HOSPITAL LIFECENTER BONITO E EFICIENTE SÓ NA FACHADA

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HOSPITAL LIFECENTER BONITO E EFICIENTE SÓ NA FACHADA
HISTÓRICO
Na data de 21/12/2013, comparecemos à recepção de internação do referido Hospital
às 13:30 hs. Conforme agendamento prévio, para procedimento de internação da Sra. Nilcéa
do Carmo Gomes Soares, que a mando do Dr. Rogério Araujo Oliveira – CRM-26831 deveria ser
internada naquele nosocômio para submeter-se a procedimento cirúrgico, no mesmo dia.
Ressalte-se que a paciente citada estava sob a cobertura de seu Plano de Saúde, em
convenio com o Hospital, da Fundação Libertas de Seguridade Social, empresa da qual já se
tinham todas as autorizações e guias necessárias, em mãos, como determinam as normas do
nosocômio.
Às 14:04 hs. Foi efetivada a internação, DOCUMENTAL, onde lhe fora ofertada uma
série de papéis a serem assinados, marcando-se com um “x” apenas o local onde deveria ser
inserida a respectiva concordância, sem que houvesse tempo hábil para leitura de todo seu
conteúdo, uma vez que sua cirurgia, já estava determinada para ocorrer às 16:00 hs e a
paciente teria que se submeter a preparativos iniciais e necessários. Naquele momento a
atendente nos informou que estariam a disposição do apartamento, TV, Internet e Telefone,
desde que contratados a parte, que o Plano de Assistência não cobria. Imediatamente
autorizei o “pacote”, pois entendia que seria necessário para o conforto, pós operatório da
paciente e acompanhante. Foi-nos entregue junto com a cópia do contrato assinado, um
controle de televisão “quebrado” e a chave do apartamento (??) de número 602, porém com a
determinação que antes de ir para o apartamento, deveríamos nos dirigir ao 18º. Andar para
que a paciente se submetesse à procedimentos preliminares. IMPORTANTE REGISTRAR QUE A
PACIENTE ENCONTRAVA-SE EM JEJUM DESDE ÀS 07:00 hs DO MESMO DIA POR
RECOMENDAÇÃO MÉDICA, já que sua cirurgia ocorreria sob efeito de anestesia geral.
Assim, como determinado, fomos para o 18º andar por volta de 14:30hs, andar este
dotado de poltronas e TV, dois balcões de atendimento , telefone público e uma máquina de
lanches movida a moedas com alta explicação.
Das 14:30 hs. Até às 16:00 hs, estivemos no saguão do 18º andar, onde NENHUM
servidor do Hospital se fez presente e nem nos balcões de atendimento não se encontravam.
Ressalte-se que neste saguão, encontravam-se mais ou menos umas 8 (oito) pessoas, que
também aguardavam atendimento, se retorcendo nos sofás, ou de dor ou de sono.
Preocupado com a ausência de atendimento, bem como pela minha esposa que já
começava passar mal, em função de seu estado de Jejum, tomei a iniciativa de percorrer o
andar a procura de algum servidor para ser atendido, adentrando inclusive na ante sala do
bloco cirúrgico, único local que encontrei alguém, momento em que solicitei informações a
respeito do “tal procedimento” bem como tive a oportunidade de entregar a documentação
me fornecida na recepção ainda em minha posse. Não me recordo do nome de quem me
atendeu, mas após informar do que estava ocorrendo, a mesma (parece ser uma enfermeira)
me disse que se eu já tivesse a chave do apartamento poderia descer que “eles” nos
convocariam por telefone. Assim fizemos e fomos então para o 6º. Andar adentrando ao
apartamento (??) 602.
Horrorizado fiquei ao adentrar no, minúsculo apartamento, com geladeira, TV, tudo
sem estar funcionando, e um pequeno cubículo com cama de hospital e uma poltrona de
pouco mais de um metro de comprimento, apelidado de acomodações do acompanhante.
Guardei a análise só para mim, pois entendia que a paciente tinha que estar tranqüila para sua
cirurgia.
Não suportando estar no interior do minúsculo apartamento, quente, fui para a porta
do mesmo, momento em que uma senhora (acompanhante de algum paciente), que também
se encontrava no 18º. Andar, preocupada, me procurava para informar que estavam
convocando a Sra. Nilcéa para iniciar o procedimento cirúrgico, não cumprindo assim a
promessa de que seríamos convocados por telefone. Isto se deu às 18:00 hs. (lembrando que a
paciente estava em jejum), momento que nos dirigimos para aquele andar.
A sra. Nilcéa entrou para aquele “túnel do tempo”, onde ninguém adentra e ninguém é
informado de nada. Tivemos apenas uma informação de que o procedimento cirúrgico, deveria
se estender por duas horas, momento que optamos em retornar para o apartamento 602, pois
de nada adiantaria ficarmos no Hal do 18º.andar, fantasmagórico, onde ninguém aparecia.
Por volta de 19:30 hs, nos dirigimos ao balcão de atendimento do sexto andar,
correspondente ao apartamento 602, indagando a três atendentes que lá estavam, se
receberíamos alguma informação sobre o término da cirurgia e ou seu andamento, onde de
pronto foi nos dado a resposta de que eles no sexto andar não tinham nenhum contato com o
18º. Andar a respeito do assunto. Neste momento, minha filha Josiane, indignada com tal
resposta, perguntou se mesmo que ocorresse um óbito, se não seríamos informados? (Óbvio
que ela fez esta pergunta para tentar sensibilizar as informantes, pois nenhuma filha deseja o
óbito para sua mãe). Neste momento, houve um silencio das informantes, exceto da
atendente de nome ELIANA FERREIRA, que passou a se dirigir, para a pessoa de minha filha de
modo irônico, inclusive usando a expressão entre suas colegas: “ela está nervosinha heim?”.
Neste momento a minha filha Josiane, para evitar maior descontrole emocional, adentrou-se
para o apartamento 602, e neste momento a referida atendente Eliana mais uma vez
balbuciou “é tá nervosa mesmo”. Não conivente com tal ironia, eu e a Sra. Regina Schimidt que
também conosco se encontrava no intuito de acompanhar o desfecho da cirurgia da sra.
Nilcéa, mesmo porque não temos “sangue de barata”, nos dirigimos verbalmente para esta
pseudo atendente de enfermagem sra. Eliana, indagando-lhe qual o motivo de sua
interferência em uma conversa para qual nem foi chamada e nem citada. Óbvio que os ânimos
se exaltaram, pois de um lado do balcão estavam servidores que tratavam o assunto como
uma mera rotina, e do outro lado, familiares angustiados e apreensivos, queriam apenas
informações concretas e seguras o que não ocorreu. Recebemos inclusive a afirmativa de que
“para o sexto andar a sra. Nilcéa ainda não existia e que isto só se daria após seu retorno do
bloco cirúrgico”, ESTRANHO NÃO? POIS SE ELA SRA. NILCÉA JÁ SE ENCONTRAVA
DEVIDAMENTE REGISTRADA NA INTERNAÇÃO, COMO QUE SOMENTE PARA O SEXTO ANDAR
ELA NÃO EXISTIA???? Diante do cinismo do outro lado do balcão, invocamos a presença do
superior da sra, Eliana, momento em que num “jogar de ombros” ela informou: “é este que
está ai atrás”. Mais estupefato fiquei, ao perceber a presença física desde o início do ocorrido
de um jovem senhor, que depois vim a saber se tratar do Sr. Leandro, que a tudo presenciou e
em MOMENTO ALGUM, interferiu para sanar o “bate boca”. Convidou-nos a entrar para o
apartamento 602, que segundo ele seria um local mais apropriado para sanarmos a discussão.
Assim o fizemos e começamos de ambos os lados, tentar explicação para o ocorrido.
Porém, ao perceber que o Sr. Leandro agia de forma corporativista, informei ao mesmo que
estava solicitando via 190 a presença de uma viatura para ser lavrado um BO, enquanto o
mesmo também continuava batendo boca com a acompanhante Regina, tendo ao fundo
recolhida no pequeno sofá, minha filha Josiane, tentando se acalmar da raiva sofrida.
Do outro lado da linha 190, uma atendente educada e esclarecida, após ouvir todo
meu relato, sugeriu que procurássemos um superior do hospital, já que o supervisor da área
não resolvia a problema, e categoricamente frisou que deveríamos ir até o fim na história,
apesar de naquele momento não ser AINDA assunto de polícia, pois segundo a atendente, é
comum as reclamações no mesmo sentido em total afronta ao CONSUMIDOR.
Desligado o telefone nos dirigimos ao Sr. Leandro solicitando que nos apresentasse um
superior da direção do Hospital, para tentarmos resolver o impasse, momento em que ele a
meu ver, também irônico, deixou uma folha de papel em branco para que registrássemos a
nossa reclamação, e abaixando-se até a cabeceira da cama, apontava o número do serviço
SAC, ao qual também poderíamos nos dirigir, e após deixou o recinto e não mais o vimos e
nem as atendentes envolvidas.
Ciente de que aquele momento não era o conveniente para alongar tal tratamento
recebido, pois nos preocupava somente o atendimento de nossa paciente Sra. Nilcéa, e
também por temer retaliações à mesma, nos calamos e ficamos dentro do apartamento 602.
Ressalte-se que não estamos procedendo a nenhuma reclamação sobre o atendimento
dispensado a paciente, quiçá exercido por reais profissionais do assunto, pois a mesma de
nada reclamou.
Sentado em uma pequena cadeira, comecei a vislumbrar o APARTAMENTO nos
ofertado. Sobre a cama, havia um papel impresso ‘FAVOR NÃO ASSENTAR CAMA
ESTERELIZADA”. Só que ao verificar a cama abaixo do colchão, percebi parafusos se soltando,
várias e várias marcas de ferrugem, falta de higienização, talvez de quem ocupara
anteriormente aquele local, com marcas de sangue ressecado, persianas arrebentadas e
faltando partes, controle de televisão que não funcionava, tendo que ser utilizado os controle
do próprio aparelho que ficava numa altura aproximada de 1, 70 mts de altura, almofadas do
local reservado ao acompanhante, rasgadas, telefone que não funcionava, criado mudo onde
gavetas não abriam, banheiro sem Box e ou cortina, enfim, uma lástima de apartamento assim
apelidado pelo nosocômio.
Na cartilha recebida quando da internação intitulada como GUIA DO PACIENTE, se
encontra cravado: HOTELARIA (ENXOVAL) – Paciente –O Hospital LIFECENTER, disponibiliza,
durante a internação, um kit trocado diariamente com as seguintes peças: um virol, um lençol,
uma fronha, uma toalha de banho, uma toalha de rosto, um piso, um cobertor:
ACOMPANHANTES – O kit é trocado a cada três dias. Os pedidos extras serão cobrados à
parte. É composto por, um virol, um lençol, uma fronha, uma toalha de banho e um cobertor.
Pois bem, minha esposa já teve alta hoje 22/12 às 13:00 horas (GRAÇAS A DEUS), e não
vimos até agora o kit prometido, pelo contrário, ontem às 22:00 hs., minha filha que ficou para
pernoitar, teve que solicitar um cobertor para a paciente e que só foi atendida uma hora
depois do solicitado. O ar condicionado que foi necessário para abrandar o calor insuportável
do cubículo apelidado de apartamento, só foi acionado depois de muita reclamação pela
ausência do controle remoto, onde uma enfermeira noturna se apossou de um controle de
outro apartamento para assim o fazer funcionar, informando que não poderia deixar ali aquele
controle, pois era de outro apartamento, mas que se houvesse necessidade de adequar a
temperatura era para chamá-la.
Por sua vez, às 21:00 hs. Quando a paciente retornava do bloco cirúrgico na sua maca,
para que ela fosse colocada no leito, todos os demais tiveram que sair do APARTAMENTO, pois
não cabiam maca , acompanhantes e enfermeiras no mesmo espaço.
DO DIREITO
Indubitavelmente, foi totalmente desrespeitado o Código de Defesa do Consumidor,
bem como o Estatuto do Idoso, já que a paciente dele tem direito de ser observado e ou
priorizado.
E óbvio que alguma providencia jurídica será tomada, servindo o presente relato como
que uma notificação extrajudicial do ocorrido.
CONCLUSÃO
Na nossa modéstia ótica, o LIFECENTER, é uma ostentação externa linda, mas com um
interior corroído de maus profissionais (toda regra tem exceção), carente de um tratamento
de choque em seu corpo funcional, para os habilitarem a não fazer de sua rotina, um péssimo
atendimento aos seus clientes. Compararíamos o LIFECENTER a um grande clássico do cinema
nacional intitulado “BONITINHA MAIS ORDINÁRIA”.
O Brasil, só mudará no momento em que o povo brasileiro (consumidor), conhecer de
seus direitos e de suas prerrogativas democráticas de poder se manifestar exigindo o mínimo
que a Constituição lhe assegura, como a saúde, apesar de a mesma se encontrar falida em
nosso território, fato público e notório.
Imagino como são atendidos os pobre coitados que dependem do SUS, por não terem
condições de contrair um plano de previdência particular, apesar de que os que o detém
também não são tratados com o mínimo de respeito e direito.
E eu como brasileiro que sou “QUE NUNCA PERDE A ESPERANÇA”, além do envio deste
manifesto à direção do LIFECENTER (apesar de não acreditar que nenhuma providência será
tomada, também por corporativismo), estarei encaminhando também a todos meus
familiares, a todos meus amigos a toda imprensa e mídia falada e televisada (tudo através de
e-mail/ Facebook), bem como ao convênio FUNDAÇÃO LIBERTAS DE SEGURIDADE SOCIAL,
pois algo tem que ser feito e imediato, para o bem estar de seus conveniados que pagam uma
exorbitante mensalidade na esperança de ter um mínimo de retorno, que como se vê não
ocorre e talvez nem fiscalizado seja.
Belo Horizonte, 22 de Dezembro de 2013.
Arlindo Soares Filho
OAB -33014
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