Alberto costa Magalhães

O
ASTRONOMIA
Ano Internacional da Astronomia - 2009
Por
Alberto costa Magalhães
1 – INTRODUÇÃO
Desde que é sapiens, o Homem contempla os céus e aí encontra
o sonho e o fascínio de um mundo sem limites, um mundo
revelador de mistérios. Certo é que os astrónomos não
conseguiram ainda explicar tudo e seus postulados continuam a
ser frágeis. A inteligência humana já conseguiu penetrar no
campo das estrelas, no enigma dos astros. A conquista do espaço
continuará atraente e os astrónomos não são os únicos a
beneficiar mas, a humanidade. Observações do céu nocturno,
deram origem a ideia de “histórias de deuses” e ligaram o
destino da humanidade à vida do Universo. Várias são as
referências, sua origem e composição. Com a precisão sempre
presente, observações minuciosas da débil radiação que chegam
ao nosso planeta, relatam a complexidade da matéria desde o
acontecimento original.
Para assinalar bom feito foi declarado, pela ONU, Ano Internacional da Astronomia o ano de
2009, sob o tema “Descobre o Teu Universo”, a celebrar em 8 de Abril, alusivo ao 400º ano de
intensas observações astronómicas e saberes de Galileu Galilei que, em 1609 inventou a primeira
luneta astronómico e efectuou importantes observações no Espaço Celeste, desenvolvidas até 1630
e publicadas em 1632, referindo que o Sol é o centro imóvel do Universo e que a Terra move-se.
Porque tal intelecção contrariava ideias e convicções de então, legisladas pela Igreja Católica em
1616, para evitar o cadafalso renegou tal descoberta mas, foi condenado, pela Inquisição, em 1633,
a prisão por tempo indeterminado. Ao tomar conhecimento da sentença terá dito “no entanto, ela
move-se”. A Santa Sé reconsiderou, mas só o absolveu em 1992. É da sua autoria “Seja qual for a
parte da Via Láctea para onde o óculo de perspectiva estiver direccionado, existe uma multidão de
estrelas muito alem do que se possa imaginar”.
A mesma fé conduz-nos na busca das origens e encadeamento de achados na retrospectiva desde
uma referência à contemporaneidade. Propomos refrescar essa visualização ao longo dos séculos
para que reflictam luz, cientes que é história sempre incompleta por parca informação ou novas
descobertas. São inquietudes sociais e progressos culturais difíceis de reduzir a um sistema ou a
uma síntese e a vontade de continuar a obra. Descrever uma história é obra sem ramo, pois novos
fósseis sempre afloram à bisbilhotice do progresso.
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2 – O UNIVERSO
O Homem entende o Universo como “tudo o que existe”. Reflexos
tecnológicos da Astrofísica “vêem o relato preciso de crescente
complexidade da matéria desde o acontecimento original como
revelador do mistério, do drama, da beleza e do significado subjacente
ao Universo”. A astronomia interpenetra-se com a física, com a
geologia terrestre e planetária e com a matéria e abraça referências
genuínas. Toda a matéria do Universo é composta pelas partículas
elementares estáveis: electrões, protões, neutrões, neutrinos, fotões e
gravitões. Todas as reacções entre a matéria se explicam pela
interacção nuclear, electromagnetismo e gravidade. Tudo o que vemos é visível porque emite ou
reflecte fotões de radiações electromagnéticas. O Universo é um espaço sem fronteiras, composto
por 75% de hidrogénio, 23% de hélio e 2% de elementos mais pesados. Em 2009-07-31, cientistas
referem apenas 20% do Universo ocupado pelos astros e 80% por matéria negra estranhíssima,
invisível, geradora de energia negra e com 50.000 milhões de anos.
Segundo a teoria do Big Bang, “o Universo foi criado por um acontecimento instantâneo ocorrido
entre quinze e vinte mil milhões de anos” (que durou 10-43 segundos – o Planck). “À medida que o
tempo foi passando, o Universo expandiu-se e o seu conteúdo evoluiu nas estrelas e nas galáxias
de hoje”. O conceito antes do Big Bang não tem qualquer significado porque o próprio tempo não
existia até ser criado pelo Big Bang. Temperaturas elevadíssimas que, após 300.000 anos,
desceram para 3.000ºK. “Quinze mil milhões de anos mais tarde, o Universo expandiu-se mil
vezes e a matéria reuniu-se e condensou-se para formar galáxias, estrelas (incluindo o nosso Sol) e
planetas”. Dwin Hubble, descobriu que todas as linhas se deslocam para a extremidade vermelha;
que o próprio espaço-tempo está em expansão; que as galáxias se afastam e que à medida que as
ondas luminosas, provenientes das galáxias, se distendem o Universo expande-se. Pressupõe que o
Universo foi infimamente pequeno, expandiu e continua a crescer. O fenómeno conduz a um
espaço aberto que encontra voz na aparência de meteoritos e no desaparecimento de astros por
perda da energia original. Quando terminará? A resposta depende da quantidade de matéria do
Universo e, daí, do total da força de gravidade nele contida.
Desde os tempos do Big Bang, a gravidade começou a organizar a matéria formando-se as galáxias
à medida que se reuniam cúmulos de filamentos e gases do Universo. As galáxias surgem cerca de
500.000 anos após o Big Bang e estendem-se em todas as direcções em cerca de 4 milhões de
anos-luz, sendo a maioria consideradas anãs mas, a Via Láctea e a Andrómeda são gigantes e
espirais. Nas galáxias, formadas por gases, milhões de estrelas, poeiras e outros corpos celestes,
poderão existir sistemas planetários organizados. No Universo conhecem-se milhões de galáxias e
vários enxames de estrelas. Em 1934, a esfera celeste foi dividida em 88 áreas que contêm os
padrões das estrelas, sendo as maiores mais luminosas, mais frias e brilho vermelho e as mais
pequenas menos luminosas, mais quentes e brilho azul.
3 – A VIA LÁCTEA
A Via Láctea é uma galáxia espiral, relativamente achatada e
semelhante a um disco bojudo. Ter-se-á formado entre 10.000
milhões e 15.000 milhões de anos atrás. O Sol formou-se num
dos braços espirais, na constelação Aríon, e mantém-se em
orbita em torno do centro galáctico. A Via Láctea conta mais de
100.000 milhões de estrelas num espaço de 40.000 a 50.000
anos-luz de raio, com o Sol a cerca de 28.000 anos-luz do centro
e pertence-lhe todas as estrelas visíveis no céu nocturno. A Via
Láctea faz parte de um conjunto chamado Grupo Local, com um
raio de cerca de 2,5 milhões de anos-luz, que compreende cerca
de vinte galáxias. A Via Láctea tem cerca de 250.000 anos-luz
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de raio e elevada quantidade de enxames, constelações e estrelas identificadas povoam seu halo. A
grande e a pequena Nuvens de Magalhães, são galáxias satélites da nossa. [Um ano-luz – cerca de
9.461.000 milhões de km].
Bem remotos esforços e sinais vêm no sentido de melhor conhecer as origens e o espaço que nos
rodeia. Há mais de 4.400 anos, astrónomos chineses observavam as estrelas e os planetas. Grandes
personagens gregas dão nome a várias constelações tais como Hércules, Cefeu, Cassiopeia,
Andrómeda, Perseu, Oríon. Astrónomos da China, fazem os primeiros registos de observações em
2.300 a. C. e sacerdotes da Babilónia, fazem registos “do que viram no céu”, em 2.000 a. C. As
mais próximas do Sol são o sistema triplo Alpha Centauri, a 4,22 anos-luz.
Desenvolvendo novas tecnologias, previsões apontam para que daqui a 7.500 milhões de anos o
Sol será cerca de 100 vezes maior e 500 vezes mais brilhante; que a Terra terá cerca de 1.400ºC de
temperatura e ocorrerão grandes variações na direcção de incidência do Sol nos pólos. De super
ondas galácticas e reacções de estrelas azuis virão assustadoras catástrofes – quem virá depois de
nós? Foram descobertas cerca de 20 estrelas emissoras de raios gama na Via Láctea e mais de 180
planetas e em 2005 o Tatooine, com três sóis, a cerca de 149 anos-luz da Terra. Uma chuva de
meteoros (chuva de estrelas) foi visível em 13/11/1833, que pôde ser vista do Canadá ao México.
Corresponde ao cruzamento da órbita da Terra com a órbita de cometas, produzindo detritos que
se deslocam a grande velocidade mostrando cauda luminosa.
3.1 – MAIS ALÉM
Sócrates (470-399 a. C), defendia que a Terra é redonda e centro
do Universo. Ensinava por conversação, não deixou obra escrita.
Aristóteles (384-322 a. C), defendia que a Terra é redonda e centro
do Universo. Publicou as obras ”Meteorologia” e “Os Meteoros”
Aristarco (310-230 a. C), defendia que o Sol move-se e é o centro
do Universo.
Hiparco (194-120 a. C), inventou o primeiro sistema para medir o
brilho das estrelas, compilou tabelas dos movimentos do Sol e da
Lua e descobriu a pressão dos equinócios.
Ptolomeu (83-161), com base em astronomias de babilónios,
árabes, indianos e europeus, descreveu o Sistema Solar com centro
na Terra e elaborou uma lista de 48 constelações diferentes.
Copérnico (1473-1543), demonstrou o duplo movimento dos
planetas sobre si mesmo e à volta do Sol, publicados poucos
meses antes da sua morte.
Fernão de Magalhães (1480-1521), descobriu, em 1519, duas nuvens de estrelas próximas ao Pólo
Sul, que são designadas por "Grande Nuvem de Magalhães” e “Pequena Nuvem de Magalhães”.
Tycho Brahe (1546-1601), “em 1572, construiu um enorme instrumento” e elaborou os primeiros
mapas. Organizou um catálogo com a posição e movimentos de mais de mil estrelas e planetas.
Giordano Bruno (1550-1600), por defender que a Terra não era o centro do Universo, foi
condenado à morte e queimado em Roma, como herético.
Galileu Galilei (1564-1642), construiu e introduziu o uso da luneta em astronomia. Descobriu as
montanhas da Lua, as fases de Vénus, 4 satélites de Júpiter “observei quatro planetas que
possuem as suas órbitas à volta de Júpiter” e foi o primeiro a observar a Via Láctea com um
telescópio. Em 1610, enunciou que o Sol é o centro do Universo, que roda em torno de si próprio e
que a Terra e outros planetas orbitam em seu redor.
Johannes Kepler (1571-1630), verifica que os planetas descrevem elipses em redor do Sol e
publica as primeiras leis do movimento planetário em 1609 e em 1618.
Nicolas Peiresc (1580-1637), desenhou o primeiro mapa da Lua, em 1636.
Johannes Hevelius (1611-1687), construiu vários instrumentos de observação. Estudou as manchas
solares, o período de rotação do Sol e a órbita dos cometas. Descobriu as vibrações da Lua.
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Robert Hooker (1635-1703), construiu o primeiro telescópio que usava espelhos em vez de lentes.
Em 1664, descobriu um sistema de estrelas binário na constelação Carneiro.
Isaac Newton (1642-1727), em 1668, construiu o primeiro telescópio refractor, com lentes, e em
1671 inventou o telescópio de reflexão, com espelhos. Afirmou que cada corpo do Universo
exerce uma atracção gravitacional sobre os outros.
Olaus Romer (1644-1710), ao observar as imersões e emersões dos satélites de Júpiter, em 1676
determina a velocidade da luz. Construiu a primeira luneta meridiana
Edmond Halley (1656-1742), previu o regresso em 1758, do cometa Halley situado a 5.300
milhões de km do Sol, que passou pela Terra em 1682, e reaparece de cerca de 75 em 75 anos.
Charles Messier (1730-1817), em 1774 publicou catálogo com uma centena de galáxias, nebulosas
e exames de estrelas. Descobriu 16 cometas e observou mais 40, o “bisbilhoteiro dos cometes”.
Frederico Guilherme Herschel (1738-1822), construiu vários telescópios, um com 12m. Em 1781,
“descobriu o planeta Úrano e seus satélites e os satélites de Saturno”; em 1786 descreveu a forma
da nossa galáxia e em 1800 detectou radiação infravermelha oriunda do Sol.
Frederich Wilhelm Bessel (1784-1846), foi o primeiro a efectuar uma medição precisa da distância
entre a Terra e uma estrela,
Pierre Laplace, em 1796, elaborou a sua teoria da origem do Sistema Solar.
William Persons (1800-1867), constrói o telescópio Leviatã e em 1845 detecta a galáxia
Whirlpool.
Giuseppe Piazzi, em 1801, descobriu o primeiro asteróide, Ceres.
Friedrich Bessel, em 1838, calcula a distância da Terra à constelação Cisne (vulgar Cruz do
Norte).
Johann Galie, em 23/09/1846, do observatório de Berlim, descobriu o planeta Neptuno, no mesmo
dia e próximo da posição referida por Urbano J. Leverrier e por J. C. Adams.
Gustav Kirchhoff, em 1859, explica as linhas escuras do espectro do Sol.
William Huggins, em 1864, publica os resultados do seu estatuto dos espectros estelares.
Artur Stanley Eddington, em 1914, determinou massa, temperatura e constituição de várias
estrelas.
William Herschel, em 1971, instalou um grande reflector, que tem o seu nome.
George Hale (1868-1938), incentivou a construção do observatório de Palomar, na Califórnia,
onde foi instalado o telescópio Hale em 1948, de 5m. Em 1949, estudou o comportamento das
estrelas e referiu que a “nebulosa Olho-de-gato é uma estrela a morrer”.
Albert Einstein (1879-1955), pensando um Universo fechado, representou num hemisfério
planificado, os astros da “sua imagem padrão”.
Em 1887, são produzidas as primeiras Cartas Fotográficas do Céu.
J. L. E. Dreyer, em 1888, publica o Novo Catálogo Geral de estrelas e galáxias, do Observatório de
Armagh, na Irlanda, onde compilou e enunciou 7.840 corpos não estelares, que foram completados
por lista posterior que inclui mais 5.386.
Edward Barnard, em 1889, faz as primeiras fotografias da Via Láctea.
Edwin Powell Hubble (1889-1953), usando um telescópio de 30m, em 1923 estima a distância da
Terra às galáxias; em 1924 distingue as galáxias e a posição do nosso sistema solar na Via Láctea;
em 1925, descobriu que a Andrómeda é uma galáxia fora da Via Láctea e em 1929 investigou o
desvio das galáxias para o vermelho, referindo que o Universo está em expansão (fluxo de
Hubble).
Georges Lemaître, em 1927, formulou a teoria do Big Bang e a expansão do Universo.
Albert Einstein, em 1905, introduz a teoria da inter-convertibilidade entre matéria e energia e em
1916, demonstra “que a matéria distorce o espaço-tempo produzindo efeitos gravitacionais”.
Ejnar Hertzsprung, em 1908, descreve a divisão das estrelas em gigantes e anãs.
Henrieta Leavatt, em 1912, estuda as estrelas variáveis de curto período, das Nuvens de
Magalhães.
Walter Sydney Adams, em 1915, identificou a primeira estrela anã branca e, a partir de 1934,
dirigiu a construção do telescópio do monte Palomar, no sul da Califórnia.
Harlow Shapley, em 1918, estima o tamanho da nossa galáxia e do lugar que o Sol ocupa nela.
Vesto Slipher, em 1920, descobre o desvio das galáxias, para o vermelho.
Em 1924, foi instalado o observatório solar Stromlo, perto de Camberra, na Austrália.
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Clyde Tombaugh, em 1930, descobre o planeta Plutão.
Z. Bay, em 1946, estabelece contacto de radar com a Lua, assim como um Laboratório dos EUA.
Em 1948, foi inaugurado o telescópio Hale, no Monte Palomar. O espelho pesa 20t, mede 5,08m
de diâmetro e demorou 11 anos a construir.
Em 1963, início da actividade do radiotelescópio parabolóide Arecibo, em Porto Rico. O seu prato
mede 305m de diâmetro, tem 38.778 painéis de 1 x 2m, instalado sobre uma plataforma suspensa a
130m acima do solo e área de 7,28 hectares. Foi melhorado em 1998.
Em 1965, foi instalado a radiotelescópio Green Bank, para colher informações espaciais.
Em 1974, transmissão dos primeiros voos a curta distância do planeta Mercúrio, pela sonda
espacial Mariner-10, dos EUA.
Em 1974, foi instalado a telescópio Anglo-Australiano, para observações espaciais.
Em 1975, primeira acoplagem no espaço de duas nave tripuladas, uma dos EUA e uma da URSS –
missão Apollo-Soyus, a 17 de Julho.
Em 1983, foi lançado o telescópio IRAS ou SAIV (Satélite Astronómico Infravermelho), que
detectou radiações durante cerca de 10 anos.
Em 1983, astrofísicos americanos localizaram, pela primeira vez, um buraco negro no espaço
intersideral, a cerca de 150 mil anos-luz do planeta Terra.
Em 1985, “O pólo norte magnético deslocou-se mais de 100 km, nos últimos dez anos”.
Em 1986, o cometa de Halley regressa ao Sol e a sonda europeia Giotto passa-lhe a 600 km.
Em 1989, os EUA lançam o satélite COBE, que detectou radiação residual, deixada pelo Big
Bang.
Em 1990, o astronauta, dos EUA, Mark R. Showalter, descobre a 18ª lua de Saturno, ao estudar
imagens enviadas pela Voyager-2.
Em 1991, entra em funcionamento o telescópio Keck, instalado em Mauna Kea, Havai, um
conjunto de dois espelhos, um deles formado por 36 segmentos hexagonais.
Em 1993, é inaugurado um grande agrupamento de radiotelescópios em Socporro, no Novo
México, o “Very Large Baseline Array”, com 27 antenas-radares, de grande precisão. Em 22 de
Setembro, cientistas do Instituto de Astronomia Max Planck, de Heidelberg, detectam o brilho de
uma nova nebulosa a 300 milhões de anos-luz.
Em 1993, A partir do telescópio instalado em Mauna Kea, no Havai, astrónomos avistam uma
nova galáxia, chamada 0140+326RD1, a cerca de 90 milhões de anos-luz da mais distante galáxia.
Em 1994, o cometa Shemaker-Levy colide com a face oculta de Júpiter, a 10 de Julho.
Em 2007, o cientista Stéphane Udry, do Observatório Europeu do Sul, no Chile, descobriu o
planeta Gliese 581c, fora do nosso sistema solar. Chegou a pensar-se que poderia ser habitado.
Paul Butler e Geoff Marcy, descobriram planetas em volta do Sol, a partir do Observatório Lick,
na Califórnia.
Hertzsprung-Russell, elaborou um diagrama com registo e importantes características de estrelas.
4 – O SISTEMA SOLAR
O nosso sistema solar situa-se na constelação
Oríon, da Via Láctea e terá origem na
turbulência de nuvens de gases e poeiras, há
cerca de 5.000 milhões de anos que, por força da
gravidade, acumularam mais matéria, dando
origem aos astros. É constituído por uma estrela
(o Sol), pelos planetas principais – Mercúrio,
Vénus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano,
Neptuno e Plutão e por planetas secundários –
asteróides, cometas, meteoróides, gases e
poeiras. O Sol é o centro do sistema planetário à
volta do qual os planetas orbitam, no mesmo sentido e aproximadamente no mesmo plano. O Sol é
1.300.000 vezes maior que a Terra a quem transmite luz e calor. A Lua é o principal satélite da
Terra, à volta da qual gira e ilumina durante a noite reflectindo a luz solar. A Lua localiza-se a
cerca de 384.400 km e é 49 vezes menor que a Terra. Os cometas, constituídos por um núcleo
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sólido que, na proximidade do Sol e em sentido oposto, ejectam uma atmosfera de gás e poeiras
com o aspecto de cauda/cabeleira, originada pelo sublimar do gelo.
O planeta Mercúrio, sem atmosfera, tem temperaturas cerca de -183ºC de noite e 427ºC de dia,
raio 2.439 km e gira a cerca de 57,90 Mkm (milhões de km) do Sol. Vénus tem atmosfera espessa
e quente, temperatura média 480ºC, raio 6.052 km, gira a 108,20 Mkm do Sol e apresenta sinais de
actividade vulcânica. A Terra tem temperatura média de 15ºC, orbita a 149,60 Mkm do Sol e é o
único planeta que apresenta condições para que a água exista nos estados sólido, líquido e gasoso.
Marte tem poeiras vermelhas, atmosfera rica em dióxido de carbono, temperatura média -63ºC,
raio 3.397km e gira a 227,90 Mkm do Sol. Júpiter é um gigante fértil em hidrogénio e hélio, tem
vários satélites, 62 luas, -130ºC de temperatura, raio 71.492 km e gira a 778,60 Mkm do Sol.
Saturno é fértil em hidrogénio e hélio, tem -130ºC de temperatura, raio de 60.268 km, gira a
1.433,50 Mkm do Sol e, alem de ter anéis, dois satélites e 48 luas, a sonda Cassini-Huygens, em
2002, captou sons de música que vem dos pólos e parece ter origem em auroras. Urano possui
anéis e vários satélites, cor azul, -200ºC de temperatura, raio 25.559 km e gira a 2.872,50 Mkm do
Sol. Neptuno tem ventos que formam fortes tempestades, possui 13 luas, água, -200ºC de
temperatura, raio 24.766 km e gira a 4.495,10 Mkm do Sol. Plutão possui o satélite Caronte, tem
água, -225ºC de temperatura, raio 1.137 km e gira a 5.870,00 Mkm do Sol. É o menor dos planetas
principais (anão) pelo que alguns cientistas pensam tratar-se de um asteróide. Também, meteoritos
se manifestam e nos visitam extemporaneamente.
5 – O SOL
O Sol é uma estrela amarela com cerca de 5.000 milhões de
anos, “brilha há um pouco mais de 4.500 milhões de anos e
assim continuará por mais 4.500 milhões de anos” e dista da
Terra 149,6 milhões de quilómetros (uma unidade
astronómica). É uma esfera gasosa, constituída por 73,46% de
hidrogénio, 24,85% de hélio, 0,77% de oxigénio e pequenas
percentagens de outros gases. É formado por núcleo interior de
400.000km de diâmetro e temperatura cerca de 15.000.000ºC,
que comprime 600 milhões de toneladas de átomos de
hidrogénio, onde se produz reacções e energia na forma de
calor e luz. A envolver o núcleo aparece a fotosfera seguida das regiões radioactiva e convicta, que
formam a sua atmosfera, com temperatura de 5.500ºC na superfície. A fotosfera, rica em força
electromagnética, emite luz com temperatura média de 5.502ºC, seguida da cromosfera com
temperaturas superiores a 5.516ºC e coroa que liberta rajadas de partículas (vento solar) para o
espaço, transmitindo luz e calor que a Terra recebe e chamamos “auroras”. Na sua vizinhança
situam-se inúmeras estrelas separadas por vários anos-luz, que constituem o ambiente solar.
6 - A LUA
Único satélite natural da Terra à volta da qual orbita a
13,741 km/s, situada a cerca de 384.405km, apresenta
sempre a mesma face voltada para a Terra, tem “dia
sideral” de 27d 7h 43min e descreve uma elipse de
afastamento constante da Terra e ambas à volta do Sol,
originando as fases de Lua Nova, Quarto Crescente, Lua
Cheia e Quarto Minguante. Terá origem há cerca de 4.600
milhões de anos, num choque (Big Splash) com o planeta
Theia que, ainda no princípio da formação da Terra,
desapareceu adensando-se à Terra e partículas menos
densas ter-se-ão reunido formando a Lua. Tem núcleo central superior a 600km de diâmetro, sinais
de projecções por meteoritos, imensas crateras, formação montanhosa, fraca actividade sísmica e à
superfície poeiras com afloração de rocha, lavas basálticas e sinais de água. Tem 3.474,8km de
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raio equatorial, campo magnético muito variável, temperatura de +117ºC a -173ºC e ausência de
atmosfera (pressão 1µPa – Hélio 25%, Neónio 25%, Hidrogénio 23%, Argónio 20% e outros 7%).
Na sua rotação à volta da Terra exerce grande influência nas águas marítimas, por efeitos de
atracção, originando ondas e as marés baixas e altas, bem notórias na costa mexicana onde os
desníveis das águas atingem cera de 17 metros. Nos mares interiores como o Mar Negro, Mar
Mediterrâneo e Mar Cáspio, as marés são pouco perceptíveis. Em 20/07/1969, foi visitada, pela
primeira vez, por Buzz Aldrin, fotografado por Neil Amstrong, durante a missão da Apolo-11. A
Lua representará uma base de observação astronómica ideal pois, devido à ausência de atmosfera,
do seu solo tem-se acesso à totalidade do espectro espacial.
Também, com seu fascínio, a Lua, comanda os humores, os sentimentos, os amores e as paixões.
Com sua poesia romântica propicia passividade, literaturas e histórias de amor. Poderá ter tido
profunda influência em mitos e lendas, no pensamento humano, nas grandes concepções e fé na
existência dos deuses.
7 – TERRA
O Planeta Terra virá dos primórdios da Universo. Cientistas
referem sinais muito longínquos. A “Nova Enciclopédia
Stuart ClarK,” na Astrofísica, refere a origem do Universo
entre 20 e 15 mil milhões de anos e da Terra à 5.000 milhões
de anos. O geólogo Clair Patterson, em 1953, determinou a
idade da Terra em 4.600 milhões de anos a. C. A origem: “matéria original aglomerou-se num espaço extremamente
reduzido e adquiriu uma temperatura e densidade
excepcionais”. Mercê de instabilidades gravitacionais e
interacções, no decurso de milhões de anos, incandescente,
atrai mais matéria, formando neutrões e protões, cuja
associação formou núcleos atómicos, aumenta a sua massa e,
devido a várias convulsões, surgem os mares e os continentes.
É constituída por sedimentos dispostos em camadas. Tem núcleo interno sólido, com cerca de
1.200km de raio, e camada exterior composto por ferro e níquel, fluido, com cerca de 1.400km de
espessura. A envolver o núcleo, um manto rochoso com cerca de 3.000km de espessura, seguido
de matéria sólida com espessura 700km. A crusta superficial com cerca de 70 a 80km, compõe-se
por rochas sedimentares, granitos e basaltos. O calor das profundidades dá origem a vulcões,
terramotos e deslocações tectónicas e os mares ocupam cerca de dois terços da superfície total. É o
único planeta que possui água e está envolto por uma atmosfera que torna possível a vida orgânica.
O volume da atmosfera é 78% de azoto, 21% de oxigénio e 1% de outros elementos. Tem forma
esférica ligeiramente achatada nos pólos e dilatada no equador, cerca de 6.371km de raio médio e
6.378km no equador.
7.1 – MOVIMENTOS
A Terra gira sobre si mesma em 24 horas e em volta do Sol em cerca de 365 dias 6h 13min e 53s,
donde resulta ano bissexto de 4 em 4 anos com ajustamento de 400 em 400 anos. A sua velocidade
orbital é de 107.244km/h. Imaginariamente, está dividida por círculos máximos que, passando
pelos pólos, determinam 24 zonas correspondentes à incidência do Sol durante uma hora. Em
1916, foi adoptado como meridiano internacional o fuso horário que passa pelo Observatório de
Greenwnich, na Inglaterra, e a 2º 20’ e 15’’ a oeste de Paris, para início da contagem do tempo. Há
cerca de 3.000 milhões de anos, era menor e o dia tinha cerca de 18 horas.
Os movimentos determinam as estações do ano: no momento em que o Sol, descrevendo a
elíptica, corta o Equador em 21 de Março e 22 de Setembro, dão-se os equinócios de Primavera e
de Outono – o Sol encontra-se a igual distância dos pólos, o dia é igual à noite e a luz projecta-se
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aos dois hemisférios e ilumina metade do globo. No momento em que o Sol incide no ponto mais
afastado do Equador em 22 de Junho, acontece o Solstício que dá início ao Verão no Pólo Norte e
ao Inverno no Pólo Sul – surge o maior dia e a menor noite do ano no Pólo Norte. O mesmo
fenómeno ocorre em 23 de Dezembro mas, determina o início do Inverno no pólo Norte e de
Verão no pólo Sul e a maior noite e menor dia no Pólo Norte. Nos Pólos pode ocorrer dias e noites
de 24 horas e quando o Sol incide mais próximo do alinhamento do eixo da Terra, forma ângulo
de declinação de 23º 27’.
Não incomodará lembrar eclipses que o Sol, a Lua e a Terra bem nos presenteiam com seus
movimentos – um ocorrido em 2009-07-22, tapou totalmente a luz solar em basta zona asiática,
durante mais de 6 minutos.
7 – ACONTECIMENTOS PRINCIPAIS
Desde sempre o Homem se esforça por aferir e enriquecer
saberes e algumas opiniões tem modificado. Para o efeito,
analisa fósseis superficiais e busca nas profundas canadas
sinais abonatórios de rigor, tais como na maior perfuração
efectuada no solo, com 12.000m, na Rússia, e perfurações no
gelo, feitas na Gronelândia em 1993, que “fornecem provas
de mudanças climáticas ao longo de 250 mil anos... e que a
recente estabilidade de clima é que é de estranhar”.
5.000 Milhões de anos a. C. A Terra, incandescente, atrai
mais matéria e suas acumulações sólidas dão origem aos
continentes. Surgem vapores de água e anidrido carbónico, constitui-se a hidrosfera.
3.800 Milhões de anos a. C. Terminam grandes impactes de asteróides e de cometas. A Terra
arrefece e formam-se os oceanos. Matérias químicas reagem, misturam-se e formam células
únicas, a primeira forma de vida que, inicialmente, sustentavam-se por anidrido carbónico.
3.000 Milhões de anos a. C. Primeira formação geológica após o arrefecimento da crusta terrestre.
“Dão-se todos os acontecimentos geológicos fundamentais: inundações marítimas, sedimentações,
movimentos descendentes dos oceanos, pregueamentos, ablações, fluidez ígnea e transformações
rochosas”. Surgem o xisto cristalino, ardósia, granito, gnaisses e materiais eruptivos.
2.500 Milhões de anos a.C. Novo ciclo de tensões. Aparece o arenito e a dolomite.
1.100 Milhões de anos a. C. Tremendas tensões na crusta terrestre. Formam-se montanhas,
substâncias ígneas fundidas, erupções vulcânicas, sismos, gigantescas cordilheiras e profundos
abismos oceânicos. Mais tarde, fortes chuvas e ventos.
1.000 Milhões de anos a. C. Período de glaciações com intervalos secos e húmidos.
560 Milhões de anos a. C. Grandes inundações. Clima suave.
460 Milhões de anos a. C. Grande ciclo de pregueamentos, surgem continentes, sismos e
eruptivos.
400 Milhões de anos a. C. Produz-se nova estruturação dos continentes, elevam-se montanhas.
320 Milhões de anos a. C. Grande ciclo de pregueamentos na Europa, glaciações no hemisfério
austral. Clima quente e húmido.
260 Milhões de anos a. C. Novo ciclo de pregueamentos e violentos movimentos vulcânicos. As
glaciações acentuam-se no hemisfério austral.
220 Milhões de anos a. C. Na Sibéria, América e Africa flúem gigantescas torrentes de lava e
aparecem extensas salinas. Equilíbrio climático.
180 Milhões de anos a. C. Novo ciclo de pregueamentos e formações rochosas. Na Europa
retiram-se as águas, surge sistemas montanhosos. Várias zonas climatológicas.
130 Milhões de anos a. C. Poderosos pregueamentos. Formação dos Andas e Montanhas Rochosas
na América. Do subsolo, pela primeira vez, o petróleo (Noroeste da Alemanha).
70-60 Milhões de anos a. C. De grandioso ciclo de pregueamentos e violentos vulcanismos,
surgem as montanhas rochosas e as grandes cordilheiras dos Himalaias, Antilhas, Pirinéus e Alpes.
Nos mares a bacia de Mogúncia, fossa do Alto Reno e bacias de Paris e Londres. Mares e terras
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adquirem uma estrutura próxima da actual. Surgem importantes e variados tipos de rochas que,
mais tarde, vem dar início à Era Paleolítica. Começa a Pré-História da Humanidade.
1.000.000 a. C. (anos antes de Cristo). Sobrevém o último pregueamento, na Califórnia. Ocorrem
quatro épocas glaciárias com três intervalos quentes. As oscilações climáticas fazem-se sentir em
toda a Terra. Consideráveis decidas e subidas do mar põem a descoberto a ponte de terra entre a
Ásia e a América, assim como entre a Escócia e a Gronelândia e o istmo do Panamá.
1.000.000 – 600.000 a. C. Período Pré-Glaciário.
600.000 – 540.000 a. C. Época fria – Gunz.
540.000 – 480.000 a. C. Época quente – Gunz Mindel.
480.000 – 430.000 a. C. Época fria – Mindel.
439.000 – 235.000 a. C. Época quente – Mindel-Riss.
235.000 – 180.000 a. C. Época fria – Riss.
180.000 – 120.000 a. C. Época quente – Riss-Wurm.
120.000 – 10.000 a. C. Época fria – Wurm.
Os glaciares, adquirem volumosas e extensas montanhas. “Manifestam-se como grandes períodos
chuvosos, alterado com intervalos de calmaria”. No seu degelo, deslizam para as bases, formam-se
gigantescas bacias e rios de gelo. Ocorrem grandes arrastamentos de pedras e terras. Definem-se as
montanhas, as planícies, os rios e os mares. As temperaturas estabilizam próximas das actuais.
Não obstante, sismos e vulcanismos extemporâneos marcarem, ainda, presença com seus
malefícios.
3.700 a. C. Grande dilúvio. “Inundação catastrófica de vasta região”. Catástrofe natural catalogada
pelos Babilónios, na epopeia de Gilgamexe, “que coincide com a da Bíblia”, a mais grave
registada da Mesopotâmia.
3.200 a. C. Invenção da escrita (Fim da Pré-História e Início da História).
2.500 a. C. Descoberta, do ferro, na China.
500 a. C. Idade do Ferro: - No Sara, Líbia, Africa do Sul,
0 (ZERO) Registo do nascimento de Cristo (Início da Era Cristã).
QUADRO DOS TEMPOS GEOLÓGICOS
Período
Pré-câmbrico
Paleozóica
Mesozóica
Terciário
(Paliogénico)
Quaternário
(Neogénico)
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Designação
Data (Milhões
de anos a. C.)
Arcaico
Algonquiano
Câmbrico
Silúrico
Devónico
Carbónico
Pérmico
Trácico
Jurácico
Cretáceo
Paleoceno
Eoceno
Oligoceno
Mioceno
Plioceno
3.300-1.000 a.C.
1.000-560 a. C.
560-460 a. C.
460-400 a. C.
400-320 a. C.
320-260 a. C.
260-220 a. C.
220-180 a. C.
180-130 a. C.
130-60 a. C.
60-50 a. C.
50-40 a. C.
40-30 a. C.
30-15 a. C.
15- 1 a. C.
Achados Geológicos
Cristalinas, ardósia, granito, gnaisse, eruptivos, tufos.
Arenito, argila, dolomite, quartzo, calcite, silício, xisto.
Pórfiro, calcário, ferro, cobre, níquel, ouro, manganês.
Marga, hematite, sal-gema, petróleo, rochas eruptivas.
Arenito vermelho, diábase, hulha, lenhite, mármore.
Potássico, cuprríferos, gesso, chumbo, zinco, prata, hulha.
Mosqueado, calcite, extensas áreas de gesso e de calcário.
Estratos, seixo, carboníferos, calcários conchiferos, sal.
Cré, marga, extensa área de hematites.
Areia, bauxite, sal-comum, godo, petróleo na Europa.
Turfa, cascalho, abundam o petróleo, a lenhite e o âmbar.
8 – EXPLORAÇÃO ESPACIAL
Por ambição e natureza humana, o Homem sempre pretende
adquirir mais, ir ao encontro do novo e melhor compreender tudo
quanto o rodeia. Desenvolve novas tecnologias e aventura-se na
pesquisa do desconhecido, por mais abstracto que se apresente.
Cientistas isolados aliam-se em equipas e experiências e partem ao
encontro do mais escuro vazio. O seu talento fala mais alto “Temos de construir uma nave que sulque o imenso oceano do
Universo”, referiu o astrónomo alemão, Kepler (1571-1630). Hans
Lippershey, em 1609, engenhou um tubo com lentes para
observação de objectos à distância. Júlio Verne (1828-1905), para
atingir a Lua, usou um canhão gigante com mecanismo de
propulsão. Tal sonho só foi possível no século XX com avanços tecnológicos e científicos na
aeronáutica. Contudo, não foi ainda construído qualquer sistema capaz de atingir as estrelas.
Também extraterrestres terão demonstrado ansiedade e ciência, a bordo dos seus Ovnis.
Vários são os esforços, aventuras e desempenhos espaciais. Inventam-se e desenvolvem-se novos
artefactos e, numa simbiose homem-máquina, parte-se para o desconhecido celeste. Embora
existam precedentes desta ciência, situamo-nos nas primeiras experiências na base alemã de
Reennemunde, com início em 1938, onde se fabricaram as células V1 e V2, utilizadas na Segunda
Guerra Mundial em 1944 e 1945. Os seus planos foram encontrados pelas forças ocupantes que
contrataram bons técnicos alemães incluindo o chefe Werner Von Braun. Os EUA e a URSS,
treinaram dezenas de astronautas para pilotar engenhos espaciais. Emergem grandes inovações na
tecnologia, nas telecomunicações e na informática. Criam-se infra-estruturas de apoio.
8.1 – QUEZÍLIAS E DECISÕES
Terminada a Segunda Guerra Mundial, vem a “guerrafria” (1945-1991) – conflitos indirectos entre os EUA e a
URSS são bem notórios no estímulo a guerras e apoio a
uma das partes litigantes. Disputam influências políticas e
ideológicas, regionais.
Em 1959, Nikita Kruschtchev, da URSS, forneceu provas
do derrube de um avião de espionagem tipo U-2, dos
EUA, e captura do piloto. Querelas internacionais e
esforços de guerra terão aguçado o engenho da
cibernética, cálculo balístico e desenvolvimento de
mísseis intercontinentais. A sua utilidade militar obrigou os EUA e a URSS a investir avultadas
verbas em projectos astronáuticos. Alargaram seus horizontes: enviaram sondas para oito dos nove
planetas do nosso sistema solar.
Em 1960, os EUA anunciaram que colocariam astronautas na Lua. Em 1961 um discurso de John
Fitzgrald Kennedy, presidente dos EUA, inflamou os ânimos ao referir “enviar homens à Lua e
retorna-los a salvo” – “Nós decidimos ir à Lua nesta década e fazer as outras coisas, não porque
elas são fáceis mas porque elas são difíceis”.
Aguilhoadas pela crise da “guerra-fria”, as duas grandes potências desenvolveram esforços com
intuito de derrotar o lado adversário: o sistema capitalista dos EUA ou o sistema comunista da
URSS. No final, resultaram num bem para a humanidade e de forma positiva para a exploração
espacial ao desvendar muito e da origem do nosso sistema solar. As 2.200 pedras, com cerca de
400kg, colhidas no solo da Lua pelas missões Apollo, permitiram descobrir 75 novas variedades
de minerais.
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8.2 – INFRA-ESTRUTURAS
Especialistas em astronomia, inventam meios para navegação
aeronáutica. Daí vêm as bases de lançamento, com uma ou
mais rampas, meios logísticos e de segurança e instalações
que permitem seguir a primeira fase do lançamento de
veículos aeroespaciais. Desenvolvem foguetões capazes de
pôr no espaço pesados sistemas; sondas destinadas a estudo
de proximidade ou in situ de astros do sistema solar ou
exploração do meio interplanetário; satélites, artificiais, que
gravitam em órbita de um corpo celeste, concebidos para
apoio espacial e/ou fornecer informações.
Em 1955, foi iniciada a construção do cosmódromo Baikonur, no Cazaquistão, perto do mar de
Aral, alugado à Rússia desde 1994, por período de 20 anos. Ocupa 1.600km2, dezenas de rampas
de lançamento e importantes redes de acesso. Possui imponentes edifícios, incluindo o MIK, e
enorme estaleiro donde saem os Zemiorka em posição horizontal, para ser colocados na vertical no
local de lançamento. Próximo, o hotel dos cosmonautas de Leninsk e, um pouco a norte,
instalações para recuperação das naves danificadas.
Em 1958, os EUA criaram a NASA (National Aeronautics and Space Administration), que
sucedeu ao NACA, com sede administrativa em Washington e de âmbito civil. Dispõe de duas
bases de lançamento principais: uma em Cabo Canaveral, outro em Vandenberg e diversos centros
espaciais.
Em 1960, a NASA construiu a base de Cabo Canaveral, em Florida, com mais de 50km de
comprimento e 8 a 16 de largura, que assegura o lançamento de todas as naves espaciais. A cerca
de 10km, a área de lançamento do vaivém com seu imponente edifício de montagem, o VAB
(Vehicle Assembly Building), com altura 158m e 215m de largura. Daqui são lançadas não só as
grandes naves como sondas e satélites espaciais.
Em 1961, os EUA criaram um programa com o objectivo
de fazer chegar humanos à Lua e fazer a sua exploração –
inventaram a nave Apollo com robustez e engenho capaz
de atingir a órbita lunar, fazer descer um módulo na
superfície e assegurar o regresso à Terra. Compreendia um
módulo para comando e transporte de ida e volta de três
astronautas, um módulo com os sistemas de serviço e
propulsão e um módulo lunar para descida, estadia e
regresso dos astronautas da superfície da Lua. O peso total
era 45 toneladas e custara cerca de 25 biliões de euros. As
missões foram lançadas ao espaço pelo foguetão Saturno5, de três estágios, 110m de altura e 2,7t de peso. A última
viagem deste foguetão foi para satelizar a estação Skylab, a
14/05/1973.
Em 1961, a NASA apresenta o Vaivém Espacial, um veículo para assegurar a assistência a
estações espaciais e outras missões, em órbita. É constituído principalmente por um orbitador com
habitáculo para oito astronautas, um reservatório, dois propulsores de propelente sólido e um braço
exterior com 15m para manipular satélites. Descola como um foguetão e aterra como um avião,
pesa 200t, mede 56m de comprimento e 24m de largura e tem velocidade de satelização
28.000km/h. Pode reparar, colocar ou recolher satélites no espaço e possui boa capacidade de
manobras quer automáticas ou humanas. Se não aterrar na base de partida será para lá transportado
no dorso de um Boing 747, para esse efeito preparado. Em 18 anos de utilização do vaivém, a
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NASA realizou 93 missões usando 5 orbitadores – Colúmbia, Chalanger, Discovery, Atlantis e
Endeavour.
Em 1962, os EUA terminaram a construção da estação de telecomunicações PB-1, em PleumeurBodou, com peso de 340t, uma antena cónica com abertura de 20m de diâmetro, 29m de altura e
54m de comprimento, a funcionar sob uma cúpula com peso de 27t, diâmetro 64m e altura 50m. A
11/07/1962 recebeu as primeiras imagens de televisão transmitidas pelo satélite Telstar-1, lançado
a 10/07/1962. Em Junho de 1965 entrou em exploração com o satélite Intelsat-1 (Early Bird),
lançado a 04/04/1965, que integra um sistema com 20 satélites de telecomunicações
geoestacionários e uma rede de mais de 900 estações terrestres. O organismo Intelsat fornece cerca
de dois terços das telecomunicações intercontinentais (telefone, televisão, transmissão de
dados,...).
A 19/02/1986, a URSS iniciou a construção da estação espacial MIR, com o módulo central: um
elemento cilíndrico de comprimento 13m, diâmetro 4,1m, massa 20t e volume habitável 100m3, a
350 a 400m de altitude e foi tripulada por 2 astronautas em 15/03/1986. Recebeu o módulo Kvant1 em 1987, em 1989 o Kvant-2, em 1909 o Kristal, em 1995 o Spectre e em 1996 o Prioda. No
final mede cerca de 30m de comprimento, pesa 130t e volume útil 400m3. Durante os 13 primeiros
anos recebeu 60 naves Progress e 30 naves Soyuz, que transportaram cerca de 80 cosmonautas.
O fim da guerra-fria (1985-1990), proporcionou a aliança internacional de 15 países que veio dar
continuidade à construção, no espaço, da Estação Espacial Internacional (ISS ou EEI), iniciada
pela NASA em 20/11/1998, com o módulo Zarya, em altitude 340,5km, que viaja em média a
27.685,7km/h, completa 15,7 órbitas por dia e massa 300.214kg. Foi tripulada por três elementos
desde 02/11/2000 e em Novembro de 2008 preparada para seis tripulantes, não obstante comportar
as duas equipas durante a rendição. Recebeu em 04/12/1998 o módulo Unity, em 12/07/200 o
módulo Zvezda, em 07/02/2001 o módulo Destiny, em 12/07/2001 o módulo Quest, em
14/11/2001 o módulo Pirs, em 23/10/2007 o módulo Harmony, em 07/02/2008 o módulo
Columbus, em 11/03/2008 o módulo Experiment e em 31/05/2008 o módulo Prssurized. Estão
programados para 08/2009 o módulo Pesquisa, para 12/2009 os módulos Node-3 e Cupola e para
12/2011 o Laboratório. Tem por fonte de energia o Sol e, no final, estará a operar com 110 kW de
potência, 108,4m de comprimento, 74m de largura, 419t de massa, 1.200m3 de volume habitável.
Os EUA, utilizam o telescópio terrestre Shane, localizado na Califórnia, para localizar planetas
fora do nosso Sistema Solar. “A NASA utiliza já um telescópio de 3m de espelho de mercúrio,
para vigilância dos detritos espaciais”.
A União Soviética, secretista, desenvolve a nave Vostok, as sondas Luna e os satélites Sputnik.
8.3 – AVENTURAS E FEITOS
Em 1909 – Robert E. Peary (1856-1920), nas suas explorações,
atingiu o Pólo Norte.
Em 1911 – Roald Amundsen (1872-1928), explorador português,
numa das suas expedições, foi o primeiro homem a chegar ao Pólo
Sul, onde foi morto quando procurava informações.
Em 1938 – Howard Hughes, dá a volta ao mundo num
monomotor, em 3 dias, 19 h e 17 minutos.
Em 1947 – O capitão Odom, efectua um voo à volta do mundo,
em 73 horas e 5 minutos.
Em 1955 – Os EUA e a URSS, anunciam a intenção de lançar
satélites artificiais para o espaço, no Ano Internacional da
Geofísica (1957-1958).
Ano de 1957
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A 04/10, a URSS inicia a Era Espacial com o lançamento do Sputnik-1, o primeiro satélite
artificial colocado no espaço. Um engenho muito simples: uma esfera de 58cm de diâmetro com
dois pares de antenas com 2,4m e 2,9m, pesava 83,6kg e orbitou em volta da Terra cerca de 96
minutos.
A 03/11, a URSS lança o Sputnik-2, com 508kg. Levou a bordo a cadela Laika, o primeiro ser vivo
em órbita, que morreu ao fim de uma semana. A nave prosseguiu até cair a 14 de Abril de1958.
Ano de 1958
A 31/01, os EUA lançam o Explorer-1, o seu primeiro satélite artificial da Terra, que pesava 14kg.
Também lançaram as sondas Pioneer-1, 2 e 3, para experiências, que pesavam cerca de 40kg.
A 15/05, a URSS lança o Sputnik-3, um laboratório com 1.327kg, que caiu em 6 de Abril de 1960.
Ano de 1959
A 02/01, a URSS lança a sonda Luna-1 (Lunik-1), o primeiro engenho espacial a sobrevoar a Lua,
a uma distância de 6.500km, antes de se transformar em satélite do Sol.
A 03/03, os EUA lançam a sonda Pioneer-4, que passa a 60.000km da Lua e coloca-se na órbita
do Sol, tornando-se seu planeta artificial.
A 12/09, a URSS lança a Luna-2, o primeiro objecto construído pelo homem a atingir a Lua.
A 04/10, a URSS lança a Luna-3, que transmitiu as primeiras fotografias da parte oculta da Lua.
Ano de 1960
A 01/04, os EUA lançam o satélite Tiros-1, o primeiro satélite meteorológico.
A 22/06, os EUA lançam os satélites Transit e Solrad. Foi o primeiro lançamento em simultâneo e
o primeiro sistema de navegação por satélite.
A 11/08, os EUA efectuam a primeira recuperação de uma cápsula, lançada pelo Discoverer-13.
Neste ano, os EUA lançam a sonda Pioneer-5, que se coloca em órbita em volta do Sol.
Neste ano, a URSS lança o Sputnik-4, com os cães Belka e Strelka, que regressaram à Terra.
Outros se seguiram até ao Sputnik-10, testados em órbita quer automáticos ou com manequins.
Ano de 1961
A 12/02, a URSS, lança a sonda Venera-1, que falhou e perdeu-se a 7 milhões de km da Terra.
A 12/04, a URSS, lança o Vostok-1, e põe no espaço o primeiro humano. Yuri Gagarine foi o
primeiro homem em órbita, deu uma volta à Terra em cerca de 1h e 48min e voltou. Este
astronauta morreu num acidente de aviação, a 9 de Março de 1968.
A 05/05, os EUA lançam a Mercury-Redstone-3, que foi a sua primeira a pôr um homem no
espaço.
Ano de 1962
A 20/02, os EUA colocam em órbita o astronauta John Glenn, num voo com duração de 4h e
55min.
A 24/05, os EUA colocam no espaço o astronauta Scott Carpenter, durante 4h 56min.
A 10/06, os EUA lançam o satélite Telstar-1, o primeiro a transmitir emissões televisivas, dos
EUA para a Inglaterra. Funcionou até 21/02/1963.
A 27/08, os EUA lançam a sonda Mariner-2, que observou Vénus a 34.839km, em 14/12.
A 03/10, os EUA lançam a Walter Schirra, durante 9h e 13min.
A 27/10, a URSS abateu dois aviões espiões U-2 dos EUA, em Cuba e na Sibéria.
Neste ano, a URSS lança a sonda espacial Marte-1, para estudar o planeta Marte.
Ano de 1963
A 07/05, os EUA lançam o satélite Telstar-2, que funcionou até Maio de 1965.
A 15/05, os EUA colocam em órbita Gordon Cooper, num voo com duração de 34h e 20min.
A 16/06, a URSS, lança a Luna-4, e põe em órbita a astronauta, Valentina Tereshkova, a fim de
estudar os efeitos da imponderabilidade na mulher e testes técnicos.
A 27/08, os EUA lançam a sonda Mariner-2, a primeira a sobrevoar o planeta Vénus, a 14/12.
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Ano de 1964
A 12/10, a URSS, lança a Voskhod-1, com três astronautas a bordo, o primeiro voo tripulado.
A 31/07, os EUA lançam a sonda Ranger-7, que fotografa e transmite as primeiras 4.316 imagens,
muito próximas da superfície lunar.
A 19/08, os EUA lançam o satélite Syncom-3, o primeiro geostacionário.
A 19/08, os EUA lançam a sonda Mariner-4, a primeira a atingir e fotografar crateras de Marte.
Neste ano, os EUA e a URSS lançam naves equipadas para fotografar Marte.
Ano de 1965
Em 1965, a URSS lança as Luna-5, 6, 7, e 8, que tentaram pousar na Lua, mas todas fracassaram.
A 18/03, a URSS lança a Voskhod-2, com os cosmonautas Aleksei Arkhipovich Leonov e Pavel
Beliaiev donde o primeiro, preso por um cabo, se afasta 5m e flutua no espaço 23min e 41s.
A 03/06, os EUA lançam o satélite Gemini-4, colocando em órbita Rdward White que flutua 20
minutos no espaço e transmite fotografias muito próximas de Marte.
A 14/07, os EUA lançam a sonda Mariner-4, que passa a 9.600km de Marte e envia 22 imagens.
A 26/11, colocação em órbita do primeiro satélite francês A-1 ou Astérix.
A 15/12, os EUA lançam a Gemini-7 que se une à Gemini-6, no espaço, e regressa à Terra a 18/12.
A 16/12, os EUA lançam a sonda Pioneer-6, que em 1973 envia informações do cometa
Kokoutek.
Ano de 1966
A 03/02, a URSS lança a Luna-9, que realiza a primeira descida na Lua de uma nave não tripulada,
que funcionou durante 3 dias na Lua.
A 01/03, a sonda a Vénus-3, da URSS, é o primeiro engenho artificial a atingir Vénus. Destruiu-se
a 32km de altitude.
A 16/03, os EUA lançam o satélite Gemini-8, com os astronautas Neil Armstrong e David Scott,
que realizam a primeira acoplagem no espaço desta nave ao foguetão Agena.
A 31/03, as sondas Lena-11, 12 e 13, da URSS, colocam satélites em órbita.
A 03/04, a URSS lança a Luna-10, que se torna no primeiro satélite artificial da Lua. Neste ano
ficaram em órbita as Luna-11 e 12 e em Dezembro foi lançada com êxito a Luna-13. No ano de
1968, a Luna-14 põe termo a estas experiências.
A 10/08, os EUA lançam a sonda Lunar Orbiter, seguida de outras 4, que fotografaram a Lua.
Ano de 1967
A 27/01, na Apollo-1, dos EUA, em treino no solo, um incêndio no interior provocou a morte dos
astronautas Virgil Ivan Grissom, Edward Higgins White e Roger Bruce Chaffee.
A 24/04, o astronauta da URSS, V. Komarroy, morre na aterragem da Soyuz-1.
A 18/10, a sonda Vénus-4, da URRS, efectua a primeira descida suave de uma cápsula, em Vénus.
Ano de 1968
De 21 a 26/12, a bordo da Apollo-8, os astronautas Frank Borman, James A. Lovell e William
Anders, efectuam o primeiro voo humano ao redor da Lua e enviam fotos inéditas do solo lunar.
A 17/05, na base, dos EUA, de Vandenberg é lançado o Esro-2B, o primeiro satélite europeu.
De 15 a 21/09, a Zond-5, da URSS, efectua o primeiro voo não tripulado à volta da Lua e amarou
no Oceano Pacifico.
Ano de 1969
A 16/01, a URSS faz a primeira acoplagem de duas naves tripuladas, Soyus-4 e Soyus-5, no
espaço.
A Apollo-9, dos EUA, efectuou testes do Módulo Lunar em órbita da Lua e a Apollo-10 efectuou
testes do Módulo Lunar em órbita da Terra.
A 13/07, a URSS lança a sonda Luna-15, mas, após duas tentativas falhou a alunagem a 20/07.
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A 16/07, os EUA lançam a Apollo-11, de 3.100t, que no dia 19
tornou-se satélite da Lua, no dia 20 aluna e, enquanto Michael
Collins fica aos comandos da nave, Neil Armstrong e Buzz Aldrin,
a bordo do módulo lunar Eagle, às 3h e 56min do dia 21 saem e
circulam na superfície lunar. Neil Armstrong é assim o primeiro
homem a pisar o solo lunar, onde deixou lápida com as inscrições
“Julho de 1969” “Viemos em paz por toda a humanidade”. Depois
de permanecer 22 horas na Lua, regressam à Terra, amarando no
Oceano Pacifico no dia 24 de Julho, após 12d, 7h e 12min, do
lançamento. “Um pequeno passo para um homem, um salto
gigantesco para a humanidade”.
A 05/08, a URSS lança a sonda Mariner-7, que transmite boas imagens da superfície de Marte.
De 14 a 24/11, a nave Apollo-12, dos EUA, coloca os norte-americanos na Lua, pela segunda vez,
que recolheram partes da sonda Surveyor-3. No projecto Apollo foram efectuadas 18 missões – as
primeiras 7 não tripuladas e 11 tripuladas. De Julho de 1969 a Dezembro de 1972 apearam na Lua
12 astronautas, num total de 12,5 dias.
.
Ano de 1970
A 11/02, o Japão lança o seu primeiro satélite, o Oshumi.
A 17/04, os EUA, receberam, no Oceano Pacifico, os astronautas da Apollo-13, J. Lovell, Frd W.
Haise e John L. Swigert, que regressaram devido a uma avaria na nave.
A 24/04, a China lança o seu primeiro satélite, o Dong Fang Hong.
A 10/11, a URSS lança a Luna-17, que se torna o primeiro robô lunar e funcionou 11 meses.
A 17/11, a URSS, lança o primeiro veículo automático de exploração lunar, o Lunakhod-1.
A 15/12, a Venera-7 (Vénus), da URSS, é a primeira a atingir o solo de Vénus, e funcionou 23
anos.
Ano de 1971
A 31/01, os EUA lançam a Apollo-14, que coloca Alan Shepard, Stuart Roosa e Edgar Mitchell no
solo lunar a 5 de Fevereiro, Recolheram 42,9kg de rocha e regressaram à Terra a 7 de Fevereiro.
A 19/04, a URSS lançou a Salyut-1, a sua primeira estação orbital apta a ser habitada. Pesava cerca
de 19t, media 15m de comprimento e 4m de diâmetro. Tripulada por G. Dobrovolsk, V. Volkov e
V. Pazajev em 23 dias, desintegrou-se na atmosfera a 11/10, perecendo os astronautas.
A 26/07, os EUA lançam a Apollo-15, tripulada por David Scott e James Irwin, que colocam no
solo lunar o jip lunar onde viajaram, e regressou à Terra com 76kg de rocha, a 07/08.
A 13/11, a sonda Mariner-9, dos EUA, atinge a órbita prevista em torno de Marte, tornando-se o
primeiro satélite artificial deste planeta e enviou mais de 7.000 imagens da superfície e de vulcões.
Ano de 1972
Em Fevereiro, a URSS lança a Luna-20, que recolhe amostras numa zona montanhosa.
A 03/03, os EUA lançam a sonda Pionneer-10, para explorar Júpiter e Saturno.
A 04/04, a URSS lança o SRET-1 (Satélite de Investigações e Estudos Tecnológicos), francês. Ao
mesmo tempo lança o satélite Molnia, no quadro da cooperação espacial entre os dois países.
Regressou à atmosfera onde se desintegrou a 13/07/1973.
A 16/04, os EUA lançam a nave Apolo 16, tripulada pelos astronautas John Young, Charles Duke
e Ken Mattingly, que atinge a Lua a 21/04 e durante 71 horas no solo lunar dirigindo o Rover
Lunar em 27,7km, recolhe 95,4kg de rocha e regressaram à Terra a 27/04.
A 23/06, os EUA, lançam o satélite ERTS, o primeiro para observação dos recursos terrestres.
A 22/07, a URSS lança a Venera-8, que esteve sujeita a pressão de 100 bar e temperatura 470ºC.
A 01/11, a URSS coloca em órbita oito satélites da série Cosmos.
A 07/12, os EUA lançam a nave Apollo-17, tripulado por Eugene Cernan, Ronald Evans e
Harrison Schmitt, atingiu o solo lunar a 11/12: dois astronautas percorreram 36km no solo lunar,
recolheram 117kg de rocha e regressaram à Terra a 17/12.
Ano de 1973
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Em Janeiro, a URSS lança a Luna-21, que coloca em órbita o Lunokhod-2 que funcionou 4 meses.
A 03/04, a URSS lança a estação Salyut-2, sem tripulação que se desintegra na atmosfera em
28/05.
A 05/04, os EUA lançam a sonda Pioneer-11, para exploração de Júpiter, Saturno e Urano.
A 03/05, os EUA lançam a sonda Pioneer-10, que passa a 131.400km de Júpiter à velocidade de
132.000km/h e transmite várias fotografias deste planeta.
A 14/05, os EUA colocam no espaço a estação Skylab, que recebe a sua primeira tripulação a
25/05. Desintegrou-se em 1979 caindo no Oceano Indico. Pesava 90,5t. e media 35,96m de
comprimento e 6,4m de diâmetro. A permanência das três equipas que a ocuparam, somou 171
dias no espaço.
A 31/07, constitui-se a Agência Espacial Europeia.
A 16/11, os EUA lançam o Skylab-4, com os astronautas Gerald Carr, William Pogue e Edward
Gibson. Durante o voo de 84 dias, tiraram-se 17.000 fotografias da Terra e 75.000 do sistema
solar.
Ano de 1974
A 08/02, regressa o Skylab-4, dos EUA, com os tripulantes a bordo.
A 29/03, a sonda Mariner-10, dos EUA, sobrevoou Mercúrio obtendo milhares de fotografias.
A 25/06, a URSS lança a estação Salyut-3, que é ocupada duas semanas e destruída em
24/01/1975.
Em Maio, a URSS, pôs a Lunar-22 em órbita lunar e a Luna-23 fracassou em Outubro.
Os EUA e a URSS, realizam o primeiro voo conjunto com a junção das naves Apollo e Soyuz, em
15/07. É a primeira missão conjunta, cujas experiências foram televisionadas para todos os países.
A 26/12, a URSS lança a estação Salyut-4, que foi ocupada duas vezes e destruída em 03/02/1977.
Ano de 1975
A 05/06, pela URSS, foi lançado o SRET-2, francês, no quadro da cooperação entre os dois países.
A 08/06, a URSS lança as sondas Vernera-9 e 10, que transmitiram as primeiras fotografias do
solo de Vénus e outras informações.
A 17/07, as naves Apollo, dos EUA e Soyuz-19 da URSS, encontram-se no espaço, visitando-se
mutuamente as respectivas tripulações.
A 20/08, os EUA lançam a sonda Viking-1, que pousou em Marte a 20/07/1976.
A 09/09, os EUA lançam a sonda Viking-2, que atinge Marte a 03/09/1976 e transmite informação.
Ano de 1976
A sonda Viking-1, dos EUA, faz a primeira descida, com êxito, no planeta Marte.
A sonda Vking-2, dos EUA, colocou-se na órbita de Marte, no princípio do Verão.
A 22/06, a URSS lança a estação Salyut-5, que foi ocupada duas vezes e destruída em 08/06/1977.
A 15/09, a sonda Soyus-22, da URSS, tornou-se o primeiro satélite espião a ser habitado.
Ano de 1977
A 12/08,os EUA lançam o vaivém Space Shuttle, que realizou a sua primeira viagem.
A 20/08, os EUA lançam a sonda Voyager-1. Fotografou um vulcão em erupção numa das luas de
Júpiter em 1978, aproximou-se de Júpiter a 04/03/1979, do satélite Titã em 11/11/1980 e de
Saturno a 12/11/1980, cujas imagens demoraram cerca de 12h40 a chegar à Terra.
A 05/09, os EUA lançam a sonda Voyager-2, que passou perto de Júpiter a 10/06/1979, de Saturno
a 26/08/1981, de Urano a 24/01/1986 e atinge as proximidades de Neptuno a 24/08/1989, do
satélite Tritão a 25/08/1989 e estudou 48 luas destes planetas. Continuará a fornecer imagens até
2015.
A 29/11, a URSS lança a estação Salyut-6, um novo tipo de nave. Terá sido ocupada durante 676
dias e realizado 1.600 experiências e foi destruída em 29/07/1982.
Ano de 1978
A 20/01, a URSS lança a nave Progress-1, a primeira de abastecimento de uma estação orbital.
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Os cosmonautas, da URSS, V. Kavalentko e A. Ivantchenkov regressam à Terra a 2 de Novembro,
depois de passarem 140 dias no espaço.
A 11/07, dos EUA, o laboratório Skylab, que pesava 775t, despenha-se ao largo da Austrália.
A 20/05, os EUA lançam a sonda Pioneer Vénus-1, que entra na órbita de Vénus a 04/12. Efectuou
levantamentos topográficos e consumiu-se na atmosfera de Vénus em Outubro de 1992.
A 08/08, os EUA lançam a sonda Pioneer Vénus-2, que entra na órbita de Vénus a 09/12.
A 13/11, os EUA lançam o Observatório Einstein, (ou satélite X HEAO-2), com 58cm de
diâmetro, grande precisão e tecnologia de incidência rasante. Funcionou até Abril de 1981.
Ano de 1979
A 19/08, os cosmonautas, da URSS, V. Liakho e V. Riumine regressam à Terra, depois de ter
permanecido 175 dias no espaço.
A 13/12, a Pioneer Vénus-11, dos EUA, faz o primeiro sobrevoa do planeta Saturno.
Em 1980
A 18/07, a Índia é o sexto estado a pôr em órbita um satélite, o Rohini-1.
A 24/12, lançamento, com êxito, do foguetão europeu Ariane, destinado a lançamento de satélites.
Ano de 1981
A 12/03, a URSS lança a nave V. Savinik, com o 100º ser humano no espaço.
A 12/04, a NASA lança o vaivém Colúnbia, o primeiro a ser construído pela NASA. Explodiu em
01/02/2003, quando regressava à Terra, após 16 dias em órbita terrestre.
A 12/04, regressa à base de Edward, na Califórnia, o vaivém Space Shuttle, dos EUA, após um
voo de 54h e 28min; prevê-se que esta nave possa repetir a viagem 100 vezes.
A 10/09, a Itália lança, de Kourou, o satélite SÍRIO-2, com o foguetão Ariane, que cai no
Atlântico.
Ano de 1982
A 01/03, a URSS lança as sondas Venera-13e 14, para estudos científicos de Vénus.
A 19/04, a URSS lança a estação Salyut-7, que foi explorada 4 anos. Neste período foram
acopladas 10 naves lançadas pelo Soyus-T. Foi substituída pela estação MIR e desintegrou-se em
07/02/1991.
A 10/12, os astronautas, da URSS, A. Beresovoi e V. Lebedev regressam à Terra, depois de 211
dias no espaço. O regresso foi dificultado por uma tempestade de neve.
Ano de 1983
Neste ano, os EUA lançam, Telstar-3, que terá sido substituído em 1994 pelo Telstar-4.
Neste ano, a URSS lança as sondas Vénus-15 e 16, cujo projecto termina em Dezembro de 1984.
A 13/06, a sonda Pioneer-10, dos EUA, lançada a 03/03/1972, ultrapassa a órbita de Neptuno e
atinge a órbita de Plutão a 50.000k/h. Os sinais demoraram mais de 4h e 20min a chegar à Terra.
A 24/06, a Missão PVH, coloca em órbita o primeiro astronauta francês Jean-Loup Cherétin.
De 28/11 a 08/12, a NASA lança o laboratório Spacelab-1, 9ª missão do vaivem espacial dos
EUA.
Ano de 1984
De 3 a 11/02, o vaivém Challenger, dos EUA, permanece no espaço e os astronautas utilizam pela
primeira vez equipamento individual de propulsão e saiem da nave, no dia 7.
De 10 a 12/04, os EUA fazem a primeira reparação no espaço de um satélite artificial, SMM.
A 25/06, a URSS faz a primeira saída extraveícular de uma mulher no espaço, S. Svitskaia.
A 16/11, regresso à Terra dos satélites Palapa B2 e Westar-6, os primeiros artificiais recuperados.
Ano de 1985
A 11 e 15/06, as sondas Veja-1 e 2, da URSS, libertam dois balões na atmosfera de Vénus.
A 02/07, Lançamento da primeira sonda europeia Giotto, que sobrevoou os cometas Alley e GriggSkjellerup e foi sucedido pela sonda Rosetta, a 05/01/2003.
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A 30/10, a NASA lança o vaivém Atlantis. Pela primeira vez transporta 8 astronautas dos EUA.
A 02/12, os astronautas dos EUA, Jerry Ross e Sherwood Spring, montam no espaço uma
estrutura, embarcada no Atlantis-2. Primeira reparação no espaço, com êxito, de um satélite
artificial.
Ano de 1986
A 25/01, a sonda Voyager-2, dos EUA, ao atingir 82.000km de distância de Urano, revela a
existência de 9 pequenas luzes desta planeta.
A 28/01, em Cabo Canaveral, o vaivém Chalenger, após 73s de voo, explode e causa a morte dos
sete tripulantes, entre os quais uma professora que ia dar uma aula desde o espaço.
A 19/02, a URSS lança o primeiro elemento da estação MIR, que pesava 20t, media 13m de
comprimento e 4,10m de diâmetro e podia alojar 6 astronautas. Foi destruída a 23/03/2001 e caiu
no Oceano Pacifico. Fez cerca de 86.331 voltas à Terra e realizaram-se mais de 16.500
experiências. Vktor Poliakov, da URSS, permaneceu na MIR 437 dias e a astronauta Shannon
Lucid, dos EUA, mais de 6 meses (a mais longa estadia feminina na Mir).
A 13/03, a sonda espacial europeia Giotto, aproximou-se a menos de 500km do cometa Halley,
dando informações preciosas.
A 23/12, a sonda experimental Voyager, deu a primeira volta ao mundo, percorrendo 42.000km
em 9 dias, 3min e 44s.
Ano de 1987
A 06/02, a URSS lança, com existo, o seu vaivém espacial Soyus IM-2.
A 06/03, um pequeno foguete, dos EUA, com equipamento para experiência, explode 6 segundos
após o lançamento.
A 12/03, astrónomos norte-americanos descobrem a maior galáxia até agora conhecida, à distância
de 300 milhões de anos-luz.
Ano de 1988
A 19/09, ISRAEL lança o satélite Offeq-1, e torna-se a 9ª potência espacial do mundo.
A 15/11, a URSS lança o vaivém burane, que em 3h e 25min fez duas voltas à Terra. Foi o
primeiro e único voo e voltou a pousar em Baikonur.
A 09/12, na missão Aragatz, a primeira saída extraveicular de um astronauta europeu J. L.
Chrétien.
A 21/12, os cosmonautas da URSS, V. Titov e M. Manarov, regressam à Terra após uma estadia
de 365d 22h e 40min no espaço.
Ano de 1989
A 25/08, a Voyager-2, dos EUA, transmite imagens detalhadas do planeta Neptuno.
A 19/10, os EUA lançam a sonda Galileu, com o vaivém Atlantis, para exploração de Júpiter.
Ano de 1990
Em Março, o Japão lança a sua primeira nave espacial com destino à Lua.
A 25/04, os EUA-Europa, colocam em órbita da Terra o telescópio Hubble, da autoria de Lyman
Spitzer (1914-1997), que tem fotografado imagens do Universo, tais como “nuvens de gás em
redor de estrelas bebés que dão origem a planetas”. Pesa 11,3t, mede 13,3m de comprimento e
4,3m de diâmetro. Em 1993 foi efectuada profunda reparação, no espaço, pelos astronautas do
vaivém espacial. Prevê-se a sua substituição em 2013 pelo telescópio espacial James Webb.
A 01/06, os EUA e Reino Unido, utilizando a foguetão alemão Delta, colocaram numa órbita de
580km de altitude, o telescópio ROSAT, com câmara de incidência rasante de 83cm de diâmetro.
A 06/10, a NASA lança a sonda europeia Ulysses, para estudar o vento solar e meio
interplanetário.
Ano de 1991
A 05/04, os EUA, lançam o vaivém Atlantis, que coloca em órbita o satélite GRO, com peso de 17
toneladas.
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A 14/06, o vaivém Columbia, dos EUA, lançado a 5 de Junho, após experiências nos próprios
astronautas e em ratos, regressa ao solo dos EUA.
A 29/10, a sonda Galileo, dos EUA, sobrevoa o asteróide Gaspar.
A 31/12, Mikahil Gorbachev, anuncia o fim da URSS (União das Republicas Socialista
Soviéticas).
Ano de 1992
A 13/05, os EUA lançam o vaivém Endeavour, na missão STS-49, que a 15/05 permite a primeira
saída extraveicular conjunta de três astronautas para recuperar, em órbita, o satélite Intelsat-6.
Ano de 1993
A 18/08, os EUA fazem o primeiro ensaio bem sucedido do foguetão Delta. Explodiu a
27/08/1998.
A 25/09, lançamento do primeiro satélite artificial português Posat-1. Efectua cerca de 14 voltas
por dia em volta da Terra e prevê-se a sua desactivação em 2043. .
Ano de 1994
A 25/01, a NASA lança a sonda Clementine, para obter a cartografia da Lua.
A 04/02, o Japão lança o foguetão H2, que efectua o primeiro voo bem sucedido.
A 13/09, a sonda Ulysses, da NASA, passa a 300 milhões de km do Sol.
A 13/09, partiu da EuroMir-94, a primeira missão espacial tripulada conjunta da Rússia e Europa.
A 06/12, o telescópio Hubble, fotografa galáxias na sua infância.
Ano de 1995
A 01/11, a NASA divulga fotografias enviadas pelo telescópio Hubble, que mostram o nascimento
de uma estrela.
A 06/02, primeiro encontro espacial entre a estação da URSS Mir e o vaivém dos EUA Discoveyr.
A 29/06, o vaivém Atlantis dos EUA, faz a primeira acoplagem à estação MIR da URSS, em
órbita, formando a maior estrutura espacial e o primeiro reencontro de astronautas após 1975.
A 30/07, a sonda Ulysses da NASA, sobrevoa o pólo norte do Sol.
Nesre ano, os astronautas dos EUA Norman Thagard e da URSS Vladimir Dezhurov e Gennady
Stekalov, a bordo da cápsula Soyuz TM XXI, fazem uma acoplagem perfeita à estação MIR.
Ano de 1996
A 17/02, a NASA lança a sonda NEAR, que a 27/06/1997 passa a 1.800km do asteróide Mathilde e
sobrevoa o asteróide Eros a 23/12/1998, com o qual prevê reencontro em 2000.
A 07/08, a NASA anuncia a descoberta de indícios de vida unicelular em Marte, há 3 mil milhões
de anos.
A 17/08, o lançamento da nave Soyuz TM24, para inicio da missão Cassiopeia. Leva a bordo a
francesa, Claudie André-Deshays e os russos V. Korzun e A. Kalér, acoplou dia 19 à estação Mir.
Ano de 1997
A 25/06, a nave de carga Progress choca com o módulo Spektr, um componente da estação Mir.
A 22/08, os cosmonautas Pavel Vinogradov e Anatoli Soloviev, entram no módulo Spektr,
efectuam a reparação e salvam a estação Mir, que recupera a orientação após andar à deriva 24
horas.
A 03/11, a Rússia, lança o Sputnik-40 (Os-2 ou RS-17). Era uma esfera de 20cm de diâmetro,
pesava 3kg, “foi lançado à mão pelo cosmonauta russo Pavel Vinogradov” e foi destruído ao entrar
na atmosfera a 21 de Maio de 1998.
Ano de 1998
A 06/01, os EUA lançam o satélite Lunar Pospector, para estudos científicos da Lua.
A 07/01, a NASA lança a sonda robô Lunar Prospector em órbita da Lua, a fim de cartografar e
verificar se existe água na superfície. Um dos primeiros humanos a voar em robô terrestre,
A 04/06, os EUA lançam o vaivém Discovery, que faz a última acoplagem à estação Mir.
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A 29/10, John Glenn, com 77 anos, torna-se o mais velho
astronauta que participa para avaliar os efeitos da ausência de
gravidade sobre o envelhecimento.
A 20/11, foi lançada, da base de Baikonur, no Kazaquistão, a
primeira parte (Zarya) da Estação Espacial Internacional (ISS), a
construir inteiramente no espaço, que será 4 vezes maior que a
MIR.
Ano de 2003
A 05/01, lançada a sonda europeia Rosetta, pelo foguetão Ariane-5, sucedendo à Giotto. Depois de
ter sobrevoado Marte em Maio de 2005 e ter passado perto da Terra em Outubro de 2005 e depois
em Outubro de 2007, afastar-se-á do Sol para o cometa Wirtanen onde chegará a 27/11/2011.
Entrará em órbita a 2km em 2012, e seguirá até Julho de 2013.
A 01/02, a NASA sofre grande tragédia com a explosão do vaivém Colúmbia, quando regressava à
Terra depois de uma missão de 16 dias em órbita terrestre. Morreram sete astronautas.
A 01/06, foi lançado no espaço a sonda Mars Express, o primeiro projecto inteiramente europeu de
exploração espacial, para colocação na órbita de Marte em Dezembro.
Ano de 2004
Em Janeiro, a sonda europeia Huygens, chega a Titã, a maior das luas de Saturno.
A 03/01, os robôs Spirit e Opportunity, da NASA, pousam em Marte e encontram provas de que
existiu água neste planeta. Descobriram esferas de hematite semelhantes a esferas de óxido de
ferro.
A 23/01, a sonda espacial Mars Express, da Agência Espacial Europeia (ISS), anuncia a
descoberta de gelo em Marte.
A sonda espacial Cassini, após um voo de 7 anos, atinge a órbita do planeta Saturno.
As sondas Voyager 1-2 estudaram 48 luas dos planetas Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno, cujos
sinais demoraram cerca de 12h e 40min a chegar à Terra.
Foi lançada a sonda Messenger, que entrará na órbita de Mercúrio em 2011, para cartografar a sua
superfície repleta de crateras.
Ano de 2005
O satélite Noaa-18, dos EUA, foi lançado no espaço com o objectivo de recolher informações
sobre alterações ambientais.
A sonda Vénus-Express, da Agência Espacial Europeia, foi lançada para estudar a superfície do
planeta Vénus, na direcção em que Vénus passaria em Abril de 2006.
O vaivém Discovery, lançou o telescópio Hubblle e reiniciou as actividades da NASA, a partir da
Estação Espacial Europeia.
Naves semelhantes às do Apollo, foram dirigidas à Lua e a Mars Recnnaissance Orbter a Marte.
A Agência Espacial Europeia lança, a partir do Cazaquistão, a missão Vénus Express.
Em 2009/06/25, cientistas descobriram um oceano numa das luas de Saturno.
Previsões
No ano de 2007, lançamento do telescópio Kepler, concebido para
descobrir planetas. Em 2008, lançamento da sonda Europa
Orbiter para explorar Júpiter. Em 2011, o robô Exo Mars para
Marte, pela Agência Espacial Europeia. Em 2013, a nave PlutoKuiper Express, para observações do planeta Plutão. De 2015 a
2020, várias missões científicas à Lua. De 2016 a 2018
lançamento de sondas para Neptuno, com chegada prevista em
2035.
Vários satélites, sondas e robôs orbitam o espaço, tais como o GPS para informação de navegação;
o Iridium para comunicações; ISSO para astronomia; SPOT para observação da Terra; Pioneer,
para observações espaciais; a sonda Magalhães para observação de Vénus.
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8.4 – ATÉ ONDE?
Grande desafio é a imensidão do Universo. Missões tripuladas são
uma realidade. Mas, ir além do nosso Sistema Solar? Para
viajantes humanos, novas tecnologias se impõem e será tarefa des
cientistas mais visionários fazer recuar fronteiras e vencer o
espaços/tempo. Matéria-prima para construir naves, peso,
dimensões, proventos, velocidade, formas de propulsão, energia e
tripulação apresentam sérias limitações. O cientista Marc Millis,
da NASA, responde: “independentemente do facto de sabermos se
a Humanidade conseguirá ou não viajar para as estrelas”.
A matéria de construção da nave teria de resistir milhares de anos. Novas tecnologias teriam de ser
inventadas para formas de combustível, reabastecimento, manutenção do veículo, alimentação da
tripulação. Grande quantidade de matéria teria de ser colhida no Universo e transformada para
propulsão da nave e alimentar humanos. Os tripulantes teriam de contar com a complexidade da
regeneração e aprendizagens para revezar-se nas tarefas de comando e manutenção da nave –
percorrer um espaço durante milhares de anos implicaria o nascimento e morte de várias gerações
humanas. Especialistas optimistas vislumbram longos anos-luz na procura de outros sistemas que
contenham planetas habitáveis. Quando e se a nave regressasse, seria mais um óvni desconhecido.
A galáxia Andrómeda, com diâmetro 160.000 anos-luz e cerca de 400 biliões de estrelas, localizase a 2.900.000 anos-luz da nossa Via Láctea. A galáxia anã Canis Major, que possui a estrela mais
brilhante do céu C Ma, encontra-se a 25 mil anos-luz do nosso sistema solar, o que ainda é abissal.
Actualmente ou num futuro próximo, ao humano, afigura-se-lhe impossível vencer distâncias de
tais grandezas.
As sondas Voyager 1 e 2, da NASA, lançadas em 1977, só em 2004 e 2007 atingiram a antecâmara
exterior ao nosso sistema solar – situada a cerca de dez mil milhões de km do Sol. A sonda
Voyager-1, lançada a 17km por segundo, demoraria 70 mil anos a chegar à estrela mais próxima
do Sol, Próxima, do sistema triplo α Cen, da constelação Centauro, e a 4,22 anos-luz da Terra.
Para se ir da Terra à galáxia mais próxima, Andrómeda, são necessários dois milhões de anos-luz.
Claramente, as viagens tripuladas para o espaço extra-solar apresentam obstáculos inultrapassáveis
de ordem tecnológica, humana e logística. Quão tão ínfimos somos nós (humanos).
9 – NOTA DE SÍNTESE
Atentos à sua utilidade, foi este trabalho pensado e desenvolvido na busca a factos remotos e
compilação de ideias mais marcantes e indicadoras de caminhos percorridos. A nossa opção pelo
sintetismo, nem por isso impedirá fácil interpretação e desenvolvimentos mais bastos.
Vários outros feitos e infra-estruturas não menos importantes poderiam referir-se, pois existem, o
que uma consulta mais pormenorizada e outra bibliografia poderão acrescentar. Releva-se aflorar
factos de âmbito e o Ano Internacional de Astronomia 2009.
Sabermo-lo, obra empírica, sempre inacabada e de pouco nobreza publicista. Enalteça-a com seu
primor crítico e enriqueça-a com saberes provenientes de fontes fiáveis e independentes. Divulguea para que seja útil aos seus amigos e a mais alguém.
Referências Bibliográficas:
História Universal Comparativa – Circulo de Leitores.
A Nova Enciclopédia das Ciências, “A Astrofísica” – Edições Stuart Clark.
841069929
História Universal – Lello & Irmão, Editores.
Notícias do Milénio 1.000-2.000 – Lusomundo.
Cronologia do Século XX – Circulo de Leitores.
Atlas National Geograpfic – Edição Portuguesa.
Dicionário de Astronomia e do Espaço – Didáctica Editora.
Ciências Naturais, “Novo Descobrir” – Areal Editores.
Anuários Expresso 2001 a 2006 – Edição e Copyright: Expresso.
Comunicação Social.
Consulta electrónico.
2009-07-27
841069929