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Cântico inicial: Senhor, ouvi a minha súplica, o meu gemido, a minha prece!
Saudação inicial - Introdução
1. Reunimo-nos neste Hospital Pedro Hispano, que recebe o seu nome de um
famoso famoso médico, filósofo, professor e matemático português do século XIII,
que foi também o primeiro e único Papa português, entre 20 de setembro de 1276
e 20 de Maio de 1277. Saudamos e agradecemos a colaboração da direcção e
administração, bem como da capelania. Saudamos todos os que aqui trabalham:
enfermeiros, médicos, pessoal administrativo e auxiliar de saúde, mas sobretudo
saudamos os doentes e todos os que deles cuidam, com amor. É neles que mais
pensamos, é por eles que mais rezaremos, nesta noite.
2. Com este gesto, de vir aqui, à entrada e às imediações do Hospital, queremos
responder e corresponder ao apelo do Papa Francisco, de uma Igreja, «em saída»
(E.G.24),
“que vive um desejo inexaurível de oferecer misericórdia, fruto de ter
experimentado a misericórdia infinita do Pai e a sua força difusiva” (E.G.24).
Quisemos «sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as
periferias que precisam da luz do Evangelho» (E.G.20), particularmente esta dos que
sofrem, neste lugar de doença e de cura, do cuidado da vida até à morte e, por
isso mesmo, também um lugar para o exercício da esperança.
3. Vimos aqui fazer uma via-sacra, que tem como tema, as palavras do profeta
Isaías, a respeito do Servo de Deus: “Ele suportou as nossas enfermidades e tomou
sobre Si as nossas dores” (Is.53,4). Na verdade, “Jesus, com a sua cruz, atravessa os
nossos caminhos e carrega os nossos medos, os nossos problemas, os nossos
sofrimentos, mesmo os mais profundos! (…) Na Cruz de Cristo, está o sofrimento,
o pecado do homem, o nosso também, e Ele acolhe tudo com seus braços abertos,
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carrega nas suas costas as nossas cruzes e nos diz: “Coragem! Não estás sozinho a
levá-la! Eu levo-a contigo! Eu venci a morte e vim para te dar esperança, dar-te vida
(cf. Jo 3, 16)” (Papa Francisco, Via Sacra com os jovens, Rio de Janeiro, 25-.07.2013).
4. Percorrendo com humildade e fé as estações da Via Sacra poderemos sentir-nos
envolvidos pelo devastador «mistério de iniquidade»; todavia, sentir-nos-emos
também mais ternamente envolvidos pelo grande manto da compaixão divina.
Poderemos reconhecer-nos, de algum modo responsáveis pela crucifixão de
Cristo, mas veremos igualmente, no rosto do Homem das dores, as profundas e
secretas feridas do nosso coração, experimentando, assim, a infinda bondade do
Senhor, no encontro com o mistério do sofrimento.
(algumas palavras sobre a logística: quem leva a cruz, paragens, cânticos etc)
1ª Estação: Jesus é condenado à morte
P: Nós vos adoramos e bendizemos, ó Jesus!
T: Que pela vossa santa cruz, remistes o mundo!
L1: "Por ocasião da festa, Pilatos costumava soltar um preso que eles mesmos
pedissem... «Quereis que eu vos solte o Rei dos Judeus»? Ele sabia que os sumossacerdotes O tinham entregue por inveja... Eles porém, gritaram: "Crucifica-o!
"Pilatos disse-lhes: "Que mal vos fez Ele?". Eles, porém, gritaram com mais força:
"Crucifica-o!"... Pilatos, querendo satisfazer a multidão, soltou Barrabás, mandou
açoitar Jesus e entregou-o para ser crucificado" (Mc 15,6; 9b-10; 13-15).
L2: Ao fazer-se Deus-connosco, Jesus eleva a dignidade humana. E nós escutamos:
«Seja crucificado!» Não é a Cristo, Eterno Vivente, mas a si próprio, que o homem
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condena à morte, quando não se importa que a injustiça prevaleça. É pelo
homem, que o verdadeiro Homem sofre...
P: Ó Pai, a Cruz de Jesus é o sinal do vosso amor para connosco! Que o
seguimento dos seus passos nos fortaleça neste amor, nos ajude a tomar as
nossas cruzes, e nos faça próximos daqueles sofredores, que necessitam do
nosso cuidado, médico, humano ou espiritual.
Rezemos: Senhor, compaixão eterna, tende piedade de nós.
R. Senhor, compaixão eterna, tende piedade de nós.
Cântico: Salmo do 1º Domingo da Quaresma B: Todos os vossos caminhos, Senhor,
são amor e verdade.
2ª Estação: Jesus carrega a cruz
P: Nós vos adoramos e bendizemos, ó Jesus!
T: Que pela vossa santa cruz, remistes o mundo!
L1: "Carregando a sua cruz, Jesus saiu para o lugar chamado Calvário, em hebraico,
Gólgota” (Jo.19,17).
L2: O Bom Pastor, hoje e sempre, carrega toda a humanidade como carrega
alegremente a ovelha perdida. O gesto amoroso da cruz também ilumina todo o
sofrimento. Cristo sofre solidário com todo aquele que sofre e convida-o a
reencontrar o seu sofrimento, na fé, enriquecido de novo conteúdo e de novo
significado, a exemplo de São Paulo que disse: "com Cristo estou crucificado. Já
não sou Eu que vivo: é Cristo que vive em mim" (Gl 2,19). “A sociedade não pode
aceitar os que sofrem e apoiá-los no seu sofrimento, se os próprios indivíduos não
são capazes disso mesmo; e, por outro lado, o indivíduo não pode aceitar o
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sofrimento do outro, se ele pessoalmente não consegue encontrar no sofrimento
um sentido, um caminho de purificação e de amadurecimento, um caminho de
esperança. Aceitar o outro que sofre significa, de facto, assumir de alguma forma o
seu sofrimento, de tal modo que este se torna também meu” (Bento XVI, Spe Salvi, 38).
Leitor 3: Nesta via-sacra, queremos lembrar especialmente aqueles que sofrem e
morrem, aos poucos, carentes da assistência de saúde adequada. É um
sofrimento que clama por justiça! Lembremo-nos: “É preciso fazer tudo o
possível para diminuir o sofrimento: impedir, na medida do possível, o sofrimento
dos inocentes; amenizar as dores; ajudar a superar os sofrimentos psíquicos. Todos
estes são deveres tanto da justiça, como da caridade, que se inserem nas exigências
fundamentais da existência cristã e de cada vida verdadeiramente humana”
(Bento XVI, Spe Salvi, 36).
P: Ó Pai, a Cruz de Jesus é o sinal do vosso amor para connosco! Lembramo-nos
dos crucificados, pela carência de assistência à saúde. Inspirai-nos ações que
cooperem, para que uma assistência de saúde, de grande qualidade, seja um
bem oferecido a todos os nossos doentes. Que a saúde se difunda sobre a terra!
Rezemos: Senhor, Bom Pastor eterno, de nós tende piedade!
R. Senhor, Bom Pastor eterno, de nós tende piedade!
Cântico: Salmo do 30º Domingo A: Eu Vos amo, Senhor: Vós sois a minha força!
3ª Estação: Jesus cai pela primeira vez
P: Nós vos adoramos e bendizemos, ó Jesus!
T: Que pela vossa santa cruz, remistes o mundo!
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L1: "Carregando a cruz, Jesus saiu para o lugar chamado Calvário" (Jo 19,17). “Caído
de joelhos, ele rezava” (Lc 22,41).
L2: Jesus caiu por terra. As suas quedas são um mistério de compaixão para
connosco: foi a nossa fraqueza humana que Ele quis padecer para que cada
homem reconheça a sua fraqueza e não confie em si mesmo mas encontre a Sua
graça. Ele solidariza-se com os sofrimentos humanos, com os que são
submetidos a filas ou a listas de espera, com os que são mal acolhidos, mal
recebidos, mal atendidos, quando procuram um centro de saúde ou uma
unidade hospitalar. Lembremo-nos: “A capacidade de aceitar o sofrimento por
amor do bem, da verdade e da justiça é também constitutiva da grandeza da
humanidade, porque se, em definitivo, o meu bem-estar, a minha incolumidade é
mais importante do que a verdade e a justiça, então vigora o domínio do mais forte;
então reinam a violência e a mentira” (Bento XVI, Spe Salvi, 38).
P: Ó Deus, a cruz de Jesus é sinal de seu amor para connosco! Que este amor nos
sustente nas nossas lutas em prol da vida e do auxílio às pessoas que sofrem.
Nas quedas, voltemo-nos confiantes para Vós e prossigamos a nossa caminhada.
Rezemos: Senhor, eterno padecente tende piedade de nós.
R. Senhor, eterno padecente tem piedade de nós!
Cântico: Salmo do 25º Domingo C: Louvai o Senhor, que levanta os fracos!
4ª Estação: Jesus encontra-se com sua Mãe
P: Nós vos adoramos e bendizemos, ó Jesus!
T: Que pela vossa santa cruz, remistes o mundo!
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L1: "Simeão disse a Maria, mãe de Jesus: Eis que este menino vai ser causa de queda e
elevação de muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. Quanto a ti, uma
espada há de atravessar-te a alma. Assim serão revelados os pensamentos de muitos
corações" (Lc 2,34-35).
L2: A cena do encontro entre Jesus e sua Mãe é de dor profunda, mas vivida na fé.
Assim, também Maria se torna solidária com todos os que carregam a cruz da
doença e do sofrimento. No longo caminho da cruz, não podia faltar a Mãe, atenta
e piedosa, com a sua presença de ternura e consolação. “Ela é a Mãe de todos os
doentes e sofredores. A Ela podemos recorrer confiantes com devoção filial, certos
de que nos assistirá e não nos abandonará. Ela, Maria, é a Mãe do Crucificado
Ressuscitado: permanece ao lado das nossas cruzes e acompanha-nos no caminho,
rumo à ressurreição e à vida plena” (Papa Francisco, Mensagem para o Dia Mundial do Doente
2014).
P: Ó Deus, a Cruz de Jesus é o sinal de vosso amor para connosco! Que a dor dos
corações partidos, pelas situações de doença e mau atendimento, no campo da
Saúde, sensibilize os nossos corações e faça crescer a solidariedade com os que
sofrem e o empenho em prol de crescentes melhorias, no serviço a saúde integral.
Rezemos: Senhor, Filho de Maria, tende piedade de nós!
R. Senhor, Filho de Maria, tende piedade de nós!
Cântico: Salmo do 5º domingo B: Louvai o Senhor, que salva os corações
atribulados.
5ª Estação: Simão Cireneu ajuda Jesus a carregar a cruz
P: Nós vos adoramos e bendizemos, ó Jesus!
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T: Que pela vossa santa cruz, remistes o mundo!
L1: "Enquanto levavam Jesus para ser crucificado, tomaram um certo Simão, da
cidade de Cirene, que voltava do campo, e forçaram-no a carregar a cruz atrás de
Jesus. Uma grande multidão do povo seguia Jesus" (Lc 23,26).
L2: Jesus não fecha os olhos à realidade da cruz e do sofrimento, mas diz-nos
que só carregando com amor a nossa e a cruz do outro é possível enfrentar,
aliviando, as múltiplas provações da vida. Os que sofrem ao carregar a cruz das
doenças, pela condição de fragilidade e vulnerabilidade, constituem-se em sinais
dos valores que são essenciais na nossa vida, no meio de tantas coisas supérfluas.
Eles tornam-se radares de alta sensibilidade. A resposta frente a esta realidade é
a nossa solidariedade, de bons-samaritanos. “Quando nos aproximamos com
ternura daqueles que precisam de cura, levamos a esperança e o sorriso de Deus.
Quando a dedicação generosa aos demais se torna estilo das nossas ações, damos
lugar ao Coração de Cristo e por Ele somos aquecidos, oferecendo assim a nossa
contribuição para a chegada do Reino de Deus” (Papa Francisco, Mensagem para o Dia
Mundial do Doente 2014).
L3: Quantos exemplos e testemunhos heroicos encontramos nas nossas
comunidades e entre os que trabalham na área da saúde, no voluntariado, na
capelania, e em todas as formas de humanização. Ao ajudarem os enfermos a
carregarem suas cruzes, evangelizam! Na verdade, "a grandeza da humanidade
determina-se essencialmente na relação com o sofrimento e com quem sofre"
(BENTO XVI, Spe Salvi, n. 38).
P: Ó Deus, a cruz de Jesus é o sinal do vosso amor para connosco! Inspirai-nos
ações, como a do Cireneu que tomou a Cruz de Jesus, e levai-nos a socorrer as
pessoas doentes e enfermas, aliviando-lhes o sofrimento.
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Rezemos: Senhor, cireneu da humanidade, tende piedade de nós.
R. Senhor, cireneu da humanidade, tende piedade de nós.
Cântico: Salmo do 5º Domingo A: Para o homem recto nascerá uma luz no meio
das trevas.
6ª Estação: Verónica enxuga o rosto de Jesus
P: Nós vos adoramos e bendizemos, ó Jesus!
T: Que pela vossa santa cruz, remistes o mundo!
L1: "Ele não tinha aparência nem beleza para atrair o nosso olhar, nem simpatia
para que pudéssemos apreciá-l’O. Desprezado e rejeitado pelos homens, homem do
sofrimento e experimentado na dor; era como alguém de quem a gente esconde o
rosto" (Is 53,2-4). Mas “uma piedosa mulher enxugou o rosto de Jesus”.
L2: No caminho da cruz a face do Senhor é desfigurada, pela fealdade dos
nossos pecados. É então que os olhos do coração de Verónica, enxugam a Sua
face ensanguentada e Ele a presenteia, deixando-a bem marcada no seu véu.
“Quem permanece, por muito tempo, próximo das pessoas que sofrem conhece a
angústia e as lágrimas, mas também o milagre da alegria, fruto do amor" (BENTO
XVI). O
rosto desfigurado e abatido de Jesus, o Servo Sofredor, que levamos
nesta Via Sacra, até ao Calvário, pode ser visto também nos enfermos, aos quais,
muitas vezes, é concedido um tratamento precário, aumentando o seu
sofrimento. No entanto, do sofrimento aceite e oferecido, pela maioria dessas
pessoas, podemos colher uma experiência edificante. Na Igreja, os doentes
evangelizam e recordam que a nossa única e última esperança está em Deus!
L3: O gesto de Verónica também nos lembra o dever de cuidar da vida. Para isso,
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não deixemos que nenhuma barreira nos distancie dos que sofrem. “Sofrer com
o outro, pelos outros; sofrer por amor da verdade e da justiça; sofrer por causa do
amor e para se tornar uma pessoa que ama verdadeiramente: estes são elementos
fundamentais de humanidade, o seu abandono destruiria o mesmo homem.
Entretanto levanta-se uma vez mais a questão: somos capazes disto? O outro é
suficientemente importante, para que por ele eu me torne uma pessoa que sofre?
Para mim, a verdade é tão importante que compensa o sofrimento? A promessa do
amor é assim tão grande que justifique o dom de mim mesmo? Na história da
humanidade, cabe à fé cristã precisamente o mérito de ter suscitado no homem, de
maneira nova e a uma nova profundidade, a capacidade dos referidos modos de
sofrer que são decisivos para a sua humanidade” (Bento XVI, Spe Salvi, 39).
P: Ó Deus, a cruz de Jesus é o sinal do vosso amor para connosco! Fortalecei-nos
neste amor para que sejamos, a exemplo de Verónica, corajosos a socorrer a
vida, em todas as situações de sofrimento, especialmente na enfermidade.
Rezemos: Senhor, doce face do Servo sofredor, tende piedade de nós.
R. Senhor, doce face do Servo sofredor, tende piedade de nós.
Cântico: Salmo do 1º Domingo Advento B: Senhor, nosso Deus, fazei-nos voltar,
mostrai-nos o vosso rosto e seremos salvos!
7ª Estação: Jesus cai pela segunda vez
P: Nós vos adoramos e bendizemos, ó Jesus!
T: Que pela vossa santa cruz, remistes o mundo!
L1: "Desprezado e repelido pelos homens, homem das dores, acostumado ao
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sofrimento, era como aquele de quem se desvia o rosto, pessoa desprezível e sem
valor para nós" (Is 53,3).
L2: Já sem forças e sofrendo as consequências da terrível flagelação, alquebrado
pelo peso da cruz, invadido pela dor do abandono dos amigos, Jesus tropeçou e
caiu mais uma vez.
L3: Na nossa sociedade, muitas pessoas são abandonadas no sofrimento da
doença, da solidão e da velhice. Seus parentes e amigos nem sempre são
capazes de lhes dedicar tempo ou de permanecer com eles, com o pretexto de
"tratar da sua vida, que continua". Além disso, temos aqueles abandonados em
filas ou em macas, nos corredores de hospitais. É nossa vocação tornamo-nos
guardadores dos outros, cuidadores dos outros. “A vocação de guardião não diz
respeito apenas a nós, cristãos, mas tem uma dimensão antecedente, que é
simplesmente humana e diz respeito a todos. Trata-se de guardar as pessoas,
cuidar carinhosamente de todas elas e cada uma, especialmente das crianças, dos
idosos, daqueles que são mais frágeis e que muitas vezes estão na periferia do
nosso coração. É cuidar uns dos outros na família: os esposos guardam-se
reciprocamente, depois, como pais, cuidam dos filhos, e, com o passar do tempo,
os próprios filhos tornam-se guardiões dos pais. Fundamentalmente tudo está
confiado à guarda do homem, e é uma responsabilidade que nos diz respeito a
todos. E quando o homem falha nesta responsabilidade, quando não cuidamos da
criação e dos irmãos, então encontra lugar a destruição e o coração fica
ressequido” (Papa Francisco, Homilia no início do ministério, 19.03.2013)!.
P: Ó Senhor, a vossa bondade compassiva reveste-Vos das nossas enfermidades
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e torna-Vos, assim, para nós fortaleza e escudo, contra os assaltos contínuos do
mal.
Rezemos: Cristo, Bom Samaritano da humanidade ferida, tende piedade de nós.
R. Cristo, Bom Samaritano da humanidade ferida, tende piedade de nós.
Cântico: Salmo do 21º Domingo A: Pela [Por] vossa misericórdia, não nos
abandoneis, Senhor.
8ª Estação: Jesus consola as mulheres de Jerusalém
P: Nós vos adoramos e bendizemos, ó Jesus!
T: Que pela vossa santa cruz, remistes o mundo!
L1: "Seguia-o uma grande multidão do povo, bem como de mulheres que batiam no
peito e choravam por ele. Jesus, porém, voltou-se para elas e disse: 'Mulheres de
Jerusalém, não choreis por mim! Chorai antes por vós mesmas e pelos vossos
filhos" (Lc 23,27-28).
L2: Disse o Papa Francisco, na ilha de Lampedusa, ao celebrar a missa, pelas
vítimas de naufrágios: “Queria que nos puséssemos uma outra pergunta: «Quem
de nós chorou por este facto e por factos como este?» Quem chorou pela morte
destes irmãos e irmãs? (…) Somos uma sociedade que esqueceu a experiência de
chorar, de «padecer com»: a globalização da indiferença tirou-nos a capacidade de
chorar! No Evangelho, ouvimos o brado, o choro, o grande lamento: «Raquel chora
os seus filhos (...), porque já não existem». Herodes semeou morte para defender o
seu bem-estar, a sua própria bola de sabão. E isto continua a repetir-se... Peçamos
ao Senhor que apague também o que resta de Herodes no nosso coração; peçamos
ao Senhor a graça de chorar pela nossa indiferença, de chorar pela crueldade que
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há no mundo, em nós, incluindo aqueles que, no anonimato, tomam decisões
socioeconómicas que abrem a estrada aos dramas como este. «Quem chorou?»
Quem chorou hoje no mundo?”
L3: "Chorai por vós mesmas e por vossos filhos!" Aceitar o outro que sofre significa,
de facto, assumir de alguma forma o seu sofrimento, de tal modo que este se torna
também meu. Mas, precisamente porque agora se tornou sofrimento
compartilhado, no qual há a presença do outro, este sofrimento é penetrado pela
luz do amor. A palavra latina «consolação», exprime isto mesmo de forma muito
bela sugerindo um estar-com na solidão, que então deixa der ser solidão” (Bento XVI,
Spe Salvi, 28).
P: “Senhor, nesta Via-Sacra, pedimos-Vos perdão “pela indiferença por tantos
irmãos e irmãs. Pedimos-Vos perdão, ó Pai, por quem se acomodou, e se fechou no
seu próprio bem-estar que leva à anestesia do coração. Perdão, Senhor” (Papa
Francisco, Homilia, Lampedusa, 8.07.2013)!
Rezemos: Senhor, Vós que chorastes por Lázaro morto, tende piedade de nós.
R. Senhor, Vós que chorastes por Lázaro morto, tende piedade de nós.
Cântico: Salmo do 10º Domingo B: Junto do Senhor, a misericórdia. Junto do Senhor a
abundância da redenção.
9ª Estação: Jesus cai pela terceira vez
P: Nós vos adoramos e bendizemos, ó Jesus!
T: Que pela vossa santa cruz, remistes o mundo!
L1: "Eram, na verdade, os nossos sofrimentos que ele carregava, eram as nossas
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dores que Ele levava às costas. E a gente achava que ele era um castigado, alguém
por Deus ferido e massacrado" (Is 53,4).
L2: Jesus passou a vida fazendo o bem, anunciou o Reino do Pai e acabou por ser
rejeitado, sobretudo pelos que viam os seus interesses contrariados e não
queriam um mundo novo de justiça e paz.
L3: Desejamos que este mundo novo se concretize, no atendimento da saúde,
muitas vezes desumano, em virtude da medicina reduzir o ser humano à sua
dimensão biológica ou orgânica. É o momento de dizer «basta», à atuação de
profissionais 'mecânicos e insensíveis'. Há clamor, especialmente dos mais pobres,
por profissionais 'humanos e sensíveis'. O ser humano é muito mais do que sua
materialidade biológica. “Todos os que trabalham [no mundo da saúde] devem
distinguir-se pelo facto de que não se limitam a executar habilidosamente a ação
conveniente naquele momento, mas dedicam-se ao outro com as atenções
sugeridas pelo coração, de modo que ele sinta a sua riqueza de humanidade. Por
isso, para tais agentes, além da preparação profissional, requer-se também e
sobretudo a «formação do coração»” (Bento XVI, DCE, 31).
P: Ó Deus, a cruz de Jesus é o sinal do vosso amor para connosco! Que as nossas
relações, iluminadas por este amor, sejam cada vez mais condizentes com a
dignidade de pessoa que nos concedestes.
Rezemos: Senhor, trespassado por causa das nossas culpas, tende piedade de
nós!
R: Senhor, trespassado por causa das nossas culpas, tende piedade de nós!
Cântico: Salmo do 20º Domingo C: Senhor, socorrei-me sem demora!
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10ª Estação: Jesus é despido de suas vestes
P: Nós vos adoramos e bendizemos, ó Jesus!
T: Que pela vossa santa cruz, remistes o mundo!
L1: "Depois que crucificaram Jesus, os soldados pegaram nas suas vestes e
dividiram-nas em quatro partes, uma para cada soldado. A túnica era feita sem
costura, uma peça só de alto a baixo. Eles combinaram: ' Não vamos rasgar a túnica.
Vamos tirar sorte para ver de quem será.' Assim se cumpriu a Escritura:
'Repartiram entre si as minhas vestes e tiraram sortes sobre a minha túnica" (Jo
19,23-24).
L2: Jesus entrou no mundo despojando-Se da Sua glória de Filho de Deus, para
nascer Filho do Homem e o elevar a filho de Deus. Na sua vida neste mundo,
Jesus renunciou à posse e ao domínio. Se o domínio é exercido de modo tirano,
destrói a vida, desumaniza a pessoa, escraviza o semelhante. Por renunciar ao
domínio, Jesus colocava-se a serviço de todos, mostrando um caminho de justiça
e de paz.
L3: É possível, em caso de insuficiência do setor público, recorrer a serviços
privados, por meio de contratos, parcerias, convenções. No entanto, hoje é real
o perigo de o Estado declinar, aos poucos, o seu dever de prover à saúde para
todos, em detrimento da privatização do atendimento de saúde. "Repartiram
entre si as minhas vestes e tiraram a sorte sobre minha túnica".
P: Ó Deus, a cruz de Jesus é o sinal do vosso amor para connosco! Fortalecei-nos
neste amor. Que o domínio do dinheiro não impeça um bom atendimento à
saúde de todos, especialmente, aos mais necessitados.
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Rezemos: Senhor, Filho do Homem, tende piedade de nós.
R. Senhor, Filho do Homem, tende piedade de nós.
Cântico: Salmo do 1º Domingo da Quaresma C: Estai comigo, Senhor, no meio da
adversidade.
11ª Estação Jesus é pregado na cruz
P: Nós vos adoramos e bendizemos, ó Jesus!
T: Que pela vossa santa cruz, remistes o mundo!
L1: "Quando chegaram ao chamado 'lugar da caveira', aí crucificaram Jesus e os
malfeitores, um à sua direita e outro à sua esquerda. Todos os conhecidos de Jesus,
assim como as mulheres que O acompanhavam desde a Galileia, ficaram à distância,
observando coisas" (Lc 23,33-49).
L2: O Corpo de Jesus estendido no madeiro da cruz é expressão absoluta do seu
dom e acolhimento. Jesus exerceu o cuidado para com os seus, até o fim. A
todos procurou salvar, não se descuidou desta responsabilidade. Hoje as
comunidades também são chamadas à responsabilidade para com o sistema de
saúde. Não podemos alhear-nos destes espaços de exercício da cidadania e da
vocação cristã no mundo, apostado em oferecer a todos uma saúde integral.
P: Ó Deus, a cruz de Jesus é o sinal do vosso amor para connosco! Fortalecei-nos
neste amor para que não sejamos omissos, quanto às nossas responsabilidades
de cidadania e de missão cristã no mundo. Dai-nos a graça do empenho, na
pastoral da saúde.
Rezemos: Senhor, acolhimento eterno, tende piedade de nós.
R. Senhor, acolhimento eterno, tende piedade de nós.
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Cântico: Salmo do Domingo de Ramos na Paixão do Senhor ABC: Meu Deus, meu
Deus, porque me abandonastes?
12ª Estação: Jesus morre na cruz
P: Nós vos adoramos e bendizemos, ó Jesus!
T: Que pela vossa santa cruz, remistes o mundo!
L1: "Então Jesus deu um forte grito: 'Pai, em vossas mãos entrego o meu espírito'.
Dizendo isso, expirou. O centurião viu o que tinha acontecido, e glorificou a Deus,
dizendo: «Realmente este homem era justo»!'" (Lc 23,46-48).
L2: O grito de morte rasga a atmosfera cinzenta do sofrimento e da dor e ganha
para nós a aurora resplandecente da vida eterna. A paixão de Cristo representa a
máxima expressão do sofrimento humano, que, nesta entrega do Redentor,
recebe uma significação nova e profunda, ao ser associado ao amor. A cruz de
Cristo tornou-se uma fonte da qual brotam rios de água viva. Nela e por ela,
"Deus amou tanto o mundo que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele
que n'Ele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3,16).
P: Ó Deus, a cruz de Jesus é o sinal do vosso amor para connosco! Que o
sofrimento aceito e a entrega no amor de teu Filho nos ajude a tomar nossas
cruzes cotidianas. Senhor, fortalecei em mim a fé, a esperança e a caridade. E
que eu escute de tua boca a frase que consolou tantos doentes e sofredores:
«Tua fé te salvou, vai em paz!» (cf. Lc 8, 48)
Rezemos: Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, tende piedade de
nós!
R. Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós!
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Cântico: Salmo da Sexta-Feira da Paixão do Senhor ABC: Pai, em vossas mãos
entrego o meu espírito.
13ª Estação: Jesus é descido da cruz
P: Nós vos adoramos e bendizemos, ó Jesus!
T: Que pela vossa santa cruz, remistes o mundo!
L1: "Junto à cruz de Jesus estavam, de pé, sua mãe e a irmã de sua mãe, Maria de
Cléofas, e Maria Madalena. Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele
amava, disse à mãe: 'Mulher, eis o teu filho'. Depois disse ao discípulo: 'Eis a tua
mãe!' A partir daquela hora, o discípulo acolheu-a, junto de si" (Jo 19,25-27).
L2: Jesus estava morto. O silêncio invadiu o céu e a terra. Maria recebeu em seus
braços o filho despedaçado, inerte e pesado. Debaixo da cruz, preparado para O
receber como quem recebe o cacho maduro despegado da videira, está a Sua
Mãe: arca do amor, do sofrimento e da compaixão.
L3: Maria Santíssima sempre demonstrou especial solicitude para com os
sofredores. Esta afirmação é confirmada por inúmeras pessoas que, sobretudo
na hora da doença, acorrem aos santuários marianos para invocar a Mãe do
Salvador. No aconchego de seus braços maternos, elas recobram a força para a
luta e sentem-se consoladas. “Não admira que Maria, Mãe e modelo da Igreja, seja
evocada e venerada como 'Saúde dos enfermos'. Como primeira e perfeita discípula
do seu Filho, Ela demonstrou sempre, acompanhando o caminho da Igreja, uma
solicitude especial para com os sofredores" (BENTO XVI, Discurso na celebração do Dia
Mundial do doente, 2010).
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P: Ó Deus, a cruz de Jesus é o sinal do vosso amor para connosco! Fortalecei-nos
neste amor para que possamos completar a paixão de Cristo através de atitudes.
Alimentai a nossa esperança para que não desanimemos em nossas lutas diante
das situações de morte. Ensinai-nos a descrucificar os nossos irmãos. Que o nosso
testemunho seja um silencioso grito de amor e de solidariedade.
Rezemos: Cristo, cálice da Salvação, tende piedade de nós
R. Cristo, cálice da Salvação, tende piedade de nós.
Cântico: Salmo da Quinta-Feira da Ceia do Senhor ABC: O cálice de bênção é
comunhão do Sangue de Cristo.
14ª Estação: Jesus é sepultado
P: Nós vos adoramos e bendizemos, ó Jesus!
T: Que pela vossa santa cruz, remistes o mundo!
L1: "Em verdade, em verdade, vos digo: se o grão de trigo que cai na terra não
morre, fica só. Mas, se morrer, dá muito fruto" (Jo.12,24). "José de Arimateia
depositou o corpo de Jesus num túmulo que estava cavado na rocha e rolou uma
pedra sobre a porta do túmulo" (Mc 15,46).
L2: Sobre o monte do Calvário impõe-se um profundo silêncio. A dor já não tem
lágrimas, nem palavras. Agora o Servo Sofredor, dorme, vigiado pelos guardas,
mas não está sepultado com Ele a destemida esperança. Sim, porque depois do
Seu profundo tormento Ele verá a luz. O sofrimento e a morte são de difícil
aceitação para a humanidade. Considerando nosso contexto cultural, marcado
pelo hedonismo, estas realidades geram desconforto, inquietação e até mesmo
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revolta, pois as pessoas são impulsionadas à busca de uma felicidade ligada à
noção de prazer e à rejeição de esforços.
L3: Nesta Via Sacra, solidários com Jesus e unidos às comunidades e a todos as
pessoas que sofrem e lutam pela vida, cremos "em Jesus Cristo que padeceu sob
Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, desceu à mansão dos mortos".
Cremos que a morte é a passagem necessária para a plenitude da vida. A última
palavra de Jesus para nós não é morte, pois ele entra na morte para vencê-la.
P: Ó Deus, a Cruz de Jesus é o sinal do vosso amor para connosco! Fortalecei-nos
sempre nesse amor, para que produzamos frutos que alimentem a esperança na
ressurreição.
Rezemos: Jesus, morto por nós, tende piedade de nós.
R. Jesus, morto por nós, tende piedade de nós.
Cântico: Salmo do 15º Domingo A: A semente caiu em boa terra e deu muito
fruto!
15ª Estação: Jesus Ressuscitado
P: Nós vos adoramos e bendizemos, ó Jesus!
T: Que pela vossa santa cruz, remistes o mundo!
L1: "Por que buscais entre os mortos aquele que vive? Não está aqui. Ressuscitou!
Lembrai-vos do que Ele vos falou, quando ainda estava na Galileia: «É necessário o
Filho do Homem ser entregue nas mãos dos pecadores, ser crucificado e, no
terceiro dia, ressuscitar»''.
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L2: Ao final desta Via Sacra, reafirmamos nossa fé na ressurreição. Cremos que a
ressurreição continua a acontecer também e sempre que os homens criam
relações fraternas e estão mais próximos uns dos outros. Também quando os
doentes são atendidos por um sistema de saúde digno, por profissionais
dedicados ou são confortados e cuidados pelos familiares e pelos agentes
pastorais.
L3: Justamente, ao atrair sobre a situação de doença e sofrimento a ação do
Ressuscitado e de seu Espírito, reside a grande importância da Pastoral da Saúde.
Um doente bem cuidado e curado pela ação de Cristo, por meio das ações da
Igreja, constitui uma grande alegria na terra e no céu, é primícia de vida eterna.
Que a saúde se difunda sobre a terra!
P: Ó Deus, a Cruz de Jesus é o sinal do vosso amor para connosco! Renovai-nos
sempre na alegria da ressurreição do vosso Filho. Bendizemos o vosso nome
porque no testemunho dos enfermos, podemos ver que a vida é mais forte do
que a morte. Mãos postas, à Vossa beira, saiba eu, a vida inteira, guiar por Vós os
meus passos!
Rezemos: Cristo Ressuscitado, esperança do mortais, tende piedade de nós!
R: Cristo Ressuscitado, esperança do mortais, tende piedade de nós!
Cântico: Vitória, tu reinarás. Ó Cruz tu nos salvarás!
Palavras de Conclusão: “Chegados ao fim desta Via Sacra, podemos responder à
pergunta: o que foi que a Cruz deixou naqueles que a viram, e naqueles que a
tocaram? O que deixa a Cruz em cada um de nós? Olhai! Deixa um bem que
ninguém mais nos pode dar: a certeza do amor fiel de Deus por nós. Um amor tão
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grande que entra no nosso pecado e o perdoa, entra no nosso sofrimento e nos
dá a força para o poder levar, entra também na morte para a derrotar e para nos
salvar. Na Cruz de Cristo, está todo o amor de Deus, está a sua imensa misericórdia.
E este é um amor em que podemos confiar, em que podemos crer.
Confiemos em Jesus, abandonemo-nos a Ele (cf. Papa Francisco, Lumen fidei, 16), porque
Ele nunca desilude ninguém! Só em Cristo morto e ressuscitado encontramos a
salvação e a redenção. Com Ele, o mal, o sofrimento e a morte não têm a última
palavra, porque Ele nos dá a esperança e a vida: transformou a Cruz, deixando de
ser um instrumento de ódio, de derrota, e de morte, para ser um sinal de amor, de
vitória, de triunfo e de vida. Mas a Cruz de Cristo convida também a deixar-nos
contagiar por este amor; ensina-nos, pois, a olhar sempre para o outro com
misericórdia e amor, sobretudo quem sofre, quem tem necessidade de ajuda,
quem espera uma palavra, um gesto; a Cruz nos convida a sair de nós mesmos
para ir ao encontro destas pessoas e lhes estender a mão.
Tantos rostos — como acabamos de evocar nesta Via-Sacra— acompanharam
Jesus no caminho para o Calvário: Pilatos, o Cireneu, Maria, as mulheres... Hoje eu
pergunto-vos: Com qual deles te queres parecer? Queres ser como Pilatos que não
teve a coragem de ir contra a corrente para salvar a vida de Jesus, lavando-se as
mãos? Diz-me: Tu é um daqueles que lava as mãos, faz de conta que não vês e
olhas para o outro lado? Ou és como o Cireneu, que ajuda Jesus a levar aquele
madeiro pesado, ou como Maria e as outras mulheres, que não tiveram medo de
acompanhar Jesus até ao fim, com amor, com ternura? E tu, qual destes queres ser?
Como Pilatos, como o Cireneu, como Maria? Agora Jesus está a olhar para ti e dizte: Queres ajudar-me a carregar a Cruz? Irmãos e irmãs, com toda a vossa força,
que lhe respondeis” (Papa Francisco, Via Sacra com os jovens, Rio de Janeiro, 25.07.2013)?
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PRECES E BÊNÇÃO DOS DOENTES
P- Invoquemos o Senhor Jesus Cristo, nosso Salvador, para que conforte com a
sua graça os nossos irmãos doentes, e supliquemos com toda a confiança:
R. Confortai, Senhor, os doentes, internados neste Hospital.
Vós que viestes ao mundo como médico dos corpos e das almas, para curar as
nossas enfermidades:
R. Confortai, Senhor, os doentes, internados neste Hospital.
Vós que Vos apresentastes ao mundo como homem de dores, suportastes os
nossos sofrimentos e tomastes sobre Vós as nossas tribulações:
R. Confortai, Senhor, os doentes, internados neste Hospital.
Vós que quisestes tornar-Vos semelhante em tudo aos vossos irmãos, para Vos
compadecerdes deles:
R. Confortai, Senhor, os doentes, internados neste Hospital.
Vós que quisestes experimentar as fraquezas da natureza humana, para nos
libertardes de todo o mal:
R. Confortai, Senhor, os doentes, internados neste Hospital.
Vós que tivestes vossa Mãe junto à cruz, associada aos vossos sofrimentos, e no-la
destes como nossa Mãe:
R. Confortai, Senhor, os doentes, internados neste Hospital.
Vós que quisestes associar-nos à vossa paixão, para completarmos na nossa carne
os vossos sofrimentos, em benefício do vosso Corpo, a santa Igreja:
R. Confortai, Senhor, os doentes, internados neste Hospital.
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Então o pároco, impondo as mãos, sobre todos os enfermos ao mesmo tempo ou
sobre cada um em particular, diz a oração de bênção:
P - Senhor nosso Deus, que enviastes ao mundo o vosso Filho, para tomar sobre Si
os nossos sofrimentos e suportar as nossas dores, nós Vos suplicamos pelos
nossos irmãos doentes: fortalecei a sua paciência e reanimai a sua esperança, para
que possam, com a vossa bênção, superar a enfermidade e alcancem, com a vossa
ajuda, um completo restabelecimento. Por Nosso Senhor.
P- Rezemos também, e em silêncio, por todos os que aqui, nesta Hospital,
trabalham, para que, à imagem do cireneu e do bom samaritano sejam vejam nos
doentes o rosto de Cristo sofredor e sejam para eles a face luminosa do Cristo
Consolador.
Leitor: E agora, para todos os participantes nesta Via-Sacra, invoquemos a bênção
de Deus, com a qual partimos, fortalecidos, para cuidar dos nossos irmãos doentes.
P- E a vós todos aqui presentes, abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai, Filho + e
Espírito Santo. R. Ámen.
Diácono:
“Não fujamos da ressurreição de Jesus; nunca nos demos por mortos, suceda o
que suceder. Que nada possa mais do que a sua vida que nos impele para diante”
(Papa Francisco, Evangelii Gaudium, 3)! Ide em Paz e que o Senhor vos acompanhe!
R: Graças a Deus!
CÂNTICO FINAL: Vitória, tu reinarás. Ó Cruz tu nos salvarás!
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