O postura do Brasil na liderança conjunta do G-21 e em relação ao Mercosul é elogiável, pois o nosso país dispõe de potencial para propor mudanças nas regras impositiva dos países desenvolvidos. Discurso proferido pelo Deputado COSTA FERREIRA (PSC – MA). Sr. Presidente Sras. E Srs. Deputados, Teve início ontem a 5ª Conferência Ministerial da organização Mundial do Comércio, onde pode ser alinhavado acordos com repercussões previsíveis. Se a balança pender para o lado do G-7, o mundo continuará a naufragar na pobreza; se posicionar-se favorável aos países pobres e em desenvolvimento, poderemos vislumbrar, a longo prazo, um mundo melhor. Ao rejeitar claramente a propositura do Brasil, os EUA demonstram que vão investir na discrepância entre o discurso liberalizante dos mercados alheios e no protecionismo do seu próprio mercado. Um dos mentores e subscritário da proposta do G-21, países em desenvolvimento, o Brasil adotou uma postura ousada e coerente, conseguindo projetarse num delineamento de sua nova postura, agora como uma liderança mundial. Juntamente com a Índia, propõe à Organização Mundial do Comércio a liberalização da produção agrícola. Sabedores da grandeza do gesto, europeus e norte-americanos desancam acusações contra a medida que busca o espaço justo dentro da livre concorrência de mercado. É preciso antever o arrocho que os grande blocos comerciais dos países ricos exercem e quais as conseqüências. O México, que no primeiro momento aumentou espetacularmente suas exportações ao ingressar no NAFTA, hoje encontra-se sob uma dependência perigosa ao mercado dos EUA. Alargar as fronteiras comerciais, diversificando produtos e parcerias, torna-se imprescindível à economia de qualquer nação que sonha grande. Ficar preso a um único país, ou a um único bloco comercial, como o México, aumenta a suscetibilidade de crise pela falta de opção de mercado e perda da capacidade de concorrência. O Brasil caminha no rumo norte, refletindo sua grandeza de mercado, competitivo em qualidade, quantidade e preço. O Mercosul é um componente que pavimenta esse caminho. Fortalecer os laços comerciais brasileiro no cone sul é resguardar o poder de competir do Brasil. A postura firme do Brasil, o investimento em blocos comerciais opcionais, marcam nossa participação condigna no cenário mundial. O Brasil também já pode dizer não. Muito Obrigado.