Encontro de Reflexão e Partilha A Alegria de ser Testemunha 28 de maio de 2016 10º ano de catequese Programa 14h30 – Concentração Igreja Matriz / Oração Inicial 15h00 – 1º Momento de Reflexão e Partilha – Capela de S. Sebastião 15h45 – 2º Momento de Reflexão e Partilha – Monte do Calvário - compromisso pessoal 16h45 – Lanche - construção do mural 10 anos de caminhada – Momentos Significativos destes 10 anos de caminhada; balanço da caminhada; mensagem para o grupo e para o futuro 17h30 - Preparação da Celebração do Envio - apresentação da celebração e elaboração do compromisso do grupo - distribuição de tarefas - agradecimento (sr. Padre e outros) 18h15 – Encerramento/Oração Final 19h00 – Eucaristia Capela Sra. da Bonança 2 Oração Inicial Cântico: Pai Nosso que estais no Céu Pai Nosso que estais nos céus Eu sinto que Tu estás aqui É grande o Teu amor E minha alma se sente feliz. (2x) Pai Nosso… Salmo 116 (117) Ide por todo o mundo, Anunciai a boa nova. Louvai o Senhor, todas as nações, aclamai-O, todos os povos. É firme a sua misericórdia para connosco, a fidelidade do Senhor permanece para sempre. Leitura BreveMt 18, 15-20 Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se o teu irmão te ofender, vai ter com ele e repreende-o a sós. Se te escutar, terás ganho o teu irmão. Se não te escutar, toma contigo mais uma ou duas 3 pessoas, para que toda a questão fique resolvida pela palavra de duas ou três testemunhas. Mas se ele não lhes der ouvidos, comunica o caso à Igreja; e se também não der ouvidos à Igreja, considera-o como um pagão ou um publicano. Em verdade vos digo: Tudo o que ligardes na terra será ligado no Céu; e tudo o que desligardes na terra será desligado no Céu. Digo-vos ainda: Se dois de vós se unirem na terra para pedirem qualquer coisa, ser-lhes-á concedida por meu Pai que está nos Céus. Na verdade, onde estão dois ou três reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles». Ninguém pode ficar indiferente diante daquilo que ameaça a vida e a felicidade de um irmão. Todos somos responsáveis uns pelos outros, especialmente em ajudar cada irmão a tomar consciência dos seus erros. Trata-se de um dever que resulta do mandamento do amor. O caminho correto para atingir esse objetivo não passa pela humilhação ou pela condenação de quem falhou, mas pelo diálogo fraterno, leal, amigo, que revela ao irmão que a nossa intervenção resulta do amor. É garantido aos discípulos a presença de Jesus “no meio” da comunidade. Todas as tentativas de correção e de reconciliação entre irmãos, no seio da comunidade, terão o apoio e a assistência de Jesus. 4 Oração Final Nós te bendizemos, Senhor Jesus, porque nos chamaste e nos reuniste aqui, para crescer e amadurecer na Fé. Nós te damos graças Senhor pelo nosso pároco e pelos catequistas da paróquia que se colocam ao teu serviço orientando-nos no caminho que leva ao encontro com Deus. Nós te pedimos que abras o nosso coração, anossa mente, os nossos olhos e os nossos ouvidos, para que possamos fazer uma verdadeira experiência do amor e da bondade de Deus, nosso Pai. E que, no final deste nosso encontro, possamos voltar para nossa casa confiantes e determinados a seguir os teus passos, como fizeram todos os apóstolos, buscando sempre ser testemunhas da Boa Nova, anunciadores do teu Evangelho. Amén. * * * 5 1º Momento de Reflexão Hoje quero dizer-vos o orgulho que tenho em vós, o quanto vos admiro. Admiro a vossa vinda a cada encontro, semana após semana, ao longo destes 10 anos, e sobretudo o vosso empenho na realização das atividades propostas. Quando éreis mais novos, terão sido os vossos pais a fazer alguma pressão. Mas hoje, na vossa idade, penso que, pelo menos com a grande maioria, já não será assim. Tendes vindo, simplesmente ou fundamentalmente porque quereis. O que é que vos tem trazido aqui? O que é que verdadeiramente procurais e certamente tendes encontrado? Umas vezes mais, outras menos… Há algo comum a todas as vossas respostas… é isso que vos atrai aqui… essa razão vamos descobri-la hoje… Comecemos com um pequeno exercício de reflexão… Para este exercício de reflexão pessoal são apresentadas 15 propostas breves sobre o Espírito Santo para refletir e saborear. Terás de concentrar-te em cada uma delas, ler e entender bem a sua formulação. “Ruminá-las” sem pressas, vendo como se traduzem na linguagem da tua vida quotidiana. Podes sublinhar/assinalar a frase que mais te desafia ou perturba, podes tomar notas, escrever outras frases a partir destas, etc… O Espírito, que tudo renova, oferece-me um novo dia para trabalhar na nova criação. 6 Hoje renova-se a cara da minha vida. O Espírito muda-me o coração velho por um coração de criança. O Espírito ajuda-me a limpar a casa por dentro e a pintar de branco todos os caminhos. O Espírito oxigena-me, ajuda-me a respirar e a renascer, para entrar e trabalhar no reino dos Céus. Estou às escuras, nas trevas; digo ao Espírito: ilumina-me; e, de repente ou lentamente, acende-se a luz. O Espírito põe, nos meus olhos míopes, com vista já cansada, flashes luminosos de paz e alegria. Se abro a porta e deixo que o Espírito me empurre, acabarão as minhas resistências e cómodas instalações. Quando circula pelas minhas veias a seiva do Espírito, a minha vida floresce em boas obras. Descanso, paz, tranquilidade, serenidade… dons são e presentes do Espírito novo. O Espírito afina as cordas do meu coração e põe música na nossa vida comunitária. Se o Espírito chega, brota água e acende fogo no deserto árido e apagado do meu coração. 7 Ternura, carinho, delicadeza, inocência… serão frutos do Espírito no meu coração. A minha esperança não é a casca de uma noz vazia, porque leva dentro a presença e força do Espírito. Sou um ignorante, perdi a memória, mas o Espírito recordar-me-á tudo o que Jesus disse. Receberei o presente do Espírito para que nunca me envergonhe de ser testemunha de Cristo. (Adaptado de Pablo Vallejo Calzada e Grupo HerramientasNueve – Quiénes… EL ESPÍRITU SANTO. Madrid, Paulinas, 1997, 14-15) ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ 8 Apresentação em plenário das reflexões pessoais: 1) A frase que mais gostei foi… porque…; 2) A frase que mais me perturbou foi… porque…; 3) A ideia central destas frases, para mim, é… Na vida, para alguém: - alcançar as metas a que se propõe - escolher e optar pelos caminhos que lhe parecem os melhores precisa de: - colocar em jogo muitos recursos - potenciar as qualidades com as quais se nasce - trabalhar para adquirir outras e sobretudo - necessita de uma força e de uma luz interior que o empurre e anime – ESPÍRITO! Pensem nas palavras “inspirar”, “respirar” – o que têm em comum? “expirar”, A palavra “espírito”. Espírito, em sentido próprio, é o ar que respiramos: o oxigénio que desce aos nossos pulmões e é fundamental para podermos viver. 9 Mas a vida não é só física e psíquica. Precisamos de um outro espírito em sentido figurado. Precisamos do Espírito de quem tem a vida em plenitude e é fonte de vida para quem respirar o seu Espírito. Leitura – Gn 2,7 “O Senhor Deus formou o homem do pó da terra e insuflou-lhe pelas narinas o sopro da vida, e o homem transformou-se num ser vivo.” O ser humano só tem uma vida completa, na medida em que respira o “hálito de Deus”, na medida em que, fortalecido e iluminado por Ele, sobretudo pela Sua Palavra, vive d’Ele, como Ele, para Ele. A este Espírito, esta vida ou vitalidade, chamamos – Espírito Santo. Santo porque vem de Deus; Santo para nos santificar, nos unir a Ele, nos levar a pensar, falar, agir como Ele. 10 Então sim, temos a energia e a luz de que precisamos para optar pelos caminhos retos e manter-nos neles. Dinâmica: Sentindo o Espírito Objetivo: Mostrar que não adianta falarmos do Espírito Santo se não o provarmos e o sentirmos nas nossas vidas. Material: uvas Descrição: Mostrando o cacho de uvas, questionar o grupo sobre o sabor das uvas. (as opiniões poderão ser concordantes ou discordantes: doce… azedo… suculenta…). Entregar a cada elemento um bago de uva e questionar novamente sobre o seu sabor. Conclusão:Só saberemos o sabor do Espírito Santo se o provarmos e deixarmos agir em nós. Vendo o que Espírito Santo foi para outras pessoas, apercebemo-nos melhor do que Ele nos pode dar. Além disso, enquanto contemplamos e saboreamos a ação vivificante do Espírito Santo, Ele está a entrar em nós, a dar-nos vida… O Espírito de Deus está presente na história do seu povo. Vemo-lo sobretudo através da Palavra de Deus, a Bíblia, que é o livro inspirado e inspirador de Deus. Cântico: O Senhor é meu Pastor 11 Confiarei, nessa voz que não se impõe Mas que ouço bem cá dentro, no silêncio a segredar Confiarei, ainda que mil outras vozes Corram muito mais velozes, para me fazer parar. E avançarei, avançarei no meu caminho. Agora eu sei, que Tu comigo vens também. Aonde fores aí estarei, em Ti avançarei. O Senhor é meu pastor, Sei que nada temerei Ele guia o meu andar, Sem medo avançarei (bis) Confiarei, na tua mão que não me prende Mas aceita cada passo do caminho que eu fizer. Confiarei, ainda que o dia escureça Não há mal que me aconteça, se contigo eu estiver. E avançarei… Confiarei, por verdes prados me levas E em teu olhar sossegas a pressa do meu olhar Confiarei, na frescura das Tuas fontes Deixa a minha vida cheia, minha taça a transbordar. E avançarei... * * * 2º Momento de Reflexão 12 Vamos então fazer um pequeno percurso pela Bíblia para descobrirmos um pouco mais sobre o Espírito de Deus. Leitura: Gn 12, 1-2 “No princípio Deus criou o céu e a terra.A terra era informe e vazia. As trevas cobriam o abismo, e o Espírito de Deus movia-se sobre a superfície das águas.” É o Espírito que a seguir vai pôr ordem na criação. O Espírito que sai da boca de Deus, pela Sua Palavra. Assim, é do Espírito que vivem todos os seres vivos e o homem em particular. Esse mesmo Espírito vai-se, depois, manifestando e agindo de modo mais personalizado. Há duas espécies de favorecidas e assistidas: pessoas particularmente Rei - para governar o povo, segundo a vontade de Deus Leitura: 1Sam 16,13 13 “Samuel tomou o corno de óleo e ungiu-o na presença dos seus irmãos. E a partir daquele dia o Espírito do Senhor apoderou-Se de David.” Profeta – orientar pelos caminhos de Deus Leitura: Num 11, 29 “Moisés respondeu-lhe: “Tens muito zelo por mim?” Oxalá que todo o povo do Senhor se compusesse de profetas e que o Senhor fizesse repousar o Seu espírito sobre eles!” Leitura: Ez 2,2 “O espírito penetrou em mim, enquanto me falava, e mandou-me por de pé; e havia alguém que me chamava.” Mas é em Jesus que o Espírito Santo mais se manifesta. Um dos momentos importantes é o do seu Batismo, em que o Céu se abre e o Espírito Santo desce sobre Ele (Lc 3, 22). Mas vamos antes conhecer a passagem Lc 4, 14-21, que tem um significado especial por três razões: 1) Porque é o texto que, nos conta como Jesus iniciou a sua atividade de anúncio e instauração do Reino de Deus. 14 2) Porque Jesus, neste arranque é movido já pelo Espírito Santo, que havia penetrado nele com particular intensidade no Batismo. 3) Porque esta cena é muito semelhante ao que temos feito aqui, durante os encontros de catequese, e hoje mais uma vez. Isto é, Jesus lê, como também nós fazemos muitas vezes, uma passagem da Bíblia que a seguir aplica a si próprio. Faz dessa Palavra de Deus o programa da sua atividade messiânica. Inspira-se nela, como nós, para cumprir a vontade e os planos de Deus. Leitura dialogada do Evangelho Lc 4, 14-21 Narrador: “ Naquele tempo, Jesus impelido pelo Espírito, voltou para a Galileia e a sua palavra propagouse por toda a região. Ensinava nas Sinagogas e todos o elogiaram.Veio a Nazaré, onde tinha sido criado. Segundo o seu costume, entrou em dia de sábado na Sinagoga e levantou-se para ler. Entregaram-lhe o livro do profeta Isaías e, desenrolando-o, deparou com esta passagem em que está escrito: Jesus: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-me a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; a mandar em liberdade os oprimidos, a proclamar um ano favorável da parte do Senhor.” 15 Narrador: Depois, enrolou o livro, entregou-o ao responsável e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. Começou, então, a dizer-lhes: Jesus: “Cumpriu-se hoje esta passagem da Escritura, que acabais de ouvir”. Para meditares: 1) Em que sentido Jesus (e o profeta)diz ser o “Ungido do Senhor”? O profeta refere-se a uma cerimónia de constituição de alguém como rei: a unção com azeite, feita por um profeta ou sacerdote, como representante de Deus. O azeite, pelo seu poder nutritivo e vivificante, era o sinal pelo qual se transmitia ao rei o poder, que só Deus tem plenamente. Passou a chamar-se “ungido” a alguém que não tendo recebido a unção, possuía de modo intenso o poder de Deus. Isto é, Deus, ao dar-lhe o Seu Espírito, capacitarao para agir em Seu nome. É o caso do profeta e de Jesus – tinham a capacidade, dada por Deus, para estabelecer o Seu Reino. 2) Quando e quantas vezes se realizou o “hoje” da salvação proclamada por Jesus? É o hoje de cada uma das intervenções salvíficas de Jesus, a seguir descritas no resto do Evangelho de S. Lucas. Em todas elas, Jesus atua sob ação do Espírito Santo. Em todas elas se manifesta como Messias, Cristo ou Ungido do Senhor. Até ao momento da Sua morte. 16 Leitura: Lc 23,46 - Jesus, na sua morte, entregou a Deus o Espírito “ (…) e Jesus exclamou, dando um grande grito: “Pai, nas Tuas mãos entrego o Meu espírito” Dito isto, expirou. (…)” Leitura: Lc 24, 45-49 – Ressuscitou para uma vida gloriosa e passou a estar presente entre nós (…) Abriu-lhes, então, o entendimento para compreenderem as Escrituras e disse-lhes: “ Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e ressuscitar dentre os mortos ao terceiro dia, que havia de ser pregado, em Seu nome, o arrependimento e a remissão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois as testemunhas destas coisas. E eu vou mandar sobre vós O que Meu Pai prometeu. Entretanto, permanecei na cidade até serdes revestidos com a força lá do Alto”. Leitura: Act 1, 8 – Encarrega os discípulos de serem transmissores da salvação da humanidade 17 “Mas ides receber uma força, a do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e sereis Minhas testemunhas em Jerusalém, por toda a Judeia e Samaria, e até aos confins do mundo”. Leitura: Act 2, 1-4 – promessa cumprida no dia de Pentecostes, onde os Céus se abriram para toda a humanidade. “Quando chegou o dia de Pentecostes, encontravam-se todos reunidos no mesmo lugar. Subitamente ressoou, vindo do céu, um som comparável ao de forte rajada de vento, que encheu toda a casa onde se encontravam. Viram, então, aparecer umas línguas à maneira de fogo, que se iam dividindo, e poisou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios de Espírito Santo e começaram a falar outras línguas, conforme o Espírito lhes inspirava que se exprimissem.” A partir de então, o Espírito Santo começa a habitar no coração dos crentes, i.e., daqueles que, acolhendo o Evangelho, se deixam transformar por Jesus nele anunciado. Batismo - o Espírito anima-nos, desde o íntimo de cada um de nós e, simultaneamente, impele-nos 18 para o exterior. É um dinamismo de vida espiritual, que o Espírito suscita em nós e está orientado para o crescimento. O Espírito que recebemos em pequeninos, pelo Batismo, precisa mais tarde de ser confirmado por mais um sacramento. Confirmação ou Crisma - significa “unção”, pois cada um será ungido na testa. É esse rito, administrado depois da renovação da fé, que, juntamente com a imposição das mãos e a invocação do Espírito de Deus, pelo Bispo, nos confirma e fortalece na fé, nos transmite a energia e a luz do Espírito. O Espírito Santo, como fizera com Jesus e os Apóstolos, empurra os que nele são ungidos, e empenha-os, na Igreja e na sociedade, para aí darem testemunho da fé recebida. A CONFIRMAÇÃO, ao confirmar a graça recebida no Batismo, realiza em nós o seguinte (cf CIC 1303): • Enraíza-nos mais profundamente divina, na relação com Deus Pai. na filiação • Une-nos mais firmemente a Cristo, como seus discípulos e enviados, mensageiros. • Aumenta em nós os dons do Espírito Santo, que nos ilumina e fortalece para o cumprimento da nossa missão de cristãos 19 • Torna mais perfeito o laço que nos une à Igreja, através sobretudo dos carismas que suscita e mantém em nós. • Dá-nos uma força especial, a do Espírito Santo, para propagar e defender a fé, pela palavra e pela ação, como verdadeiras testemunhas de Cristo, sem nunca nos envergonharmos da Cruz, já que é, por ela, que mais se manifesta o amor. Ao recebermos o sacramento da Confirmação, tornamo-nos, pela ação do Espírito Santo, cristãos adultos na fé e, como tais, membros mais empenhados na Igreja e mais capazes de testemunhar com coragem a fé recebida no Batismo, fortalecida no Crisma e continuamente alimentada na Eucaristia. Neste sacramento encontrais o que tendes procurado nestes anos de catequese: a força e a energia divina de que precisais para o vosso futuro, a começar pelas decisões que, aos poucos, tendes de tomar. É por isso, um ponto de chegada no vosso crescimento cristão. Mas também um ponto de partida para o vosso futuro. Quem se encontra verdadeiramente com Jesus Cristo, experimenta o seu amor, nunca mais O abandona. Pelo contrário, procura todas as oportunidades para aprofundar a sua comunhão com Ele e a sua Igreja; e procura, consequentemente, dar testemunho d’Ele. Dinâmica: Luz da Terra 20 Objetivo: Mostrar a vontade de Deus para que sejamos sal e luz, verdadeiros anunciadores da tua palavra Material: vela, prato, corante, água, copo, fósforos. Leitura da Bíblia Mt 5, 13-16 Descrição: No centro do prato coloca-sea vela acesa. A vela representa cada um de nós, com a sua luz. Adiciona-se água ao prato, que simboliza o mal e as tentações que nos vão cercando. Contudo, quem tem fé mantém o seu coração aberto para Jesus e a sua luz não se apaga. Colocar o copo por cima da vela. O que aconteceu à vela? E à água que estava ao redor? Conclusão:Isto é o que acontece quando mantemos o nosso coração aberto para as coisas de Deus – Ele não deixa o mal entrar. Mas a partir do momento em que fechamos os nossos corações para Deus, a nossa luz apaga-se e o mal toma conta de nós, deixando-nos na escuridão, com uma vida sem sabor… amarga… Pode ler-se o texto bíblico no início ou no fim da dinâmica. Para refletir (em silêncio) - Como vou viver o meu futuro em união com Cristo e a sua Igreja? - Como vou usar a força, a vitalidade que o seu Espírito, sobretudo pela Confirmação, me dá? - Como vou ser feliz? Compromisso Individual 21 O nosso compromisso para a vida é exatamente o que nos é indicado pelo sacramento da Confirmação: As exigências da Confirmação - Darmos testemunho da fé cristã pela palavra e pelas obras. - Associarmo-nos à missão da Igreja, comprometendonos com as suas causas e participando ativamente na sua vida e ministérios. O MEU COMPROMISSO CONCRETO (Que devo, posso e quero fazer?) 22 23 24 Cântico: O Senhor é a minha força O Senhor é a minha força, ao Senhor o meu canto. Ele é nosso salvador. Nele eu confio e nada temo, nele eu confio e nada temo. * * * Oração Final O Espírito Santo é-nos dado… se o quisermos receber. Preparemos o nosso coração para o acolher e para se tornar um coração comprometido e empenhado em testemunhar o Evangelho de Jesus. Façamos um pouco de silêncio, para nos concentrarmos e unirmos ao Senhor… Espírito de Deus, Tu, em que fomos batizados. para formar o Corpo da Igreja refresca os nossos corações. Espírito de Deus, Tu, que em nós gritas que já não somos escravos, mas filhos, ensina-nos a alegria de rezar. Espírito de Deus, Tu, que acendes em nós o fogo da caridade e do perdão dá-nos a coragem do gesto que salva 25 Espírito de Deus Tu, que falas em nós quando somos questionados, põe em nossos lábios o Evangelho de Jesus. Olivier de Berranger Cântico: Não fiques na praia Não fiques na praia com o barco amarrado, e medo do mar. Tudo aqui é miragem, mas na outra margem alguém a esperar. Como onda que morre sozinha na praia, não fiques brincando… No mar confiante, ensina o teu canto de ave voando. Voa bem mais alto livre sem alforge, nem prata, nem ouro, amando este mundo, esta vida que é campo que esconde o tesouro. (bis) Ninguém te ensinou, mas no fundo tu sentes asas p’ra voar. Nem que o céu se tolde e as nuvens impeçam, tu não vais parar. Há gente vivendo tranquila e contente como eu já vivi. És águia diferente, céu azul cinzento foi feito p´ra ti. 26 * * * Para guardar na memória e no coração “A Confirmação completa a graça batismal; ela é o sacramento que dá o Espírito Santo, para nos enraizar mais profundamente na filiação divina, incorporar-nos mais solidamente em Cristo, tornar mais firme o laço que nos prende à Igreja, associar-nos mais à sua missão e ajudar-nos a dar testemunho da fé cristã pela palavra, acompanhada de obras” (CIC 1316). 27 Dons do Espírito Santo A vida dos cristãos é sustentada pelos dons do Espírito Santo. Estes dons são disposições permanentes que tornam o homem dócil para seguir os impulsos do Espírito Santo. São 7 os dons do Espírito Santo: SABEDORIA – este dom leva-nos a conhecer verdadeiramente Deus e a procurar os reais valores da vida. O homem sábio é aquele que pratica a justiça, tem um coração misericordioso, e ama a vida, porque a vida vem de Deus. INTELIGÊNCIA – Este dom leva-nos a entender e a compreender as verdades da salvação, reveladas na Sagrada Escritura e nos ensinamentos da Igreja. CONSELHO – É o dom de orientar e ajudar a quem precisa, a distinguir o certo do errado, o verdadeiro do falso. Permite-nos dialogar fraternalmente, em família e comunidade, acolhendo o diferente que vive entre nós. FORTALEZA – É o dom de tornar as pessoas fortes, corajosas para enfrentar as dificuldades da fé e da vida. CIÊNCIA – Não é a ciência do mundo, mas a ciência de Deus. Por este dom o Espírito Santo nos indica o caminho a seguir na realização da nossa vocação. PIEDADE – É o dom pelo qual o Espírito Santo nos dá o gosto de amar e servir a Deus com alegria. 28 TEMOR DE DEUS – Este dom não significa medo de Deus, mas um amor tão grande que queima o coração por respeito de Deus. Mais do que temor, é respeito e estima por Deus. Frutos do Espírito Santo As nossas ações, não só devem ser boas, mas devem ser feitas com o Espírito de Deus. Os dons do Espírito Santo são concedidos, gratuitamente, para que produzam frutos. CARIDADE/AMOR (morangos) – é um afeto para com Deus e o homem.A caridade é amor e é o maior dos dons, porque ela não desaparece. GOZO/ALEGRIA (uvas) –Este fruto nasce da convivência social, pois ninguém é alegre e feliz sozinho, isolado no seu mundo. Este dom é caracterizado por aquelas emoções interiores, aquela alegria interior e satisfação espiritual profunda que o Espírito Santo derrama no coração e na alma. A pessoa sente um gozo inexplicável. PAZ (azeitona) – é uma calma disposição da mente e do coração vinda da certeza de termos sido perdoados e sabermos que Deus pode satisfazer as nossas necessidades. PACIÊNCIA (nozes) – é uma caraterística cristã que se carateriza por não se sentir ofendido ou provocado facilmente, por ser perseverante,paciente, tardio para irar-se ou para o desespero. A paciência é o 29 fruto essencial para que o cristão persevere na sua fé. O cristão paciente dificilmente é demovido da sua fé porque ele suporta tudo com paciência. A alma paciente é mansa e humilde, não se revolta contra o seu Deus mas tudo suporta e aceita. LONGANIMIDADE (ananás) – o dom de aguardamos, sem queixas nem amarguras, os bens que esperamos de Deus, do próximo e de nós mesmos.É a paciência para além da paciência, é quando alguém continua a ser paciente depois de, tantas e tantas vezes, ter sido posto à prova. BENIGNIDADE/AMABILIDADE (laranja)– é a bondade que vai para além da bondade, isto é, muitas vezes fazemos um bem mas só até certa medida. Porém, a benignidade é a execução desse bem que vai para além do que deveria ser feito. BONDADE (pêssego) – é uma espécie de virtude do bem indispensável para produzir frutos bons em nós. É fazer o bem, desinteressadamente, às pessoas. A pessoa que o faz tem um bom coração, amando verdadeiramente. MANSIDÃO (cereja) – disposição de conter-se em consequência de um reconhecimento das nossas próprias falhas.Uma pessoa amável é aquela capaz de agir com mansidão diante de situações que normalmente nos impulsiona a agressividade. É a capacidade de ser sereno e calmo diante do agressor e dar resposta diferente com amor e com serenidade a ponto de desconcertar o ato de agressão e rudez daquele momento. 30 FÉ/FIDELIDADE (maçã) – toda a fé é produzida pelo Espírito de Deus, seja a fé salvadora ou a fé diariamente nas promessas de Deus quando surgem necessidades ou aflições. MODÉSTIA (amêndoa) – relaciona-se com o ser discreto. A modéstia é contra a ostentação e a exibição. A modéstia é o pudor que deve acompanhar todo o cristão pois nele habita Deus. Como tal, devemos respeitar o nosso próprio corpo, não o expondo como um mostruário. DOMÍNIO PRÓPRIO/TEMPERANÇA (limão) – baseia-se no autocontrolo e na moderação encontrados naqueles que vivem somente para a glória de Deus. CASTIDADE (castanha) - é um fruto que leva o homem ou a mulher a manter a pureza do corpo e, consequentemente, a pureza da alma, não se deixando manchar, caindo em pecados contra o 6º e 9º Mandamentos. O sexto mandamento diz: "Guardai castidade nas palavras e nas obras"; e o nono mandamento diz: "Guardai castidade nos pensamentos e nos desejos." 31