Visualização do documento Apresentação.doc (46 KB) Baixar Eletrônica em Geral INTRODUÇÃO Poucas pessoas se dão conta, ao ouvir o rádio ou ao ver a televisão, da grandiosidade que representou para a humanidade a descoberta da transmissão da voz humana através das ondas eletromagnéticas. O advento do transistor no final da década de 40 e o desenvolvimento da tecnologia dos circuitos integrados cerca de 20 anos depois permitiram que computadores do tamanho de salas imensas fossem reduzidos às atuais calculadoras de bolso. A mesma tendência tornou extremamente compactos volumosos rádios, televisores e equipamentos de som à base de válvulas. O avanço da eletrônica tem tomado uma cadência assustadoramente rápida, criando uma expectativa constante em torno do qual será sua próxima conquista. O que tem causado toda essa corrida rumo ao futuro são em especial os avanços da tecnologia. 1. A EVOLUÇÃO DA ELETRÔNICA 2. Até o início do século passado, os conhecimentos sobre os fenômenos elétricos eram praticamente inexistentes. Em 1821, aos 30 anos de idade, Faraday descobriu que os ímãs exerciam ação mecânica sobre condutores elétricos próximos que estivessem sendo percorridos por uma corrente elétrica. Em 13 de junho de 1831, na época em que Faraday descobria o famoso efeito da indução eletromagnética, nascia, na Escócia, James Clerk Maxwell que viria a se tornar um dos grandes gênios da humanidade, pelos trabalhos fundamentais que realizou e que serviram de base a todo o desenvolvimento da eletrônica e, em especial, ao ramo das comunicações. Como era de se esperar, Maxwell gerou inúmeras polêmicas e grande quantidade de trabalhos experimentais com a finalidade de comprovar que as ondas eletromagnéticas propagavam-se no espaço com a velocidade da luz. Em 1800, Volta, inventou a bateria elétrica e, pela primeira vez na história, o homem tinha a possibilidade de usar corrente contínua em suas experiências. Os famosos físicos ingleses Wheatstone e Cooke trabalharam muito na popularização do telégrafo indicando sua aplicação comercial. Caberia, entretanto, a Morse o desenvolvimento, em 1835, do telégrafo a fio como o conhecemos hoje. A invenção do diodo a vácuo, feita por Fleming em 1904, representou um grande avanço sobre os detetores de alta de freqüência usados na época. Logo a seguir, De Forest inventou a válvula com três eletrodos que viria revolucionar os sistemas de comunicação. Começava a era da eletrônica propriamente dita. O antepassado dos dispositivos eletrônicos diminutos é a válvula a vácuo. As válvulas a vácuo foram cruciais ao desenvolvimento do rádio, da televisão, do computador e do telefone. Eram também frágeis e volumosos. Com a evolução da tecnologia eletrônica, a partir da década de 20, as válvulas eletrônicas foram se tornando cada vez mais eficientes e menores, tendo atingido seu pico durante a II Guerra Mundial quando milhões delas foram fabricadas para atender às necessidades especiais das forças armadas em todos os tipos possíveis de equipamentos eletrônicos usados na aviação, marinha, exército etc. Uma busca universal para encontrar um dispositivo mais compacto e de maior confiança ocupou a engenharia após a II Guerra Mundial e surgiu o transistor. O transistor foi inventado em 1947 por John Bardeen, Walter H. Brattain e William Shockley. Em 1956, os três receberam o prêmio Nobel de Física por suas pesquisas com os semicondutores e pela descoberta do transistor. A forma e o tamanho do transistor eram bastante diferentes do arranjo enorme das válvulas a vácuo. Também, ao contrário das válvulas, não tem filamento e pode operar instantaneamente. Em vez de operar exclusivamente pelo deslocamento de elétrons, emitidos de um cátodo, opera com cargas elétricas negativas e cargas positivas artificialmente criadas no corpo dos cristais do semicondutor. Seu modo de funcionar lembra o da válvula, porém, o modo de operar é mais complexo. No início dos anos 50, o transistor chamou a atenção do mundo, primeiramente com a venda no varejo do rádio transistorizado, que se tornou o artigo mais vendido na época. As aplicações do transistor incluíram osciladores de telefone, dispositivos automáticos da distribuição de telefones e nos dispositivos das comunicações. A aplicação dos transistores não era muito utilizada nos computadores até que a IBM contratou uma empresa especializada para o desenvolvimento do transistor projetado especificamente para aplicações digitais. Com a invenção dos transistores para aplicações digitais, a maioria dos fabricantes de computador iniciou a substituição das dispendiosas e quentes válvulas eletrônicas pelos novos dispositivos, bem mais baratos e com pouquíssima dissipação de calor. O primeiro computador transistorizado foi desenvolvido por Seymour Cray no ano de 1958. Os avanços eletrônicos citados foram primordiais à invenção de Jack Kilby, em 1958: o circuito integrado (CI). Ainda em 1958, Robert Noyce desenvolve um circuito integrado miniaturizado, em que vários transistores eram impressos numa pastilha de semicondutor de uma única vez. Já em 1961, estava fabricando-se circuitos integrados comercialmente e em grandes quantidades. No ano seguinte foi o verdadeiro começo da produção em massa desses circuitos e, ainda hoje, os mesmos dominam o campo da eletrônica, sendo fabricados em escalas colossais. No início dos anos 70, aparecem as calculadoras eletrônicas portáteis que revolucionaram a arte de calcular. Usando circuitos integrados compactos, algumas dessas calculadoras possuíam mais capacidade computacional que os computadores produzidos em 1958. O mais importante desenvolvimento na área de informática, desde a sua criação, foi o micro-processador que é basicamente um computador em miniatura. Este foi desenvolvido pela Intel Corporation em 1972 e foi logo seguido por várias outras firmas. O microprocessador consistia de milhões de transistores fixados a uma microplaqueta de silicone que ficou denominada como microchip. Com o microchip foi possível a invenção de milhares de novos produtos como: instrumentos médicos, automóveis, telefones celulares, jogos eletrônicos e os relógios. Os microprocessadores desenvolveram-se e deram origem aos microcomputadores que evoluíram e deram origem aos microcomputadores atuais. 2. O USO DA ELETRÔNICA NAS PRINCIPAIS INVENÇÕES DO SÉCULO XX 2.1. O rádio Após o aparecimento da válvula, a técnica dos receptores de rádio evoluiu rapidamente, atingindo seu apogeu durante a II Guerra Mundial. Evidentemente que a eletrônica não se restringia, exclusivamente, ao desenvolvimento do rádio. Inúmeros outros ramos da atividade humana começaram a ser influenciados por este novo ramo da tecnologia. Na marinha, na aviação, no exército, na indústria, na medicina, enfim, praticamente em tudo, a eletrônica se fez sentir. Mas, sem dúvida nenhuma, o rádio foi o começo de tudo. Uma grande contribuição às telecomunicações se deve aos radioamadores de todo o mundo. Nos Estados Unidos, logo após o aparecimento do triodo, os radioamadores se constituíram de uma grande massa de consumidores de peças e acessórios para a fabricação caseira de seus transmissores e receptores. Devemos a eles a descoberta de que é possível a transmissão a longas distâncias. O rádio revolucionou os sistemas de comunicação da época, pois permitia a comunicação a longas distâncias. 2.2. A televisão Desde 1876, ano em que Bell inventou o telefone, provando, assim, que sinais complexos podiam ser transmitidos eletricamente através de linhas físicas, começaram, também, as tentativas do envio de imagens à distância. A primeira idéia sobre transmissão de imagens que trouxe conseqüências práticas foi patenteada em 1884 por Paul Nipkow. A importância da idéia estava no seu famoso disco de Nipkow que, pela primeira vez, fazia a "varredura" da imagem a ser transmitida, permitindo que a mesma fosse transformada numa série de impulsos que podiam ser transmitidos à distância e recompostos por meio semelhante no lado da recepção. Nipkow nunca construiu seu invento, provavelmente porque a tecnologia da época não o permitia. Seu disco, porém, serviu de modelo para vários sistemas eletromecânicos de televisão que foram construídos posteriormente, sendo o mais notável o do inglês John Logie Baird. Baird foi um grande inventor, especialmente na técnica da televisão. Entre os fatos mais notáveis de sua carreira estão: a transmissão de imagens de TV através de linhas telefônicas (1927); primeira demonstração de TV a cores (1928); TV estéreo (1928); transmissão simultânea de TV e som (1930); transmissão de um evento público (1931); transmissão de filme de cinema (1931); transmissão em VHF. Todos esses eventos foram realizados com equipamentos eletromecânicos e com discos do tipo Nipkow. A televisão que conhecemos hoje, é a televisão eletrônica e tem uma origem diferente daquela de Baird. O primeiro sistema todo eletrônico foi concebido por Alan A. CampbellSwinton. Tal como Nipkow, Campbell-Swinton não testou seu invento que foi descrito com grandes detalhes. A televisão é, sem sombra de dúvidas, uma das maravilhas que a eletrônica nos proporcionou. 2.3. O radar O termo radar originou-se da frase em inglês "radio detection and ranging", que significa detecção e medida de distância por rádio. A história do radar revela uma das grandes realizações da capacidade, engenhosidade e curiosidade do espírito humano. Foi uma das conquistas da eletrônica onde grandes dificuldades tecnológicas tiveram de ser vencidas. Através desse desenvolvimento, o homem tornou seus meios de transporte, principalmente o aéreo e o naval, muito mais seguros e confiáveis. Abriu horizontes até então impossíveis de serem alcançados. A II Guerra Mundial deu um impulso enorme ao desenvolvimento desta técnica que, sem dúvida alguma, teve papel importantíssimo nas grandes batalhas navais e aéreas travadas neste conflito. Do ponto de vista científico, o radar é definido como uma técnica de detectar, por meio de reflexão de ondas eletromagnéticas, a presença de objetos, podendo determinar seus movimentos e a distância a que se encontram do ponto de observação, tanto à noite como de dia, e a grandes distâncias. A II Guerra Mundial foi a primeira guerra, na história, em que a eletrônica teve papel decisivo, e o efeito da indústria (eletrônica) americana foi simplesmente fenomenal. De 1941 a 1944, a produção industrial de equipamentos de rádio e radar cresceu cerca de 1875%, passando de um faturamento global de cerca de 240 milhões de dólares para cerca de 4,5 bilhões. A standardização dos componentes eletrônicos, usados pelos vários setores das forças armadas, foi extraordinária. 2.4. Os computadores Durante muitos anos, desde o início do desenvolvimento do rádio, a indústria eletrônica devotou suas atividades, quase que exclusivamente, ao ramo das telecomunicações. Paralelamente, a indústria produzia aparelhos gravadores de som, aparelhos auditivos eletrônicos, televisores, etc. O interesse por cálculos científicos e cálculos comerciais estimulou o aparecimento de indústrias de máquinas de calcular mecânicas e eletromecânicas. A diferença básica entre um computador digital automático e uma calculadora portátil, é que um computador é capaz de executar longas seqüências de computações sem nenhuma intervenção humana. Com a fabricação dos computadores transistorizados, entramos na "segunda geração de computadores". Com a grande competição e com a grande pesquisa que se estabeleceu neste novo campo da eletrônica, o volume e o preço dos computadores foram se reduzindo substancialmente. Em 1965, começaram a aparecer os computadores de "terceira geração". As máquinas desse período começaram a usar intensamente os circuitos integrados, o que possibilitou novos projetos e maiores reduções de custos. Os computadores da "quarta geração" que usam circuitos integrados de grande nível de integração, propiciaram o aparecimento de computadores de pequeno porte, baixo custo, grande capacidade de memória e grande rapidez de operação. Uma nova espécie de computadores apareceu com a criação dos "minicomputadores" e os "microcomputadores", que são pequenos, baratos e proliferam a uma velocidade espantosa. Este campo da eletrônica tornou-se um dos mais importantes ramos industriais, com faturamento de bilhões de dólares e com influência crescente em todas as atividades humanas. 2.5. Os lasers São dispositivos eletrônicos capazes de produzir feixes de luz monocromática. Em 1960, o cientista americano, T. H. Maiman, demonstrou o primeiro laser, usando um rubi como elemento ativo. Um outro tipo de laser desenvolvido foi o laser a gás. Uma importante diferença entre os lasers a gás e os de rubi é que os lasers a gás operam continuamente. O terceiro tipo de laser desenvolvido foi o laser a semicondutor. Este, é semelhante ao laser de rubi, com a diferença que o mesmo usa uma pequena pastilha feita de uma junção de material semicondutor. Uma das principais aplicações do laser está na transmissão, via cabos de fibras óticas, de milhares de canais telefônicos ou de dezenas de canais de televisão. Com o aparecimento dessas duas invenções, isto é, os lasers e os cabos de fibras óticas, todas as comunicações por cabos coaxiais ou cabos metálicos, dentro e fora das cidades, estão sendo substituídos por cabos de fibras óticas, capazes de transmitir a luz do laser a milhares de quilômetros. As aplicações do lasers são diversas. Na medicina, na indústria, na engenharia, como material bélico. Sem o aparecimento do laser, seria impossível a holografia, que é a reconstituição de imagens tridimensionais no espaço. 2.6. Os satélites Em outubro de 1957, os russos lançaram no espaço o primeiro satélite artificial fabricado pelo homem. Por terem órbitas relativamente próximas da Terra, os primeiros satélites se deslocavam no espaço em relação a um dado ponto da Terra, fazendo com que as antenas receptoras e transmissoras na Terra tivessem que ser orientadas continuamente, de modo a manter as comunicações com o mesmo. Isso trazia muitas complicações no recebimento e decodificação dos fracos sinais recebidos desse satélite. De modo a contornar este problema, lançaram-se os satélites geoestacionários. Estes satélites se deslocam com a mesma velocidade de um ponto na Terra parecendo, portanto, estar fixo em relação à mesma. Os satélites lançados até 1980 possuíam 27 transponders, que são dispositivos eletrônicos. Estes 27 transponders fornecem até 12.500 canais de voz que também podem ser usados para enviar dados de computadores. Os satélites lançados mais recentemente têm uma quantidade de canais bem maior, podendo chegar a 70.000. A vida útil de um satélite, que no início era cerca de 7 anos, já alcança, hoje, um período de 12 anos. 2.7. Fibras óticas Somente em 1972, foram produzidas fibras óticas capazes de serem usadas na forma de cabos para sistemas de comunicação em alta freqüência. Os cabos de fibra ótica têm várias vantagens em comparação com os cabos normais. Uma delas é a sua imunidade a interferências eletromagnéticas. Deste modo, os sinais transmitidos por esses cabos não podem ser captados por terceiros, o que é uma grande vantagem em comunicações sigilosas. Os cabos de fibras são mais flexíveis que os de cobre, o que torna a sua instalação mais fácil. São mais resistentes ao calor e a umidade. Atualmente, estão sendo utilizadas para transmissão de telefonia, transmissão de dados, programas de TV e em microondas. 3. ELETROMEDICINA 3.1. Eletroencefalografia Mesmo depois do aparecimento das válvulas eletrônicas, no início deste século, os registros dos eletroencefalogramas eram feitos mecanicamente, através de uma pena, que registrava numa fita de papel as oscilações detectadas pelo galvanômetro, através de eletrodos presos ao crânio. Evitavam-se os circuitos amplificadores eletrônicos porque as válvulas antigas introduziam ruídos espúrios que alteravam as ondas cerebrais. Somente a partir de 1960, com o aparecimento dos transistores, é que estes problemas foram resolvidos. Com isto, veio o grande avanço da eletroencefalografia usada cada vez mais para detectar doenças do cérebro. Mais recentemente, os computadores passaram a ser usados como processadores das informações colhidas pelo eletroencefalograma, aumentando consideravelmente o seu potencial. 3.2. Eletrocardiografia A eletrocardiografia registra os sinais elétricos gerados no coração. Em 1887, A. D. Waller conseguiu por meio de instrumentos rudimentares, os primeiros eletrocardiogramas de seres humanos e o mapeamento do campo elétrico do coração. Em 1921 a Siemens & Halske colocou no mercado um eletrocardiograma que usava válvulas eletrônicas para amplificar os sinais detectados pelo galvanômetro. A Cambridge Instruments só produziu um eletrocardiógrafo totalmente eletrônico a partir de 1945. 3.3. Microscópio eletrônico Inventado em 1931, por Reinhold Rüdemberg, tornou-se, em pouco tempo, um poderoso instrumento de investigação científica. Pouco tempo após o aparecimento do microscópio eletrônico, a RCA, dos Estados Unidos, e a Vickers, da Inglaterra, começaram a fabricá-lo. Mais tarde a maioria dos países mais desenvolvidos entrou na fabricação e utilização desse equipamento. O Japão, hoje em dia, é um dos centros mais avançados dessa tecnologia. 3.4. Marcapasso cardiológico Devemos o desenvolvimento desse equipamento, muito utilizado nos dias de hoje, aos trabalhos de um famoso cardiologista, Paulo Maurice Zoll, que durante grande parte de sua carreira, dedicou-se ao estudo dos estímulos elétricos no coração, com a finalidade de evitar paradas cardíacas. Zoll estimulava eletricamente o coração através de eletrodos externos, colocados no peito do paciente. Hyman concluiu que se os estímulos fossem feitos diretamente no coração, os resultados seriam melhores. Somente após a II Guerra Mundial, por volta de 1950, foi desenvolvido um marcapasso totalmente eletrônico, mas volumoso. Somente após o desenvolvimento dos transistores é que os marcapassos foram realmente miniaturizados, chegando a volumes compatíveis com sua inserção no coração. 3.5. Tomografia computadorizada Em 1967, um engenheiro eletrônico inglês, Godfrey Wewbold Hounsfield, decidiu estudar a possibilidade do uso de computadores para melhorar as imagens obtidas através de raios-x. Os resultados obtidos foram espetaculares e, em 1969, esse equipamento passou a ser fabricado, na Inglaterra, e depois em outros países. O tomógrafo para o corpo inteiro entrou no mercado em 1975. Em 1979, Hounsfield recebeu o prêmio Nobel de fisiologia. 3.6. Aparelhos auditivos São aparelhos eletrônicos para melhorar o nível de audição e começaram a aparecer no mercado na década de 30. Eram equipamentos pesados cujo amplificador tinha que ser ligado a uma fonte externa de energia. A evolução desses equipamentos seguiu o desenvolvimento da eletrônica, alcançando tamanhos aceitáveis com o aparecimento dos transistores. Os atuais, super miniaturizados, contém circuitos integrados, microfone, e o receptor num pequeno invólucro que é colocado atrás da orelha. O amplificador consome tão pouca energia, que a pilha só é mudada a intervalos longos. 4. Eletrônica e Tecnologia: Mudanças na Sociedade Somos, hoje, inteiramente dependentes da máquina e da eletricidade. O desenvolvimento técnico-científico possibilitou a utilização de instrumentos cada vez mais sofisticados para as atividades mais simples do cotidiano, ao mesmo tempo em que o homem passou a desejar a máquina como algo inerente ao seu próprio ser. Tudo isso foi fruto de um longo processo de aperfeiçoamento técnico que tomou fôlego em diversas partes da história. Até que ponto pode discernir o nosso nível pessoal de artificialidade em relação à própria natureza humana? A transformação do homem em máquina é tão rápida que quando percebemos já nos tornamos mais um periférico ligado ao computador. O poder do desenvolvimento maquínico-mediático-tecnológico é tão grande no fim do século XX que humanos vão cada vez mais se transformando em acessórios, peças suplementares aos equipamentos criados inicialmente pelo próprio homem. E quando nos damos conta disso, percebemos que nos tornamos menos humanos que eles. Homem e máquina, porém, não podem existir um sem o outro nas cidades tecnotrônicas de hoje, mesmo que isso gere inúmeros problemas sociais e psicológicos. Não há nada na cidade de hoje que não passe ou tenha passado por algum tipo de equipamento tecnologicamente elaborado. E as que mais se desenvolveram foram as tecnologias de comunicação para transmissão rápida, dirigida e eficiente de informações que atingem em cheio a mente humana. Hoje, vigora o desejo comum de se ter o computador mais veloz, o aparelho de TV com mais polegadas e maior definição, o telefone celular menor e mais eficiente, enfim, busca-se a cada dia a maior eficiência e rapidez dos aparelhos eletrônicos. O fascínio pelas novas tecnologias trouxe consigo uma busca do esteticamente perfeito, do limpo, do eletrônico e não do mecânico. CONCLUSÃO O avanço da eletrônica e em especial a miniaturização deve-se não só a estratégias de redução de custos de produção, mas também à eficiência, à rapidez de operação e ao aumento de memórias de acesso rápido, como no caso de multimídias, nas quais imagens complexas são processadas por milhares de transistores concentrados em chips diminutos. Esses fatores têm impulsionado enormemente a pesquisa em novos materiais e o desenvolvimento de técnicas de processamento voltadas para dispositivos cada vez menores. Atualmente, uma nova eletrônica encontra-se em pleno desenvolvimento, a chamada nanoeletrônica que está voltada para a fabricação de dispositivos inferiores a 100 nm. O que aparecerá em seguida? A tecnologia é ilimitada. Somente a imaginação governará seu potencial. Referências Bibliográficas AFONSO, Marcelo. "Simulação, memória e ciberficação". Revista Espiral. Abr/mai/jun, 2000. On line. Available: http://www.geocities.com/revista_espiral. 17 Abr. 2001. BENCHIMOL, Augusto. Uma breve história da eletrônica. Rio de Janeiro: Interciência, 1995. (Biblioteca do CTG) LIMA, Karina Medeiros de. "Determinismo tecnológico". Revista Espiral. Jul/ago/set, 2000. On line. Available: http://www.geocities.com/revista_espiral. 17 Abr. 2001. SILVA, Heloísa Teixeira da & OLIVEIRA, Carlo Emmanuel Tola de. Circuito integrado para rede de computadores. Ciência Hoje, Rio de Janeiro, v.2, n.8, p. 33-42, set/out, 1983. (Biblioteca do CTG) VALADARES, Eduardo C.; CURY, Luiz A. & HEWINI, Mohamed. Dispositivos eletrônicos em escala atômica. Ciência Hoje, Rio de Janeiro, v.18, n.106, p.40-49, jan/fev,1995. (Biblioteca do CTG) "Greatest Engineering Achievements Of The 20th Century". Eletronics. 2000. [documento da Web] URL http://www.greatachievements.org, (19 Abr. 2001) Outros Autores: CAMILA LINHARES PINHEIRO, RENATO BANDEIRA LIMA e VICTOR CARLOS DE OLIVEIRA NASCIMENTO <fim do trabalho> Arquivo da conta: Bruno-Ferreira Outros arquivos desta pasta: 80 Esquemas Eletrônicos.zip (3348 KB) Analise de Malhas.doc (56 KB) Analise de ruido en circuitos amplificadores.pdf (290 KB) Apostila de Eletrônica - Circuitos eletrônicos.doc (649 KB) Apresentação.doc (46 KB) Outros arquivos desta conta: Amplificadores Antenas Circuitos elétricos Componentes eletro-eletrônicos Eletricidade Relatar se os regulamentos foram violados Página inicial Contacta-nos Ajuda Opções Termos e condições Política de privacidade Reportar abuso Copyright © 2012 Minhateca.com.br