A INFLUÊNCIA DO REATOR PARTIDA PROGRAMADA NA VIDA DA LÂMPADA FLUORESCENTE T5 Anderson S. dos Santos and Marcelo Toss Reinaldo Tonkoski and Fernando Soares dos Reis Intral S.A. – Indústria de Materiais Elétricos Laboratório de Reatores Eletrônicos 95098-750 – Caxias do Sul – RS – Brasil Fax: +55.54.2091417 e-mail: [email protected] Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul PUCRS – PPGE - LEPUC 90619-900 – Porto Alegre – RS – Brasil Fax: +55.51.3320.3500 e-mail: [email protected] Resumo – Neste artigo é realizado uma análise da influência do reator partida programada na vida da lâmpada fluorescente T5. Diferentes testes de ciclos rápidos são avaliados, incluindo um teste de ciclo realizado na indústria, para verificar o comportamento da vida da lâmpada fluorescente T5 sobre diferentes métodos de partida. Um reator eletrônico partida programada é proposto para uma lâmpada fluorescente T5 de 28W usando pré-aquecimento por tensão. Os resultados mostram que é possível aumentar a vida da lâmpada fluorescente T5 usando um reator com partida programada. alta freqüência. Como estas lâmpadas possuem atualmente um preço maior que as lâmpadas standard, sua vida útil passa a ser um requisito de extrema importância no desenvolvimento do reator eletrônico. Palavra chave fluorescente T5. I. – Reator eletrônico, lâmpada INTRODUÇÃO Nos últimos anos, houve um aumento no uso de sistemas de iluminação mais eficientes, certamente motivado pelo aumento do custo da energia elétrica nos países mais desenvolvidos. O investimento necessário para gerar e distribuir energia elétrica é tamanho que os governos adotam programas para promover o uso de equipamentos mais eficientes. A conservação de energia elétrica possui como principal objetivo melhorar a maneira de utilizar a energia, sem abrir mão do conforto e das vantagens que ela proporciona. Significa diminuir o consumo, reduzindo custos, sem perder, em momento algum, a eficiência e a qualidade dos serviços. Para o aumento da eficiência em sistema de iluminação algumas alterações são realizadas atualmente, como exemplo: a utilização de lâmpadas fluorescentes no lugar das lâmpadas incandescentes, o emprego de reatores eletrônicos em substituição aos convencionais eletromagnéticos, o uso de luminárias com maior rendimento em conjunto com lâmpadas fluorescentes mais. Lâmpadas fluorescentes mais eficientes estão surgindo como o avanço da tecnologia de fabricação e a utilização de novas matérias primas. Na feira de Hanover de 1995, grandes fabricantes europeus apresentaram a T5, uma nova lâmpada fluorescente menor em diâmetro (16 mm), mais curta, mais eficiente (104 lpw) e desenvolvida para ser sucessora da lâmpada T8 [1]. Atualmente as lâmpadas fluorescentes T5 são pouco utilizadas nas instalações brasileiras por possuírem um preço relativamente maior do que as lâmpadas T8, mas assim como as lâmpadas fluorescentes de 32W/T8 estão substituindo as de 40W/T12, futuramente as lâmpadas de 28W/T5 substituirão as lâmpadas de 32W/T8. As lâmpadas T5 foram desenvolvidas especialmente para operar com reatores eletrônicos e só obtém alta eficiência quando alimentadas em II. REATOR ELETRÔNICO PORPOSTO Lâmpadas fluorescentes ligadas e desligadas freqüentemente possuem, historicamente, uma queima muito maior do que lâmpadas idênticas usadas em aplicações com ciclos maiores. Desta forma, aplicações com freqüentes ciclos de liga/desliga, tradicionalmente, reatores do tipo partida-rápida são recomendados, para preservar a vida da lâmpada fluorescente. Normalmente, um reator eletrônico partida-rápida parte a lâmpada fornecendo uma tensão ao filamento (aquecendo) e um tensão simultaneamente através da lâmpada, como mostra a Fig. 1. Com os filamentos aquecidos, a tensão necessária para acender a lâmpada é menor. Após algum tempo em que as duas tensões foram aplicadas, os filamentos atingem a temperatura necessária para a aplicação da tensão de ignição da lâmpada. Durante este período, a tensão através da lâmpada cria uma corrente de descarga luminescente (do inglês glow current) que danifica a lâmpada pelo desprendimento do material emissivo do filamento. Este fenômeno causa um enegrecimento na região dos filamentos, reduzindo a vida da lâmpada. Para reduzir os efeitos da corrente de descarga luminescente, o reator eletrônico com partida programada foi introduzido [3]. Estes reatores pré-aquecem os filamentos enquanto a tensão através da lâmpada é mantida baixa, para reduzir os efeitos da corrente de descarga luminescente. Durante este período de pré-aquecimento uma tensão é aplicada aos filamentos até que ele atinja a temperatura de emissão, aproximadamente 700C. Após um tempo programado, pré-aquecimento (t1<t<t2), uma tensão é aplicada é através da lâmpada, acendendo-a com a mínima perda de material. O tempo que a lâmpada leva do estagio de pré-aquecimento até a operação normal (t2<t<t3) é também um parâmetro importante, uma rápida transição previne qualquer perda de material emissivo dos filamentos. A. Pré-aquecimento dos filamentos por fonte de corrente Um diagrama do circuito elétrico de um reator eletrônico do tipo meia-ponte e circuito ressonante série-paralelo, utilizado em muitos reatores comerciais é mostrado na Fig. 2, o qual possui as seguintes desvantagens: - Apresenta o mesmo tempo de pré-aquecimento, independentemente se os filamentos estão frios ou quentes. Isto deverá resultar em um desprendimento do material emissivo quando os filamentos estiverem quentes [8]. - Os filamentos estão dentro do filtro ressonante LC (C S, L e CP), resultando uma excessiva tensão de lâmpada durante o pré-aquecimento e uma excessiva corrente de filamento durante a ignição [6]. Fig. 01. Métodos de partida, partida rápida e partida programada. S1 14, 21, 28, 35W Min. V Máx. V Tempo de pré-aquecimento 0,5s 1,0s 1,5s 2,0s 3,0s 8,8 7,0 6,4 6,0 5,6 11,6 9,3 8,4 7,9 7,4 LAM P DRIVE S2 Fig. 02. Diagrama do circuito elétrico de um reator eletrônico convencional série-paralelo. Porém, o reator acima apresenta algumas vantagens, como a simples configuração e a alta eficiência. Pra reduzir as desvantagens intrínsecas desta topologia, Chin et al [3] apresentaram um método alternativo, um reator partida programada, o circuito é mostrado na Fig. 03. S1 L Vcc + - D1 D3 Vcc S4 Cp S2 30 30 Cp Cs RSUB Adaptado de Philips Silhouette T5 [7]. TABLE II Lâmpadas T5 standard – Tensão de ignição Tipo de lâmpada, Temperatura ambiente 14W Máx. durante o pré-aquecimeto Mín. para ignição 21W Máx. durante o pré-aquecimeto Mín. para ignição 28W Máx. durante o pré-aquecimeto Mín. para ignição 35W Máx. durante o pré-aquecimeto Mín. para ignição + - LAM P Tipo de Lâmpada L Vcc DRIVE Como mencionado anteriormente, pra uma longa vida e uma luminosidade estável da lâmpada fluorescente, o reator eletrônico deverá cumprir com alguns requisitos de préaquecimento e de operação em regime nominal, como [6]: - Os filamentos deverão ser aquecidos até uma temperatura ótima de emissão. Dependendo do tempo disponível para o pré-aquecimento, o reator deverá fornecer um pré-aquecimento por tensão ou por corrente dentro de limites, como mostra a Tabela I. - Durante o pré-aquecimento dos filamentos, a tensão através da lâmpada deverá ser o mais baixo possível. Somente após os filamentos atingirem a ótima temperatura, a tensão de lâmpada deverá aumentar até a tensão de ignição. Os limites são mostrados na Tabela II; - Após a lâmpada acender, o reator deverá se comportar como uma fonte de corrente para garantir uma operação estável. O fator de crista da corrente de lâmpada não deverá exceder 1,7. TABELA I Lâmpadas T5 standard – Pré-aquecimento controlado por tensão D4 D2 R2 R6 Cs D5 R4 C3 R1 R5 AMP + R3 S3 SCR 10C to 60C V (rms) V (rms) 130 230 V (rms) V (rms) 200 340 V (rms) V (rms) 240 425 V (rms) V (rms) 275 530 Adaptado de Philips Silhouette T5 [7]. A seleção do método de pré-aquecimento depende do tipo de filamento e do tempo disponível para a ignição da lâmpada [8]. Dois diferentes drivers podem ser usados para pré-aquecer os filamentos [6] e [8]: uma fonte de corrente ou uma fonte de tensão. Fig. 03. Reator eletrônico com pré-aquecimento dos filamentos por fonte de corrente. Este método é simples e consiste em curto-circuitar a lâmpada com uma chave. Durante o pré-aquecimento, a tensão através da lâmpada pode ser mantida a zero para eliminar a corrente de descarga luminescente, acionado a chave auxiliar S4. Após a ótima temperatura do filamento ser alcançada, o curto-circuito é desfeito. Então, uma tensão de ignição é aplicada para partir a lâmpada. Como resultado, a lâmpada pode acender sem os efeitos adversos em sua vida. As principais desvantagens deste método são, após a lâmpada acender, a potência consumida pelo filamento é aproximadamente 0,5W por cada filamento e para um reator duplo é necessário duplicar os componentes para a outra lâmpada, aumentando o número de componentes o custo do reato. Freqüência B. Pré-aquecimento dos filamentos por fonte de tensão Um método alternativo para pré-aquecer os filamentos é utilizando uma fonte de tensão, como mostra a Fig. 04. Este circuito é baseado em um conversor multi-ressonante, usando enrolamentos secundários do indutor ressonante para préaquecer os filamentos. f PA f IG f OP Pré-aquecimento Regime Ignição Tempo S1 L2:3 C2 S2 L A MP C3 L2:1 + - Fig. 06. Freqüência de pré-aquecimento, ignição e operação. L1 DRIVE Vcc III. CRITÉRIO DE DESENVOLVIMENTO O desenvolvimento do reator eletrônico proposto dois principais filtros ressonantes. O primeiro é um LC série C paralelo e o segundo é um simples LC. C1 L2:2 Fig. 04. Reator eletrônico com pré-aquecimento por fonte de tensão. Este circuito consiste de dois filtros ressonantes um LC serie C (L1, C1 e C2) alimentando a lâmpada e um filtro série (L2, C3) que é aplicado durante o período de pré-aquecimento para alimentar os filamentos. O circuito mostrado na Fig. 04 mantém os filamentos aquecidos após a ignição da lâmpada, consumindo energia nos filamentos. Para eliminar esta desvantagem o reator eletrônico proposto, Fig. 05, possui uma chave (S3) em série com o filtro LC série, após o período de pré-aquecimento a S3 é desligada eliminando o consumo de energia nos filamentos. S1 L2:3 Filtro LCC O desenvolvimento do filtro LCC é baseado em [9]. Este método consiste na escolha do correto ângulo de fase () do filtro LCC. A metodologia do ângulo de fase utiliza as seguintes aproximações: - Aproximação fundamental [10]; - A lâmpada fluorescente é representada por um modelo equivalente em operação (R) e na partida (10R) [12]; - Os componentes do filtro são ideais e invariantes no tempo. 1) Ângulo de Fase () O ângulo de fase é calculo para garantir a ignição da lâmpada, a potência da lâmpada em regime de operação e obter comutação suave nas chaves (ZVS). O ângulo de fase é determinado por (1): C3 L2:1 C2 LAMP + - DRIVE C1 Vcc L1 A. S2 S3 arctan L1 R 1 C 2 R 22 R 2C 2 2 C12 1 (1) Onde R é a resistência da lâmpada, =2fS, é o ângulo de fase da impedância do filtro e Vrms é o valor RMS da tensão fundamental. L2:2 Fig. 05. Topologia do reator eletrônico proposto, baseado no préaquecimento por fonte de tensão. O circuito de drive trabalha em duas diferentes freqüências, freqüência de pré-aquecimento e freqüência de operação. Onde a primeira é maior que a segunda, como mostra a Fig. 06. O filtro LCC foi desenvolvido para trabalhar na freqüência de operação e o filtro série LC foi desenvolvido para operar na freqüência de pré-aquecimento. Durante o período de pré-aquecimento, o enrolamento secundário (L2:2; L2:3) alimentam os filamentos e o filtro LC série C paralelo mantêm a baixa tensão através da lâmpada. Após este período a freqüência muda para freqüência de operação e uma alta tensão é aplicada ao capacitor C2 fornecendo a tensão necessária para a ignição da lâmpada. Fig. 07. Potência na lâmpada fluorescente, operação (R) e ignição (10R) versus ângulo de fase (). Para fornecer a tensão de ignição da lâmpada, potência nominal em operação e comutação suave ZVS, pode ser graficamente obtido por P versus (Fig. 07), considerando a potência durante a ignição e em regime de operação por: P Vrms 2 R R 2 2 C2 2 1 2.0KV 1 2 2 R2 2 L1 R C 2 2 1 R 2 C2 2 C1 2 (2) 0V 2) Capacitor Paralelo C2 Através do ângulo de fase () determinado na Fig. 07, é possível determinar o capacitor paralelo (C2) por: C2 3) 1 R P(R2 R tan 2) Vrms2 R 0s 1 R tan 1 R2 C2 (R 22 C2 2 1) 1 (4) 2 C1 De (1), (2), (3) e (4) os componentes do filtro LCC são determinados para satisfazer os requisitos de potência e baixo fator de crista da corrente de lâmpada. B. Filtro LC O capacitor C3, o indutor L2 e os dois enrolamentos do secundário do filtro LC, o qual é determinado por [11]. Este método consiste na escolha do correto fator de qualidade Q L através da impedância parametrizada. A principal função do filtro LC é fornecer a tensão correta de filamento durante o período de pré-aquecimento. Este valor depende do tipo da lâmpada, como mostra a Tabela I. Durante o préaquecimento a chave S3 é acionada e o filtro LC é conectado ao circuito de potência. IV. 0.5ms VL (3) Inductor resonante L1 Escolhendo um valor típico de C1 para filtrar componentes DC para a lâmpada fluorescente, o indutor série pode ser encontrado por (4): L1 -2.0KV RESULTADOS DA SIMULAÇÃO Algumas simulações foram realizadas para verificar o comportamento do reator proposto no período de préaquecimento, na ignição e em operação. A Fig. 8 (a) mostra a tensão de filamento e (b) tensão de lâmpada durante o pré-aquecimento, ignição e regime de operação. Nesta simulação a lâmpad foi representado por sua resistência em regime de operação (R) e a resistência na ignição considerada como (10*R). Estes resultados da simulação mostram a viabilidade do sistema. 1.0ms Time 1.5ms (b) Tensão de lâmpada. Fig. 08. Resultados de simulação durante o pré-aquecimento, ignição e regime normal de operação. V. RESULTADOS DO PROTÓPIPO Dois protótipos de reatores eletrônicos foram construidos para somente uma lâmpada fluorescente de 28W/T5, para verificar a MTBF. O primeiro protótipo é um reator eletrônico meia-ponte com filtro ressonante série carga em paralelo sem pré-aquecimento do sfilamentos . O segundo protótipo é o reator eletrônico proposto baseado em partida programada, usando uma fonte de tensão para pré-aquecer os filamentos. Este circuito é mostrado na Fig. 10 e 11. A Tabela III mostra as especificações dos dados de entrada, parâmetros do filtro ressonante e os principais componentes do circuito implementado , a Fig. 09 mostra os resultados experimentais. O circuito de drive foi implementado usando um circuito integrado dedicado IR2153, a freqüência de chaveamento em regime de operação (fOP) é 40kHz e a freqüência de pré-aquecimento (fPA) é 80kHz. O corretor de fator de potência foi implementado com um conversor do tipo elevador (boost converter) trabalhando em modo crítico de condução, representado por uma fonte de tensão DC (VCC). CH1 pk-pk 2.04 Kv CH1 Max 810 V 20V 10V 1) V L : 2) V F: 500 V olt 500 ms 10 V olt 500 ms (a) Tensão lâmpada (CH1) e tensão de filamento(CH2). 0V CH2 RMS 145mA -10V -20V CH2 Max 328mA 0s 0.5 ms VRE 1.0 ms Time 1.5 ms 2.0ms 2.0 ms (a) Tensão de filamento. CH2 Freq 39.8 kHz CH1 Max 400V 1 ) V d s: 2 0 0 V o lt 5 us 2 ) Id : 2 0 0 mA mp e 5 us (b) Tensão e corrente em uma das chaves L1 L2:1 L2:2, L2:3 CH2 RMS 175mA CH2 Max 200mA CH2 Freq 39.8 kHz CH1 RMS 178V 1) V L: 100 V olt 5 us 2) IL: 200 mA 5 us (c) Corrente e tensão na lâmpada. Fig. 09. Forma de onda do reator protótipo. S4 R7 R1 D5 R10 R3 R6 R4 R8 2 + C3 + C1 3 S2 R5 L2:3 C6 8 4 7 L2:1 6 C7 5 R9 S5 LAMP 1 D1 R2 C8 D2 IR2153 Vcc S1 + - L1 D3 C2 S3 C4 D4 C5 R11 L2:2 Fig. 10. Circuito do reator eletrônico proposto. Fig. 11. Reator eletrônico proposto. TABELA III Parametros Dados de Entrada Tensão de entrada VIN=220VRMS, 60Hz Potência de saída P=28W Resistência equivalente da lâmpada R=995 Tensão de barramento VCC=400VRMS Tempo de pré-aquecimento 2 seconds Freqüência de operação fOP=40kHz Freqüência de pré-aquecimento fPA=80kHz Drive Parameter R1 Resistor 470k+470k/1/5W R2 Resistor 82k/1/3W R3, R4, R5, R6 Resistor 10k/1/3W R7 Resistor 40k+40k/1/5W R8 Resistor 8,9k/1/3W R9, R10, R11 Resistor 56/1/3W C1, C3 Capacitor Eletrolitico 47F/50V C2, C4 Capacitor Plastico 1nF/50V C8 Capacitor Plastico 100nF/50V D1 Diodo Zener 13V/1/2W D2, D3, D4, D5 Diodo 1N4937 S1, S2 Transistor Bipolar BC337 S3, S4 MOSFET’s IRF830 S5 MOSFET IRF730 CI Drive IR2153 Filter Parameters C5 Capacitor Plastico100nF/400VDC C6 Capacitor Plastico 27nF/400VDC C7 Capacitor Plastico3,9nF/2000VDC Inductor Resonante, 4,4mH Inductor Resonante, 2,4mH Enrolamento secundário, 2,5H A Fig. 09(a) mostra a tensão de lâmpada e de filamento durante o pré-aquecimento e a ignição. Durante o préaquecimento a tensão de filamento é 7,5 Vrms e a tensão de lâmpada é 55Vrms. Estes resultados contemplam os valores esoecificados nas Tabelas I e II. A Fig. 09(b) mostra a tensão e corrente na chave (S3) durante o regime normal de operação, é possivel observar que a chave trabalha em ZVS. A Fig. 09(c) mostra a tensão e corrente na lâmpada durante o regime normal de operação, as formas de ondas mostram que o desenvolvimento do filtro ressonante LCC está correto, devido que as duas formas de ondas são senoidais, ocasionando um baixo fagtor de crista. Ensaios elétricos foram realizados no reator eletrônico proposto e os resultados são mostrados na Tabela IV. Os resultados esperimentais e a simulação mostram-se muito próximos. TABELA IV Ensaio Elétrico Potência de entrada Corrente de entrada Fator de potência Distorrção harmônica total da corrente de entrada Potência de saída Freqüência de saída Eficiência Fator de crista de corrente da lâmpada 31,2W 0,140A 0,99 7,2% 27,5W 39,0kHz 88% 1,5 VI. TESTE DE CICLOS: MÉTODO IESNA To determinate the rated lifetime of fluorescent lamps, the Illuminating Engineering Society of North America (IESNA) specifies a test method using a large sample of lamps. This method consists of burning cycles, at which the lamps remain ON during 3 hours and OFF during 20 minutes. Using this method, it is possible to determine the mean time between failures (MTBF). This method may take up to 3 years to get results for a specific lamp and ballast. Recently, rapid cycle methods, intended to reduce this testing time have been published [2]. Fluorescent lamp lifetime is determined by the loss of the electron-emitting coating on the electrodes. Some of the coating is eroded from the electrodes each time the lamp is started, and additional evaporation and erosion also occurs during lamp operation. Electrode temperature directly affects the evaporation and erosion of the emitting material, therefore affecting the lamp lifetime. Since electrode temperature is hard to measure directly, electrode resistance may be used as a related parameter [3] and [4]. A method proposed in [2] establishes the OFF time for rapid cycle test for T8 lamps and compact fluorescent lamps, based in the measurement of the electrode resistance change after power extinguishes in the lamp. The same analysis will be applied in this work to define the appropriate OFF time for rapid cycle test for T5 fluorescent lamp. The OFF time for rapid cycle test is determined by how long electrode temperature takes to stabilize. From three of the major lamp manufacturers, two 28W/T5 fluorescent lamps were randomly selected and measured from each manufacturer. The results obtained for the three lamp companies were basically the same, therefore, results for only one manufacturer will be shown. After the first minute the lamp resistance decreases 80% and, five minutes latter, 95%. Only after eleven minutes the electrode resistance reaches the rated lamp resistance 100% at ambient temperature, as shows in Fig. 12. These results are similar to T8 lamps and demonstrate that, for any rapid test cycles, if the lamp OFF time is less than 5 minutes, the electrode does not cool completely. This reduces the damage to the electrode during lamp starting, and will probably result in overestimation of the lamp’s MTBF [2]. Choosing an appropriate ON time is also very important, since fluorescent lamp is affected by both lamp starting and lamp operation. Some lamp manufacturers suggest that during rapid cycle test 0,5 to 7 minutes ON time should be used to help “cure” the electrodes so that the sputtering during the next lamp start can be minimized[5]. Fig. 12. “A” Manufacturer lamp resistance (%) versus time. VII. ADOPTED BURNING TESTS To verify the influence of programmed start ballast in T5 fluorescent lamp lifetime, two cycle tests were made with three different ballasts, results shown in Table V. The first one uses the cycle time used by Brazilian ballast manufacturer, 30 seconds ON and 30 seconds OFF, these cycles are repeated until lamp failure. The second one uses the cycle time found on the cooled filament, as seen in section VI, 30 seconds ON and 5 minutes OFF. The ballast tested was an electronic ballast with programmed rapid-start as proposed, an electronic ballast without preheating (electronic ballast proposed without LC filter) and commercial electronic ballast found in Brazilian market (without preheating). TABLE V Electronic Ballast Type Electronic ballast with programmed rapidstart, as proposed Electronic ballast without preheating Commercial electronic ballast, without preheating Burning Cycle Test 30s ON and 30s ON and 30s OFF 5min OFF 57600 cycles 20160 cycles 1440 cycles 2880 cycles 1800 cycles 2304 cycles The first burming cycle test was conclude after 40 days. The burning cycle test used by ballast manufacturer determines a minimum number of cycles until the lamp failure. This number takes into account the expected lamp’s lifetime and how many cycles occur during real application. As an example, in the most common Brazilian application the lamp is turned ON and OFF four times in 12 hours, so the minimum expected number of cycles within this period is 6700. Therefore, only the electronic ballast proposed should be approved. The second rapid cycle test was concluded after 70 days. The lamp manufacturer specifies a burning cycle test with 30s ON and 4.5 min. OFF, so the minimum expected number of cycles within 70 days is 20000 [7]. In this situation, only the proposed electronic ballast should be approved. However, it is necessary to do some statistical analysis with large lamp samples to assert that T5 fluorescent lamp reached the expected life, when supplied with the proposed electronic ballast. VIII. CONCLUSION The burning cycle test point out the influence and the importance of the programmed rapid-start in T5 fluorescent lamp lifetime. Therefore, the electronic ballast proposed is an excellent choice for T5 fluorescent lamps. This electronic ballast may be easily implemented for two lamps, adding one more secondary winding to connect lamps in series. The proposed electronic ballast topology provides a highly controlled preheating process. The filaments are fed by a voltage source with tight tolerance, while the lamp voltage during the preheating period is very low, reducing the glow current. The circuit was analyzed, simulated and experimentally tested, and the results support the validity of the model developed in this paper. The two resonant filters provide sufficient decoupling between the preheating and the steady state operation, so that each may be designed for optimum performance. Furthermore, the filaments’ power is eliminated after the preheating time, increasing system efficiency. ACKNOWLEDGEMENT The authors gratefully acknowledge the support of this work provided by INTRAL S.A. (Indústria de Material Elétrico) and LEPUC (Laboratório de Eletrônica de Potência da PUC). REFERENCES [1]Gvén T., “T5: economia de energia com novos materiais e projetos de luminárias,” Eletricidade Moderna Magazine, Sept. 1998.. [2]Davis R.; Yufen J.; Weihong C., “Rapid-cycle testing for fluorescent lamps: What do the results mean?,” Annual Conference of the Illuminating Engineering Society of North America, 1996. [3]Chin S. Moo; Tsai F. Lin; Hung L. Cheng; Ming J. 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