2 Cântico inicial: Senhor, ouvi a minha súplica, o meu gemido, a minha prece! Saudação inicial - Introdução 1. Reunimo-nos neste Hospital Pedro Hispano, que recebe o seu nome de um famoso famoso médico, filósofo, professor e matemático português do século XIII, que foi também o primeiro e único Papa português, entre 20 de setembro de 1276 e 20 de Maio de 1277. Saudamos e agradecemos a colaboração da direcção e administração, bem como da capelania. Saudamos todos os que aqui trabalham: enfermeiros, médicos, pessoal administrativo e auxiliar de saúde, mas sobretudo saudamos os doentes e todos os que deles cuidam, com amor. É neles que mais pensamos, é por eles que mais rezaremos, nesta noite. 2. Com este gesto, de vir aqui, à entrada e às imediações do Hospital, queremos responder e corresponder ao apelo do Papa Francisco, de uma Igreja, «em saída» (E.G.24), “que vive um desejo inexaurível de oferecer misericórdia, fruto de ter experimentado a misericórdia infinita do Pai e a sua força difusiva” (E.G.24). Quisemos «sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho» (E.G.20), particularmente esta dos que sofrem, neste lugar de doença e de cura, do cuidado da vida até à morte e, por isso mesmo, também um lugar para o exercício da esperança. 3. Vimos aqui fazer uma via-sacra, que tem como tema, as palavras do profeta Isaías, a respeito do Servo de Deus: “Ele suportou as nossas enfermidades e tomou sobre Si as nossas dores” (Is.53,4). Na verdade, “Jesus, com a sua cruz, atravessa os nossos caminhos e carrega os nossos medos, os nossos problemas, os nossos sofrimentos, mesmo os mais profundos! (…) Na Cruz de Cristo, está o sofrimento, o pecado do homem, o nosso também, e Ele acolhe tudo com seus braços abertos, 3 carrega nas suas costas as nossas cruzes e nos diz: “Coragem! Não estás sozinho a levá-la! Eu levo-a contigo! Eu venci a morte e vim para te dar esperança, dar-te vida (cf. Jo 3, 16)” (Papa Francisco, Via Sacra com os jovens, Rio de Janeiro, 25-.07.2013). 4. Percorrendo com humildade e fé as estações da Via Sacra poderemos sentir-nos envolvidos pelo devastador «mistério de iniquidade»; todavia, sentir-nos-emos também mais ternamente envolvidos pelo grande manto da compaixão divina. Poderemos reconhecer-nos, de algum modo responsáveis pela crucifixão de Cristo, mas veremos igualmente, no rosto do Homem das dores, as profundas e secretas feridas do nosso coração, experimentando, assim, a infinda bondade do Senhor, no encontro com o mistério do sofrimento. (algumas palavras sobre a logística: quem leva a cruz, paragens, cânticos etc) 1ª Estação: Jesus é condenado à morte P: Nós vos adoramos e bendizemos, ó Jesus! T: Que pela vossa santa cruz, remistes o mundo! L1: "Por ocasião da festa, Pilatos costumava soltar um preso que eles mesmos pedissem... «Quereis que eu vos solte o Rei dos Judeus»? Ele sabia que os sumossacerdotes O tinham entregue por inveja... Eles porém, gritaram: "Crucifica-o! "Pilatos disse-lhes: "Que mal vos fez Ele?". Eles, porém, gritaram com mais força: "Crucifica-o!"... Pilatos, querendo satisfazer a multidão, soltou Barrabás, mandou açoitar Jesus e entregou-o para ser crucificado" (Mc 15,6; 9b-10; 13-15). L2: Ao fazer-se Deus-connosco, Jesus eleva a dignidade humana. E nós escutamos: «Seja crucificado!» Não é a Cristo, Eterno Vivente, mas a si próprio, que o homem 4 condena à morte, quando não se importa que a injustiça prevaleça. É pelo homem, que o verdadeiro Homem sofre... P: Ó Pai, a Cruz de Jesus é o sinal do vosso amor para connosco! Que o seguimento dos seus passos nos fortaleça neste amor, nos ajude a tomar as nossas cruzes, e nos faça próximos daqueles sofredores, que necessitam do nosso cuidado, médico, humano ou espiritual. Rezemos: Senhor, compaixão eterna, tende piedade de nós. R. Senhor, compaixão eterna, tende piedade de nós. Cântico: Salmo do 1º Domingo da Quaresma B: Todos os vossos caminhos, Senhor, são amor e verdade. 2ª Estação: Jesus carrega a cruz P: Nós vos adoramos e bendizemos, ó Jesus! T: Que pela vossa santa cruz, remistes o mundo! L1: "Carregando a sua cruz, Jesus saiu para o lugar chamado Calvário, em hebraico, Gólgota” (Jo.19,17). L2: O Bom Pastor, hoje e sempre, carrega toda a humanidade como carrega alegremente a ovelha perdida. O gesto amoroso da cruz também ilumina todo o sofrimento. Cristo sofre solidário com todo aquele que sofre e convida-o a reencontrar o seu sofrimento, na fé, enriquecido de novo conteúdo e de novo significado, a exemplo de São Paulo que disse: "com Cristo estou crucificado. Já não sou Eu que vivo: é Cristo que vive em mim" (Gl 2,19). “A sociedade não pode aceitar os que sofrem e apoiá-los no seu sofrimento, se os próprios indivíduos não são capazes disso mesmo; e, por outro lado, o indivíduo não pode aceitar o 5 sofrimento do outro, se ele pessoalmente não consegue encontrar no sofrimento um sentido, um caminho de purificação e de amadurecimento, um caminho de esperança. Aceitar o outro que sofre significa, de facto, assumir de alguma forma o seu sofrimento, de tal modo que este se torna também meu” (Bento XVI, Spe Salvi, 38). Leitor 3: Nesta via-sacra, queremos lembrar especialmente aqueles que sofrem e morrem, aos poucos, carentes da assistência de saúde adequada. É um sofrimento que clama por justiça! Lembremo-nos: “É preciso fazer tudo o possível para diminuir o sofrimento: impedir, na medida do possível, o sofrimento dos inocentes; amenizar as dores; ajudar a superar os sofrimentos psíquicos. Todos estes são deveres tanto da justiça, como da caridade, que se inserem nas exigências fundamentais da existência cristã e de cada vida verdadeiramente humana” (Bento XVI, Spe Salvi, 36). P: Ó Pai, a Cruz de Jesus é o sinal do vosso amor para connosco! Lembramo-nos dos crucificados, pela carência de assistência à saúde. Inspirai-nos ações que cooperem, para que uma assistência de saúde, de grande qualidade, seja um bem oferecido a todos os nossos doentes. Que a saúde se difunda sobre a terra! Rezemos: Senhor, Bom Pastor eterno, de nós tende piedade! R. Senhor, Bom Pastor eterno, de nós tende piedade! Cântico: Salmo do 30º Domingo A: Eu Vos amo, Senhor: Vós sois a minha força! 3ª Estação: Jesus cai pela primeira vez P: Nós vos adoramos e bendizemos, ó Jesus! T: Que pela vossa santa cruz, remistes o mundo! 6 L1: "Carregando a cruz, Jesus saiu para o lugar chamado Calvário" (Jo 19,17). “Caído de joelhos, ele rezava” (Lc 22,41). L2: Jesus caiu por terra. As suas quedas são um mistério de compaixão para connosco: foi a nossa fraqueza humana que Ele quis padecer para que cada homem reconheça a sua fraqueza e não confie em si mesmo mas encontre a Sua graça. Ele solidariza-se com os sofrimentos humanos, com os que são submetidos a filas ou a listas de espera, com os que são mal acolhidos, mal recebidos, mal atendidos, quando procuram um centro de saúde ou uma unidade hospitalar. Lembremo-nos: “A capacidade de aceitar o sofrimento por amor do bem, da verdade e da justiça é também constitutiva da grandeza da humanidade, porque se, em definitivo, o meu bem-estar, a minha incolumidade é mais importante do que a verdade e a justiça, então vigora o domínio do mais forte; então reinam a violência e a mentira” (Bento XVI, Spe Salvi, 38). P: Ó Deus, a cruz de Jesus é sinal de seu amor para connosco! Que este amor nos sustente nas nossas lutas em prol da vida e do auxílio às pessoas que sofrem. Nas quedas, voltemo-nos confiantes para Vós e prossigamos a nossa caminhada. Rezemos: Senhor, eterno padecente tende piedade de nós. R. Senhor, eterno padecente tem piedade de nós! Cântico: Salmo do 25º Domingo C: Louvai o Senhor, que levanta os fracos! 4ª Estação: Jesus encontra-se com sua Mãe P: Nós vos adoramos e bendizemos, ó Jesus! T: Que pela vossa santa cruz, remistes o mundo! 7 L1: "Simeão disse a Maria, mãe de Jesus: Eis que este menino vai ser causa de queda e elevação de muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. Quanto a ti, uma espada há de atravessar-te a alma. Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações" (Lc 2,34-35). L2: A cena do encontro entre Jesus e sua Mãe é de dor profunda, mas vivida na fé. Assim, também Maria se torna solidária com todos os que carregam a cruz da doença e do sofrimento. No longo caminho da cruz, não podia faltar a Mãe, atenta e piedosa, com a sua presença de ternura e consolação. “Ela é a Mãe de todos os doentes e sofredores. A Ela podemos recorrer confiantes com devoção filial, certos de que nos assistirá e não nos abandonará. Ela, Maria, é a Mãe do Crucificado Ressuscitado: permanece ao lado das nossas cruzes e acompanha-nos no caminho, rumo à ressurreição e à vida plena” (Papa Francisco, Mensagem para o Dia Mundial do Doente 2014). P: Ó Deus, a Cruz de Jesus é o sinal de vosso amor para connosco! Que a dor dos corações partidos, pelas situações de doença e mau atendimento, no campo da Saúde, sensibilize os nossos corações e faça crescer a solidariedade com os que sofrem e o empenho em prol de crescentes melhorias, no serviço a saúde integral. Rezemos: Senhor, Filho de Maria, tende piedade de nós! R. Senhor, Filho de Maria, tende piedade de nós! Cântico: Salmo do 5º domingo B: Louvai o Senhor, que salva os corações atribulados. 5ª Estação: Simão Cireneu ajuda Jesus a carregar a cruz P: Nós vos adoramos e bendizemos, ó Jesus! 8 T: Que pela vossa santa cruz, remistes o mundo! L1: "Enquanto levavam Jesus para ser crucificado, tomaram um certo Simão, da cidade de Cirene, que voltava do campo, e forçaram-no a carregar a cruz atrás de Jesus. Uma grande multidão do povo seguia Jesus" (Lc 23,26). L2: Jesus não fecha os olhos à realidade da cruz e do sofrimento, mas diz-nos que só carregando com amor a nossa e a cruz do outro é possível enfrentar, aliviando, as múltiplas provações da vida. Os que sofrem ao carregar a cruz das doenças, pela condição de fragilidade e vulnerabilidade, constituem-se em sinais dos valores que são essenciais na nossa vida, no meio de tantas coisas supérfluas. Eles tornam-se radares de alta sensibilidade. A resposta frente a esta realidade é a nossa solidariedade, de bons-samaritanos. “Quando nos aproximamos com ternura daqueles que precisam de cura, levamos a esperança e o sorriso de Deus. Quando a dedicação generosa aos demais se torna estilo das nossas ações, damos lugar ao Coração de Cristo e por Ele somos aquecidos, oferecendo assim a nossa contribuição para a chegada do Reino de Deus” (Papa Francisco, Mensagem para o Dia Mundial do Doente 2014). L3: Quantos exemplos e testemunhos heroicos encontramos nas nossas comunidades e entre os que trabalham na área da saúde, no voluntariado, na capelania, e em todas as formas de humanização. Ao ajudarem os enfermos a carregarem suas cruzes, evangelizam! Na verdade, "a grandeza da humanidade determina-se essencialmente na relação com o sofrimento e com quem sofre" (BENTO XVI, Spe Salvi, n. 38). P: Ó Deus, a cruz de Jesus é o sinal do vosso amor para connosco! Inspirai-nos ações, como a do Cireneu que tomou a Cruz de Jesus, e levai-nos a socorrer as pessoas doentes e enfermas, aliviando-lhes o sofrimento. 9 Rezemos: Senhor, cireneu da humanidade, tende piedade de nós. R. Senhor, cireneu da humanidade, tende piedade de nós. Cântico: Salmo do 5º Domingo A: Para o homem recto nascerá uma luz no meio das trevas. 6ª Estação: Verónica enxuga o rosto de Jesus P: Nós vos adoramos e bendizemos, ó Jesus! T: Que pela vossa santa cruz, remistes o mundo! L1: "Ele não tinha aparência nem beleza para atrair o nosso olhar, nem simpatia para que pudéssemos apreciá-l’O. Desprezado e rejeitado pelos homens, homem do sofrimento e experimentado na dor; era como alguém de quem a gente esconde o rosto" (Is 53,2-4). Mas “uma piedosa mulher enxugou o rosto de Jesus”. L2: No caminho da cruz a face do Senhor é desfigurada, pela fealdade dos nossos pecados. É então que os olhos do coração de Verónica, enxugam a Sua face ensanguentada e Ele a presenteia, deixando-a bem marcada no seu véu. “Quem permanece, por muito tempo, próximo das pessoas que sofrem conhece a angústia e as lágrimas, mas também o milagre da alegria, fruto do amor" (BENTO XVI). O rosto desfigurado e abatido de Jesus, o Servo Sofredor, que levamos nesta Via Sacra, até ao Calvário, pode ser visto também nos enfermos, aos quais, muitas vezes, é concedido um tratamento precário, aumentando o seu sofrimento. No entanto, do sofrimento aceite e oferecido, pela maioria dessas pessoas, podemos colher uma experiência edificante. Na Igreja, os doentes evangelizam e recordam que a nossa única e última esperança está em Deus! L3: O gesto de Verónica também nos lembra o dever de cuidar da vida. Para isso, 10 não deixemos que nenhuma barreira nos distancie dos que sofrem. “Sofrer com o outro, pelos outros; sofrer por amor da verdade e da justiça; sofrer por causa do amor e para se tornar uma pessoa que ama verdadeiramente: estes são elementos fundamentais de humanidade, o seu abandono destruiria o mesmo homem. Entretanto levanta-se uma vez mais a questão: somos capazes disto? O outro é suficientemente importante, para que por ele eu me torne uma pessoa que sofre? Para mim, a verdade é tão importante que compensa o sofrimento? A promessa do amor é assim tão grande que justifique o dom de mim mesmo? Na história da humanidade, cabe à fé cristã precisamente o mérito de ter suscitado no homem, de maneira nova e a uma nova profundidade, a capacidade dos referidos modos de sofrer que são decisivos para a sua humanidade” (Bento XVI, Spe Salvi, 39). P: Ó Deus, a cruz de Jesus é o sinal do vosso amor para connosco! Fortalecei-nos neste amor para que sejamos, a exemplo de Verónica, corajosos a socorrer a vida, em todas as situações de sofrimento, especialmente na enfermidade. Rezemos: Senhor, doce face do Servo sofredor, tende piedade de nós. R. Senhor, doce face do Servo sofredor, tende piedade de nós. Cântico: Salmo do 1º Domingo Advento B: Senhor, nosso Deus, fazei-nos voltar, mostrai-nos o vosso rosto e seremos salvos! 7ª Estação: Jesus cai pela segunda vez P: Nós vos adoramos e bendizemos, ó Jesus! T: Que pela vossa santa cruz, remistes o mundo! L1: "Desprezado e repelido pelos homens, homem das dores, acostumado ao 11 sofrimento, era como aquele de quem se desvia o rosto, pessoa desprezível e sem valor para nós" (Is 53,3). L2: Já sem forças e sofrendo as consequências da terrível flagelação, alquebrado pelo peso da cruz, invadido pela dor do abandono dos amigos, Jesus tropeçou e caiu mais uma vez. L3: Na nossa sociedade, muitas pessoas são abandonadas no sofrimento da doença, da solidão e da velhice. Seus parentes e amigos nem sempre são capazes de lhes dedicar tempo ou de permanecer com eles, com o pretexto de "tratar da sua vida, que continua". Além disso, temos aqueles abandonados em filas ou em macas, nos corredores de hospitais. É nossa vocação tornamo-nos guardadores dos outros, cuidadores dos outros. “A vocação de guardião não diz respeito apenas a nós, cristãos, mas tem uma dimensão antecedente, que é simplesmente humana e diz respeito a todos. Trata-se de guardar as pessoas, cuidar carinhosamente de todas elas e cada uma, especialmente das crianças, dos idosos, daqueles que são mais frágeis e que muitas vezes estão na periferia do nosso coração. É cuidar uns dos outros na família: os esposos guardam-se reciprocamente, depois, como pais, cuidam dos filhos, e, com o passar do tempo, os próprios filhos tornam-se guardiões dos pais. Fundamentalmente tudo está confiado à guarda do homem, e é uma responsabilidade que nos diz respeito a todos. E quando o homem falha nesta responsabilidade, quando não cuidamos da criação e dos irmãos, então encontra lugar a destruição e o coração fica ressequido” (Papa Francisco, Homilia no início do ministério, 19.03.2013)!. P: Ó Senhor, a vossa bondade compassiva reveste-Vos das nossas enfermidades 12 e torna-Vos, assim, para nós fortaleza e escudo, contra os assaltos contínuos do mal. Rezemos: Cristo, Bom Samaritano da humanidade ferida, tende piedade de nós. R. Cristo, Bom Samaritano da humanidade ferida, tende piedade de nós. Cântico: Salmo do 21º Domingo A: Pela [Por] vossa misericórdia, não nos abandoneis, Senhor. 8ª Estação: Jesus consola as mulheres de Jerusalém P: Nós vos adoramos e bendizemos, ó Jesus! T: Que pela vossa santa cruz, remistes o mundo! L1: "Seguia-o uma grande multidão do povo, bem como de mulheres que batiam no peito e choravam por ele. Jesus, porém, voltou-se para elas e disse: 'Mulheres de Jerusalém, não choreis por mim! Chorai antes por vós mesmas e pelos vossos filhos" (Lc 23,27-28). L2: Disse o Papa Francisco, na ilha de Lampedusa, ao celebrar a missa, pelas vítimas de naufrágios: “Queria que nos puséssemos uma outra pergunta: «Quem de nós chorou por este facto e por factos como este?» Quem chorou pela morte destes irmãos e irmãs? (…) Somos uma sociedade que esqueceu a experiência de chorar, de «padecer com»: a globalização da indiferença tirou-nos a capacidade de chorar! No Evangelho, ouvimos o brado, o choro, o grande lamento: «Raquel chora os seus filhos (...), porque já não existem». Herodes semeou morte para defender o seu bem-estar, a sua própria bola de sabão. E isto continua a repetir-se... Peçamos ao Senhor que apague também o que resta de Herodes no nosso coração; peçamos ao Senhor a graça de chorar pela nossa indiferença, de chorar pela crueldade que 13 há no mundo, em nós, incluindo aqueles que, no anonimato, tomam decisões socioeconómicas que abrem a estrada aos dramas como este. «Quem chorou?» Quem chorou hoje no mundo?” L3: "Chorai por vós mesmas e por vossos filhos!" Aceitar o outro que sofre significa, de facto, assumir de alguma forma o seu sofrimento, de tal modo que este se torna também meu. Mas, precisamente porque agora se tornou sofrimento compartilhado, no qual há a presença do outro, este sofrimento é penetrado pela luz do amor. A palavra latina «consolação», exprime isto mesmo de forma muito bela sugerindo um estar-com na solidão, que então deixa der ser solidão” (Bento XVI, Spe Salvi, 28). P: “Senhor, nesta Via-Sacra, pedimos-Vos perdão “pela indiferença por tantos irmãos e irmãs. Pedimos-Vos perdão, ó Pai, por quem se acomodou, e se fechou no seu próprio bem-estar que leva à anestesia do coração. Perdão, Senhor” (Papa Francisco, Homilia, Lampedusa, 8.07.2013)! Rezemos: Senhor, Vós que chorastes por Lázaro morto, tende piedade de nós. R. Senhor, Vós que chorastes por Lázaro morto, tende piedade de nós. Cântico: Salmo do 10º Domingo B: Junto do Senhor, a misericórdia. Junto do Senhor a abundância da redenção. 9ª Estação: Jesus cai pela terceira vez P: Nós vos adoramos e bendizemos, ó Jesus! T: Que pela vossa santa cruz, remistes o mundo! L1: "Eram, na verdade, os nossos sofrimentos que ele carregava, eram as nossas 14 dores que Ele levava às costas. E a gente achava que ele era um castigado, alguém por Deus ferido e massacrado" (Is 53,4). L2: Jesus passou a vida fazendo o bem, anunciou o Reino do Pai e acabou por ser rejeitado, sobretudo pelos que viam os seus interesses contrariados e não queriam um mundo novo de justiça e paz. L3: Desejamos que este mundo novo se concretize, no atendimento da saúde, muitas vezes desumano, em virtude da medicina reduzir o ser humano à sua dimensão biológica ou orgânica. É o momento de dizer «basta», à atuação de profissionais 'mecânicos e insensíveis'. Há clamor, especialmente dos mais pobres, por profissionais 'humanos e sensíveis'. O ser humano é muito mais do que sua materialidade biológica. “Todos os que trabalham [no mundo da saúde] devem distinguir-se pelo facto de que não se limitam a executar habilidosamente a ação conveniente naquele momento, mas dedicam-se ao outro com as atenções sugeridas pelo coração, de modo que ele sinta a sua riqueza de humanidade. Por isso, para tais agentes, além da preparação profissional, requer-se também e sobretudo a «formação do coração»” (Bento XVI, DCE, 31). P: Ó Deus, a cruz de Jesus é o sinal do vosso amor para connosco! Que as nossas relações, iluminadas por este amor, sejam cada vez mais condizentes com a dignidade de pessoa que nos concedestes. Rezemos: Senhor, trespassado por causa das nossas culpas, tende piedade de nós! R: Senhor, trespassado por causa das nossas culpas, tende piedade de nós! Cântico: Salmo do 20º Domingo C: Senhor, socorrei-me sem demora! 15 10ª Estação: Jesus é despido de suas vestes P: Nós vos adoramos e bendizemos, ó Jesus! T: Que pela vossa santa cruz, remistes o mundo! L1: "Depois que crucificaram Jesus, os soldados pegaram nas suas vestes e dividiram-nas em quatro partes, uma para cada soldado. A túnica era feita sem costura, uma peça só de alto a baixo. Eles combinaram: ' Não vamos rasgar a túnica. Vamos tirar sorte para ver de quem será.' Assim se cumpriu a Escritura: 'Repartiram entre si as minhas vestes e tiraram sortes sobre a minha túnica" (Jo 19,23-24). L2: Jesus entrou no mundo despojando-Se da Sua glória de Filho de Deus, para nascer Filho do Homem e o elevar a filho de Deus. Na sua vida neste mundo, Jesus renunciou à posse e ao domínio. Se o domínio é exercido de modo tirano, destrói a vida, desumaniza a pessoa, escraviza o semelhante. Por renunciar ao domínio, Jesus colocava-se a serviço de todos, mostrando um caminho de justiça e de paz. L3: É possível, em caso de insuficiência do setor público, recorrer a serviços privados, por meio de contratos, parcerias, convenções. No entanto, hoje é real o perigo de o Estado declinar, aos poucos, o seu dever de prover à saúde para todos, em detrimento da privatização do atendimento de saúde. "Repartiram entre si as minhas vestes e tiraram a sorte sobre minha túnica". P: Ó Deus, a cruz de Jesus é o sinal do vosso amor para connosco! Fortalecei-nos neste amor. Que o domínio do dinheiro não impeça um bom atendimento à saúde de todos, especialmente, aos mais necessitados. 16 Rezemos: Senhor, Filho do Homem, tende piedade de nós. R. Senhor, Filho do Homem, tende piedade de nós. Cântico: Salmo do 1º Domingo da Quaresma C: Estai comigo, Senhor, no meio da adversidade. 11ª Estação Jesus é pregado na cruz P: Nós vos adoramos e bendizemos, ó Jesus! T: Que pela vossa santa cruz, remistes o mundo! L1: "Quando chegaram ao chamado 'lugar da caveira', aí crucificaram Jesus e os malfeitores, um à sua direita e outro à sua esquerda. Todos os conhecidos de Jesus, assim como as mulheres que O acompanhavam desde a Galileia, ficaram à distância, observando coisas" (Lc 23,33-49). L2: O Corpo de Jesus estendido no madeiro da cruz é expressão absoluta do seu dom e acolhimento. Jesus exerceu o cuidado para com os seus, até o fim. A todos procurou salvar, não se descuidou desta responsabilidade. Hoje as comunidades também são chamadas à responsabilidade para com o sistema de saúde. Não podemos alhear-nos destes espaços de exercício da cidadania e da vocação cristã no mundo, apostado em oferecer a todos uma saúde integral. P: Ó Deus, a cruz de Jesus é o sinal do vosso amor para connosco! Fortalecei-nos neste amor para que não sejamos omissos, quanto às nossas responsabilidades de cidadania e de missão cristã no mundo. Dai-nos a graça do empenho, na pastoral da saúde. Rezemos: Senhor, acolhimento eterno, tende piedade de nós. R. Senhor, acolhimento eterno, tende piedade de nós. 17 Cântico: Salmo do Domingo de Ramos na Paixão do Senhor ABC: Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes? 12ª Estação: Jesus morre na cruz P: Nós vos adoramos e bendizemos, ó Jesus! T: Que pela vossa santa cruz, remistes o mundo! L1: "Então Jesus deu um forte grito: 'Pai, em vossas mãos entrego o meu espírito'. Dizendo isso, expirou. O centurião viu o que tinha acontecido, e glorificou a Deus, dizendo: «Realmente este homem era justo»!'" (Lc 23,46-48). L2: O grito de morte rasga a atmosfera cinzenta do sofrimento e da dor e ganha para nós a aurora resplandecente da vida eterna. A paixão de Cristo representa a máxima expressão do sofrimento humano, que, nesta entrega do Redentor, recebe uma significação nova e profunda, ao ser associado ao amor. A cruz de Cristo tornou-se uma fonte da qual brotam rios de água viva. Nela e por ela, "Deus amou tanto o mundo que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que n'Ele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3,16). P: Ó Deus, a cruz de Jesus é o sinal do vosso amor para connosco! Que o sofrimento aceito e a entrega no amor de teu Filho nos ajude a tomar nossas cruzes cotidianas. Senhor, fortalecei em mim a fé, a esperança e a caridade. E que eu escute de tua boca a frase que consolou tantos doentes e sofredores: «Tua fé te salvou, vai em paz!» (cf. Lc 8, 48) Rezemos: Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós! R. Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós! 18 Cântico: Salmo da Sexta-Feira da Paixão do Senhor ABC: Pai, em vossas mãos entrego o meu espírito. 13ª Estação: Jesus é descido da cruz P: Nós vos adoramos e bendizemos, ó Jesus! T: Que pela vossa santa cruz, remistes o mundo! L1: "Junto à cruz de Jesus estavam, de pé, sua mãe e a irmã de sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe: 'Mulher, eis o teu filho'. Depois disse ao discípulo: 'Eis a tua mãe!' A partir daquela hora, o discípulo acolheu-a, junto de si" (Jo 19,25-27). L2: Jesus estava morto. O silêncio invadiu o céu e a terra. Maria recebeu em seus braços o filho despedaçado, inerte e pesado. Debaixo da cruz, preparado para O receber como quem recebe o cacho maduro despegado da videira, está a Sua Mãe: arca do amor, do sofrimento e da compaixão. L3: Maria Santíssima sempre demonstrou especial solicitude para com os sofredores. Esta afirmação é confirmada por inúmeras pessoas que, sobretudo na hora da doença, acorrem aos santuários marianos para invocar a Mãe do Salvador. No aconchego de seus braços maternos, elas recobram a força para a luta e sentem-se consoladas. “Não admira que Maria, Mãe e modelo da Igreja, seja evocada e venerada como 'Saúde dos enfermos'. Como primeira e perfeita discípula do seu Filho, Ela demonstrou sempre, acompanhando o caminho da Igreja, uma solicitude especial para com os sofredores" (BENTO XVI, Discurso na celebração do Dia Mundial do doente, 2010). 19 P: Ó Deus, a cruz de Jesus é o sinal do vosso amor para connosco! Fortalecei-nos neste amor para que possamos completar a paixão de Cristo através de atitudes. Alimentai a nossa esperança para que não desanimemos em nossas lutas diante das situações de morte. Ensinai-nos a descrucificar os nossos irmãos. Que o nosso testemunho seja um silencioso grito de amor e de solidariedade. Rezemos: Cristo, cálice da Salvação, tende piedade de nós R. Cristo, cálice da Salvação, tende piedade de nós. Cântico: Salmo da Quinta-Feira da Ceia do Senhor ABC: O cálice de bênção é comunhão do Sangue de Cristo. 14ª Estação: Jesus é sepultado P: Nós vos adoramos e bendizemos, ó Jesus! T: Que pela vossa santa cruz, remistes o mundo! L1: "Em verdade, em verdade, vos digo: se o grão de trigo que cai na terra não morre, fica só. Mas, se morrer, dá muito fruto" (Jo.12,24). "José de Arimateia depositou o corpo de Jesus num túmulo que estava cavado na rocha e rolou uma pedra sobre a porta do túmulo" (Mc 15,46). L2: Sobre o monte do Calvário impõe-se um profundo silêncio. A dor já não tem lágrimas, nem palavras. Agora o Servo Sofredor, dorme, vigiado pelos guardas, mas não está sepultado com Ele a destemida esperança. Sim, porque depois do Seu profundo tormento Ele verá a luz. O sofrimento e a morte são de difícil aceitação para a humanidade. Considerando nosso contexto cultural, marcado pelo hedonismo, estas realidades geram desconforto, inquietação e até mesmo 20 revolta, pois as pessoas são impulsionadas à busca de uma felicidade ligada à noção de prazer e à rejeição de esforços. L3: Nesta Via Sacra, solidários com Jesus e unidos às comunidades e a todos as pessoas que sofrem e lutam pela vida, cremos "em Jesus Cristo que padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, desceu à mansão dos mortos". Cremos que a morte é a passagem necessária para a plenitude da vida. A última palavra de Jesus para nós não é morte, pois ele entra na morte para vencê-la. P: Ó Deus, a Cruz de Jesus é o sinal do vosso amor para connosco! Fortalecei-nos sempre nesse amor, para que produzamos frutos que alimentem a esperança na ressurreição. Rezemos: Jesus, morto por nós, tende piedade de nós. R. Jesus, morto por nós, tende piedade de nós. Cântico: Salmo do 15º Domingo A: A semente caiu em boa terra e deu muito fruto! 15ª Estação: Jesus Ressuscitado P: Nós vos adoramos e bendizemos, ó Jesus! T: Que pela vossa santa cruz, remistes o mundo! L1: "Por que buscais entre os mortos aquele que vive? Não está aqui. Ressuscitou! Lembrai-vos do que Ele vos falou, quando ainda estava na Galileia: «É necessário o Filho do Homem ser entregue nas mãos dos pecadores, ser crucificado e, no terceiro dia, ressuscitar»''. 21 L2: Ao final desta Via Sacra, reafirmamos nossa fé na ressurreição. Cremos que a ressurreição continua a acontecer também e sempre que os homens criam relações fraternas e estão mais próximos uns dos outros. Também quando os doentes são atendidos por um sistema de saúde digno, por profissionais dedicados ou são confortados e cuidados pelos familiares e pelos agentes pastorais. L3: Justamente, ao atrair sobre a situação de doença e sofrimento a ação do Ressuscitado e de seu Espírito, reside a grande importância da Pastoral da Saúde. Um doente bem cuidado e curado pela ação de Cristo, por meio das ações da Igreja, constitui uma grande alegria na terra e no céu, é primícia de vida eterna. Que a saúde se difunda sobre a terra! P: Ó Deus, a Cruz de Jesus é o sinal do vosso amor para connosco! Renovai-nos sempre na alegria da ressurreição do vosso Filho. Bendizemos o vosso nome porque no testemunho dos enfermos, podemos ver que a vida é mais forte do que a morte. Mãos postas, à Vossa beira, saiba eu, a vida inteira, guiar por Vós os meus passos! Rezemos: Cristo Ressuscitado, esperança do mortais, tende piedade de nós! R: Cristo Ressuscitado, esperança do mortais, tende piedade de nós! Cântico: Vitória, tu reinarás. Ó Cruz tu nos salvarás! Palavras de Conclusão: “Chegados ao fim desta Via Sacra, podemos responder à pergunta: o que foi que a Cruz deixou naqueles que a viram, e naqueles que a tocaram? O que deixa a Cruz em cada um de nós? Olhai! Deixa um bem que ninguém mais nos pode dar: a certeza do amor fiel de Deus por nós. Um amor tão 22 grande que entra no nosso pecado e o perdoa, entra no nosso sofrimento e nos dá a força para o poder levar, entra também na morte para a derrotar e para nos salvar. Na Cruz de Cristo, está todo o amor de Deus, está a sua imensa misericórdia. E este é um amor em que podemos confiar, em que podemos crer. Confiemos em Jesus, abandonemo-nos a Ele (cf. Papa Francisco, Lumen fidei, 16), porque Ele nunca desilude ninguém! Só em Cristo morto e ressuscitado encontramos a salvação e a redenção. Com Ele, o mal, o sofrimento e a morte não têm a última palavra, porque Ele nos dá a esperança e a vida: transformou a Cruz, deixando de ser um instrumento de ódio, de derrota, e de morte, para ser um sinal de amor, de vitória, de triunfo e de vida. Mas a Cruz de Cristo convida também a deixar-nos contagiar por este amor; ensina-nos, pois, a olhar sempre para o outro com misericórdia e amor, sobretudo quem sofre, quem tem necessidade de ajuda, quem espera uma palavra, um gesto; a Cruz nos convida a sair de nós mesmos para ir ao encontro destas pessoas e lhes estender a mão. Tantos rostos — como acabamos de evocar nesta Via-Sacra— acompanharam Jesus no caminho para o Calvário: Pilatos, o Cireneu, Maria, as mulheres... Hoje eu pergunto-vos: Com qual deles te queres parecer? Queres ser como Pilatos que não teve a coragem de ir contra a corrente para salvar a vida de Jesus, lavando-se as mãos? Diz-me: Tu é um daqueles que lava as mãos, faz de conta que não vês e olhas para o outro lado? Ou és como o Cireneu, que ajuda Jesus a levar aquele madeiro pesado, ou como Maria e as outras mulheres, que não tiveram medo de acompanhar Jesus até ao fim, com amor, com ternura? E tu, qual destes queres ser? Como Pilatos, como o Cireneu, como Maria? Agora Jesus está a olhar para ti e dizte: Queres ajudar-me a carregar a Cruz? Irmãos e irmãs, com toda a vossa força, que lhe respondeis” (Papa Francisco, Via Sacra com os jovens, Rio de Janeiro, 25.07.2013)? 23 PRECES E BÊNÇÃO DOS DOENTES P- Invoquemos o Senhor Jesus Cristo, nosso Salvador, para que conforte com a sua graça os nossos irmãos doentes, e supliquemos com toda a confiança: R. Confortai, Senhor, os doentes, internados neste Hospital. Vós que viestes ao mundo como médico dos corpos e das almas, para curar as nossas enfermidades: R. Confortai, Senhor, os doentes, internados neste Hospital. Vós que Vos apresentastes ao mundo como homem de dores, suportastes os nossos sofrimentos e tomastes sobre Vós as nossas tribulações: R. Confortai, Senhor, os doentes, internados neste Hospital. Vós que quisestes tornar-Vos semelhante em tudo aos vossos irmãos, para Vos compadecerdes deles: R. Confortai, Senhor, os doentes, internados neste Hospital. Vós que quisestes experimentar as fraquezas da natureza humana, para nos libertardes de todo o mal: R. Confortai, Senhor, os doentes, internados neste Hospital. Vós que tivestes vossa Mãe junto à cruz, associada aos vossos sofrimentos, e no-la destes como nossa Mãe: R. Confortai, Senhor, os doentes, internados neste Hospital. Vós que quisestes associar-nos à vossa paixão, para completarmos na nossa carne os vossos sofrimentos, em benefício do vosso Corpo, a santa Igreja: R. Confortai, Senhor, os doentes, internados neste Hospital. 24 Então o pároco, impondo as mãos, sobre todos os enfermos ao mesmo tempo ou sobre cada um em particular, diz a oração de bênção: P - Senhor nosso Deus, que enviastes ao mundo o vosso Filho, para tomar sobre Si os nossos sofrimentos e suportar as nossas dores, nós Vos suplicamos pelos nossos irmãos doentes: fortalecei a sua paciência e reanimai a sua esperança, para que possam, com a vossa bênção, superar a enfermidade e alcancem, com a vossa ajuda, um completo restabelecimento. Por Nosso Senhor. P- Rezemos também, e em silêncio, por todos os que aqui, nesta Hospital, trabalham, para que, à imagem do cireneu e do bom samaritano sejam vejam nos doentes o rosto de Cristo sofredor e sejam para eles a face luminosa do Cristo Consolador. Leitor: E agora, para todos os participantes nesta Via-Sacra, invoquemos a bênção de Deus, com a qual partimos, fortalecidos, para cuidar dos nossos irmãos doentes. P- E a vós todos aqui presentes, abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai, Filho + e Espírito Santo. R. Ámen. Diácono: “Não fujamos da ressurreição de Jesus; nunca nos demos por mortos, suceda o que suceder. Que nada possa mais do que a sua vida que nos impele para diante” (Papa Francisco, Evangelii Gaudium, 3)! Ide em Paz e que o Senhor vos acompanhe! R: Graças a Deus! CÂNTICO FINAL: Vitória, tu reinarás. Ó Cruz tu nos salvarás!