Secretário faz balanço positivo da saúde e diz que melhoria da gestão hospitalar é o próximo passo do governo Cássio Cunha Lima SES Ascom 23/12/05 O Secretário de Saúde do Estado, Reginaldo Tavares, fez um balanço positivo das ações desenvolvidas pelo governo Cássio Cunha Lima este ano, com destaque para implantação da tabela de pagamento da chamada Gratificação por Produtividade dos servidores do setor e a regularização da distribuição e dispensação dos medicamentos excepcionais, onde foram investidos em parceria com o Ministério da Saúde cerca de R$ 20 milhões. Também como pontos positivos alcançados este ano, Reginaldo Tavares destacou a retomada de obras deixadas inacabadas pelo governo anterior, a queda da taxa de mortalidade infantil e o inicio do processo de construção do novo desenho do Sistema Único de Saúde (SUS) na Paraíba, e disse que o próximo será melhorar a gestão dos hospitais da Rede Estadual. “Estamos construindo um novo modelo de assistência à saúde, diferente do praticado no passado, quando recursos foram erroneamente concentrados em alguns poucos municípios, prejudicando assim os demais e o próprio Estado, já que em 2002 a Secretaria Estadual de Saúde tinha um orçamento para atenção hospitalar de R$ 8,8 milhões, e após um processo de municipalização extremamente atrapalhado curiosamente realizado após as eleições daquele ano, essa receita foi drasticamente reduzida a pouco mais de R$ 4 milhões, o que provocou os graves problemas que hoje enfrentamos”, explicou. Para o Secretário de Saúde do Estado, Reginaldo Tavares, o governo Cássio Cunha Lima age certo ao consertar os erros do passado, quando decide construir um novo modelo de saúde pública, que defina diretrizes e responsabilidades de municípios e Estado quanto o atendimento à população. “Sabemos que a responsabilidade do atendimento não é só do Estado. Aliás, essa é uma prerrogativa muito mais dos municípios, pois são detentores da maior fatia de recursos destinados pelo Ministério da Saúde”, observou ao acrescentar que a cada R$ 100 destinados pelo SUS a Paraíba, R$ 82 são transferidos para os municípios, R$ 16 para o Estado (SES) e R$ 2 para os dois hospitais universitários, sediados, respectivamente, em João Pessoa e Campina Grande. Na avaliação do Secretário Reginaldo Tavares, 2005 foi um ano proveitoso, “uma vez que estivemos em todas as regiões do Estado discutindo com lideranças políticas e representantes da sociedade civil organizada os problemas e as soluções a serem implementadas para melhorar a prestação de serviços à população”, completou ao revelar que a reformulação da Programação Pactuada Integrada (PPI) e a construção do Plano Diretor Regionalizado serão os próximos passos do governo Cássio Cunha Lima na área da saúde, culminando na melhoria da gestão serviços prestados à população usuária do SUS na Paraíba. O novo modelo de saúde, resultante das discussões advindas de oficinas micro e macrorregionais, será apresentado este ano através de um verdadeiro pacto entre as três esferas de poder, isto é, União, Estado e municípios, cuja soma desses esforços redundará na nova Programação Pactuada Integrada (PPI) da saúde. Mortalidade Infantil tem queda e doenças diminuem no Estado Após a queda da taxa de mortalidade infantil, que, de acordo com dados da SES, caiu de 32,3 óbitos por mil nascidos vivos, registrados em 2002, para 25,8 óbitos no ano passado (2004), o Secretário de Saúde do Estado, Reginaldo Tavares, avaliou também que houve uma diminuição nos casos de doenças no Estado nos últimos três anos, a exemplo da Dengue, Meningites, Leptospirose e rubéola. No caso dessa última, por exemplo, ele atribui a redução graças à melhora nas coberturas vacinais que atingiram todos os índices estabelecidos pelo Ministério da Saúde. No campo da chamada prevenção às doenças, mais precisamente na área de epidemiologia, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) instalou o Comitê Estadual de Prevenção e Controle das Hepatites e implantou três Centros de Testagem e Aconselhamento para doença, sendo dois em Pessoa e um em Campina Grande. O Estado foi pioneiro na realização de oficina para formação da Rede de Atenção Oncológica, envolvendo sociedade civil e científica, cujo 1º Fórum Estadual, o primeiro em nível de Estado e do país sobre o assunto, aconteceu no início deste mês, em João Pessoa. Participaram do evento, diretores de laboratórios de citopatologia, supervisores dos 12 Núcleos Regionais de Saúde, técnicos do planejamento das Secretarias de Saúde dos municípios de João Pessoa e Campina Grande, sociedade científica de anatomia patológica, pneumologia, citologia, dentre outros profissionais ligados á área. Pessoas de renome nacional a exemplo Luis Antonio Santini, diretor do Instituto Nacional do Câncer, Inca, Ronaldo Correia, médico oncologista Inca e José Vicente Payá médico oncologista do setor de planejamento do Inca foram os palestrantes do Fórum. Programa da Tuberculose reconhecido nacionalmente Ainda como destaque durante este ano, a coordenadora de Vigilância Epidemiológica da SES, Dionéia Garcia, destacou o Tratamento Supervisionado no controle da Tuberculose, o DOTS, classificado em primeiro lugar durante a 5ª Mostra Nacional de Experiências Bem-sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças (Expoepi), que aconteceu em Brasília no inicio deste mês. Desenvolvido e implantado na Paraíba pela técnica do Núcleo do Núcleo de Pneumologia Sanitária da Secretaria de Saúde da Paraíba, Dinalva Soares, o DOTS teve como co-autoria o professor de Psicologia Social e Pesquisador da Universidade Federal da Paraíba, Nilton Soares Formiga. Essa estratégia de tratamento consiste em o enfermeiro observar o paciente ao tomar a medicação no posto de saúde ou até mesmo em casa. Antes da adoção desse método era comum o paciente abandonar o tratamento da doença. A cobertura do programa de controle da Tuberculose foi ampliada e já atinge 78,1% das Unidades de Saúde, o mesmo acontecendo com o Tratamento Supervisionado da doença que passou para 44,8% nas unidades do PSF. A Paraíba é considerada referência nacional na estratégia de Tratamento Supervisionado. De acordo com o Núcleo de Pneumologia Sanitária da SES em 2004, o total de casos de tuberculose foi de 1.519, desses os casos novos representam 1.240 com um coeficiente de incidência de 35 doentes por 100 mil habitantes. O programa estadual de controle da tuberculose está implantado em mais de 160 municípios paraibanos, todos em fase de consolidação da estratégia DOT's de tratamento supervisionado. "Queremos expandir essas ações, consolidando-as m todo o Estado", assegurou o secretário Reginaldo Tavares. Recentemente, ele recebeu a visita de um grupo de técnicos da Organização Mundial de Saúde (OMS) e Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), capitaneada pelo Ministério da Saúde, que vieram conhecer a estratégia de tratamento adotada pelo Governo do Estado. O grupo integrava uma caravana internacional que esteve no Brasil visitando os Estados do Rio de Janeiro, Mato Grosso e Paraíba, apontados como pioneiros na adoção da estratégia DOT's de tratamento supervisionado da tuberculose no Brasil. Na oportunidade, Reginaldo Tavares relatou aos técnicos José Figueiroa, representante da OMS, Maria Cândida, do Ministério da Saúde, Matias Vila Toro e Cláudia Montouro, ambos da Opas no Brasil, que a estratégia é responsável pelo registro de 93% de cura nos pacientes que realizam esse tipo de tratamento na Paraíba. "Fomos o primeiro Estado do Nordeste a adotar essa estratégia de tratamento, que está sendo consolidada nos 223 municípios do Estado", salientou. Para José Figueiroa o desempenho da Paraíba no combate à tuberculose é muito bom, sobretudo quando se observam os avanços na consolidação da estratégia DOT's no Estado. "Essas ações a colocam como referência no tratamento da tuberculose no País" adiantou. Descentralização faz Paraíba ampliar atenção básica O processo de descentralização das ações de saúde empreendido pelo governo Cássio Cunha Lima foi decisivo para a ampliação da assistência básica de saúde na Paraíba. De responsabilidade dos municípios, a chamada atenção básica é supervisionada pela SES, que é a reguladora do SUS. Segundo o levantamento, realizado pelos técnicos da Coordenação de Atenção Básica da Secretaria Estadual de Saúde (SES), o número de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) passou de 5,881 mil, em 2002, para quase 7,5 mil neste ano, o que representa uma evolução de cerca de 30%. Já o número de Equipes de Saúde da Família (ESF) cresceu 31,5%, passando de 758 para 1,150 mil. Ainda, de acordo com o relatório, o número de Equipes de Saúde Bucal (ESB) passou de 327 para a impressionante marca de 930 equipes em apenas pouco mais de dois anos, um crescimento de 64,7% em relação a 2002. Combate a Hanseníase O combate e o controle da Hanseníase também foram destaques durante este ano. As ações foram ampliadas de 52% em 2002, para 88,34% este ano em todo o Estado. Essas conquistas, de acordo com a coordenadora de Vigilância Epidemiológica da SES, Dionéia Garcia, contam com a parceria das Unidades de Saúde da Família. Ainda com relação à hanseníase, a Coordenação de Vigilância Epidemiológica implantou quatro oficinas onde os pacientes e sapateiros estão sendo capacitados para fabricarem os seus calçados de acordo com as suas necessidades físicas. O projeto deu certo é agora referência internacional e já foi apresentado em Moçambique e na Inglaterra. “Além de funcionar como uma qualificação profissional, essas oficinas servem também como ressocialização e como forma de desmistificar os preconceitos ainda existentes para com o portador de hanseníase”, explica Dionéia Garcia. Parceria com municípios e Investimentos para 2006 Mesmo com a escassez de recursos que atinge a todos os estados e municípios brasileiros indistintamente, o Secretário de Saúde do Estado, Reginaldo Tavares, prevê um ano de muitas realizações no setor para 2006. Duas delas já foram asseguradas este ano: a construção de um novo Hospital de Emergência e Trauma, em Campina Grande, e a aprovação de um projeto que vai possibilitar investimentos na ordem de R$ 12,4 milhões na melhoria do atendimento às urgências e emergências na capital. Com recursos do Ministério da Saúde, Governo do Estado e prefeitura de João Pessoa implementarão ações conjuntas visando à reestruturação dos hospitais de urgência e Emergência da capital, a exemplo dos hospitais de Trauma e Santa Isabel. O investimento de R$ 12 milhões do Qualisus, na melhoria do atendimento às urgências e emergências, deve marcar a primeira fase do Plano de Reestruturação da Rede Pública Hospitalar da Paraíba, que prevê ainda a retomada de obras deixadas inacabadas pelo governo anterior, aquisição de equipamentos e a construção de um Hospital de Emergência e Trauma, em Campina Grande.