Visualização do documento Bio2 - aula 16.doc (690 KB) Baixar AULA 16 Biologia 2 REINO METAPHYTA – Gimnospermas e Angiospermas  1.   GIMNOSPERMAS As gimnospermas (do grego Gymnos: 'nu'; e sperma: 'semente') são vegetais tipicamente terrestres, de grande porte, lenhosos (arvores e arbustos), que vivem, preferencialmente, em ambientes de clima frio ou temperado. Nesse grupo incluem-se plantas como pinheiros, as sequóias e os ciprestes. São vasculares e fanerógamas (com flores). São da classe Espermatófitas, já que são plantas que possuem sementes. As gimnospermas possuem ciclo reprodutivo haplôntico-diplôntico. O esporófito é a planta predominante e duradoura na natureza. É constituÃdo de raiz (axial), caule (tipo tronco), folhas perenes e de caracterÃsticas xerofÃticas (pequenas, coriáceas, com cutÃcula espessa e brilhante). As flores (cones ou estróbilos) são unissexuadas ou dióicos (flores ♂ e flores ♀). Os vegetais podem ser:       Monóicos: com flores ♂ e flores ♀. Ex: Pinus sp.;       Dióicos: plantas com flores ♂ e plantas com flores ♀. Ex: araucária. Nas gimnospermas há sementes, porém não há frutos, pois as flores são incompletas, não há ovário. O gametófito é o vegetal reduzido, temporário e parasita do esporófito. O gamrtofito ♂ denomina-se microprótalo ou tubo polÃnico, e o ♀ megaprotalo ou saco embrionário. Por produzirem tubo polÃnico, as gimnospermas são também denominadas sifonógamas.                      Figura: Ciclo vital haplôntico-diplôntico  Classificação 1)   Classe Coniferae (ConÃferas) Pinus, araucária, sequóia, cedro, etc.  Exemplo: Araucária  2)   Classe Cycadinae Exemplo: Cycas sp.           3)   Classe Ginkgoinae Exemplo: Ginkgo bilobag       4)   Classe Gnetinae Exemplo: Ephedra altÃssi          2.   ANGIOSPERMAS  É o grupo vegetal predominante atualmente na natureza. Possuem raiz, caule, folhas, flores e frutos formados a partir da parede do ovário das flores. As flores exibem uma grande variedade de mecanismos para polinização, e os frutos possuem caracterÃsticas associadas à dispersão de suas sementes. Ocupam praticamente todos os habitats. 2.1 Flor              É a estrutura de reprodução das angiospermas. É formada por quatro grupos de folhas modificadas (verticilos florais): sépalas, pétalas, gineceu e androceu.              Em relação à simetria, as flores podem ser: - actinomorfas: simetria radiada (Ex: hibisco, rosa, tulipa, etc); - zigomorfas: simetria bilateral (Ex: ervilha, palma, lÃrio, etc.); - assimétricas: sem simetria (Ex: cana-da-Ãndia).  2.2 Estames – Grãos de Pólen                            A formação dos grãos de pólen (esporos masculinos) se processa dento das anteras.  2.3 Carpelos – Ovários e Óvulos O ovário é a porção basal dos carpelos. Contém um ou mais óvulos dispostos das mais variadas formas. O ovário desenvolvido formara o fruto. Os óvulos fecundados formarão as sementes. Quando a posição do ovário, a flor poderá ser: hipógena (com ovário súpero); perÃgina (com ovário médio) e epÃgina (com ovário Ãnfero). Em relação à presença dos verticilos de reprodução, androceu (♂) e gineceu (♀), podemos classificar as flores em: - flores diclinas (ou unissexuadas) flores ♂ (só com androceu) e flores ♀ (só com gineceu); - flores monoclinas (ou hemafroditas) flores ♀ (com gineceu e androceu). E as plantas em: - Monóicas (♀ e ♂ ou ♀+♂ um só) - Dióicas (♀ e ♂ separados) - Poligâmicas (♀, ♂ e ♀+♂ um só)  2.4 Diagrama Floral É a representação esquemática da flor. Equivalente a um corte transversal, como se todas as duas pecas estivessem no mesmo plano.  2.5 Inflorescências As flores podem apresentar-se unidas de varias formas nos ramos, em agregados, os quais denominamos inflorescências.  2.6 Fecundação A fecundação ou fertilização é a união dos gametas masculino e feminino. Pode ser didaticamente dividida em três fases distintas: a) Polinização: É a saÃda dos grãos de pólen da antera e chegada ao estigma do carpelo. A polinização pode ser de dois tipos: - Direta ou autopolinização: quando os grãos de pólen pertencem à mesma flor. Ex: ervilha. Em condições naturais, as plantas evitam a autopolinização através de diversos mecanismos: Heterostilia: comprimento desigual de estames e carpelos; Hercogamia: quando há uma barreira fÃsica que impede os grãos de pólen de atingir o estigma; Dicogamia: quando o androceu e gineceu amadurecem em épocas diferentes, entre outros.  - Indireta ou cruzada: ocorre sob a intervenção dos agentes polinizadores. Entomofilia (insetos): flor com corolas vistosas, glândulas odorÃferas, néctar, etc.; Ornitofilia (pássaros): idem.; Anemofilia (vento): é tÃpica de gramÃneas (filetes longos, grãos de pólen numerosos e pequenos), estigmas amplos, etc.; Hidrofilia (água), entre outros.  b) Formação do Tubo PolÃnico (germinação do Grão de Pólen: Após o pólen entrar em contato com o estigma da flor, o exina se rompe e a intina forma um prolongamento para o interior do estilete, chamado tubo polÃnico. O pólen tem dois núcleos: o vegetativo e o polÃnico, parecendo dirigir-lhe o crescimento. O tubo polÃnico cresce por quimiotropismo. Depois disso, ele desaparece. O núcleo reprodutor também penetra no tubo polÃnico e em seguida divide-se em dois, chamado núcleos espermáticos. O crescimento do tubo polÃnico é direcionado para a micrópila do óvulo.  c) Fecundação Propriamente Dita: É uma união dos gametas. O tubo polÃnico.  2.7 Semente Após a fecundação da oosfera, o óvulo desenvolve-se, formando a semente, em cujo interior existe o embrião da planta. Para a formação desse embrião, o zigoto multiplica-se inúmeras vezes por mitoses sucessivas.  2.8                       Fruto O fruto é o ovário hipertrofiado. As sementes são os óvulos fecundados. O fruto é constituÃdo de duas partes: pericarpo e semente. O pericarpo resulta da parede do ovário; pode ser espesso, acumulando reservas nutritivas (frutos carnosos), ou delgado (frutos secos). O pericarpo pode ser divido em três partes: epicarpo (casca), mesocarpo (parte intermediaria) e endocarpo (envolve a semente). Quando o endocarpo se apresenta duro, com células pétreas, é denominado caroço. A função dos frutos é a proteção e dispersão das sementes. a.      Classificação dos frutos              Frutos simples Os frutos simples originam-se de um ovário ou de vários (vários carpelos fusionados) de uma única flor. Podem ser carnosos ou secos. Frutos carnosos: contem pericarpo suculento. Há vários tipos: - Baga: tomate, laranja, uva, abóbora, melancia, melão, chuchu, abacate, etc.; - Drupa: presença de endocarpo duro-caroço: pêssego, ameixa, azeitona, etc.; - Pomo: maça, pêra, marmelo, etc,; Frutos secos: classificam-se em deiscentes e indeiscentes. Nos deiscentes, os tecidos da parede do ovário maduro rompem-se liberando as sementes. Nos indeiscentes as sementes permanecem no interior do fruto depois que cai da planta. São frutos secos deiscentes: Legume: feijão, ervilha, fava, etc.; FolÃculo: esporinha, louro, etc.; Cápsula: papoula, algodão, azaléia, eucalipto, etc.; São frutos secos indeiscentes: Cariopse: milho, aveia, trigo, gramÃneas em geral; Aquênio: girassol, caju, morango, etc.; Sâmara: são aquênios com expansões laterais em forma de asa. Ex: begônia, pau-d’alho, etc.  Frutos agregados                           Os carpelos não são fusionados; crescem separados, presos a um único receptáculo, durando o amadurecimento do fruto. Exemplos: morango, framboesa e magnólia.  Frutos múltiplos              Desenvolvem-se a partir dos diversos ovários das flores de uma inflorescência. Exemplos: uma espiga de milho, abacaxi, fruta-do-conde, etc. Obs.: há ainda os pseudofrutos, cuja classificação leva em conta a origem da parte comestÃvel do fruto; assim, temos: Pseudofrutos simples: caju (a parte comestÃvel se origina do pedúnculo floral e a castanha é o fruto verdadeiro do tipo aquênio); maça, pêra e marmelo (grande parte da massa comestÃvel se origina do receptáculo floral). Pseudofrutos compostos: morango (origina-se de uma flor pluricarpelar). Cada ovário origina um fruto. A parte vermelha, comestÃvel, é o receptáculo floral hipertrofiado. Pseudofrutos múltiplos (infrutescências): originam-se de inflorescências. Cada flor origina um fruto. Todos os frutos reunidos no eixo da inflorescência formam o pseudofruto. Exemplos: abacaxi, amora, figo, fruta-do-conde, jaca, etc.;  Frutos partenocárpicos              São frutos que se originam de ovários cujos óvulos não foram fecundados. Portanto, não possuem sementes. Exemplos: banana, laranja baiana, etc.;  2.9 Dispersão de frutos e sementes Frutos são adaptações que resultam na proteção e dispersão das sementes. Há diferentes agentes responsáveis por essa dispersão: gravidade, vento, água e animais são os mais comuns. Os principais envolvidos na função dos frutos parecem até certo ponto contraditórios: frutos que são resistentes e cheios de fibras e células pétreas, como nozes, castanhas-do-pará e cocos, oferecem a máxima proteção, porem são pesados e metabolicamente dispendiosos. A proteção deve ser adequada, de modo que permita a saÃda da semente e a germinação; quanto mais frágil o fruto, melhora para este fato. Se os animais são os agentes da dispersão, parte dos frutos deve ser comestÃvel, ou por outro lado, atrativa, enquanto a semente e o embrião têm de ser protegidos da digestão do animal. Nos frutos, há frequentemente divisão de trabalho: algumas partes são atrativas, outras protetoras e outras, ainda, permitem a germinação. De acordo com o tipo de agente de dispersão podemos classificá-las em: Vento – Anemocoria (exs.: algodão, paina, sâmaras, etc.). Õgua – Hidrocória (exs.: coco, nenúfar, etc.) Animais – Zoocoria (exs.: bagas em geral)  Nota: Exemplos de dicotiledôneas: Rosáceas: rosa, framboesa, morango, pêra, maca, marmelo, etc.; Leguminosas: feijão, ervilha, lentilha, amendoim, fava, soja, alfafa, etc.; Euforbiáceas: seringueira, mamona, etc.; Rubiáceas: café, quina, etc.; Cocurbitáceas: abóbora, melão, melancia, pepino, etc.; Compostas: girassol, margarida, dália, alface, etc.; Cactáceas: flor-de-maio, figo-da-india, etc.; GramÃneas: milho, arroz, trigo, cana, cevada, bambu, etc.; Aráceas: copo-de-leite, antúrio, etc.; Bromeliáceas: abacaxi, gravatá, etc.; ... Arquivo da conta: cacic.ensino Outros arquivos desta pasta: Bio2 - aula 12.doc (268 KB) Bio2 - aula 14.doc (493 KB) Bio2 - aula 13.doc (607 KB) Bio2 - aula 18.doc (1278 KB) Bio2 - aula 15.doc (333 KB) Outros arquivos desta conta: Bio 01 Bio 03 Fis 01 Fis 02 Fis 03 Relatar se os regulamentos foram violados Página inicial Contacta-nos Ajuda Opções Termos e condições PolÃtica de privacidade Reportar abuso Copyright © 2012 Minhateca.com.br