Galo-de-campina

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Galo-de-campina
Minhas mãos,
Faz-se ventre
Para o galo-de-campina
Ferido!
Minhas mãos,
Devolve-o para natureza
Quando são,
Deixando meu coração
Machucado!
Sangrando o ventremão
Que serviu de invólucro
Para sarar-te a ferida,
Para repor-lhe a vida!
E no momento do vôo,
Meu coração recebe uma bicada
E arrebentas com teu vôoliberdade,
Meu desejo mesquinho de posse!
Arrebatado pelo egocentrismo (des)humano
Que não conhece vôos
Quer-te prisioneiro...
Mas, o teu bater de asas,
Sopram as feridas
De minha alma egoísta
E cicatriza esse rápido anseio
De “privilégio exclusivo” que possui
O coração de quem não é pássaro!
Desvencilho-me do visgo doentio
Da ignorância,
E liberto-te!
E eu “vou” em teu vôo,
Vôo livre de corações
Que são pássaros!
Que experimentam um novo vôo,
Depois de “prisões temporárias”
Que privam “os vôos”
Do coraçãohomem
Do coraçãopássaro!
Voaram!
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