DE 4_ Os Substantivos e suas classificações

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DE 44 – Verbos no texto: tempo e aspecto – 9º ano
Atividade 1: O que você já sabe
Professor, relembre com seus alunos:
• O que são verbos?
• O que são tempos verbais?
• Quais são os tempos verbais que você conhece?
Atividade 2: O tempo e o aspecto verbal
Explique aos seus alunos que o verbo pode apresentar valores que não se limitam à
classificação de tempo e modo, apontando como a ação se desenvolve dentro desse
tempo. É o que chamamos de aspecto verbal. Em seguida, solicite que respondam,
oralmente, às questões abaixo, e aproveite para perceber como está o
entendimento da turma sobre o tema focalizado aqui.
1. Diga em que tempo verbal ocorrem as ações nas frases abaixo:
a) Eu quero um computador novo.
Presente do indicativo
b) Já lhe disse toda a verdade.
Pretérito perfeito do indicativo
c) Estarei à sua espera.
Futuro do presente do indicativo
d) Eu faria tudo por ela.
Futuro do pretérito do indicativo
e) Se eu soubesse da verdade, não teria ido embora.
Pretérito imperfeito do subjuntivo
Atividade 3: O presente não é agora?
Inicie esta atividade com a leitura e uma discussão acerca do trecho do poema
Morre Lentamente, de Pablo Neruda.
Depois, discuta oralmente com a turma as questões propostas.
a) Em que tempo verbal estão as frases no trecho acima?
Estão no presente do indicativo.
b) Os verbos estão indicando ações contínuas ou já acabadas?
Indicam ações contínuas, cotidianas, que se acumulam, gerando uma
consequência.
c) O fato de os verbos estarem no presente indica que o sujeito pratica todas as
ações agora?
Não. Os verbos estão indicando ações que acontecem todos os dias,
indefinidamente. O próprio advérbio de modo já faz essa indicação.
d) De que tipo de morte o autor está falando?
O autor fala da auto-anulação causada pelas coisas que deixamos de fazer,
movidos por conceitos enraizados em nossa cultura, que faz com que passemos
pela vida de maneira automática, sem emoção.
e) Na sua opinião, o que mais pode fazer uma pessoa morrer lentamente? Crie uma
frase para complementar o poema de Pablo Neruda.
Resposta pessoal. Sugestão:
Morre lentamente quem não afaga o seu gatinho de manhã.
Incentive os alunos a falarem do que os faria morrer lentamente.
Atividade 4: O presente nos aproxima do passado
Para finalizar esta DE, os alunos leem uma notícia em que é aplicado o recurso do
presente histórico.
Depois discutem os sentidos do texto, nas atividades propostas no ícone de
Questões OnLine. Depois que terminarem, proponha a correção coletiva na lousa
eletrônica.
Questões OnLine (gabarito)
1. Por que o jornal utilizou o verbo no presente, no título da notícia e, no corpo do
texto, manteve o verbo no passado?
Por que o verbo no presente atualiza a notícia. Faz com que ela soe como novidade.
No corpo do texto, há indicadores de tempo, como a data em que o evento ocorreu,
obrigando a utilizar verbo no passado.
2. Na frase “que aumenta o risco de câncer de mama ou de ovário”, o verbo foi
empregado no presente, mas ele exprime uma ação que está acontecendo agora?
Qual é a ideia que ele transmite?
Não. O verbo, embora esteja no presente, indica um fato que ocorre
continuamente. Transmite a ideia de que o risco de câncer pode ser aumentado a
qualquer momento.
3. Na frase “este tipo de procedimento está proibido”, o verbo indica que a ação
ocorre somente hoje? De acordo com o sentido do verbo, qual seria a duração
dessa proibição?
Não. O verbo indica que a proibição foi feita em caráter permanente. O
procedimento está proibido hoje e no futuro, indefinidamente.
4. Leia o poema a seguir
NÃO MORRERÁS
Não morrerás em mim. Não morrerás
Assim como uma sombra na distância
o vento no horizonte. E, nas manhãs
a alegria mais pura que inventamos.
Serás presente em tudo e viverás
o segredo de todos os momentos
todas as coisas gritarão teu nome
e o silêncio mais puro, o mais sutil,
aquele que mais dói e acende as noites
e o ser profundamente intranquiliza
- este restituirá o movimento,
a eternidade viva de teus passos
e a certeza mais limpa de que nunca
tu morrerás em mim.
NÃO MORRERÁS.
(Gilberto Mendonça Teles. Sonetos do azul sem tempo)
a) A forma verbal morrerás indica uma ação em que tempo?
A ação ocorre no futuro do presente do indicativo.
b) “Não morrerás”, ao pé da letra, significaria que é proibido morrer no futuro,
apenas no futuro, o que permite entender que o ato é aceitável no presente. No
entanto, por ter valor imperativo, ou seja, uma ordem, uma profecia, que sentido
essa expressão pode ter?
Indica que a pessoa a quem se dirige o poema nunca morrerá, em tempo algum.
c) No trecho :
“e o silêncio mais puro, o mais sutil,
aquele que mais dói e acende as noites
e o ser profundamente intranquiliza
- este restituirá o movimento”
O silêncio é o sujeito dos verbos doer e acender, que estão no presente do
indicativo; mas também é sujeito do verbo restituir, que está no futuro do presente
do indicativo. Isto significa que ele dói e acende as noites agora e depois, restitui os
movimentos?
Não.
d) Reflita sobre o que estudamos até aqui e explique com suas palavras, se há uma
sequência de tempo entre as ações expressas nesses verbos.
Espera-se que o aluno perceba que aqui não foi estabelecida uma hierarquia
temporal. Não são fatos que se sucedem.
O fato de haver verbos no presente e no futuro não evidencia uma sequência de
fatos, pois os verbos “doer” e “acender” indicam uma característica permanente do
silêncio, que ao mesmo tempo em que dói e acende as noites (todas as noites, uma
a uma), irá restituir o movimento continuamente.
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