trabalho2martimtomejorgeines - Moodle @ FCT-UNL

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Trabalho realizado por:
Inês Moura nº 22756,Segio Tomé nº 22898, Jorge Arteaga nº26200, Martim Fraco
nº22255
Poluição e Gestão do Ar
Trabalho nº 2
Resumo
Para a realização deste trabalho de grupo é pretendido que se realize uma
pesquisa de artigos científicos que evidenciem os impactes associados às alterações
climáticas, bem como identificar o conjunto mais recente e mais importante, desde
Janeiro de 2007 de evidências relativas à ocorrência das alterações climáticas e de
previsões em artigos científicos.
Introdução
De acordo com o painel intergovernamental das alterações climáticas (IPCC)
terceiro relatório de avaliação (TAR) globalmente a temperatura média à superfície
da Terra apresenta um aumento recorde estimado de 0.4ºC – 0,8ºC, desde o fim
do século 19 até ao ano 2000 e seguintes. Este aquecimento é considerado fora do
normal em relação à variação de temperatura que se verificou nos passados 1000 –
2000 anos, não havendo qualquer decréscimo à medida que chegamos ao século
21.
Este aumento da temperatura media da Terra deve-se inicialmente à
revolução industrial em ambos os hemisférios terrestres, é durante este período
que a temperatura terrestre, oceânica e atmosférica apresente um aumento
consequentemente.
Estudos indicam que no decorrer do ciclo terrestre e oceânico do carbono,
existe uma alteração dos ecossistemas devido ás mudanças dos níveis de CO2. Mas
os ciclos terrestres estão a sofrer alterações, devido ao excesso de emissões de
gases do efeito de estufa e de sulfato de aerossol. A longo prazo estima-se que
ocorrerá um aquecimento muito elevado em 2100, relativamente a 1990, sendo
que a temperatura da superfície da terra poderá aumentar de 1.4ºC para 5.8ºC.
O IPCC TAR baseado em estudos globais concluiu que a maior causa do
aumento da temperatura terrestre, são as actividades humanas. Devido a este
facto é de esperar no futuro um aumento do aquecimento global, bem como dos
impactes causados, todos de origem antropogénica.
Desenvolvimento
O aquecimento do sistema climático é inequívoco, como é evidente pela
observação do acréscimo da temperatura média do ar e dos oceanos, pela
liquefacção da neve e do gelo, e aumento do nível médio do mar.
Por exemplo, alterações nas quantidades atmosféricas de gases com efeito
de estufa e aerossóis, mudanças na radiação solar, e nas propriedades da superfície
terrestre, alteram o balanço de energia no sistema climático.
A superfície terrestre encontra-se dividida em sete tipos, são elas: água
(incluindo os oceanos, rios, lagos e glaciares), floresta tropical, floresta temperada,
desertos, tundra, terras cultivadas e mares de gelo. Na análise das alterações
climáticas destas áreas, é tido em conta a latitude e a continuidade espacial, foi
então realizada uma análise de tendências entre as temperaturas medidas de 1900
até 2004.
A tendência do aumento do aquecimento acentuou-se mais no período de
1950 até 2004 por todas as regiões excepto nos continentes gelados. Mas foi na
segunda metade do século 20 que se registou um aumento significativo da
temperatura nestas áreas em relação ao normal.
Ao longo dos anos foi desenvolvida uma vasta gama de tecnologias, de
forma a serem feitas análises precisas da variação da temperatura da terra nas
suas várias superfícies.
A evolução dos biomas bem como a evolução climática, estão ambas
relacionadas com as variações de temperatura locais. Subsequentemente a
influência destas variações climáticas nos biomas são muito diferentes de região
para região. É necessário então examinar instrumentalmente as mudanças de
temperatura à superfície. É necessario tambem determinar se as causas de
mudanças de temperatura estão estritamente relacionas com actividades
antropogénicas, uma vez que apesar de ser uma das principais causas, pode não
ser a única.
Estes estudos são muito importantes, na medida em que permitem
determinar a evolução dos biomas face ás alterações climáticas. Permitindo fazer
previsão de situações futuras.
Na identificação das variações do aquecimento e arrefecimento, ambos são
influenciados maioritariamente pelas emissões das actividades antropogénicas,
principalmente a partir do início do século 20.
Apesar desta tendência de aquecimento global, há períodos de aquecimentos
regionais mais localizados.
Através dos modelos climáticos são encontradas várias combinações de
gases com origem antropogénica pelas várias superfícies da terra, contribuindo
assim para o aumento de temperatura de formas diferentes conform o bioma em
estudo. Uma vez que cada um possui características distintas dos outros.
Estes modelos de identificação das alterações climáticas, contribuem para
um aumento da viabilidade da identificação dos sinais antropogénicos nos
diferentes tipos de regiões terrestres mas numa escala regional.
Podem-se então, definir algumas evidências inerentes às alterações
climáticas, tais como:
Condições atmosféricas extremas
Ciclones e furacões mais frequentes e poderosos, inundações e secas mais
numerosas e intensas…: Este aumento recente dos “acontecimentos atmosféricos
extremos” tem sido demasiado pronunciado para que possaa atribuir-se à
casualidade. Os cientistas vêem que é uma prova do que as alterações climáticas já
começaram. Há maiores oscilações no que poderia considerar-se como tempo
“normal”.
A tendência a tormentas mais poderosas e a períodos de seca mais
prolongados é uma constante nos modelos informáticos e está de acordo com o
sentido comum. A subida das temperaturas significa maior evaporação, e uma
atmosfera mais cálida pode reter mais humidade; em consequência há mais água
em suspensão que pode cair como precipitação. Da mesma forma, as regiões secas
podem perder ainda mais humidade se faz mais calor; isto agrava as secas e a
desertificação.
As secas são cada vez mais graves à medida que aumenta a temperatura no
mundo.
Nas grandes bacias hidrográficas africanas do Níger, o lago Chad e o
Senegal, o total da água disponível tem diminuído entre um 40% e um 60%, e a
desertificação tem sido agravada devida a uma diminuição do promédio anual de
precipitações, águas de escorrência e humidade do solo, sobre tudo no África
meridional, setentrional e ocidental.
As inundações do Rin de 1996 e 1997, as da China em 1998, as da Europa
oriental em 1998 e 2002, as de Moçambique e a Europa em 2000 e as provocadas
pelo monção de 2004 no Bangladesh (que submergiram o 60% do país) são proba
de que as tormentas são cada vez mais poderosas.
Existem provas observáveis dum acréscimo na actividade de ciclones tropicais no
atlântico norte desde de 1970, que esta correlacionado com o aumento da
temperatura superficial do mar tropical.
Mudanças de temperatura e retrocesso do Inverno
Os glaciares retiraram-se significativamente durante o século XX.
As temperaturas do ar árctico aumentaram aproximadamente 5ºC durante o
século XX, o que quer dizer, 10 vezes mais do que a média da temperatura da
superfície mundial. Na zona árctica russa, os edifícios estão a derrubar-se devido a
que a capa subterrânea de gelo que estava baixo os seus cimentos tem sido
derretido.
Desde os últimos anos setenta, a capa de neve tem sido diminuída
aproximadamente um 10% nas latitudes meias e altas do hemisfério norte. A
duração média da capa exterior de gelo dos lagos e rios reduziu umas duas
semanas durante o século XX.
Quase todos os glaciares de montanha das regiões não polares retrocederam
durante o século XX. O volume total dos glaciares da Suíça diminuiu uns dois
terços.
Onze dos últimos doze anos (1995-2006) estão entre os doze anos mais
quentes, desde que existem registos da temperatura global (desde 1850). A
tendência linear de aquecimento dos últimos 50 anos (0.13 C por década) é quase
o dobro da tendência dos últimos 100 anos. O aumento total da temperatura de
1850-1899 a 2001-2005 é de 0.76 C.
A quantidade média de vapor de água atmosférico aumentou desde pelo
menos de 1980 sobre terra e oceanos mas também na troposfera superior. O
acréscimo é amplamente consistente com o vapor extra que o ar mais quente
consegue suportar.
Desde de 1961 observações mostram que a temperatura média dos oceanos
aumentou até profundidades de pelo menos 3000 m e que o oceano tem vindo a
absorver mais de 80% do calor adicionado ao sistema climático. Tal aquecimento
causa a expansão da água do mar, contribuindo para o aumento do nível do mar.
Em ambos os hemisférios, os glaciares e a área coberta por neve tem vindo
a diminuir. A ampla redução nos glaciares e calotes polares tem contribuído para o
aumento do nível médio do mar.
O nível médio do mar aumentou em media a uma taxa de 1.8 mm por ano
de 1961 a 2003, mas a taxa variou mais rapidamente de 1993 a 2003, cerca de 3.1
mm por ano. No total o aumento foi de 0.17 m no século 20.
No árctico a média das temperaturas aumentou quase o dobro da média das
temperaturas do resto do globo nos últimos 100 anos. As temperaturas no árctico
têm, por década, elevadas variabilidades, e também foi observado um período
quente de 1925 a 1945.
Desde 1978 a extensão média anual de gelo do mar do árctico encolheu
2.7% por década, com maiores reduções no verão, cerca de 7.4% por década.
As temperaturas da camada superior da permafrost do Ártico aumento
desde 1980 cerca de 3 C. A área máxima de solo congelado, por estação, decresceu
7% no hemisfério norte, desde 1900, com um decréscimo até 15% na primavera.
Tendências de longo prazo de 1900 a 2005 têm sido observadas na
quantidade de precipitação. Um aumento significativo da precipitação foi observado
nas partes este do norte e sul da América, no norte de Europa e no norte e centro
da Ásia. Seca tem sido observada no Sahel, Mediterrâneo, no sul da África e partes
do sul da Ásia. A precipitação é altamente variável espacialmente e temporalmente,
e os dados são limitados em algumas regiões.
Alterações na precipitação e evaporação nos oceanos são comprovados pela
redução da salinidade nas latitudes médias e altas e pelo aumento da salinidade
nas águas de baixas latitudes.
Os ventos de oeste nas latitudes medias ficaram mais fortes em ambos os
hemisférios desde 1960.
Secas mais intensas e longas foram observadas em maiores áreas desde
1970, em particular nos trópicos e subtropicos. O aumento da aridez interligado
com as altas temperaturas e decréscimo de precipitação contribui para alterações
no tipo de seca. Alterações na temperatura da superfície do mar, nos padrões do
vento e decréscimo da espessura e área coberta por neve também foram ligados a
secas.
Alterações generalizadas em temperaturas extremas foram observadas
durante os últimos 50 anos. Dias frios, noites frias e geada tornaram-se menos
frequentes, enquanto dias quentes, noites quentes e ondas de calor se tornaram
mais frequentes.
Mudanças no mundo natural
Os cientistas têm observado mudanças em 420 processos físicos e
comunidades ou espécies biológicas.
Nos Alpes, algumas espécies vegetais têm sido deslocadas uns 4 metros em
cima por decénio, e algumas plantas que anteriormente se encontravam só nos
topos das montanhas têm sido desaparecido.
Na Europa, a nidificação de algumas aves tem sido adiantada alguns dias
dentro da estação correspondente. No Reino Unido, por exemplo, a nidificação de
20 dum total de 60 espécies, incluídas algumas aves que realizavam largas
migrações, adiantou-se uns 8 dias entre 1971 e 1995.
De acordo com as previsões dos modelos, as fortes tormentas são cada vez
mais frequentes.
Na toda Europa, o período vegetativo nas hortas controladas de espécies
mistas prolongou-se 10.8 dias entre 1959 e 1993. As borboletas, as libélulas, as
traças, os escaravelhos e outros insectos vivem agora em latitudes e alturas
superiores, onde anteriormente fazia demasiado frio para puderem sobreviver.
Conclusão
Após leitura das evidências mencionadas anteriormente, relativas às alterações
climáticas, pode-se concluir que é necessário que acções sejam implementadas, de
forma a diminuir impactes ambientais e uma maior preocupação sócio-política,
principalmente nas áreas de maior impacte, tais como os transportes e indústria,
de forma a diminuir os poluentes responsáveis por estas alterações.
Bibliografia
“Climate change detection over different land surface vegetation classes”
IPCC Fourth Assessment Report (AR4), www.ipcc.ch, acedido em 24 de Outubro
de 2007
United Nations Framework Convention on Climate Change, http://unfccc.int, acedido
em 24 de Outubro de 2007
Blenkinsop*, Fowler , “Changes in European drought characteristics projected by
the PRUDENCE regional climate models” Pág.1-16. Royal Meterological society.
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