Lixo obstrui trecho do Ribeirão Pinguim

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Meio Ambiente | Criado 12/03/2010 21h26 / Atualizado 12/03/2010
21h26
Lixo obstrui trecho do Ribeirão Pinguim no limite entre Maringá e
Sarandi
Ribeirão está poluído com garrafas pet e outros materiais jogados
pela população e que obstruem a passagem de água
Vanda Munhoz
[email protected]
Uma grande quantidade de garrafas pet, lixo, restos de construção e
galhos de árvores está obstruindo a passagem de água em um trecho do
Ribeirão Pinguim, na divisa entre Maringá e Sarandi, próximo à Estrada
Otávio Colli. Sem passagem livre, quando chove a água do rio
transborda inundando todo o local e inviabilizando o tráfego de veículos
na área rural. O ribeirão desagua no Rio Ivaí.
No local obstruído não existe ponte, mas tubos de concreto com 2,20 de
diâmetro que dão passagem à água, cobertos por terra, à semelhança de
uma ponte. Como fica na divisa dos municípios, tanto Maringá quanto
Sarandi são responsáveis pela preservação. O secretário municipal de
Serviços Públicos de Maringá, Vágner Mússio diz que os materiais
recicláveis e lixo que se acumulam na boca dos tubos vêm de diversos
pontos das duas cidades.
“São materiais que a população descarta nas ruas. Quando chove, tudo
isso é transportado pelas bocas de lobos e chega aos rios. Onde há
tubos, não existe uma drenagem adequada e o material acaba
obstruindo a passagem da água”, explica. “Sempre que há ameaça de
chuva, usamos uma retro escavadeira hidráulica e desobstruímos. Há
mais de 30 pontos com este problema”, destaca Mússio.
Substituição
O secretário acrescenta que a prefeitura está, aos poucos, substituindo
esses tubos por pontes. O objetivo é garantir o trânsito da água e evitar
inundações. “Mas as pontes são obras caras”, arremata. Em um dos
pontos que apresentava o mesmo problema, no Vale Azul, divisa com
Maringá, já foi construída uma ponte de mais de 20 metros.
“Lá, não existe mais o problema de retenção de material reciclável. A
obra da ponte custou perto de R$ 700 mil, mas fizemos outras estruturas
, como asfalto, iluminação pública que custam bem mais”, revela.
Educação
Mússio enfatiza que é preciso conscientização da população para evitar
problemas. “É o homem que tem que se adaptar ao meio ambiente e não
o contrário”, frisa. Em sua avaliação, o comportamento do povo de jogar
materiais recicláveis nas ruas custa caro aos cofres públicos. Em
Maringá, os fundos de vale servem como áreas de descarte dos mais
variados tipos de lixo, desde recicláveis até eletrônicos, passando por
móveis, animais mortos e material orgânico.
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