Aumento Ósseo - RGT

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Aumento Ósseo - RGT
Evelyn Juri Rezende de Lacerda*
Emir Augusto J uri de Rezende* *
Hésio Magri deLacerda***
Resumo:
Os autores apresentam técnicas simplificadas de Regeneração Tecidual Guiada em grandes
atrofias ósseas, sem a utilização de recursos ofensivos como remoção de osso autógeno em
regiões como mento, retromolar, crista ilíaca etc... Nosso objetivo é proporcionar ao paciente
uma reabilitação oral com redução de trauma e de tempo.
Abstract
The authors present simplified techniques or Guided Tissue Regenaration en big osseous
atrophy, without the use of harmful recousers as removal of the autogenous bone in other
regions.
Our aim is providing the patient the oral rehabilitation with a reduction of trauma and time.
Palavras chave
Barreira aloplástica, membrana não reabsorvível, regeneração tecidual guiada.
Introdução
A cicatrização do tecido ósseo e gengival após cirurgias convencionais como exodontia e
cirurgias periodontais, normalmente resultam em uma maior formação de tecido conjuntivo do
que tecido ósseo (Caton Izander). O processo normal de reabsorção óssea pós exodontia é
contínua no osso alveolar, em muitas vezes dificultando implantações e principalmente
devolução dos contornos estéticos gengivais.
Melcher (1976) observou que esses resultados podem ser originados da invasão do defeito
por tecidos que tenham um maior potencial de regeneração, no caso tecido conjuntivo e
epitélio.
Técnicas de RGT tem sido propostas com o intuito de atrasar a invasão das células
epiteliais e conjuntivas para dentro da ferida ou loja cirúrgica durante a cicatrização, que na
realidade passaria a
ser uma regeneração propriamente dita. (Minab M.).
O uso de membranas funcionariam como uma barreira à estas células e diversos tipos de
materiais tem sido empregados para esse fim, ao que se denomina REGENERAÇÃO
TECIDUAL GUIADA ! (RGT).
Os autores utilizando de técnicas simplificadas, do potencial regenerador e diferenciador
do coágulo mostram neste trabalho alguns casos clínicos de aumento ósseo em várias regiões
maxilo-mandibulares permitindo maior área de contato osso/implante, melhorando a
quantidade de superfície osseointegrada assim como, devolvendo de forma bastante
satisfatória o contorno gengival.
Nestes casos clínicos utilizamos de uma barreira metálica de alumínio não reabsorvível ,
ALLUMINA @ por ser fundamental espaço entre a membrana e a superfície onde se deseja o
aumento ósseo, a membrana não pode colabar. Daí a necessidade do uso de membrana com
resistência ou materiais preenchedores.
Colocação da membrana:
A membrana deve ser colocada interposta entre os tecidos ósseo e gengival, excedendo
aproximadamente 3 mm além do defeito ósseo a ser reparado.
A Allumina@ pode permanecer até por 6 meses nos casos onde a mucosa está totalmente
cicatrizada e 21 dias quando parte dela está exposta ao meio bucal. ( Manual Allumina/Clinest)
Estudos mostram que, 21 dias é o tempo suficiente para a formação da matriz óssea, um
tecido conjuntivo denso (Meloning).
Antibioticoterapia deve fazer rotineiramente parte do protocolo cirúrgico, tendo como
opções as Penicilinas e Tetraciclinas.
Descrição dos casos clínicos:
Caso 1: ( fotos A1 até A 5)
Paciente 58 anos, sexo masculino, perda dos elementos antero-inferiores por periodontopatia,
com muita perda óssea e, mesmo estabilizada a doença periodontal havia pouca condição
óssea local para implantação.
Propositalmente o implante foi insertado acima do nível ósseo com o intuito de mostrar que,
a membrana posicionada adequadamente sem colabar ao implante e com a capacidade
histofílica dessa membrana (osteogênese de contato) ou seja o coágulo fica em íntimo contato
com a mesma sem dúvida ganharíamos osso também em altura como pudemos constatar.
Implante eleito foi HT@ 4,0mm por se tratar de um implante roscado, com excelente
tratamento de superfície e cujas conexões protéticas nos auxiliam na confecções das próteses
devido a sua
simplicidade.
Fig. A1
Fig. A2
Fig. A4
Fig. A3
Fig. A5
Caso2: (B1/ B4)
Paciente sexo masculino, 55 anos, portador de uma ponte fixa do elemento 23 ao 26, havia
uma reabsorção severa horizontal e vertical no 24 e exodontia indicado no 26. Uma membrana
ALLUMINA@ média foi modelada de forma a devolver o contorno ósseo gengival adequado.
Passados 8 meses foi reaberto, constamos a total regeneração que permitiu uma implantação
de 3 cilindros HT@ de 4 mm de diâmetro.
Fig. B1
Fig. B2
Fig. B3
Fig. B4
Caso 3: (Cl/C3)
Paciente sexo masculino jovem perdeu ainda na infância os elementos 11 e 21. Devido ao
uso de prótese removível mal elaborada acelerou e agravou ainda mais a total perda óssea,
principalmente da parede vestibular. Proteticamente, segundo a guia cirúrgica os implantes
tiveram sua instalação vestibularmente à parede palatina remanescente, estes implantes
tiveram estabilidade inicial, travamento e contato ósseo apenas no terço de médio para apical
.Com um coágulo bem formado a ALLUMINA@ novamente foi colocada de maneira a devolver
a arquitetura antes da perda dos elementos dentais. Após um período de espera de 4 meses
reabrimos e pudemos constatar um osso neo-formado bastante vascularizado do qual havia
coberto por completo os 2 implantes necessitando osteotomia para localização dos mesmos e
prosseguirmos colocação dos cicatrizadores.
Fig. C1
Fig. C2
Fig. C3
Caso 4: (D1/D11)
Paciente jovem que teve na infância seu incisivo central superior esquerdo reimplantado
devido a uma avulsão total por trauma. Após abertura além da reabsorção externa houve
comprometimento total da cortical vestibular. Um cilindro HT@ 4x13 foi instalado e, devido ao
defeito ósseo, praticamente toda a vestibular do implante estava exposta. Como nos casos
anteriores a membrana foi colocada apenas com a diferença que, neste caso, em caráter de
avaliação, osso liofilizado (Pacific Coast) foi misturado ao sangue da paciente formando o
coágulo por sob a ALLUMINA@.
O mesmo resultado clínico foi observado com uma completa regeneração óssea. Nessa
mesma época uma coroa protética foi executada, por se tratar de paciente jovem, anos depois
ela retornou com um dente mais curto devido ao desenvolvimento de sua maxila, apenas
procedemos a mudança de sua coroa como podemos constatar nas fotografias.
O dente de escolha foi o isosit por se tratar de uma paciente em fase de crescimento e talvez
haverá necessidade de nova troca da mesma.
Fig. D1
Fig. D2
Fig. D3
Fig. D4
Fig. D5
Fig. D6
Fig. D7
Fig. D8
Fig. D9
Fig. D10
Fig. E1
Fig. D11
Fig. E2
Conclusão
A regeneração acontece a partir do momento da colocação do implante, e essa técnica nos
mostra com o passar dos anos que não há limite no ganho ósseo, ficando a critério do
profissional a inlplantação acompanhada da regeneração, a regeneração para posterior
implantação. Como também utilizar desta técnica apenas para contornos gengivais adequados
onde existe um defeito vestibular o osso é passivel de ser inlplantado mas perderíamos em
estética gengival.
Referências Bibliográficas
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2.
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