pneumonia hospitalar

Propaganda
PNEUMONIA HOSPITALAR
1) EPIDEMIOLOGIA :
 A incidência tem aumentado nos 20 últimos anos, hoje é de
0,6 a 1,0 %.
 1º causa de infecção em UTI ( 31 % ).
 2º causa de infecção hospitalar ( 15 %).
 Principal causa de morte por infecção hospitalar ( 50 % na
UTI e 33 % na mortalidade geral ) .
 Além disso os custos de uma infecção hospitalar são altos,
no EUA corresponde a mais de 2 bilhões de dólares.
2) ETIOLOGIA :
 Agentes bacterianos são os mais comuns.
 Diferenciar infecção de colonização.
 Gram-negativos : Pseudomonas aeroginosa, Enterobacter sp,
Klebsiella sp, Escherichia coli, Serratia marcescens, Proteus
mirabilis, Acinetobacter sp, e Haemophilus influenzae.
 Gram-positivos : Staphylococcus aureus (20 % ).
 Bactérias anaeróbias estão envolvidas em 35 % dos casos,
 Legionella pneumophila pode ocorrer em hospitais com
contaminação de abastecimento de água.
 Em imunossuprimidos lembrar de pneumonia por Aspergillus
fumigatus e por Pneumocistis carinii .
3) PATOGENIA :
 A aspiração do conteúdo gástrico é a fonte mais comum de
infecção pulmonar.
 Adultos jovens frequentemente aspiram durante o sono.
 Além disso os microorganismos podem invadir o trato
respiratório através da inoculação bacteriana direta ( intubação,
nebulizadores, traqueostomia ), da via hematogênica ou de
extensão de um foco contínuo ao pulmão.
 A colonização da orofaringe por germes gram-negativos é
maior nos pacientes gravemente enfermos ( 57 % ), e é maior
também o risco de se desenvolver pneumonia nestes pacientes.
Um outro fator de colonização é a aderência bacteriana que se
dá através da fibronectina que é uma proteína inibidora da
aderência dessas bactérias gram-negativas. Não precisa haver
necessariamente colonização da orofaringe para haver
colonização do trato respiratório inferior.
 Colonização gástrica : Pode estar presente quando há
acloridria,
idade
avançada,
desnutrição,
uso
de
antiácido/bloqueadores h2 e doenças gastrointestinais.
 Intubação orotraqueal : Há diminuição dos mecanismos de
defesa, prejuízo da deglutição e facilita o refluxo de secreções
gástricas. Quanto maior o tempo, maior é o risco de infecção.
 Nebulizadores e umidificadores podem ser fontes de
contaminação,
 A alimentação enteral previne a translocação bacteriana e
preserva o epitélio intestinal, a nasogástrica favorece o refluxo.
 Material de ressucitação e espirômetros podem ser
responsáveis pela contaminação cruzada de microorganismos
hospitalares.
4) DIAGNÓSTICO :
 Critérios diagnósticos : 1) infiltrado novo ou progressivo, 2)
leucocitose, 3) presença de secreção traqueobrônquica, 4)
febre. A presença de 3 critérios dá o diagnóstico presuntivo.
 Exame microbiológico pode ser feito no escarro, aspirado
traqueal, broncoscopia com escovado ou LBA, aspiração
transtorácica, hemocultura,
 Diferenciar infecção de colonização pelo número de colônias
> que 105, isso em pacientes não entubados.
Bibliografia :1) Tarantino. Doenças pulmonares.1997, pág. 262 a
265. 2) Current. Medical diagnosis and treatment. 1998, pág. 280
a 281.
Download