A SUÇA COMO UM BATUQUE: CORPO, FESTA E ANCESTRALIDADE Eloisa Marques Rosa Universidade Federal de Goiás Estudos da Performance Orientador: Sebastião Rios Corientadora: Renata de Lima Silva Mestrado (novembro de 2012) Mestrado (agosto de 2015) FAPEG (Fundação de Amparo à Pesquisa de Goiás) https://performancesculturais.emac.ufg.br/up/378/o/ELOISA_MARQUES_ROSA.pdf [email protected] ANCESTRALIDADE, BATUQUE, SUÇA A presente proposta de apresentação oral é fruto da dissertação de mestrado em Performances Culturais em que se investigou teoricamente a performance da Suça na cidade de Natividade, estado do Tocantins. A Suça é uma performance negra que envolve dança, canto e percussão de tambores entre outros instrumentos e acontece na região de colonização mineradora, no centro e sudeste do Tocantins e norte de Goiás. Como metodologia do trabalho, a Suça de Natividade foi analisada como uma manifestação de “encruzilhada” na intersecção entre o batuque do negro e a devoção cristã. De um lado a Folia do Divino Espírito Santo, contexto em que a Suça frequentemente acontece, como herança das festas do Brasil Colonial. De outro lado, os batuques, forjados no bojo da cultura afro-brasileira, tais quais os Jongos do Sudeste e o Tambor de Crioula do Maranhão, que nesse trabalho são evocados como estratégia de criação de nexos para compreensão da Suça como batuque. A experiência etnográfica com a Suça, os suceiros e a Folia do Divino Espírito Santo de Natividade é narrada com a licença poética de uma pesquisa de campo que, por sua centralidade no corpo, teve caráter de vivência estética. Como resultado obtido na pesquisa, a categoria de “corpo e ancestralidade” foi investigada a partir de Martins (1997), Silva (2012) e Oliveira (2007) apontando para uma possível definição de performance negra. Bibliografia MARTINS, Leda Maria. Afrografias da memória: o Reinado do Rosário no Jatobá. Mazza Edições, 1997. OLIVEIRA, Eduardo David. Filosofia da ancestralidade: corpo e mito na filosofia da educação brasileira. Curitiba: Editora Gráfica Popular (2007). SILVA, Renata L. Corpo Limiar e Encruzilhadas - processo de criação em dança. Goiânia: UFG, 2012.