As indicações econômicas e as políticas de Lula têm

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Prezados Acionistas,
Atendendo às disposições legais e estatutárias, submetemos a V.Sas. as demonstrações financeiras
relativas aos exercícios sociais findos em 31 de dezembro de 2009 e 2008, acompanhadas do
parecer dos Auditores Independentes.
1. Cenário Econômico
Em 2009, apesar do pessimismo inicial em relação às perspectivas que se apresentavam para o ano,
observou-se uma notável reação da economia brasileira, a qual permitiu que a confiança de
empresários e consumidores se recuperasse ao longo dos meses e, ao final de dezembro, atingisse
mesmos níveis recordes de alta.
Dois fatores contribuíram de forma decisiva para a rápida recuperação do nível de atividade que se
consolidou a partir do segundo trimestre. Em primeiro lugar, a situação confortável dos indicadores
de solvência fiscal e do balanço de pagamentos brasileiro, conjuntamente ao baixo grau de
alavancagem de crédito de pessoas físicas e jurídicas, impediram que se efetivasse o círculo vicioso
de desequilíbrio macroeconômico induzindo um profundo processo recessivo, como aconteceu com
vários países desenvolvidos e emergentes. Em segundo lugar, este quadro favorável de fundamentos
gerou a margem de manobra necessária para que o governo tomasse diversas medidas de estímulo à
economia. Aumentou-se o gasto público tanto no que concerne a despesas ordinárias quanto a
programas de investimento, reduziu-se a tributação incidente sobre bens de consumo e
intermediários selecionados, expandiu-se o volume de crédito disponível através de bancos federais
e reduziu-se a taxa básica de juros Selic de 13.75% para 8.75% a.a.
Embora a demanda externa continuasse fraca e, por conseguinte, as exportações continuassem
declinando, conseguiu-se reativar o real motor de crescimento da economia brasileira, que é a
expansão do mercado interno. A renda real disponível retomou sua trajetória de alta, as vendas no
comércio voltaram a crescer, assim como as encomendas à indústria e a confiança de consumidores
e empresários. Isto tudo permitiu que se criassem novamente postos de trabalho em volume
significativo e que os reajustes salariais fossem mais generosos, o que realimentou o círculo
virtuoso de crescimento.
Este dinamismo diferenciou o Brasil de maneira extremamente positiva no cenário global,
convertendo-o rapidamente em um dos destinos preferenciais das inversões de curto prazo no
mercado de capitais (ações listadas em bolsas, títulos de renda fixa, etc.). Além disso, criou um
momentum de atividade bastante favorável para 2010, o qual permitirá que a variação real do PIB
exceda 5%, com todos os desdobramentos benignos associados a tal cenário.
2. Comentário de desempenho
A Companhia, por ser uma securitizadora, cujo objetivo é adquirir créditos imobiliários e emitir
certificados de recebíveis imobiliários (CRIs), lastreados nos créditos adquiridos, tem seu
desempenho basicamente derivado do desempenho dos ativos e passivos dessas emissões.
Durante o ano de 2009, a Companhia concentrou seus esforços na manutenção das duas emissões
dos CRIs colocados junto a investidores, conforme segue:
Primeira emissão de CRIs - refere-se à emissão de 135 CRIs, em 30 de dezembro de
2003, em série única, com valor nominal unitário na data de emissão de R$ 302.164,90,
perfazendo o valor total de emissão de R$ 40.792.261,50, com prazo de 9 anos, vencendo
em 30 de dezembro de 2012, com reajuste anual pela variação do IGP-M/FGV, acrescidos
de juros remuneratórios de 9,0% a.a. Em 05 de abril de 2004, os certificados foram
integralizados por seu valor atualizado no montante total de R$ 42.730.900,65. A emissão
tem como lastro créditos imobiliários relativos ao preço do direito real de superfície e
demais direitos decorrentes da Escritura Pública de Constituição de Direito Real de
Superfície e Outras Avenças, lavrada em 29 de dezembro de 2003 entre as então
proprietárias e a BASF S.A., na qualidade de superficiária. Os pagamentos de principal e
juros serão efetuados anualmente. O valor de cada uma das 9 parcelas anuais é inteiramente
dedicado à amortização dos papéis incluindo os juros totais incorridos em cada período,
conforme tabela de amortização estabelecida no Termo de Securitização. A primeira
emissão de CRIs está avaliada pela Fitch Rating no Rating Nacional de Longo Prazo como
AA (bra) e pela Austin Rating como AA.
Segunda Emissão de CRIs - refere-se à emissão de 101 CRIs, em 09 de outubro de 2004,
em série única, com valor nominal unitário na data de emissão de R$ 301.912,56,
perfazendo o valor total de emissão de R$ 30.493.168,56, com prazo de 10 anos, vencendo
em 09 de outubro de 2014, com reajuste anual pela variação do IGP-M/FGV, acrescidos de
juros remuneratórios de 10,40% a.a.. Em 31 de janeiro de 2005, os certificados foram
integralizados por seu valor atualizado no montante total de R$ 32.150.682,38. A emissão
tem como lastro créditos imobiliários relativos ao preço do direito real de superfície e
demais direitos decorrentes da Escritura Pública de Constituição de Direito Real de
Superfície e Outras Avenças, lavrada em 08 de outubro de 2004 entre a proprietária e
Atento Brasil S.A., na qualidade de superficiária. Os pagamentos de principal e juros serão
efetuados anualmente. O valor de cada uma das 10 parcelas anuais é inteiramente dedicado
à amortização dos papéis incluindo os juros totais incorridos em cada período, conforme
tabela de amortização estabelecida no Termo de Securitização. Os CRIs são garantidos por
fiança bancária ou seguro fiança obtido pela Atento e por esta renovado anualmente. A
segunda emissão de CRIs está avaliada pela Fitch Rating no Rating Nacional de Longo
Prazo como AAA (bra) e pela Austin Rating como AA+.
Para garantia do efetivo resgate dos CRIs, a Companhia instituiu, em caráter irrevogável e
irretratável, regime fiduciário sobre os créditos imobiliários que lastreiam as suas emissões. Os
créditos imobiliários constituem patrimônio separado da Companhia (“Patrimônio Separado”), não
se confundindo com o seu patrimônio. O Patrimônio Separado é administrado pela Companhia de
acordo com cada emissão e é objeto de registro contábil próprio e independente. Os ativos e
passivos da Companhia estão sendo atualizados conforme os indexadores e taxas contratuais.
De acordo com a Instrução CVM nº 381 de 14 de janeiro de 2003, informamos que os Auditores
Independentes contratados para realizar os serviços de auditoria externa das entidades auditadas,
neste caso KPMG Auditores Independentes, bem como partes relacionadas com o Auditor
Independente, não foram contratados para prestar qualquer outro tipo de serviço às entidades
auditadas, a não ser o de auditoria externa.
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