APOSTILA DE FORRAGICULTURA E PASTAGENS DISCIPLINA ZOOTECNIA II PROFESSOR: RONDON TATSUTA YAMANE BAPTISTA DE SOUZA GRAMÍNEAS E LEGUMINOSAS 1 ALFAFA - Medicago sativa Descrição: Família.................................: Leguminosas Cultivar..................................: Crioula Ciclo Vegetativo.....................: Perene Forma crescimento................: Herbácea Adaptação: Tipo de solo: Fértil com matéria orgânica alta. Resistência: Seca........................................: Baixa Frio..........................................: Alta Umidade...................................: Baixa Cigarrinha.................................: Alta Indicação: Pastoreio..................................: Direto e corte no cocho Fenação...................................: Feno excelente Ensilagem................................: Sim Bco. de proteínas......................: Ao lado das gramíneas Consorciação............................: Azevém Adubação verde.........................: Pode ser cultivada Plantio: SEMEADURA PONTO VC P/HA EQUIPAMENTOS Em linha 2,000 Plantadeira 25 kg 30 cm espaçamento com linha A lanço 2,400 Esparramador de calcário mais rolo compactador A lanço 25 kg Em consórcio com gramíneas Aéreo 320 (4 kg) ** Covas ** ** ** Solo (p.H.)................................ : Corrigir acidez Época........................................: Chuvosa Adubação..................................: Completa + Adubo orgânico (esterco curral) Profundidade..............................: 0,5 à 1,0 cm Preparo: Convencional, bem destorrado, nivelado Manejo: Tempo de formação..................: 110 dias Primeiro pastoreio....................: 110 dias Altura do corte.........................: 15 cm do solo Incorporação............................: No início do florescimento Produção: Massa verde p/ ha....................: Até 100 ton., 10 cortes/ ano (irrigada) Proteína bruta na M.S...............: 22 à 24% Palatabilidade...........................: Ótima Digestibilidade..........................: Ótima A alfafa (Medicago sativa) é uma leguminosa perene, pertencente à família Leguminosae, subfamília Papilonoideae, originária da Ásia Menor e do Sul do Cáucaso, que apresenta grande variedade de ecotipos. Foi a primeira espécie forrageira a ser domesticada. Sua característica de adaptação a diferentes tipos de clima e solo fez com que se tornasse conhecida e cultivada em quase todas as regiões agrícolas do mundo. É considerada a "rainha das forrageiras" pelos norte-americanos, por seu elevado valor nutritivo, bem como por produzir forragem tenra e de boa palatabilidade aos animais, com cerca de duas a quatro vezes mais proteína bruta do que o trevobranco (Trifolium repens) e a silagem de milho (Zea mays). A alfafa é muito nutritiva, apresentando importantes qualidades como forrageira: proteína bruta = 22 a 25%, cálcio = 1,6%, fósforo = 0,26% e NDT = 60%, níveis muito superiores aos de outras fontes de alimentos habitualmente utilizados em nossa pecuária, como o milho (Zea mays), a cana-de-açúcar (Saccharum sp.) e o capim-elefante (Pennisetum purpureum). Quanto aos teores de proteína, verifica-se que sua degradabilidade, no processo de digestão pelo animal, ocorre em velocidade muito inferior àquela de proteína de gramíneas. Em bovinos, esse fato eleva a importância da alfafa para vacas de alta produção. Entretanto, como qualquer forrageira, são encontrados alguns problemas com a alfafa na nutrição animal. Um fato relacionado à alimentação animal com alfafa é o menor uso da forrageira sob pastejo, em virtude de riscos de timpanismo provocado pela presença de saponinas, que são substâncias antinutricionais para os ruminantes. Todavia, os teores dessas substâncias em 28 cultivares adaptadas às nossas condições (Crioula, Florida-77, P30, Moapa, CUF-101, BR2, etc.), variaram de 1,78 a 0,78%, que, aliados à baixa solubilidade da proteína bruta, não constituem fatores limitantes ao uso da alfafa sob pastejo. Essa planta pode produzir até 20 toneladas (t) de matéria seca/ha/ano, com média de teor de proteína de 25%, que possibilita média de produção de 54 kg de leite/ha/dia, quando utilizada exclusivamente sob pastejo direto, sem adição de concentrados. Embora essas informações evidenciem o alto potencial forrageiro da alfafa no Brasil, o sucesso dessa cultura depende de outros fatores, que vão desde a escolha da cultivar mais adaptada à região até a adoção de práticas agrícolas que permitam seu estabelecimento e sua persistência, aumentem a produção e melhorem a qualidade da forragem. 2. CROTALÁRIA Nome científico: Crotalaria juncea Nome comum: Crotalaria Fertilidade do solo: média a baixa Descrição: Família......................................: Leguminosas Cultivar......................................: Juncea Ciclo vegetativo..........................: Anual Forma crescimento....................: Arbustivo Resistência: Seca.........................................: Média Frio...........................................: Média Umidade................................... : Baixa Cigarrinha..................................: Alta Indicação: Pastoreio...................................: Não recomendado Industrial....................................: Produção de fibras Ensilagem..................................: Não Bco. de proteínas........................: Não Consorciação..............................: Com culturas perenes Adubação verde...........................: Rotação de cultura Plantio: SEMEADURA Em linha A lanço A lanço Aéreo Covas PONTO VC P/HA 1.400 20 KG 2.100 25 KG 2.100 25 KG ** ** EQUIPAMENTOS Plantadeira 70 cm espaçamento linhas Esparramador de calcário mais incorporação Manual + incorporação ** ** Solo (p.H.)................................: Corrigir acidez ( calagem) Época.......................................: Estação chuvosa Adubação..................................: Fosfatada no plantio Profundidade..............................: 2,0 cm Preparo: Convencional, bem destorrado, nivelado. Utilização: Manejo: Tempo de formação..................: 90 à 100 dias Primeiro pastoreio....................: Não Altura do corte.........................: 5 cm Incorporação............................: início do florescimento Produção: Massa verde p/ ha....................: 60 toneladas Proteína bruta na M.S..............: *** Palatabilidade...........................: Tóxica aos animais Digestibilidade..........................: *** 3. GUANDU Nome científico: Cajanus cajan Nome comum: Guandu Fertilidade do solo: baixa, média e alta Crescimento: Hábito ....................... Arbustivo Ciclo Vegetativo: Semi Perene ................... aprox. 150 dias até o florescimento Porte: Alto .......................... (2,0 a 3,0 m) Época de Semeadura: Setembro a Fevereiro Utilização: Adubação verde; Banco de proteína; Consorciação com gramíneas para produção de silagem; Resistência: Áreas úmidas ................ Baixa Palatabilidade ................ Boa Produção de forragem: aproximadamente 10 ton MS/ha (aprox. 30 ton. de massa verde/ha) Proteína bruta na matéria seca: cerca de 15%. 4. MOMBAÇA Nome científico: Panicum maximum cv Mombaça Nome comum: Mombaça Fertilidade do solo: alta exigência Descrição: Família......................: Gramíneas Cultivar......................: Mombaça Ciclo vegetativo..........: Perene Forma crescimento....: Touceira Resistência: Seca..........................: Boa Frio............................: Boa Umidade.....................: Baixa Cigarrinha...................: Alta Indicação: Pastoreio.....................: Direto Fenação......................: Pouco indicado Ensilagem...................: Não Bco. de proteínas.........: Não Consorciação...............: Calopogônio, Soja Perene e Stylosanthes Adubação....................: Não Plantio: SEMEADURA PONTO VC P/HA EQUIPAMENTOS Em linha 180/240 Semeadeira e rolo compactador A lanço 240/340 Esparramador de calcário rolo grande A lanço 240/340 Manual c/ rolo ou grade Aéreo 340 Avião Covas 180 Matraca / enxada Solo (p.H.)....................: Corrigir acidez Época...........................: Estação chuvosa. Adub ação......................: Fosfatada no plantio. Profundidade..................: 0,5 a 1,0. Preparo: Convencional , bem destorroado, nivelado Utilização: - Manejo: Tempo de formação....: 90 a 120 dias Primeiro pastoreio......: 90 dias (gado jovem) Altura do corte...........: 40 cm - retirar os animais. Incorporação..............: Não. Produção: Massa verde p/ ha..........: 60 toneladas Proteína bruta na M.S....: 10 a 13% Palatabilidade................: Ótima Digestibilidade...............: Ótima compactador 5. TANZÂNIA Nome científico: Panicum maximum cv Tanzânia - 1 Nome comum: Tanzânia Fertilidade do solo: alta exigência Descrição: Família.......................: Gramíneas Cultivar.......................: Tanzânia 1 Ciclo vegetativo............: Perene Forma crescimento......: Touceira Adaptação: Tipo de solo : Fértil - bem drenado Resistência: Seca........................: Boa Frio..........................: Boa Umidade...................: Baixa Cigarrinha.................: Alta Indicação: Pastoreio...................: Direto - piquetes rotacionados. Fenação.....................: Feno de boa qualidade. Ensilagem..................: Não. Bco. de proteínas........: Não. Consorciação..............: Calopogônio, Soja Perene e Mineirão. Adubação verde...........: Não. Plantio: SEMEADURA PONTO VC P/HA EQUIPAMENTOS Em linha 180/240 Semeadeira e rolo compactador A lanço 240/340 Esparramador de calcário rolo compactador / grade A lanço 240/340 Manual c/ rolo ou grade Aéreo 340 Avião Covas 180 Matraca / enxada Solo (p.H.)....................: Corrigir acidez. Época...........................: Estação chuvosa. Adubação......................: Fosfatada no plantio. Profundidade..................: 0,5 a 1,0cm. Preparo: Convencional, bem destorroado, nivelado. Utilização: Manejo: Tempo de formação.....: 90 a 120 dias. Primeiro pastoreio.......: 90 dias (gado jovem). Altura do corte............: 40 cm - retirar os animais. Incorporação...............: Não. Produção: Massa verde p/ ha........: 60 toneladas Proteína bruta na M.S...: 12 a 14% Palatabilidade..............: Ótima Digestibilidade.............: Ótima 6. ANDROPOGON Nome científico: Andropogon gayanus Nome comum: Andropogon Fertilidade do solo: média a baixa Descrição Família.......................: Gramíneas Cultivar.......................: Planaltina Ciclo vegetativo...........: Perene Forma crescimento.....: Touceira Adaptação Tipo de solo : Fracos - cerrados Seca.......................: Boa Frio.........................: Média Umidade.................: Baixa Cigarrinha...............: Alta Resistência Pastoreio..................: Direto-eqüinos Fenação...................: Não Ensilagem................: Não Bco. de proteínas......: Não Consorciação............: Calopogônio, Leucena e Mineirão Adubação verde.........: Não Plantio: SEMEADURA PONTO VC P/HA EQUIPAMENTOS Em linha ** ** A lanço 240/340 Esparramador de calcário rolo compactador / grade A lanço 240/340 Manual c/ rolo ou grade Aéreo ** ** Covas 240 Enxada Solo ( p.H.).................: Corrigir acidez (tolerante ao AL) Época.........................: Estação chuvosa Adubação....................: Fosfatada Profundidade................: 0,5 a 1,0 cm Preparo: Convencional, bem destorroado, nivelado Utilização: Manejo: Tempo de formação....: 90 a 120 dias Primeiro pastoreio.......: 90 dias - leve - esperar sementear Altura do corte............: 40/50cm - retirar os animais Incorporação...............: Não Produção: Massa verde p/ ha........: 50 toneladas Proteína bruta na M.S...: 9 a 11% Palatabilidade...............: Boa Digestibilidade..............: Boa Descrição morfofisiológica: O capim-andropogon (Andropogon gayanus cv. Planaltina) é uma gramínea forrageira perene, ereta, resistente à seca e ao frio, que cresce formando touceiras de até 1,0 m de diâmetro e produz afilhos com altura variando entre 1,0 a 3,0 m. Originário da África Tropical, encontra-se amplamente distribuído na maioria dos cerrados tropicais, em áreas com estação seca bem prolongada. A produtividade do capim-andropogon é de cerca 50-150 kg/ha. Vegeta bem em altitudes que variam desde o nível do mar até 1.400 m, principalmente em regiões onde a precipitação oscila entre 1.000 e 2.000 mm/ano. Tolera até nove meses de seca, embora seu crescimento seja favorecido em regiões com três a cinco meses de estiagem. Mantém sua atividade fotossintética e metabólica sob condições de stress hídrico e rebrota rapidamente com as primeiras chuvas Uso econômico: Utilizada como forrageira para pastagens. Impactos ecológicos: Para determinar se Andropogon guayanus altera os regimes de fogo da savana, foi comparado a capacidades de combustão e intensidades de fogo em diferentes sítios com aqueles que apresentavam capins nativos de savana. A savana invadida por A. guayanus tem capacidade de combustão sete (7) vezes acima do que aquele dominado por capim nativo. Esta alta capacidade de combustão suportou um fogo que estava em média, oito vezes mais intenso que aquele atingido pela savana de capim nativo num mesmo período de tempo. Os resultados sugerem que A. guayanus é uma séria ameaça às savanas, com o potencial de alterar a estrutura da vegetação e iniciar um ciclo de fogo de capins. Controle mecânico: Facilmente eliminado pelo arado e boa aceitação por equinos. Área de distribuição onde a espécie é nativa: África tropical, Nigéria. 7. BRACHIARIA DECUMBENS Nome científico: Brachiaria decumbens cv Basilisk Nome comum: Brachiarinha, decumbens Fertilidade do solo: média a baixa Descrição: Família.....................: Gramíneas Cultivar.....................: Basilisk Ciclo vegetativo.........: Perene Forma crescimento...: Decumbente, estolonífero, formando relvados Resistência: Seca......................: Alta Frio........................: Média Umidade.................: Baixa Cigarrinha...............: Baixa Indicação: Pastoreiro..............: Direto / Rolão Fenação................: Feno Ensilagem.............: Não Bco. de proteínas...: Não Consorciação.........: Calopogônio, Guandu e Leucena Adubação verde......: Não Plantio: SEMEADURA PONTO VC P/HA EQUIPAMENTOS Em linha 240 Plantadeira, semeadeira e rolo compactador A lanço 320/480 Esparramador de calcário rolo compactador / grade A lanço 320/480 Manual c/ rolo ou grade Aéreo 480 Avião Covas 240 Matraca/Enxada Solo (pH.)..................: Corrigir acidez Época........................: Estação chuvosa Adubação....................: Fosfatada no plantio Profundidade...............: 2cm Utilização: Manejo: Tempo de formação.....: 90 a 120 dias Primeiro pastoreio.......: 90 dias (leve, gado jovem) Altura do corte............: 30 cm - retirar os animais Incorporação...............: Não Produção: Massa verde p/ ha.......: 45 toneladas Proteína bruta na M.S..: 7 a 9% Palatabilidade..............: Boa Digestibilidade.............: Boa Descrição morfofisiológica: Planta perene, ereta ou decumbente, entouceirada, rizomatosa, com enraizamento nos nós inferiores em contato com o solo, denso pubescente, de coloração geral verdeescura, de 30-90 cm de altura. A morfologia é bem variável para esta espécie, a B. decumbens introduzida em Belém, via Estados Unidos, é planta decumbente ou rasteira com 30 - 60 cm de altura, radicante nos nós em contato com o solo, de folhas macias e felpudas, com escassa produção de sementes. A B. decumbens introduzida em São Paulo, via Austrália, é planta com cerca de 1 m de altura, mais ereta, pouco radicante a partir de nós; rizomas muito curtos, contidos nas touceiras; folhas rígidas e esparsamente pilosas; grande produção de sementes. Em geral, os colmos são geniculados, ramificados, hirtusos ou glabros, sendo os nós sempre glabros e de coloração mais escura. Entrenós inferiores curtos com 1 - 2 (-5) cm; entrenós superiores mais longos. No sistema basal ocorrem dois tipos de rizomas (1) curtos, duros e nodosos e (2) alongados, também duros, de tipo estolonífero. As raíses são filamentosas. As folhas são em bainhas estriadas, mais compridas que os entrenós, envolvendo completamente o colmo. Lígulas em forma de densa cortina de cilios com cerca de 1 mm de altura. Lâminas lanceoladas ou linear-lanceoladas, de base arredondada e ápice acuminado, com até 18 cm de comprimento por 1,5 cm de largura; hirtusas em ambas faces; margens espessas, finamente crenuladas em certos trechos. A planta é bastante enfolhada. Na parte terminal dos colmos surgem panículas racemosas com 2 a 5 recemos distanciados entre si, que se dispõe de forma ascendente. O eixo das paníclas estende-se um pouco além do último racemo. Podem ocorrer finos dentículos e alguns pêlos, especialmente junto à base dos racemos, que apresentam de 2 - 12 cm de comprimento, com duas fileirasde espiguetasque se sobrepõe levemente, de um lado da raque, que é achatada e ciliada nas margens. Pedicelos com ápice discóide. Uso econômico: Forrageira para produção pastoril amplamente disseminada, utilizada e promovida no Brasil. O cultivar IPEAN ocupa áreas importantes no estado de Mato Grosso e o cultivar Basilisk é muito comum nos Cerrados. Impactos ecológicos: Invasora agressiva de áreas de cerrado nativo, causa interações negativas e domina o ambiente. Forma densas touceiras e expulsa as espécies nativas de seu habitat. Na amazônia a lpanta vegeta em terra firme, em solos argilosos ou areno-argilosos. Em geral as plantas formam densa cobertura no solo, dominando outras espécies de plantas herbáceas. Em lavouras de cana observa-se uma germinação e emergência durante muitos meses a cada ano, o que complica as medidas de controle, sendo necessários herbicidas com longo efeito resídual. Impacto econômico: Invade lavouras anuais e perenes e pomares, prejudicando a produção e gerando custos de controle e remoção. Em áreas onde a espécie foi introduzida como forregeira, ao se transformar esssas terras em lavouras, o capim-braquiária passa a se constituir numa importante infestante, muito agressiva e de difícil controle. Sérios problemas ocorrem em lavouras de soja na região Centro-Oeste do Brasil e em lavouras de cana-de-açucar no estado de São Paulo. Além da competição, que afeta a produtividade, tem se reduzido fortemente a vida útil de canaviais infestados, para um máximo de 2 ou 3 cortes. Em área infestada o desenvolvimento de mudas de citrus é retardado, sugerindo efeito alelopático negativo. Controle mecânico: Pastoreio intensivo controlado; abafamento com lona plástica transparente para eliminar banco de sementes. Controle químico: Aplicação de glifosato diluído em água a 1%. Área de distribuição onde a espécie é nativa: Os diversos cultivares introduzidos no Brasil são originários da África do Sul, ocorrendo Ambiente natural: Ecossistemas abertos, savanas. 8. BRACHIARIA BRIZANTA Nome Científico: Brachiaria brizantha cv Marandu Nome Comum: Brachiarão, brizanthão Fertilidade do Solo: média a alta Porte: até 1,5 m Fonte: Sementes J.C. MASCHIETTO Descrição Família.........................: Gramíneas Cultivar.........................: Marandu Ciclo vegetativo.............: Perene Forma crescimento.......: Touceira Resistência Seca ........................... : Boa Frio ............................. : Boa Umidade ...................... : Baixa Cigarrinha ................. ...: Alta Indicação Pastoreio...................... : Direto Fenação....................... : Feno - Rolão Ensilagem ................... : Não Bco. de proteínas ......... : Não Consorciação.................: Calapogônio, Soja Perene, Leucena e Stylosantes Adubação verde..............: Não Plantio SEMEADURA Em linha A lanço PONTO VC P/HA 240 320/480 A lanço Aéreo Covas 320/480 480 240 EQUIPAMENTOS Plantadeira, semeadeira e rolo compactador Esparramador de calcário rolo compactador / grade Manual c/ rolo ou grade Avião Matraca/Enxada Solo (p.H.)...................: Corrigir acidez Época..........................: Estação chuvosa Adubação.....................: Fosfatada no Plantio Profundidade.................: 2 cm Preparo: Arar , gradear , destorroar e nivelar Utilização : - Manejo Tempo de formação....: 90 a 120 dias Primeiro pastoreio......: 90 dias (leve, gado jovem) Altura do corte...........: 30/40 cm - retirar os animais Incorporação..............: Não Produção Massa verde p/ ha.......: 50 toneladas Proteína bruta na M.S..:10% Palatabilidade.............: Boa Digestibilidade............: Boa Descrição morfofisiológica: Planta cespitosa e ereta, com 1,0 - 1,5 m de altura, sendo a espécie de maior porte entre as braquiárias cultivadas como forrageiras no Brasil. Possui colmos cilíndricos, estriados, glabros, verdes com nós mais claros. Tendem a se inclinar para o solo, elevando novamente a extremidade quando plantas se encontram isoladas ou em baixa densidade. O perfilhamento geralmente não é intenso. O sistema basal é formado por rizomas curtos, com menos de 5 cm, retos ou recurvados, recobertos por escamas (catáfilos) amarelas e brilhantes. Raízes fasciculadas. As folhas são em forma de bainhas fechadas, em geral densamente pilosas com pêlos longos e esbranquiçados. Lígulas formadas por uma cortina de cílios com 2 mm de altura. Lâminas planas, linear-lanceoladas com até 40 cm de comprimento por 15 mmm de largura, de margens curtamente serrilhadas, de coloração verde intensa, com posicionamento geralmente ereto. A pilosidadee sobre as lâminas é muito variável, podendo ser quase inexistente ou podendo haver curtos pêlos em ambas faces. A inflorescência é em panículas racemosas com 5 - 20 cm de comprimento, formadas por 1 - 16 racemos distanciados irregularmente entre si, podendo ocorrer dois racemos opostos. O comprimento dos racemos varia de 5 - 20 cm. Raque com cerca de 1 mm de largura, verde ou violácea, em geral muito ciliada nas margens. Espiguetas ocorrendo num lado da raque, normalmente com alinhamento simples na parte terminal, orientando-se alternadamente para um e outro lado; na parte basal pode haver alinhamento duplo. Há muita variação no aspecto das plantas, nessa espécie. Em plantas adultas, observar: rizomas curtos, racemos com 5 - 25 cm de comprimento com uma série de espiguetas, sendo que na parte basal podem ocorrer duas séries. Primeira gluma com menos da metade do comprimento da espigueta. Uso econômico: Forrageira para produção pastoril amplamente disseminada, utilizada e promovida no Brasil. Tem boa resistência ao pisoteio e desenvolve-se em locais elevados. Impactos ecológicos: Causa interações negativas e domina o ambiente. Forma densas touceiras e expulsa as espécies nativas de seu habitat. Impacto econômico: É invasora de lavouras anuais e perenes e de cacauais e seringais, prejudicando a produção e gerando custos de controle e remoção. Área de distribuição onde a espécie é nativa: Espécie originária da África Tropical. 9. BRACHIARIA HUMIDÍCOLA Nome científico: Brachiaria humidicola Nome comum: Quicuio da Amazônia Fertilidade do solo: média a baixa Descrição: Família...................: Gramíneas Cultivar...................: Humidícola Ciclo vegetativo.......: Perene Forma crescimento..: Estolonífera Adaptação: Tipo de solo : Médio / Fraco Resistência: Seca....................: Alta Frio......................: Média Umidade...............: Alta Cigarrinha.............: Média Pisoteio................: Alta Indicação: Pastoreiro..............: Direto Fenação................: Não Ensilagem.............: Não Bco. de proteínas...: Não Consorciação.........: Leucena Adubação verde......: Não Plantio: SEMEADURA PONTO VC P/HA EQUIPAMENTOS Em linha 240/320 Plantadeira, semeadeira e rolo compactador A lanço 320/480 Esparramador de calcário rolo compactador / grade A lanço 320/480 Manual c/ rolo ou grade Aéreo 480 Avião Covas 240/320 Matraca/Enxada Solo (p.H.)..................: Corrigir acidez Época.........................: Estação chuvosa Adubação....................: Fosfatada no plantio Profundidade................: 2cm Preparo: Convencional, bem destorroado, nivelado Utilização: Manejo: Tempo de formação....: 150 a 180 dias Primeiro pastoreio......: 150 dias Altura do corte...........: Manter c/ 20cm de altura Incorporação..............: Não Produção: Massa verde p/ ha..........: 45 toneladas Proteína bruta na M.S....: 11 a 12% Palatabilidade................: Boa Digestibilidade...............: Boa Descrição morfofisiológica: Planta perene, ereta, entouceirada, glabra, estolonífera e rizomatosa, de 40-80 cm de altura, podendo atingir até 1 m. Forma grande massa foliar, com longos estolões rasteiros, radicantes e formadires de novos colmos, pelo que a planta tende a seer cespitosa. Os colmos são finos, sobcilíndricos, glabros, com nós escuros. O sistema basal é constituído por estolões (finos, avermelhados, rasteiros e intensamente radicantes nos nós), sendo a B. humidicola a mais estolonífera entre as braquiárias forrageiras, e rizomas em dois tipos, (1) curtos, arredondados, firmes, com nós a curtos espaços, recobertos por catáfilos ou (2) longos, finos, com nós dos quais se originam novas plantas. Folhas em bainhas mais curtas que os entrenós, envolvendoos firmemente, sendo estriadas e glabras, apressentando ocasionalmente pêlos nnas margens. Lígulas formadas por densos anéis de cílios, com cerca de 0,5 mm de altura. Colar não perceptível. Lâminas de dois aspectos, (1) Plantas recém formadas a partir de rizomas ou estolões apresentam lâminas foliares lanceoladas, com até 10 mm de largura, e (2) plantas em pleno desenvolvimento apresentam lâminas com 10 - 30 cm de comprimento por até 0,5 cm de largura, lineares, afiladas e relativamente rígidas para o ápice, superfícies glabras, geralmente verde-claras, nervuras finas, margens inteiras ou serrilhadas. Inflorescência em panículas simples, com 8 - 10 cm de comprimento, com eixo muito fino, liso e glabro, que se prolonga um pouco acima da inserção do último racemo, havendo ligeira pubescência junto da base de cada racemo. Geralmente ocorrem apenas 2 - 3 racemos, podendo haver 4 ou 5, distanciados de 3 - 4 cm entre si. Racemos subsésseis com 3 - 4 cm de comprimento. Raque com menos de 1 mm de largura, finamente denticulada. Espiguetas dispostas em duas fileiras, num lado da raque. Pedicelos curtos, com alguns pêlos junto da base. Para a caracterização da espécie, observar a presença de estolões finos e avermelhados sobre o colo e dois tipos de rizomas, conforme descritos. Uso econômico: Forrageira para produção pastoril amplamente disseminada nas regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil. Impactos ecológicos:Substituição da vegetação nativa, iInvade e domina áreas abertas de floresta e áreas úmidas; obstrui pequenos cursos d'água, prejudicando qualidade de água e fauna aquática; dificulta o restabelecimento da vegetação florestal. Impacto econômico: Invade lavouras anuais e perenes e pomares, prejudicando a produção e gerando custos de controle e remoção. Acumula apreciáveis teores de oxalatos solúveis, que se combinam com o cálcio no orgnismo do animal, formando oxalato de cálcio insolúvel, o que provoca carências de cálcio. Essa carência afeta o crescimento dos animais; afeta vacas leiteiras e de um modo geral, eqüinos, que são particularmente sensíveis. Impacto na saúde: Insolubiliza o cálcio nos animais, causando carência deste elemento. Controle químico: Aplicação de glifosato diluído em água a 1%. Área de distribuição onde a espécie é nativa: Planta originária das regiões leste e sudeste da África. Ambiente natural: Ecossistemas campestres, áreas desmatadas 10. CALOPOGÔNIO Descrição Família...........................: Leguminosas Cultivar...........................: Comum Ciclo vegetativo...............: Perene Forma crescimento.........: Trepadora volúvel Resistência: Seca..................................: Alta Frio....................................: Baixa Umidade.............................: Alta Cigarrinha...........................: Alta Sombreamento...................: Alta Indicação: Pastoreio.........................: Em consórcio com gramíneas Fenação..........................: Sim Ensilagem.......................: Não Banco de Proteínas..........: Piquete ao lado da pastagem Consorciação..................: Panicums, Brachiarias, Andropogon etc. Adubação verde...............: Pode ser utilizado Plantio: SEMEADURA Em linha A lanço A lanço Aéreo Covas PONTO VC P/HA Solteiro 800 Consórcio 320 Bco. de proteína 800 *** 320 800 EQUIPAMENTOS Plantadeira Espaçamento 30 cm Esparramador de calcário Rolo compactador/grade leve ** Matraca/enxada-consorciada Matraca/ enxada-bco. de proteína Solo (p.H.)..................................: Corrigir acidez Época.........................................: Estação chuvosa Adubação....................................: Conforme análise do solo Profundidade................................: 1,0 à 2,0 cm Utilização: - Manejo Tempo de formação..................: 120 dias Primeiro pastoreio.....................: 120 dias ( pastoreio leve) Altura do corte...........................: 20 cm, retirar os animais Incorporação.............................: 50% de inflorescência Produção Massa verde p/ ha....................: 35 toneladas Proteína bruta na M.S. .............: 16 a 18% Palatabilidade...........................: Boa na seca Digestibilidade..........................: Boa 11. COAST CROSS Reino: Plantae Phylum: Magnoliophyta Classe: Liliopsida Ordem: Cyperales Família: Poaceae Espécie: Cynodon dactylon (L.) Pers.. O coast-cross é uma forrageira perene, subtropical, híbrida, desenvolvida na Geórgia, EUA, pelo cruzamento entre espécies de Cynodon (grama-bermuda). É resistente ao frio, tolerando bem geadas. Apresenta bom valor nutritivo (teor protéico: 12 a 13%), alta produção (20 a 30 t/ha/ano de matéria-seca) e alto nível de digestibilidade (60 a 70%). Por apresentar alta relação folha/haste e responder vigorosamente à adubação, constitui-se em excelente opção para fenação. Comparado com o capim-de-rhodes, o coast-cross apresenta vantagens, pois, além de ser mais macio, produzindo bom feno, o seu hábito prostrado e estolonífero lhe assegura maior persistência, podendo ser utilizado em pastejo por bovinos e eqüinos. Descrição morfofisiológica: Planta perene com vida muito longa, ereta ou ascendente, rizomatosa e estolonífera, de 30 - 50 cm de altura. As inflorescências situam-se sobre colmos eretos ou semi-eretos. A altura final depende de condições ambientais e, principalmente, das variedades. Os colmos são cilíndricos, finos, lisos e glabros, verdes ou com pigmentação purpurescente. Inicialmente ascendentes, assumem postura ereta após a floração. Apresentam algumas folhas. Os estolões desenvolvem-se sobre a superfície do solo, com um comprimento que vai de alguns centímetros até um metro. Achatados, glabros na maior parte, com entrenós curtos ocorrendo agrupamentos de nós, dos quais saem colmos ascendentes, frequentemente em tufos bem como raízes. Os estolões apresentam coloração verde ou verde-acinzentada. Os rizomas são bastante ramificados, duros, escamosos, pontiagudos. Encontram-se em níveis bastante superficiais, bem como profundos, no solo. Nos colmos encontram-se folhas normais, enquanto que nos estolões e rizomas encontram-se catáfilos. Folhas normais: bainhas curtas, com até 1,5 cm, achatadas, soltas e om margens sobrepostas, lisas, com esparcos tricomas na superfície e um tufo na parte terminal. Lígulas membranociliadas, com cerca de 1 mm de altura. Aurículas presentes. Lâminas lanceoladas, saindo em ângulo quase reto em relação à bainha e colmo, com 2 - 15 cm de comprimento por 2 - 5 cmde largura; lisas na fase dorsal e ásperas na ventral; coloração glauca ou verde-acinzentada. Sendo os entrenós curtos, as folhas parecem opostas. Em cultivares melhorados ocorrem folhas mais longas e mais largas, que fornecem maior quantidade de massa verde. As folhas modificadas (catáfilos), são curtas e largas, grossas, com mais aparência de escamas que folhas. Do topo dos colmos ascendentes saem, de forma verticilada, de 3 a 7 (normalmente 5) racemos espiciformes finos, com 3 - 10 cm de comprimento, de coloração vermelho-violácea. Espiguetas sésseis, dispostas em duas fileiras, comprimidas e com pequenas superposição, de um só lado da raque. Uso econômico: Utilizável em pastejo ou fenação, na formação de gramados, em barrancos e em taludes de canais é usada para cobertura do solo. Impactos ecológicos: Trata-se de uma notável planta colonizadora, compete com espécies nativas e agrícolas por espaço, umidade e nutrientes, eliminando do solo o oxigênio que as plantas nativas necessitam para se estabelecer. Invade ambientes ripários alterados. Impacto econômico: A espécie é tradicional problema em culturas de algodão, amendoim, café, citrus, fumo e muitas outras, sendo que em cana uma alta infestação pode reduzir em até 80% a produção, além de reduzir o número de cortes e a vida útil do canavial. Impacto na saúde: O pólen de C. dactylon é alergênico, sendo que em regiões nos Estados Unidos é notório causador da "febre do feno". Controle mecânico: É necessário arrancar todas as partes da planta, incluindo raízes. Controle químico: Uma vez estabelecida a infestação, será necessário uma combinação de estratégias de controle, dependendo do tamanho da mesma, do tempo e das condições locais. Os herbicidas podem ser eficazes se aplicado no período de crescimento ativo da planta. Não se deve usar herbicidas para etapas que antecedem a rebrota pois isto não afetaria o rizoma e sim poderia matar plantas nativas pioneiras. Para previnir novas invasões, deve-se enriquecer o lugar assim que as medidade de controle forem tomadas. Área de distribuição onde a espécie é nativa: África tropical, Eurásia, Índia e Malásia são citadas como possíveis regiões de origem. 12. COLONIÃO Nome científico: Panicum maximum cv Colonião Nome comum: Colonião Fertilidade do solo: alta exigência Descrição: Família.........................: Gramíneas Cultivar.........................: Colonião Ciclo vegetativo.............: Perene Forma crescimento.......: Touceira Resistência: Seca............................: Boa Frio..............................: Boa Umidade.......................: Baixa Cigarrinha.....................: Alta Indicação: Pastoreio.....................: Direto-Pisoteio Fenação......................: Pouco utilizado Ensilagem...................: Não Bco. de proteínas.........: Não Consorciação...............: Calopogônio, Soja Perene, leucena e Stylosanthes Adubação verde............: Não Plantio: SEMEADURA PONTO VC P/HA EQUIPAMENTOS Em linha 180/240 Semeadeira e rolo compactador A lanço 240/380 Esparramador de calcário rolo compactador / grade A lanço 240/380 Manual c/ rolo ou grade Aéreo 340 Avião Covas 180 Matraca/Enxada Solo (p.H.)....................: Corrigir acidez Época...........................: Estação chuvosa Adubação......................: Fosfatada no plantio Profundidade..................: 0,5 a 1,0 cm Preparo: Convencional, bem destorroado, nivelado Utilização: Manejo: Tempo de formação....: 90 a 120 dias Primeiro pastoreio.......: 90 dias (leve, gado jovem) Altura do corte............: 40 cm - retirar os animais Incorporação...............: Não Produção: Massa verde p/ ha......: 50 toneladas Proteína bruta na M.S.: 8 a 10% Palatabilidade.............: Alta Digestibilidade............: Alta Descrição morfofisiológica: Planta perene, robusta, entouceirada, de colmos glaucos (com cerosidade esbranquiçada) nos entrenós, de 1 - 2 m de altura. A folhas são longas, finas e estreitas, envolvendo o colmo podendo ser de comprimento menor, igual ou maior que o dos entrenós; superfície lisa, com esparsa pilosidade, que é mais acentuada perto do colar. A inflorescência ocorre na parte terminal dos colmos, podendo ocorrer uma ou mais panículas secundárias a partir de nós superiores. Na base da panícula há uma bráctea assemelhada a uma lâmina foliar, porém mais curta. As panículas surgem envoltas por essa bráctea antes de se expandiram. Nas flores hermafroditas as anteras, em número de 3, maturam antes das anteras das flores masculinas. Os frutos são em formato elíptico, com base e ápice agudos, com 2 mm de comprimento por menos de 1 mm de largura, levemente achatadas de um lado; pericarpo liso, branqueacento e fosco. Os frutos (cariopses) são envoltos pelas glumas, que tem coloração ferrugínea na maturação. Facilmente levadas pelo vent, o que permite uma dispersão intensa. Um quilo de semntes encerra de 750.000 a 1.500.000 unidades, dependendo da variedade ou do cultivar. Colmos simples ou ramificados, eretos com até 3,50 de altura, cilíndricos, às vezes algo achatados na parte inferior, onde podem chegar a 1 cm de espessura, superfície lisa e glabra, de coloração verde-clara. Nós muito desenvolvidos, de coloração algo rosada, cobertos por densa vilosidade. Nos nós ocorrem gemas, que se mantém normalmente dormentes. O sistema basal apresenta rizomas curtos e robustos, dos quais se originam novos colmos, raízes fibrosas. Uso econômico: Largamente cultivada como forrageira pela enorme quantidade de massa verde que produz, durante todo o ano. Plantas novas chegam a conter 13% de proteínas. Na Amazônia essa forrageira é utilizada na alimentação do peixe-boi, quando em cativeiro. As sementes são muito apreciada por diversos tipos de pássaros. Impactos ecológicos: Panicum maximum forma densas aglomerados em campo aberto e áreas alteradas. Pode suprimir ou competir com a flora local em solos férteis, constituir uma biomassa perigosa quando ocorre o fogo. O capim-colonião pode resistir ao fogo e dominar a área após o fogo. A espécie é invasora agressiva capaz de deslocar até o próprio capim-gordura (Melinis minutiflora) e o capim-jaraguá ( Hyparrhenia rufa). Compete com sucesso com a flora nativa especialmente em solos de alta fertilidade e por isso é considerada um sério problema para a conservação de ecossistemas naturais. Impacto econômico: Pela agressividade e resistência é uma importante espécie infestante sendo que mais de 40 países consideram-na como tal. Há referências de que seja um problema em mais de 20 tipos de culturas. A cultura mais afetada é a da cana-de-açúcar. Existe uma certa semelhança entre plantas novas novas de colonião e de cana-de-açúcar, de modo que uma infestação pode passar desapercebida até que inicie a formação de panículas. Os prejuízos são de competição direta e de colheita, pois um canavial infestado é muito difícil de ser colhido. Outro aspecto negativo é que a espécie pode ser hospedeira alternativa do vírus da "folha-branca" do arroz. Pode acumular grande quantidade de glucosídios cianogênicos nas inflorescências, com efeito tóxico muito rápido. Animais intoxicados podem morrer sem que haja tempo de se notarem sintomas. Controle mecânico: O arranque manual é possível e trabalhoso, e o controle por pulverização de herbicida parece ser mais simples. Controle químico: A espécie é susceptível ao glifosato e plantas novas são suscetíveis ao mata-mato seletivo. Controle biológico: As plantas sucumbem rápido a pastoreio intensivo, porém este método pode fazer com que a espécie se propague se não houver cuidado com o manejo do gado que tenha ingerido sementes. Esses animais só podem ser transportados a outros locais após cumprirem período mínimo de 72 horas em local onde irão contaminar o solo com sementes, até limparem o trato gastro-intestinal. Área de distribuição onde a espécie é nativa: África: Congo, Tanzânia, Guiné, Quênia, Zimbabwe e Índia (variedade trichoglume cv. Ambiente natural: Ocorre desde a zona de floresta tropical seca à zona de floresta úmida, desde o nível do mar. 13. ELEFANTE NAPIER Reino: Plantae Phylum: Magnoliophyta Classe: Liliopsida Ordem: Cyperales Família: Poaceae Espécie: Pennisetum purpureum Schumach.. Também chamado capim napier (nome de uma de suas variedades), uma gramínea perene, cespitosa, natural da África, que foi introduzida no Brasil por volta de 1920, onde apresentou excelente adaptação. É rústica, possui rizomas curtos e grossos, e crescendo livremente atinge 3 metros ou até mais de altura. Apresenta relativa resistência á seca, frio e fogo, porém fica crestado com geadas, rebrotando com vigor na primavera. É exigente em fertilidade e vegetação bem desde solos enxutos até um pouco úmidos. As variedades indicadas são aquelas que apresentam baixo percentual de florescimento, tardio, ausência de toçal e sejam macias, tenras. Assim sendo, recomenda-se as seguintes variedades: Cameroum, Vrukwona, Mineiro, Napier, Porto Rico e Taiwan (A 144 e A 148). Em 1908, Napier divulgou uma variedade, que mais tarde recebeu seu nome, cujos talos eram bastante moles e as folhas mais largas, que foi muito bem aceita pelos pecuaristas, a ponto de chamarem essa espécie forrageira (seja qual for a variedade) pelo nome vulgar de capim napier. Testes realizados com silagens das variedades desse capim, revelaram maiores valores de N.D.T. e digestibilidade da matéria seca, para a Mineiro e Vrukwona. O capim elefante deve ser plantado durante a estação chuvosa , a partir das primeiras e boas chuvas da primavera, até o mês de fevereiro, quando ainda há grande concentração de chuvas. Como produz sementes em taxa reduzidíssima (praticamente nula), sua multiplicação se dá exclusivamente por meio de mudas (colmos), que após a retirada dos "palmitos" (pontas) são deitadas em sulcos abertos no terreno. As melhores mudas são aquelas que possuem mais de 100 dias de idade (maduras), pois, brotam em quantidade bem superior, garantindo um bom stand da cultura. Essas mudas suportam viagens de 5 a 20 dias, desde que mantidas constantemente à sombra. A quantidade de mudas necessárias, bem como a distância entre os sulcos de plantio, dependerão das disponibilidades de mudas, mão-de-obra e recursos financeiros do proprietário. Normalmente, planta-se em sulcos de 15 cm de profundidade, espaçados 50 cm uns dos outros, gastando-se, em média , 2-4 toneladas de mudas para formar um hectare. Resultados muito bons também são conseguidos quando a distância entre sulcos são de 0,70 e até 1,0 metro. Trata-se de um capim que apresenta excelentes rendimentos por unidade de área, com alto valor nutritivo e boa palatabilidade, razão pela qual tem sido uma das forrageiras mais utilizadas nas explorações leiteiras do Brasil Central. A análise bromotológica de diversas formas de capim elefante, revelou os seguintes resultados: O capim elefante pode ser utilizado como pastagem, quando ainda novo, constituindo-se em uma das gramíneas mais ricas em proteína, proporcionando excelentes respostas em produção de leite e carne, ou como capineira, com altura um pouco maior, para fornecimento de verde fresco picado ou elaboração de silagem e feno. Com relação as pastagens, recomenda-se a divisão da área em parcelas de, no máximo, 5 hectares cada uma e manejá-las em sistema de rodízio (melhores resultados ), ocupando-as por 3 a 7 dias e deixando-as descansar por 35 a 45 dias. Em outras palavras, os animais deverão entrar no pasto quando o capim estiver com 6080 cm de altura e sair quando rebaixado a 30-40 cm. Esse manejo alto impede o desenvolvimento de plantas invasoras e favorece uma boa rebrota, garantindo a manutenção do stand. ,Uma boa pastagem de capim elefante, suporta facilmente 3 - 4 U.A./ha durante a estação das águas. Já no "período da seca", o crescimento‚ paralisado, reduz o teor protêico e a capacidade de suporte cai consideravelmente. Testando a qualidade de uma pastagem de capim elefante. Lucci (1972) demonstrou que a mesma, sob taxa de lotação de 3,6 vacas/ha, forneceu nutrientes necessários para manutenção e produção de 11,6 quilos de leite/dia (4% de gordura), de uma vaca com 400 quilos de peso vivo. Por outro lado, as capineiras devem ser cortadas quando apresentarem 1,30 - 1,50 metros de altura, a 15-20 cm do solo, proporcionando 20-25 toneladas de massa verde/ha/corte. Não são aconselhados cortes com alturas bem superiores a 1,50 metros, pois apesar de aumentar o rendimento de massa verde por unidade de área, seu valor nutritivo ser bem inferior e o teor de fibra consideravelmente elevado, a ponto de ser rejeitado pelos animais. Também não se aconselha corta-lo rente ao solo, uma vez que prejudica a rebrota futura e o capim tende a desaparecer. Normalmente se faz 3-4 cortes/ano, o que equivale dizer , que uma capineira de capim elefante em bom estado, pode produzir 75-100 toneladas de massa verde/ha/ano . Alguns autores citam como produção em ‚dia, de 80-120 toneladas de massa verde/ha/ano, em 4-5 cortes. Ressalta-se que há registros de produções de 160 toneladas/ha/ano (5 cortes) em várias regiões do Brasil e até superior em vários outros países. No Instituto de Zootecnia, de Nova Odessa SP, a variedade Mineiro produziu (média de 2 anos) 20 toneladas de matéria seca/ha/ano. Nos casos em que o proprietário não possui uma área dessa forrageira, especifica para corte (capineira), e prevê grande falta de alimento para os meses seguintes, recomenda-se vedar (impedir a entrada de animais) em fevereiro, o pasto de capim elefante existente (quando possuir apenas um) ou 30% da área total (quando possuir vários) , para ser cortado em março - abril e novamente em maio julho, a uma altura de 1,00-1,20 metros de altura, proporcionando cerca de 15-18 toneladas/ha/corte. É interessante observar, que enquanto um pasto de capim elefante fornece nutrientes para manutenção e produção, uma capineira fornece apenas para manutenção as vezes nem para a mesma‚ suficiente. Para efeito de planejamento, considera-se que 1ha de capineira de elefante; com produção estimada de 20 toneladas/ha/corte, proporciona volume suficiente para manter 10 vacas, fornecendo 20 quilos/vaca/dia. Se houver silagem, essa proporção se eleva para 1:50. No que se refere fertilização, sabe - se que esse capim responde muito bem as adubações nitrogenadas (ver capítulo específico) e orgânicas (em capineiras) base de 30-40 toneladas de esterco por hectare. Finalizando, vale a pena ressaltar a grande suscetibilidade do capim elefante ao ataque das cigarrinhas das pastagens, que em muitos casos tem provocado sérios prejuízos (ver livro Pastagens e Forrageiras). Uso econômico: É uma boa forrageira, sendo que os cultivares apresentam cultivares regionais. Em realidade é uma das forrageiras mais importantes no Brasil, devendo ser adequadamente manejada, pois em plantas muito desenvolvidas os colmos sofrem lignificação e passam a ser rejeitados. Em alguns lugares é utilizada como quebravento. Impactos ecológicos: Pode se tornar uma invasora importante, especialmente em baixadas úmidas, onde domina outras espécies. Ocorre como invasora em canaviais, cacauais, seringais e áreas florestais, bem como pode formar densos povoamentos em áreas não cultivadas. O próprio agricultor desmata a área nativa para substituir por esta gramínea.Capimelefante invade áreas encharcadas, canais e outras áreas úmidas, sendo um risco para as áreas de preservação permanente. Formam extensas aglomerados e sufocam toda vegetação nativa. Impacto econômico: No Rio Grande do Norte gera emprego e renda. Impacto na saúde: Pode acumular nitrito que são tóxicos especialmente para ruminates. Controle mecânico: A espécie não sobrevive com sombreamento excessivo. Controle químico: O herbicida glifosato oferece um resultado de controle aceitável, pelo menos em sítios encharcados. Área de distribuição onde a espécie é nativa: África tropical Ambiente natural: Hoje está distribuída em países tropicais e sub-tropicais. 14. ESTRELA É outra espécie do gênero Cynodon , de origem africana, perene, fortemente estolonífera, que vem ganhando dia a dia, a simpatia de técnicos e pecuaristas. Irradia longos e fortes estolões para todos os lados, que crescem com muito vigor e se entrelaçam com os da planta vizinha, enraidando-se nos nós, para depois emitirem colmos verticais muito macios e palatáveis. É considerada uma forrageira altamente invasora. Adapta-se a climas tropicais, com precipitações acima de 750 mm anuais. Resiste muito bem ao pisoteio e cortes freqüentes, mas não tolera umidade excessiva. Não é exigente em solo, mas parece preferir os arenosos e férteis, desde que bem drenados. Proporciona forragem de excelente qualidade, cuja análise bromatológica apresentou os resultados do quadro abaixo. A estrela africana não produz sementes e por isso sua multiplicação ‚ exclusivamente vegetativa. Recomenda-se o plantio durante a estação das águas (novembro a janeiro ), em solo úmido. com mudas, (estolões) grossas e maduras. que são colocadas no terreno a uma distância de 0,5 a 1,0 uma das outras: O plantio nas entrelinhas do milho, em sulcos espaçados 40 cm , em duas semanas após a semeadura deste, apresentou bons resultados na Rodésia . A quantidade de mudas necessárias para se formar 1 ha, gira em tomo de 200 quilos. As mudas agüentam longas viagens (a sombra), tendo sido registrados até 12 dias sem grandes prejuízos. Trata-se de uma forrageira altamente produtiva no verão, que responde muito bem a adubações nitrogenadas e pode ser utilizada diretamente com pastagem , ou ceifada para posterior fenação . Boas pastagens de estrela africana suportam durante o "período das águas", 4-6 U.A./ha, sem prejuízos do stand. É evidente a superioridade da estrela africana sobre a B. decumbens e Pangola, em capacidade de suporte e ganho de peso/ha/ano (Caro Costas . 1976) Os africanos desenvolveram o método chamado Grass Feed - lot . (engorda intensiva no pasto ) , onde os animais engordam quase que exclusivamente do pasto de estrela, com registros de 4.500 quilos de peso vivo/ha/ano, com bovinos jovens. No Brasil também se constatou grande ganho de peso em bovinos, mantidos em regime exclusivo de pastagens de estrela africana fertilizadas . Soube-se que um pecuarista paulista obteve rendimentos de feno, superiores a 20 toneladas/ha/ano. Para finalizar, cita - se l que a grama estrela possui um principio tóxico (ácido prússico) que, entretanto, não tem causado nenhum problema em nosso meio. Não se registrou até o presente momento, nenhuma queixa por parte dos pecuaristas, pelo contrário, somente elogios. 15. FEIJÃO GUANDU Descrição: Família...................................: Leguminosas Cultivar...................................: Caqui Ciclo vegetativo.......................: Perene Forma crescimento.................: Arbustiva Resistência: Seca........................................: Alta Frio..........................................: Boa Umidade.................................. : Baixa Cigarrinha.................................: Alta Indicação: Pastoreio..................................: Direto Fenação...................................: Sim Ensilagem................................: Silagem com Milho e Sorgo* Bco. de proteínas......................: Ao lado das gramíneas Consorciação............................: Brachiárias e Panicums Adubação verde.........................: Incorporação Plantio: SEMEADURA PONTO VC P/HA EQUIPAMENTOS Em linha 1400 Plantadeira 20 kg 70 cm espaçamento linhas A lanço 1750 Esparramador de calcário rolo compactador / 25kg grade A lanço 1750 Manual + incorporação 250kg Aéreo *** *** Covas 1050 Matraca 15 kg Solo (p.H.).................................: Corrigir acidez Época........................................: Estação chuvosa Adubação...................................: Fosfatada no plantio Profundidade...............................: 2,0 a 3.0 cm Preparo : Convencional , bem destorrado , nivelado Utilização: - Manejo: Tempo de formação..................: 120 dias Primeiro pastoreio....................: Antes do florescimento Altura do corte.........................: 10 a 15 cm de altura (feno) Incorporação............................: 15 dias após início do florescimento Produção: Massa verde p/ ha....................: 30 toneladas Proteína bruta na M.S...............: 14 a 16% Palatabilidade...........................: Ótima Digestibilidade..........................: Ótima * com orientação técnica 16. GORDURA Reino: Plantae Phylum: Magnoliophyta Classe: Liliopsida Ordem: Cyperales Família: Poaceae Espécie: Melinis minutiflora P. Beauv.. Descrição: Família..........................: Gramíneas Cultivar..........................: Roxo Ciclo vegetativo..............: Perene Forma crescimento.........: Erecto /.decumbente Adaptação: Tipo de solo : Fracos - médios. Resistência: Seca.......................: Boa Frio.........................: Boa Umidade................. : Boa Cigarrinha............... : Alta Indicação: Pastoreio...............: Direto-eqüinos, aérea sombreada. Fenação................: Feno de boa qualidade. Ensilagem.............: Não. Bco. de proteínas...: Não. Consorciação.........: Calopogônio e Soja Perene . Adubação verde......: Não Plantio: SEMEADURA PONTO VC P/HA EQUIPAMENTOS Em linha 180/240 Semeadeira e rolo compactador A lanço 240/340 Esparramador de calcário rolo compactador / grade A lanço 240/340 Manual c/ rolo ou grade Aéreo 340 Avião Covas 240 Matraca/Enxada Solo (p.H.)...................: Corrigir acidez Época..........................: Estação chuvosa Adubação.....................: Fosfatada no plantio Profundidade.................: 0,5 a 1,0 cm Preparo: Convencional, bem destorroado, nivelado. Utilização: Manejo: Tempo de formação.....: 90 a 120 dias Primeiro pastoreio.......: Depois de sementear Altura do corte............: 30 cm - retirar os animais Incorporação...............: Não Produção: Massa verde p/ ha.......: 20 toneladas Proteína bruta na M.S..: 7 a 8% Palatabilidade..............: Ótima Digestibilidade.............: Ótima Descrição morfofisiológica: Planta perene, ereta, entouceirada, de colmos fortemente geniculados, com nós pilosos e avermelhados, de 40-80 cm de altura. Sobre as bainhas e lâminas foliares ocorrem pêlos pegajosos, de odor característico, o que é único entre as gramíneas. As raízes são fibrosas. Folhas com bainhas abertas, envolvendo os entrenós; freqüentemente o comprimento das bainhas excede o do entrenó correspondente. A bainha da última folha é particularmente comprida, podendo chegar a 30 cm, ou seja, 3 vezes o comprimento da respectiva lâmina. Coloração verde e intensa pilosidade. Junto aos nós os pêlos são mais compridos e formam uma coroa que se destaca visualmente. Lígulas formadas por uma cortina de cílios, densos e bem desenvolvidos. Lâminas com até 15 cm de comprimento, de base arredondada e mais larga, estreitando progressivamente até um ápice agudo; coloração verde-acinzentada; curtos pêlos brancos em ambas as faces porém mais intensos na fase dorsal; margens ciliadas. Na região do colar, do lado externo, freqüentemente ocorre um anel vermelho-escuro. Com o desenvolvimento da planta as folhas basais vão morrendo. Em plantas desenvolvidas as folhas ocorrem em porções de caules e ramos relativamente afastados da base. Uma particularidade dessa espécie é que junto da base dos pêlos das folhas ocorrem glândulas que secretam um líquido pegajoso e adocicado, de odor caracteristico. Inflorescência em panículas muito vistosas de coloração roxoavermelhada, na parte terminal dos colmos. Essas panículas chegam a 15 cm de comprimento. Inicialmente as ramificações se posicionam verticalmente, dando um aspecto compacto e ressaltado à coloração das panículas. Progressivamente, as ramificações nas panículas se abrem e todo o conjunto se apresenta mais frouxo, diminuindo com isso a intensidade da coloração. Dada a grande quantidade de panículas, uma área infestada apresenta um aspecto roxo-avermelhado. Os ramos são muito finos e apresentam espiguetas isoladas, geralmente longo-aristadas. A espécie gera biomassa de 7.000 a 8.000 kg/há no Cerrado, havendo-se registrado 93 a 188 panículas por metro quadrado e uma média de 5.000 sementes viáveis por metro quadrado, o que corresponde a 79 - 125 kg de sementes por hectare (fonte: Carlos Romero Martins). A dormência das sementes vai a 16 meses, havendo germinação de 50% das sementes em 35 meses. Ainda assim, sementes com 5 anos apresentaram até 70% de viabilidade. Uso econômico: Muito utilizada como forrageira por ser uma planta rústica de rápido crescimento. Impactos ecológicos: No processo de invasão, a planta cresce por cima da vegetação herbácea nativa causando sombreamento e morte dessa vegetação, deslocando espécies nativas de flora e fauna. Também gera aumento da temperatura de incêndios no cerrado, com eliminação tanto das plantas nativas quanto do banco de sementes pré-existente no solo. Estima-se (comunicação pessoal Carlos Romero Martins) que os incêndios naturais atinjam temperaturas entre 700 e 800 graus centígrados, enquanto o capimgordura vai a 1000 graus.Em pesquisa realizada na Estação Ecológica do Jardim Botânico de Brasília, detectou-se que a invasão de capim-gordura interfere significativamente no crecimento de espécies nativas, especialmente 'Cecropia pachystachya'. Impacto econômico: Perda de área pastoril, requer limpeza. Planta infestante em pastagens formadas por outras espécies. Séria infestante de povoamentos florestais. Controle mecânico: A erradicação é extremamente difícil, as plantas produzem grande quantidade de sementes com alto poder de germinação e quase nenhuma dormência, porém a espécie não tolera sombreamento, corte mecânico e nem pastejo pesado. Controle químico: A espécie é sensível ao herbicida glifosato que pode ser aplicado na forma de aspersão foliar a 1% de concentração, diluído em água. Testes realizados no Cerrado (comunicação pessoal Carlos Romero Martins) mostram maior eficiência no controle através de queima controlada das touceiras seguida da aplicação de herbicida glifosato em diluição de 0,5% seguido do arranquio manual. Um controle efetivo é a aspersão da mistura de 2,2-DPA com Paraquat. Controle biológico: Ocasionalmente, as inflorescências são atacadas por um fungo que provoca o abortamento das espiguetas. Esse talvez seja um caminho para pesquisar o controle biológico da espécie. Área de distribuição onde a espécie é nativa: África Ambiente natural: Campo limpo, campo rupestre, campo úmido e campo sujo. Locais sombreados em clima 17. LEUCENA Reino: Plantae Phylum: Magnoliophyta Classe: Magnoliopsida Ordem: Fabales Família: Mimosaceae Espécie: Leucaena leucocephala (Lam.) R. de Wit. Descrição: Família......................: Leguminosas Cultivar......................: Cunninghan Ciclo vegetativo..........: Perene Forma crescimento....: Arbustiva Resistência: Seca...........................: Alta Frio.............................: Alta Umidade......................: Média Cigarrinha....................: Alta Indicação: Pastoreio...................: Em faixas nas pastagens, cerca viva Fenação....................: Não Ensilagem.................: Não Bco. de proteínas.......: Piquete de mais ou menos 10% das pastagens Consorciação.............: Brachiárias Adubação verde..........: Não Plantio: SEMEADURA PONTO VC P/HA EQUIPAMENTOS Em linha Consórcio 320 25 à 30 sementes / ml A lanço Banco de proteína Plantadeira 25 à 30 sementes / ml espaçamento 800 entre linhas 1,20m A lanço ** ** Aéreo ** ** Covas 320 Matraca/enxada-consorciada 800 Matraca/enxada-bco. proteínas Solo (p.H.)....................: Corrigir acidez Época...........................: Estação chuvosa Adubação......................: Fosfatada no plantio Profundidade..................: 1,0 a 2,0 cm Preparo: Convencional, bem destorroado, nivelado Obs.: Escarificar as sementes Utilização: - Manejo: Tempo de formação......: 180 dias Primeiro pastoreio........: 1,20m de altura Altura do corte.............: Rebaixar até 20cm no corte mecânico Incorporação................: Não Produção: Massa verde p/ ha..........: 35 toneladas Proteína bruta na M.S......:18 a 20% Palatabilidade.................: Boa Digestibilidade................: Boa Descrição morfofisiológica: Arbusto ou árvore pequena, entre 5 e 10 m de altura. Folhas alternas bipinadas, com 25 cm de comprimento; entre 4-9 pares de pinas, com 8-10 cm. Entre 11-17 pares de folíolos, de 9-12 mm, opostos, lanceolados, acuminados; de coloração verdeacinzentada. Inflorescência globosa, com pedúnculo de 5-6 cm de comprimento. As flores possuem corola e estames brancos; cálice com 2,5 mm, pétalas lineares; estames em número de 10 com aproximadamente 1 cm de comprimento, anteras pilosas. Ovário fracamente pubescente no ápice. Vagens agrupadas, lineares, achatada, com 10-15 cm de comprimento e 2 cm de largura, marrom-escura, com um bico no ápice; cada vagem contém aproximadamente 20 sementes de coloração marrom brilhante, oblonga-oval, achatada, com 6 mm de comprimento. Faz autofecundação, de forma que até mesmo indivíduos isolados produzem sementes. Há um percentual pequeno de fecundação cruzada e são polinizadas por um número grande de insetos generalistas, incluindo abelhas de pequeno e grande porte. Floresce e semeia continuamente ao longo do ano, desde que haja umidade. Combinada à característica de auto-fecundação, o processo resulta na produção abundante de vagens e sementes. Regenera-se rapidamente após queimadas ou corte. As árvores têm vida curta, entre 20 e 40 anos, porém o banco de sementes tem longa viabilidade no solo, entre 10 e 20 anos. Cada planta pode produzir até 2000 sementes por ano. Uso econômico: Suas folhas são forrageiras para o gado e a madeira pode ser utilizada como lenha. Impactos ecológicos: Forma denso aglomerados, excluindo todas as outras plantas e impedindo a circulação da fauna. Foi plantada para servir como forrageira mas, ao menos que seja roçada ou controlada, propaga-se rapidamente para áreas adjacentes. Compete por espaço e luminosidade. Impacto econômico: Seu controle é extremamente trabalhoso e oneroso em função da resistência da espécie a roçadas e ao fogo e ao banco de sementes de longa viabilidade no solo.Porém se retirada, pode causar impacto na renda familiar, pois tem uso econômico em determinados lugares. Impacto na saúde: Possui altos teores de mimosina, substância tóxica aos animais não ruminantes se ingerida em grandes quantidades, que causa a queda de pêlos. Controle mecânico: Pode ser realizado com inúmeras roçadas sempre antes do início da produção de sementes ou, segundo Motooka et. al. (2002), com o manejo de bodes e cabritos, que se alimentam da espécie. Controle químico: Deve ser feito com herbicida triclopir através de aspersão foliar. O herbicida também pode ser aplicado diretamente nos troncos, imediatamente após o corte, diluído 50% em óleo diesel. E, em alguns casos, apenas o óleo diesel aplicado imediatamente após o corte, se mostrou efetivo. Controle biológico: Foi testada a eficácia do inseto Psyllide heterophylla cubana na África do Sul e chegouse à conclusão que o inseto pode causar desfoliação cíclica das plantas, porém não as elimina, tendo resultados pouco efetivos. Área de distribuição onde a espécie é nativa: Originária da América Central e do México. Ambientes preferenciais para invasão: Geralmente favorecida por solos calcários e degradados, sendo encontrada em ambientes secos e mésicos. É largamente encontrada ao longo de rodovias, em áreas degradadas, em áreas agrícolas, em pastagens e em afloramentos rochosos. Em áreas degradadas não chega a ser dominante, contudo nos outros casos, sim. 18. MUCUNA PRETA Nome científico: Stizolobium spp Nome comum: Mucuna preta e Mucuna cinza Fertilidade do solo: baixa, média e alta Descrição: Família....................................: Leguminosas Cultivar....................................: Preta Ciclo vegetativo........................: Anual Forma crescimento..................: Trepadora volúvel Adaptação: Tipo de solo : Todos Resistência: Seca.........................................: Alta Frio...........................................: Média Umidade....................................: Média Cigarrinha..................................: Alta Indicação: Pastoreio...................................: Não Fenação....................................: Sim Ensilagem.................................: Não utilizado Bco. de proteínas.......................: Não utilizado Consorciação.............................: Milho/Sorgo* Adubação verde..........................: Culturas perenes e plantio solteiro Obs.: Controle de nematóides Plantio: SEMEADURA PONTO VC P/HA EQUIPAMENTOS Em linha 4000 Plantadeira/ matraca 50 KG 50 cm espaçamento linhas A lanço 4800 Esparramador de calcário 60 KG + incorporação A lanço Aéreo Covas 4800 60 KG ** 2400 30 KG Manual c/ incorporação ** Matraca Solo (p.H.)...............................: Corrigir acidez ( calagem) Época......................................: Agosto à março Adubação.................................: Fosfatada no plantio Profundidade.............................: 3,0 cm Preparo: Convencional , bem destorrado , nivelado Obs.: Colheita sementes após julho , c/ ciclo de 9 meses Utilização: Manejo: Tempo de formação.................: 180 dias Primeiro pastoreio....................: Não Altura do corte..........................: 5 cm Incorporação............................: Abril/ Maio ( 15 dias após início do florescimento) Produção: Massa verde p/ ha...................: 45 toneladas Proteína bruta na M.S.............: 18 à 20% Palatabilidade.........................: Baixa Digestibilidade.........................: Alta *com orientação técnica A Mucuna Preta, é uma trepadeira muito utilizada para consorciar com o milho, sorgo, milheto e como adubação verde por ser grande fixadora de nitrogênio e muito rica em nutrientes. A Mucuna Preta, originária da África é uma leguminosa anual que não é tão exigente quanto à fertilidade do solo, porém não tolera os de baixa drenagem. Devido ao efeito alelopático é usada no controle de nematóides e invasoras. Época de plantio: setembro-janeiro. 19. PUERÁRIA – KUDZU TROPICAL Reino: Plantae Phylum: Magnoliophyta Classe: Magnoliopsida Ordem: Fabales Família: Fabaceae Espécie: Pueraria phaseoloides (Roxb.) Benth.. Descrição: Família...............................: Leguminosas Cultivar...............................: Puerária Ciclo vegetativo...................: Perene Forma crescimento.............: Trepador Adaptação: Resistência: Seca.....................................: Média Frio.......................................: Média Umidade................................: Alta Cigarrinha..............................: Alta Sombreamento.......................: Alta Indicação: Pastoreio..............................: Direto e corte no cocho. Fenação................................: Sim. Ensilagem.............................: Não. Bco. de proteínas...................: Sim. Consorciação.........................: Panicums, Setária e Brizantha. Adubação verde......................: Fixação de Nitrogênio. Plantio: SEMEADURA PONTO VC P/HA EQUIPAMENTOS Em linha Solteiro 320 Plantadeira, espaçamento de 40 cm A lanço Consórcio 320 Distribuidor de calcário /rolo compactador A lanço Bco de proteínas 800 Aéreo ** ** Covas 320 Matraca/enxada-consorciada Matraca/enxada-bco. de proteína Solo (p.H.) ..............................: Corrigir acidez Época......................................: Estação chuvosa. Adubação.................................: Conforme análise do solo. Profundidade.............................: 1,0 a 2,0 cm Preparo: Convencional, bem destorrado, nivelado. Obs.: Importante escarificar as sementes Utilização: Manejo: Tempo de formação...............: 120 dias Primeiro pastoreio..................: 120 dias Altura do corte.......................: 30 cm retirar os animais Incorporação..........................: No início do florescimento Produção: Massa verde p/ ha...................: 40 toneladas Proteína bruta na M.S..............: 23% Palatabilidade..........................: Boa Digestibilidade.........................: Boa Descrição morfofisiológica: Planta perene, trepadeira, cujos caules são volúveis, finos, flexíveis, longos e verdes, medindo suas folhas de 8 a 10 cm de largura por 8 a 12 de comprimento. Produz vagens cilíndricas e estreitas, com 9cm de comprimento por 3cm de largura e nas quais se encontram 20 sementes marrons, quase cilíndricas, de 2 mm de comprimento por 2 de largura. É pouco exigente quanto ao solo, multiplica-se por meio de sementes cuja a produção vai a 300kg por hectare. Uso econômico: Muito utilizada como forrageira, sendo ainda promovida por órgãos de extensão rural. Serve para a formação de pastagens, para corte, para a produção de feno e para a ensilagem, é uma das melhores plantas para a fixação do solo, no combate à erosão. Impactos ecológicos: Invade áreas florestais, sufocando plantas arbóreas, impede desenvolvimento estrutural da floresta. Impacto econômico: Invade áreas agricultáveis e ambientes abertos com floresta em regeneração. Controle mecânico: É recomenrdado apenas para plantas isoladas. Deve-se remover a partir das pontas dos ramos até o centro, cuidando para que sejam arrancadas com a raíz. Não deixar a planta abandonada onde possa enraizar novamente. O local deve ser monitorado semestralmente para remoção de novas infestações. Controle químico: A mistura de 60 ml de Garlon 4 e 30 ml de Tordon K em 4 litros de água deve ser aplicada na forma de aspersão foliar em toda a planta, tomando o cuidado de não aplicar em putras plantas desejáveis. A aplicação deve ser na primavera e verão. Área de distribuição onde a espécie é nativa: Austrália 20. SOJA PERENE Nome Científico: Neonotonia wightii Descrição Família:....................... Leguminosas Cultivar:...................... Comum Ciclo vegetativo:........... Perene Forma de crescimento:...Trepadora volúvel Melhores variedades: 1 - 804 e cianova. Adaptação: Tipo de solo: Fértil Resistência: Seca:........... Média Frio:............ Boa Umidade:..... Baixa Cigarrinha:....Alta Indicação : Pastoreio:.................... Em consórcio com gramíneas Fenação:..................... Sim Ensilagem:.................. Não Banco de proteínas:..... 10% da área de pastagens Consorciação:.............. Panicums, Setária e Rhodes Adubação verde:.......... Pode ser utilizada Plantio: SEMEADURA PONTO VC P/HA EQUIPAMENTOS Em linha Solteiro 800 Espaçamento de 30 cm A lanço A lanço 320 Esparramador de calcário rolo compactador / A lanço Banco de proteínas grade Manual c/ rolo ou grade 800 Aéreo ** ** Covas 320 Matraca/Enxada 800 Matraca/enxada - banco de proteínas Solo (p.H.):.......... Corrigir acidez Época:................. Estação chuvosa Adubação:............ Conforme análise do solo Profundidade:....... 1,0 a 2,0 cm Preparo:.............. Convencionado e bem destorrado Obs: Escarificar as sementes Manejo: Tempo de formação:............. 120 dias Primeiro pastoreio:................ 120 dias Altura do corte:..................... 20 cm, retirar os animais Incorporação:....................... Quando florescer Espaçamento: Entre linhas : 50cm ;densidade linear : filete contínuo. Sementes necessárias: 10 - 12kg/ha. Calagem e adubação: A critério de análise do solo ou aproveitar efeitos residuais de adubações anteriores. Controle de ervas daninhas: Dois cultivos mecânicos na fase inicial. Época de colheita: sementes: julho - agosto; forragem: variável. Produção de forragem: 40t/ha/ano. Produção de sementes: 800-1.000kg/ha. Proteína bruta na M.S: 20 a 22 % Palatabilidade: Média Digestibilidade: Boa A Soja Perene é uma leguminosa de hábito de crescimento trepador, sendo que seu potencial de produção esta diretamente ligado à boa qualidade do solo. Originária da África, foi introduzida no Brasil pelo Instituto Agronômico de Campinas com a finalidade de recuperar solos degradados e consorciar-se com pastagens de gramíneas. Devido a alta agressividade de nossas gramíneas, no consórcio com soja perene é indispensável um bom manejo, fazendo que a luminosidade atinja a planta de Soja Perene, pois o fator luz é indispensável para o seu bom desenvolvimento. Também se consegue bom resultado em bancos de proteínas, como uma forragem muito palatável, mesmo na seca. 21. TIFTON O Tifton é um híbrido pertencente ao gênero Cynodon, que por sua vez é dividido em dois grupos: grama Bermuda e grama Estrela, sendo o Tifton pertencente ao grupo Bermuda. Há um grande número de cultivares da capim Bermuda, originários do melhoramento genético da grama Bermuda, que receberam o nome genérico de Tifton, seguidos de uma númeração ( por exemplo, Tifton 85). Os híbridos são melhores que a grama Bermuda comum, por responderem melhor à adubação nitrogenada, serem mais produtivos e de melhor qualidade, e mais tolerantes ao frio. São ainda preferidos para manejo intensivo e altas produtividades, e indicados para produção de feno e para pastejo, devido sua alta capacidade de suporte. No Brasil estão disponíveis os híbridos Coastal, Alícia, Callie, Tifton 44, Tifton 68, Tifton 78, Tifton 85, Coastcross e mais recentemente o Florakirk. O cultivo é realizado através de mudas, e a escolha do cultivar mais adequado para a propriedade é baseada em função das características de solo, clima e finalidade do cultivo (fenação, pastejo), pois os cultivares possuem características que os diferenciam entre si, tornando-os mais adequados para determinadas condições climáticas e finalidade do cultivo. É aconselhável procurar a orientação de profissional capacitado para indicar o melhor cultivar. Fenação: A fenação é um processo de desidratação, que transforma a forragem verde, que possui umidade compreendida entre 65 e 80%, em feno, com teor de umidade entre 10 e 20%. O feno tem como característica preservar as qualidades nutricionais da forragem, no entanto, os cuidados para se obter feno de boa qualidade começam no campo, com o manejo da forragem. No caso das gramíneas do gênero Cynodon, os melhores fenos são obtidos de cultivares que possuem mais folhas do que colmo. Se destacam neste aspecto os cultivares Florarkik, Tifton 44, Tifton 85, Coastcross e Florico. O corte destas gramíneas, independentemente do cultivar, deve ser efetuado quando a planta alcançar o ponto de equilíbrio entre o teor de nutrientes e produção de matéria seca por unidade de área. O ponto de equilíbrio ocorre na primavera-verão, entre 5-6 semanas e 7-8 semanas, dependendo da região e do nível de fertilização nitrogenada. 22. TOBIATÃ Panicum maximum Jacq. cv Tobiatã Descrição Família..........................: Gramíneas Cultivar..........................: Tobiatã Ciclo vegetativo..............: Perene Forma crescimento........: Touceira Resistência Seca..............................: Alta Frio................................: Média Umidade.........................: Baixa Cigarrinha.......................: Alta Indicação Pastoreio.....................: Direto Fenação......................: Não Ensilagem...................: Não Bco. de proteínas.........: Não Consorciação...............: Calopogônio Adubação verde............: Não Plantio: SEMEADURA PONTO VC P/HA Em linha 180/240 A lanço 240/340 A lanço Aéreo Covas 240/340 340 180 e Soja Perene EQUIPAMENTOS Semeadeira e rolo compactador Esparramador de calcário rolo compactador / grade Manual c/ rolo ou grade Avião Matraca/Enxada Solo (pH).....................: Corrigir acidez Época..........................: Estação chuvosa Adubação.....................: Fosfatada no plantio Profundidade.................: 0,5 a 1,0 cm Preparo : Convencional, bem destorroado, nivelado. Tempo de formação.....: 90 a 120 dias Primeiro pastoreio.......: 90 dias Altura do corte............: 40/50 - retirar os animais Incorporação...............: Não Produção Massa verde p/ ha........: 60 toneladas Proteína bruta na M.S...: 8 a 10% Palatabilidade...............: Boa Digestibilidade..............: Boa Colonial Tobiatã ou simplesmente Tobiatã. Possui boa produtividade, mas exige solo fértil. Desenvolve-se em forma de touceira e é muito resistente. Essa gramínea prefere clima quente e pode ser pisoteada. 23. VENCEDOR Panicum maximum cv Vencedor Descrição: Família..........................: Gramíneas Cultivar.........................: Vencedor Ciclo vegetativo.............: Perene Forma crescimento.........: Touceira Adaptação: Tipo de solo : Fértil/Bem drenado. Resistência: Seca.........................: Boa. Frio...........................: Boa. Umidade....................: Baixa. Cigarrinha..................: Média. Indicação: Pastoreio.................: Direto. Fenação..................: Sim. Ensilagem................: Não. Bco. de proteínas.....: Não. Consorciação...........: Calopogônio e Soja Perene. Adubação verde........: Não. Plantio: SEMEADURA PONTO VC P/HA EQUIPAMENTOS Em linha 180/240 Semeadeira e rolo compactador A lanço 240/340 Esparramador de calcário rolo compactador / grade A lanço 240/340 Manual c/ rolo ou grade Aéreo 340 Avião Covas 180 Matraca/Enxada Solo (P.H.)...................: Corrigir acidez Época..........................: Estação chuvosa Adubação.....................: Fosfatada no plantio Profundidade.................: 0,5 a 1,0cm Preparo: Convencional, bem destorroado, nivelado. Utilização: Manejo: Tempo de formação....: 90 a 120 dias. Primeiro pastoreio......: 90 dias, consorciação 120 dias. Altura do corte...........: 40 cm - retirar os animais. Incorporação..............: Não. Produção: Massa verde p/ ha.......: 50 Toneladas Proteína bruta na M.S.: 10 a 11% Palatabilidade.............: Alta Digestibilidade.............: Boa Capim-vencedor (Panicum maximum cv. Vencedor) é uma gramínea que forma touceiras com até 1,6 m de altura. Possui folhas finas com 1,9 cm de largura, coloração verde-clara, sem cerosidade e pilosidade. A inflorescência é do tipo panícula e assemelha-se à do capim-colonião comum. É adaptado a solos de média a alta fertilidade, sendo recomendado para locais onde se plantou culturas anuais em anos anteriores, dentro de um sistema de rotação agricultura x pastagem. Seus rendimentos de matéria seca estão em torno de 14 a 18 t/ha/ano. Apresenta teores de proteína bruta variando entre 7 e 12% ao longo do ano e digestibilidade da matéria seca de 50 a 65%. É bem aceito por bovinos, bubalinos, caprinos e ovinos; consorcia-se bem com leguminosas (pueraria, centrosema, calopogônio etc.); possui moderada resistência à seca; produz bastante sementes e, até no momento, não foi observado nenhum ataque de cigarrinhas-das-pastagens. No entanto, tem sido constatado a ocorrência de falso carvão, doença que pode afetar seriamente a viabilidade das sementes. Os rendimentos de sementes podem variar de 80 a 100 kg/ha em duas colheitas (fevereiro e meados de abril). A semeadura deve ser realizada no início do período chuvoso (outubro/novembro). O plantio pode ser em sulcos espaçados de 0,5 a 1,0 m entre si, à lanço ou em covas (0,5 x 0,5 m) quando se utiliza mudas. A profundidade de plantio deve ser de 2,0 cm. A densidade de semeadura varia de 10 a 15 kg/ha, dependendo da qualidade das sementes e do método de plantio. Quando em consorciação com leguminosas, o plantio pode ser feito à lanço ou em linhas espaçadas de 1,0 a 1,5 m. O capim-vencedor praticamente não responde à aplicação de calcário onde o solo apresenta saturação de bases acima de 30%. No entanto, para solos ácidos recomenda-se 1,5 a 3,0 t/ha de calcário dolomítico (PRNT = 100%) e a aplicação de 80 a 120 kg de P2O5/ha. A adubação potassica deve ser realizada naqueles solos que apresentem entre 25 e 50 ppm de potássio (40 a 60 kg/ha de K2O). Em áreas de cerrados recém-desmatadas, recomenda-se aplicar 30 kg/ha de enxofre e 2 a 3 kg/ha de zinco. Face ao desenvolvimento inicial, o primeiro pastejo poderá ser realizado 90 a 100 dias após o plantio. Pastagens bem formadas e manejadas apresentam uma capacidade de suporte de 1,5 a 2,0 UA/ha no período chuvoso e 0,8 a 1,0 UA/ha no período seco (UA = 450 kg de peso vivo). Os ganhos de peso/animal/dia podem variar de 400 a 700 g no período chuvoso e de 200 a 300 g na época seca. O pastejo deve ser iniciado quando as plantas atingem entre 1,2 a 1,6 m de altura, as quais devem ser rebaixadas até cerca de 30 cm acima do solo. Em Rondônia, utilizando-se cargas animais de 2,5 e 1,5 UA/ha, respectivamente para os períodos chuvoso e seco, os ganhos de peso foram de 0,643 e 0,379 kg/animal/dia, os quais foram superiores aos observados com pastagens de P. maximum cvs. Tanzânia-1, Mombaça e Centenário. O capim-vencedor não seca totalmente durante a estação seca, não sendo recomendável deixá-lo atingir altura superior a 1,0 m no início desta estação. Em áreas de produção de sementes, após a colheita, o local deverá ser pastejado para reduzir a quantidade de massa verde e evitar que a pastagem fique com muito talos, assegurando bom valor nutritivo da forragem e facilitando a rebrota.