a religião é morte Texto chave Mt. 15:7-9 Jerusalém talvez seja o lugar mais religioso do planeta, porque ali convivem as maiores religiões do planeta. Existem muitos lugares de peregrinação no mundo, mas nenhum como Jerusalém. Apesar disso é uma cidade que respira ódio e segregação. Em nenhum outro lugar vemos, com tanta clareza, como a religião é contra Deus e seu propósito. Cristo rejeitou a religião completamente. Ele disse que é o caminho, a verdade e a vida. Só podemos conhecê-lo no caminho (indo), na verdade (sendo) e na vida (existindo). O cristianismo não foi criado por Cristo, mas por Constantino no quarto século. O cristianismo de hoje é apenas mais uma das muitas religiões. Portanto, religião não é forma. Religião é tudo aquilo em que existem negócios com Deus. Nós pensamos que religião é forma e rito. Mas não é. Pode ser, mas não necessariamente. A religião é conteúdo, não forma; embora toda religião se assuma uma forma ou fôrma. Não somos religião. Quem olha de fora, vê religião nas formas do lugar e do culto. Entretanto, esse é um lugar sem barganhas com Deus. Ou seja, a cara é religiosa, mas o espírito não é; pois o que define religião é o conteúdo. Na religião: » Guardam-se tradições e valores que possuem uma origem boa. » Foram religiosos que compilaram e preservaram a Bíblia. » Deus também ensinou rituais no Velho Testamento e parece claro um tipo de ritual em apocalipse. Mas na religião: » Todo religioso é sectário e preconceituoso. » Todo religioso pensa que Deus é patrimônio de sua religião. » Todo religioso possui justiça própria, pois supõe agradar a Deus com performances exteriores, e por isso faz trocas e negócios com Deus. » A religião eleva o ego do homem, fazendo-o pensar que é melhor que os demais. Em Mateus 15 o Senhor faz uma menção de Isaías para mostrar a morte da religião. O Senhor disse: Visto que este povo se aproxima de mim e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, que maquinalmente aprendeu. Is. 29:13 1. A religião é algo completamente exterior O Senhor não está interessado em coisas exteriores, Ele olha primeiro para o nosso coração. Se o nosso coração está longe do Senhor de que adianta um louvor exterior? 2. Honra a Deus com os lábios, mas o coração está longe As três religiões ali em Jerusalém são puramente rituais e repetitivas. Não há preocupação em relacionar-se com Deus, mas em cumprir rituais complicados e vazios. 3. É uma coleção de mandamentos humanos Sabemos que toda tradição é estabelecida em algum momento por alguém que desejava reafirmar alguma verdade. O problema é que, com o passar do tempo, a finalidade se perde e fica apenas o conteúdo exterior vazio. Jesus condenou claramente a tradição dos fariseus, porque eram tantas as regras que eles haviam acrescentado que o espírito da lei e da vontade de Deus se perdeu e ficou apenas o fardo para as pessoas. Existem, no meio evangélico, muitas tradições que não foram estabelecidas pela palavra de Deus. Estas não precisamos respeitar. 4. É uma vida mecânica e maquinal O problema da espiritualidade exterior é que ela é maquinal, ou seja, nem sequer é fruto de reflexão, mas é puramente mecânica. 5. É um ritual vazio Hipócritas! Bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens. Mt. 15:7-9 O Senhor Jesus disse em Mt. 15:9 que a adoração deles é vã. Isto nos mostra que existe um tipo de adoração que é vã e inútil. Uma espiritualidade exterior produz contradições e hipocrisias do tipo: Um órgão é sagrado e a guitarra é profana. Deus olha o coração e não o instrumento exterior. Produz um crente que vive uma vida dividida: o culto é sagrado, mas o trabalho não. Ele entra e sai da presença de Deus, sem entender que carrega Deus consigo. O programa e a ordem estão acima das pessoas e suas necessidades. No Velho Testamento aconteceu algo interessante. Davi levou a arca da aliança para Jerusalém e armou uma tenda de adoração para ela, enquanto o tabernáculo continuou em Siló com os mesmos rituais, mas sem a arca da aliança que simboliza a presença de Deus. Conclusão: Que haja em nosso coração um desejo fiel de agradarmos a Deus, sem a máscara da religião que é morte. Por isso, a palavra de Deus, diz: “buscar-me-eis me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração”.