciadas pelo campo magnético, as que têm propriedades magnéticas. Geotermismo Geotermismo: Calor interno da Terra, devido, em parte, ao calor inicial relacionado com a génese do planeta, mas, principalmente, à desintegração de elementos radioativos. A temperatura terrestre aumenta com a profundidade. Gradiente geotérmico: variação de temperatura em profundidade. Fluxo geotérmico: transferência de calor do interior para o exterior. Grau geotérmico: número de metros que é necessário aprofundar para que a temperatura aumente 1ºC. O calor interno é o motor da atividade do nosso planeta e vai-se libertando continuamente através da sua superfície.