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CONTRACEPÇÃO PRÉ-IMPLANTATÓRIA E DE EMERGÊNCIA
John Wilks
Especialista em ciências farmacológicas e prática farmacêutica. Membro da
Associação Australiana de Consultores de Farmácia e da Academia de Ciências de
Nova York.
Resumo
O termo "contracepção de emergência" entrou no léxico corrente em tempos
relativamente recentes, mas todos dele tomaram posse. Atualmente, o conteúdo da
expressão encontra-se no centro de uma polêmica onde se apresentam teses
baseadas em avaliações contraditórias daquilo que é esta particular forma de
contracepção. O professor Wilks ajuda-nos a entender explicando como, nestes
últimos anos, se verificou uma transferência semântica na própria definição da
concepção, ou seja, do início da vida humana. De fato, esta última foi separada do seu
vínculo natural com a fecundação e posposta para o momento em que acontece o
implante do embrião na mucosa do útero materno. Esta transformação de significado
obedeceu a uma estratégia de justificação legal das técnicas de fecundação “in vitro”.
A esta transformação correspondeu, sempre em âmbito lexical, a criação do termo
“pré-embrião" para designar o embrião entre o momento da sua formação
(fecundação) e o momento em que é realizado o seu implante uterino. Segundo esta
nova terminologia, destruir este “pré-embrião" - isto é, o embrião humano antes do
décimo quarto dia do seu desenvolvimento - ficaria no campo da simples
contracepção; no entanto, na realidade, trata-se de um aborto. É graças a este, por
assim dizer, jogo de prestigio lingüístico que se faz passar hoje a "pílula do dia
seguinte" como um simples contraceptivo, e que se fala de "contracepção de
urgência" para definir o seu efeito. A realidade é que a eficácia desta "contracepção
de emergência" depende em grande parte da sua ação abortiva, na medida em que
esta pode impedir a nidação do óvulo fecundado.
(Contragestação; Dignidade do embrião humano; Maternidade sem riscos; Seleção e
redução embrionária; Status jurídico do embrião humano).
Leia o texto integral, entre outros, em Lexicon: termos ambíguos e discutidos sobre
família, vida e questões éticas, Pontifício Conselho para a Família, Edições CNBB.
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