29/11/2011 - Caminho suave

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Clipping - Departamento DST/AIDS e Hepatites Virais
ÍNDICE
FOLHA DE S. PAULO - SP
Usuários de crack ganham copo de água contra Aids ...................................................................................4
Conectados ....................................................................................................................................................4
Ex-PM é preso suspeito de matar travesti.....................................................................................................5
Aids está em alta em países da região amazônica ........................................................................................6
O GLOBO
Na favela, muitas mulheres, poucos cuidados ..............................................................................................6
'Essa molecada não viu a cara da Aids' ..........................................................................................................8
Fundo Global enfrenta dificuldades ..............................................................................................................8
Aids: por trás das mortes, diagnóstico tardio ...............................................................................................9
Controle da Aids deve ser permanente (Editorial) ......................................................................................10
O ESTADO DE S. PAULO - SP
Ex-PM é preso pela 4ª morte de travesti ....................................................................................................11
O o combate ao HIV/aids (Artigo) ...............................................................................................................12
VALOR ECONÔMICO -SP
Desafios da Saúde vão além de mais recursos públicos (Artigo) ................................................................13
CORREIO BRAZILIENSE - DF
Sem pena (Ari Cunha) ..................................................................................................................................14
Preconceito à flor da pele ............................................................................................................................15
Aids recua na capital federal .......................................................................................................................16
JORNAL DE BRASILIA - DF
Atenção às gestantes ...................................................................................................................................17
Grupos ainda preocupam ............................................................................................................................18
BRASIL ECONÔMICO
Sanofi vai disputar área nova de beleza com L"Oreal .................................................................................19
CORREIO DO BRASIL - RJ
29/11/2011 - Aumento de casos de HIV/aids entre jovens gays preocupa Ministério da Saúde ..............20
29/11/2011 - Aids: em três décadas, 608,2 mil pessoas infectadas no Brasil ............................................21
DESTAK - DF
29/11/2011 - Número de novos casos de Aids cai no Brasil em 2010 ........................................................21
JORNAL DO SENADO-DF
Segundo Malta, texto cria "casta especial" .................................................................................................22
Evangélicos pedem rejeição de projeto que criminaliza homofobia ..........................................................22
PORTAL R7
28/11/2011 - Casos de Aids caem no Brasil, mas país registra ...................................................................23
29/11/2011 - Obelisco do Ibirapuera exibe símbolo ...................................................................................24
29/11/2011 - Nova Délhi faz 4ª parada gay ................................................................................................25
UOL
29/11/2011 - Exposição de cartuns abre atividades do Dia Mundial de Luta contra a Aids ......................25
29/11/2011 - SP lança ofensiva para garantir estoques de sangue ............................................................26
29/11/2011 - Crise de financiamento ameaça avanços no combate à Aids, diz ONG ................................26
29/11/2011 - Edifício Itália (SP) exibirá laço vermelho no Dia Mundial de Luta Contra Aids .....................27
Sucesso dos pacientes aumenta a esperança de uma cura do HIV.............................................................28
O POVO ONLINE
29/11/2011 - Mais de 600 mil contraíram aids no Brasil em três décadas.................................................31
29/11/2011 - Ministro promete mais que duplicar testes ..........................................................................31
29/11/2011 - Dia Mundial de Luta Contra a Aids terá ato de protesto em Fortaleza ................................32
29/11/2011 - Ceará é o terceiro do Nordeste em casos notificados e mortes ...........................................32
DIÁRIO DE PERNAMBUCO ONLINE
29/11/2011 - Aids cresce entre os jovens ...................................................................................................34
29/11/2011 - Vírus chega às cidades menores ...........................................................................................35
MIX BRASIL
29/11/2011 - Caminho suave ......................................................................................................................35
29/11/2011 - Infecção pelo HIV em jovens gays dobra em 20 anos, diz Ministério ...................................36
29/11/2011 - Ipixuna realiza no sábado sua 3ª Parada LGBT .....................................................................37
29/11/2011 - ONG LGBT arrecada kit solidário para crianças de SP ...........................................................37
AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS
29/11/2011 - Pesquisadores estudam medicamento que pode evitar a transmissão do vírus HIV, destaca
Diário da Saúde ............................................................................................................................................38
29/11/2011 - Folha de S. Paulo: Para atingir jovem, governo aposta em shows e rede social na campanha
contra aids ...................................................................................................................................................39
29/11/2011 - Dia Mundial de Combate à Aids: Para marcar a data, ativistas de São Paulo fazem protesto
exigindo melhorias no tratamento e mais ações de prevenção .................................................................39
29/11/2011 - Pesquisa inédita sobre preservativo será apresentada nesta quinta-feira no espaço
Catavento em SP ..........................................................................................................................................40
FOLHA DE S. PAULO - SP | FOLHARIBEIRÃO
AIDS | DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS
30/11/2011
Usuários de crack ganham copo de água contra Aids
Medida previne uso em comum de cachimbos
DE RIBEIRÃO PRETO
O avanço do crack sobre o espaço ocupado pelas drogas injetáveis alterou a abordagem dos profissionais de saúde na
prevenção à AIDS.
Em vez de seringas, como era feito com usuários de cocaína, agora são distribuídos copos de água para viciados.
Como o crack resseca a boca e provoca fissuras que sangram, o vírus pode ir de um corpo ao outro pelo uso em comum de
um só cachimbo, disse a coordenadora do programa DST/AIDS e hepatites virais, Fátima Neves, da Secretaria de Saúde de
Ribeirão.
"[Com o copo de água] Eles usam o metal para queimar a pedra e fazer o cachimbo individual. Além disso, tomam a água, o
que evita um pouco mais as fissuras", disse.
Já na população em geral, a prevalência de doentes de 20 a 40 anos sinaliza que não houve prevenção mesmo após três
décadas de epidemia. "O desafio é mudar a cultura sexual. Basta um comportamento de risco para ter o vírus", disse Neves.
As unidades de saúde de Ribeirão fazem até amanhã um mutirão para detectar precocemente a doença. (E.O.)
FOLHA DE S. PAULO - SP | SAÚDE
AIDS
30/11/2011
Imagem 1
Conectados
Às vésperas do Dia Mundial de Luta Contra a AIDS, jovens em Bucareste formam a fita-símbolo da campanha de combate à
doença
FOLHA DE S. PAULO - SP | COTIDIANO
LGBT
30/11/2011
Ex-PM é preso suspeito de matar travesti
Considerado "O Matador de TRAVESTIS", ele foi acusado de assassinar mais uma vítima após passar 18 anos preso
Considerado pela polícia um matador em série, ele é um dos réus no processo sobre o massacre do Carandiru
ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO
Considerado pelas autoridades um matador em série de TRAVESTIS, o ex-soldado da Polícia Militar Cirineu Carlos Letang
Silva, 47, foi preso novamente ontem acusado de matar mais um TRAVESTI.
Depois de ficar quase 18 anos preso (no regime fechado e no semiaberto) como parte de uma pena de 40 anos pela morte de
três TRAVESTIS, Silva saiu da prisão em 16 de março deste ano.
Apenas 72 dias após sua libertação da prisão, Silva, segundo o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), da
Polícia Civil, matou Alisson Pereira Cabral dos Anjos, 25.
TRAVESTI que se prostituía na rua Doutor Edgar Teotônio Santana, no bairro da Barra Funda (zona oeste de SP), Alisson foi
morto com um tiro na cabeça.
À Polícia Civil, nas duas vezes em que foi interrogado sobre o crime, Silva negou o crime. Seu advogado de defesa não foi
localizado ontem pela reportagem. Segundo o DHPP, duas testemunhas do crime já reconheceram Silva como o assassino de
Alisson.
MORTES NO CARANDIRU
Na crônica policial paulistana, Silva, um ex-integrante da Rota (espécie de tropa de elite da PM paulista), ficou famoso ao ser
chamado de "O Matador de TRAVESTIS".
O ex-PM também é um dos 116 réus no processo sobre o massacre dos 111 presos no pavilhão 9 da Casa de Detenção de
São Paulo, no Carandiru (zona norte), cometido pela PM em 2 de outubro de 1992. O então soldado era da equipe da PM que
invadiu o terceiro pavimento do pavilhão 9, onde foram mortos 78 dos 111 presos.
Silva foi condenado a 40 anos de prisão pelas mortes de três TRAVESTIS na capital, todas ocorridas cinco meses após o
massacre.
Morador do bairro do Imirim (zona norte), casado e pai, o ex-soldado também chegou a ser acusado pela morte de outros três
TRAVESTIS, mas não foi condenado.
FOLHA DE S. PAULO - SP | SAÚDE
AIDS
30/11/2011
Aids está em alta em países da região amazônica
Problema é mais grave no Suriname e na Guiana
SABINE RIGHETTI
ENVIADA ESPECIAL A BELÉM
A população da região da Pan-Amazônia, prioritariamente rural e indígena, está vivendo um surto de AIDS.
A conclusão é de especialistas reunidos no Fórum Amazônia Sustentável, realizado neste mês em Belém.
Eles apresentaram um estudo sobre os índices socioeconômicos -incluindo de saúde- nos nove países da Pan-Amazônia:
Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname Venezuela.
No caso da AIDS, há um aumento da incidência em toda a Amazônia.
"Isso é preocupante porque parte dos povos indígenas que vivem na região [são 375 comunidades indígenas] é poligâmica",
afirma Danielle Celentano, coordenadora do ARA (Articulação Regional da Amazônia).
A pior situação é do Suriname, que tem 683 casos por 100 mil habitantes na região amazônica, e da Guiana, com 752 casos
por 100 mil habitantes. A taxa brasileira é 17 por 100 mil na Amazônia.
Com isso, Suriname e Guina são os países com maior índice de AIDS fora da África.
A jornalista SABINE RIGHETTI viajou a convite do Fórum Amazônia Sustentável
O GLOBO | RIO
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS
30/11/2011
Na favela, muitas mulheres, poucos cuidados
RUMO À PACIFICAÇÃO
Na favela, muitas mulheres, poucos cuidados
Rio Como Vamos vai monitorar a qualidade de vida na Rocinha, onde quase metade da população é feminina
A evolução dos indicadores referentes à qualidade de vida da população feminina da Rocinha está sendo monitorada pelo Rio
Como Vamos (RCV) e, de acordo com o movimento, os dados são alarmantes. Segundo o Censo 2010 do IBGE, o número de
mulheres na comunidade chega a 34 mil, quase metade dos moradores dessa Região Administrativa. No entanto, elas ainda
sofrem com problemas básicos, como escolaridade precária, salários baixos e gravidez precoce.
Na Rocinha, por exemplo, vivem cerca de duas mil mulheres analfabetas. A falta de instrução, ou mesmo a baixa escolaridade,
tem dificultado a inserção no mercado de trabalho e atrapalha a vida de aproximadamente 7.500 famílias da favela, que
dependem da mão de obra feminina. Segundo o Censo do IBGE, cerca de 16 mil moradoras têm renda de, no máximo, dois
salários mínimos.
Trabalho doméstico ainda é a principal ocupação
As ocupações, geralmente, estão associadas ao trabalho doméstico. Segundo o Censo Empresarial Rocinha, da Secretaria
estadual da Casa Civil (março/2010), na comunidade há 5.600 faxineiras, babás e lavadeiras. Outras mil se dedicam à área de
estética. Recepcionistas, secretárias, costureiras e educadoras completam o leque de atividades. Ainda de acordo com o
censo empresarial, 43% dos pequenos negócios que prosperam na comunidade são gerenciados por mulheres. As que
trabalham fora de casa enfrentam o clássico problema: a quem confiar os filhos enquanto trabalham? Cerca de oito mil
crianças de até 6 anos vivem na comunidade, diz o Censo do IBGE.
O atendimento a crianças de até 3 anos em creches públicas ainda insuficiente na Rocinha. As duas creches mantidas pela
prefeitura, segundo a Secretaria municipal de Educação, recebem 137 crianças a partir dos 6 meses, número que não se
alterou nos últimos anos. Creches conveniadas, em espaços comunitários, são uma alternativa para muitas famílias, pois
atendem a cerca de 1.200 crianças.
Diretora do Instituto Superior de Educação Pró- Saber, Cecília Almeida e Silva enfatiza a necessidade de qualidade nas
creches e no pré- escolar, pois é nesta fase que a criança começa a desenvolver o seu aprendizado:
- A creche não pode ser um depósito de criança. Antigamente a criança só existia depois do parto. Hoje, todos sabem a
importância do pré-natal para a gestação de uma criança saudável. A creche tem a mesma importância no aprendizado. Ela é
essencial na construção do conhecimento e no combate à desigualdade entre crianças pobres e as que vivem num ambiente
letrado.
Moradora da Rocinha e professora da creche berçário Maria Helena, que é conveniada com a prefeitura, Camila do Valle diz
que a maior parte das unidades da região está bem estruturada e a maioria dos professores é especializada:
- A realidade das crianças em seu meio familiar é bem distante da realidade na creche, onde são bem atendidas, estimuladas e
valorizadas.
Para saber como está a saúde feminina na Rocinha, o RCV buscou dados na prefeitura e constatou que, entre 2008 e 2011,
dobrou o número de coletas de material para exame do colo uterino. As análises mostraram a presença de SÍFILIS em
gestantes, mas houve diminuição de 322 casos em 2007 para 237 em 2011.
O alto índice de gravidez precoce e a insuficiência de consultas pré-natal são problemas ainda não resolvidos na comunidade,
segundo o Sistema de Indicadores do RCV. Mães com menos de 20 anos de idade tiveram 22% dos bebês nascidos vivos. O
índice, considerado elevado, mantém-se praticamente inalterado desde 2006. Em números absolutos, adolescentes entre 15 e
19 anos dão à luz, a cada ano, a cerca de 250 bebês, segundo o Sistema Nacional de informações sobre Nascidos
Vivos/SISNAC., do Ministério da Saúde. Há situações ainda mais dramáticas. Cerca de 22 crianças nascem por ano de mães
com idade entre 10 e 14 anos.
Número de vítimas de violência está menor
Pelos dados do Rio Como Vamos, o percentual de gestantes que não completaram as sete consultas necessárias a um prénatal eficiente aumentou de 34% para 52% entre 2006 e 2010.
No que se refere à segurança na Rocinha, há um dado positivo em relação à violência doméstica: reduziu o número de
internações de mulheres na rede pública, vítimas de agressão. Desde 2007, quando foram registrados 31 casos, o número de
internações vem caindo e chega a 23 casos em 2009, segundo o Instituto de Segurança Pública.
Seguindo a estratégia de monitorar a qualidade de vida da população o Rio Como Vamos vai acompanhar o desdobramento
das políticas públicas que, na Rocinha, respondem a esse leque de necessidades das mulheres.
O GLOBO | O PAÍS
AIDS | CAMISINHA | DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS | CONTRACEPTIVOS
30/11/2011
'Essa molecada não viu a cara da Aids'
'Essa molecada não viu a cara da AIDS'
Com tratamento, cresce comportamento de risco de jovens gays
Arquivo pessoal
SÃO PAULO. Hoje desempregado, X. tinha 28 anos no fim dos anos 1990 quando espasmos na perna esquerda o fizeram
procurar um médico. Após uma série de exames, foi confirmado o que ele mesmo já suspeitava: estava infectado com o vírus
HIV. O resultado "reagente" veio tarde, já que sempre martelaram na sua cabeça as primeiras relações sexuais desprotegidas
com um antigo namorado, que morrera anos depois. O diagnóstico tardio o levou a uma série de complicações: passou de 80
para 30 quilos, sofreu três tuberculoses, uma pneumonia grave e quase ficou cego.
Foram dois anos de sucessivas internações, até que buscou refúgio numa casa de apoio a portadores de AIDS. Sozinho em
São Paulo, a família toda morando no Paraná, diz que nunca mais conseguiu ter uma relacionamento duradouro. Sexo,
casualmente, mesmo diante da surpreendente reação das pessoas na cama.
- Muitas vezes, se eu resolver transar sem CAMISINHA, vai assim mesmo. Eu é que evito. Acabou a preocupação com sexo
seguro por causa da fantasia de que o SOROPOSITIVO não sofre mais. Ninguém sabe o sofrimento que é viver com AIDS diz ele, morador de São Miguel Paulista, periferia de São Paulo.
Aos 42 anos, Y. diz também ouvir de amigos que acabou a preocupação em transar sem PRESERVATIVO, principalmente
entre os mais jovens.
- Essa molecada não viu a cara da AIDS. Hoje, há tratamento em que as pessoas não ficam esquálidas, mas são muitos os
efeitos que parecem ser ignorados por quem está procurando sexo quase desesperadamente - reforça ele.
Z. é um rapaz que pode ser incluído no grupo da "molecada" portadora do vírus que ignora solenemente os efeitos da doença.
Aos 21 anos de idade, infectado aos 18 num sexo grupal, o estudante de administração de empresas diz que não se preocupa
na hora de ir para a cama. Frequentador de boates e bares badalados em São Paulo, onde vive, ele diz que cada um deve
cuidar de si.
- Eu não estou nem um pouco preocupado com os outros. Se quiser transar sem CAMISINHA, eu transo. Provavelmente é
alguém também contaminado, então estamos no empate - diz Z., num discurso pontuado por um rancor indisfarçável:
- Eu pergunto: alguém se preocupou comigo?
Com uma turma de amigos de 20 e poucos anos de idade, o estudante revela que, assim como ele, outros jovens deixaram a
segurança de lado mesmo sabendo que não estavam contaminados com o vírus HIV. O sexo parece ter virado uma roleta
russa entre alguns grupos de gays da nova geração:
- As pessoas estão procurando prazer, e, aí, tem que ter sorte. Só que muitas vezes não é o que acontece.(Flávio Freire)
O GLOBO | O PAÍS
AIDS | DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS
30/11/2011
Fundo Global enfrenta dificuldades
Fundo Global enfrenta dificuldades
Janaina Lage [email protected]
As dificuldades de financiamento do Fundo Global de combate à AIDS, à malária e à TUBERCULOSE ameaçam os avanços
obtidos na última década, afirmou ontem o presidente dos Médicos Sem Fronteiras, Unni Karunakara. O fundo já aplicou
US$22,4 bilhões em programas de 150 países, mas, diante dos efeitos da crise econômica em nações desenvolvidas, o
volume de doações sofreu grave redução e o organismo anunciou mudanças.
Até 2014, o Fundo Global não financiará novos projetos. Segundo Karunakara, a mudança pode significar um retrocesso:
- Uma das razões para o progresso dos últimos anos é a produção de genéricos. Em 2000, o custo de tratar um paciente
superava os US$10 mil. Hoje, gasta-se US$70 ao ano. Outra razão é o compromisso dos países de ajudar financeiramente, o
que ampliou a escala de tratamento para cerca de 7 milhões de pessoas.
O presidente da organização avalia que países em desenvolvimento, como Brasil e Índia, podem ter um papel de liderança
nesse momento. Nações endividadas, como Itália e Espanha, estão reavaliando as doações. Segundo Karunakara, Quênia e
Uganda devem abandonar os planos de dobrar o número de pacientes sob tratamento e outros países deixarão as metas de
lado sem recursos garantidos:
- Se os países não ajudarem agora, terão de fazer isso no futuro. E em condições mais difíceis.
O GLOBO | O PAÍS
AIDS | CAMISINHA | DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS | LGBT
30/11/2011
Aids: por trás das mortes, diagnóstico tardio
AIDS: por trás das mortes, diagnóstico tardio
Demora para descobrir infecção é o fator que mais explica número ainda elevado de óbitos, dizem especialistas
Flávio Freire, Jaqueline Falcão e Catarina Alencastro [email protected]
SÃO PAULO E BRASÍLIA. A demora no diagnóstico de pacientes com AIDS é o fator que mais explica o número ainda elevado
de mortes provocadas pela doença - no ano passado, foram registrados 11.965 óbitos no país. Ao manter o vírus no organismo
por anos, sem tratamento, cria-se na pessoa uma espécie de canal para as chamadas doenças oportunistas, como
TUBERCULOSE e pneumonia, que agravam a saúde do SOROPOSITIVO.
- Quando tardio, o diagnóstico surge, muitas vezes, na fase mais avançada da doença. A pessoa já começa o tratamento em
um estado imunológico muito comprometido pelo HIV - explica Maria Clara Gianna, coordenadora do Programa de DST/AIDS
de São Paulo.
Segundo ela, além do medo de fazer o teste anti-HIV, muitas pessoas não chegam ao diagnóstico porque desconhecem que o
exame pode ser feito gratuitamente no SUS.
- Falta uma campanha mais ampla e esclarecedora em todo o país sobre a gratuidade dos exames - diz Maria Clara.
Para o infectologista David Uip, diretor do Instituto Emílio Ribas, em São Paulo, quanto mais cedo o paciente procurar
assistência após suspeita de infecção, melhor:
- Não dá para a pessoa viver com a dúvida se está ou não contaminada. Tem que começar o tratamento o quanto antes para
evitar problemas sérios. Está morrendo quem deixa para começar a terapia depois que a saúde já está debilitada.
Ativistas da comunidade gay também demonstram preocupação em relação ao número de infecções e óbitos causados pela
AIDS.
- O alto índice de jovens gays e TRAVESTIS infectados se deve à homofobia institucional, já que o governo detém informações
epidemiológicas dando conta de que 11% dos gays estão contaminados, contra 0,8% dos heteros. Mesmo assim, só 0,9% do
orçamento do Ministério da Saúde para programas de prevenção à AIDS é destinado a projetos relacionados a homossexuais afirma o fundador do Grupo Gay da Bahia, o antropólogo Luiz Mott.
Presidente da Parada Gay de São Paulo, o sociólogo Ideraldo Beltrame lembra que, no início da epidemia, os ativistas se
empenharam na prevenção, mas depois enveredaram pela busca de conquistas sociais, como cirurgias para TRANSEXUAIS
pelo SUS e adoção de crianças.
- Fomos acusados em nível mundial de ser o grupo de risco causador da epidemia. Por essa razão, houve grande empenho na
prevenção. Hoje, nos voltamos mais para a questão dos direitos.
O ministério afirmou que vai gastar R$3 milhões em uma campanha de prevenção, a ser iniciada amanhã, voltada para os
jovens gays, grupo que está muito mais exposto à contaminação - a infecção entre eles subiu 10% em 12 anos. As mensagens
chegarão às mídias sociais, festas e shows. E eventos culturais regionais contarão com tendas que oferecerão testes e
camisinhas.
Segundo o diretor da Unaids - Programa das Nações Unidas para HIV e AIDS - no Brasil, Pedro Chequer, o governo já sabia
que era necessário fortalecer ações regionais de enfrentamento à doença, mas não tinha dinheiro para fazê-lo:
- O Ministério da Saúde vai buscar fortalecer ações regionais. É uma recomendação da Unaids, que diz que a AIDS tem que
ser enfrentada a partir das diversidades locais. Antes, já havia essa necessidade, mas não havia recursos.
oglobo.com.br/pais
O GLOBO | OPINIÃO
AIDS | DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS
30/11/2011
Controle da Aids deve ser permanente (Editorial)
Controle da AIDS deve ser permanente
OBrasil está entre os países que mais a sério, e com apreciável eficácia, enfrentam o flagelo da AIDS. O poder público
contabiliza estimulantes - ainda que não ideais - resultados nessa guerra, por conta de uma combinação de medidas
preventivas e outras de redução de danos, notadamente uma política que flexibiliza o acesso a coquetéis de medicamentos
capazes de inibir o desenvolvimento da doença. Dados do Boletim Epidemiológico AIDS/DST divulgados anteontem pelo
Ministério da Saúde mostram que a incidência de infectados na população em geral se manteve estável entre 1998 e 2010,
com uma leve queda de 18,7 para 17,9 casos em grupos de cem mil habitantes.
Mas, esmiuçados os números do documento, a curva do perfil epidemiológico mostra uma inquietante inversão. Descontada a
tendência de estabilização na Região Sudeste, que concentra pouco mais de 50% dos infectados pelo HIV no país, constata-se
que o número de novos casos cresceu nas demais regiões. Mais grave é o aumento (10%) da contaminação entre jovens
homossexuais de 15 a 24 anos. Dados comparativos reforçam essa preocupação. Caso, por exemplo, da constatação de que
na mesma faixa etária caiu o índice de contaminação entre heterossexuais. Houve queda também entre usuários de drogas e
dos registros de transmissão vertical (quando a mãe passa o vírus para o bebê). São indicadores que evidenciam a
necessidade de se adotarem ações preventivas específicas para este grupo de risco.
Em relação ao aumento do número de casos fora da Região Sudeste é aceitável a versão técnica de que, entre outras razões,
no Norte e no Nordeste, onde o boletim detectou os mais altos índices de novos infectados, testes passaram a ser feitos em
áreas onde antes não havia acesso a exames. Isso terá levado para as estatísticas um universo de doentes não detectado em
levantamentos anteriores.
Mas, na questão do crescimento da AIDS entre jovens gays, misturam-se aspectos comportamentais e falhas na política
pública de prevenção. Esta geração não viveu os primeiros e apavorantes anos de disseminação, até então sem controle, de
uma doença que, na época, registrava altíssimo grau de letalidade quase imediata, e sequer foi testemunha das ações de luta
contra a AIDS nos anos 90, observa o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. A descoberta de medicamentos que atenuam a
manifestação do mal e dão sobrevida às vítimas também contribui para um quase natural relaxamento com cuidados que, os
números comprovam, continuam sendo essenciais para evitar o contágio.
Este quadro deixa patente que não se pode afrouxar com as campanhas de esclarecimento e com o aperfeiçoamento das
ações de redução de danos. São providências cruciais para manter vivas as informações sobre a doença que ajudaram a
manter sob controle o quadro de infecções em geral no país. E, sobretudo, para ampliar o nível de consciência dos grupos de
risco sob maior exposição ao contágio, alertando-os para a realidade, ainda inescapável, de que, mesmo sob algum nível de
controle de letalidade, a AIDS ainda é mortal.
O ESTADO DE S. PAULO - SP | CIDADES/METRÓPOLE
LGBT
30/11/2011
Ex-PM é preso pela 4ª morte de travesti
A Polícia Civil prendeu o ex-policial militar Cirineu Carlos Letang Silva, de 47 anos, acusado de matar a TRAVESTI Alison
Pereira Cabral dos Anjos, de 23 anos, em maio deste ano. O crime aconteceu na Rua Edgar Teotônio Santana, na Barra
Funda, zona oeste, em 26 de maio.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), Cirineu já havia sido preso por matar três TRAVESTIS, entre 1992 e
1993.
Condenado pelos crimes, o ex-soldado das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) ficou 18 anos preso. Ele cumpriu 14
em regime fechado e 4 no semiaberto.
Colocado em liberdade em março, voltou a cometer o mesmo crime em maio. A Polícia Civil o considera um serial killer
(assassino em série), porque suas vítimas têm o mesmo perfil.
Segundo policiais do Departamento de Homicídio se Proteção à Pessoa (DHPP), responsáveis pela prisão do ex- PM, o
acusado abordava as TRAVESTIS como se estivesse interessado em um programa.
Depois, Silva as agredia e atirava à queima-roupa. O ex-PM também é réu no caso do massacre do Carandiru, em 1992,
quando a polícia invadiu a penitenciária para conter uma rebelião e deixou 111 mortos.
O ESTADO DE S. PAULO - SP | ESPAÇO ABERTO
AIDS | DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS
30/11/2011
O o combate ao HIV/aids (Artigo)
VICENTE AMATO NETO E JACYR PASTERNAK
O progresso médico leva a problemas que, infelizmente, não são de solução fácil.
Temos hoje pelo menos 15 medicamentos que são usados no tratamento da infecção pelo HIV/AIDS e os mais novos vêm
chegando na base de dois ou três por ano.
Atacamos o vírus em todas as suas fases: incorporação dos nucleotídeos no genoma, integração no DNA do hospedeiro e
montagem final. Também podemos atrapalhar a ligação do vírus com os receptores da superfície celular onde ele se gruda.
Parece muito claro que o paciente adequadamente medicado, tendo 90% de aderência ao tratamento, se mantém sem
progressão da moléstia.
Quando menos intensa a carga viral, menor é a chance de haver resistência - e por isso é fundamental sustentar a supressão
da multiplicação viral, ou seja, que o remédio seja tomado na dose e na frequência adequadas. Na situação mais comum, em
que a infecção é por vírus selvagem sem mutações que conferem resistência, é possível manter os doentes em remissão, com
cargas virais muito pequenas, por muito tempo - e talvez indefinidamente. Esses enfermos poderão ser acometidos por
complicações relacionadas aos antivirais e à inflamação, que não é suprimível, embora quantidades do agente causal sejam
discretas.
A principal complicação diz respeito ao risco cardiovascular aumentado e, hoje, é obrigatório que quem acompanha tais
pacientes igualmente lide com esse perigo e com a lipodistrofia.
Os muitos que não levam o tratamento como deveriam complicam consideravelmente as coisas.
Neles ocorrem as resistências e as trocas de fármacos são necessárias. Nessa infecção vale o que vale para todos os
expedientes terapêuticos: quanto mais novos, mais caros. O manuseio dos remédios, aliado à falta de aderência, chega a
níveis de pesadelo.
Por mais que se insista como paciente no fato de ser indispensável a adesão estrita, nem sempre ele compreende a
importância disso, sem falar nos que procuram métodos alternativos ou curas pela fé e, depois, aparecem nos setores de
atendimento emergencial com infecções oportunísticas.
Sugerimos que a Anvisa dinamize o licenciamento de novos produtos cuja ação já está documentada cientificamente, não
permitindo a venda de trapaças, que são veículos de impressões místicas, na melhor das visões que possamos ter a esse
respeito.
Naturalmente, não devemos deixar esses necessitados sem assistência.
Precisamo-nos valer, então, de adicionais compostos que são de uso mais difícil, menos fáceis de ministrar - há um que é
injetado pela via subcutânea.
Impõe-se estudar as variações genéticas do vírus para conhecer obstáculos - e nem todas as alterações genômicas são
correlacionáveis com resistências a insumos específicos. Tudo isso é muito caro, não é realizado em qualquer lugar ou
laboratório.
Há quem sugira como solução a quebra de patentes, quando existirem. O Brasil já fez isso uma vez e não dá para dizer que o
resultado tenha ficado sem justificativa, mas há riscos. Nem tanto para o aqui e agora, mas para o futuro.
Por menos que gostemos das multinacionais, são elas que levamos medicamentos ao mercado e ao público. A imensa maioria
das novidades vem de estudos acadêmicos, mas o desenvolvimento e a produção são feitos pela indústria farmacêutica.
Achamos utópico que nossos laboratórios oficiais da área consigam, sozinhos, concretizar vários desses fármacos e que isso
suceda em tempo razoável. Seguramente surgirão novos recursos de caráter terapêutico e a indústria, diante da quebra de
patentes, pode simplesmente abandonar o mercado brasileiro, sem tentar licenciar seus produtos. Um truque que a Anvisa
ainda não descobriu é como possibilitar, no Brasil, a utilização de remédios e testes de laboratório que os fabricantes não
queiram registrar legalmente no País.
O custo também preocupa: quanto mais doentes entrarem no sistema, maiores os gastos. Se fomos felizes em ver garantido o
tratamento a praticamente todos os que dele precisam, sentimo-nos com menor capacidade para limitar a extensão da
epidemia.O que obtivemos provavelmente decorreu de tornar menos infectantes os tratados. Isso fica bem claro em estudos
epidemiológicos, pois os com baixa carga viral são pouco contaminantes. Uma parte da população aprendeu a se proteger.
Mas os que mais precisam se defender ou não aprenderam ou não têm condições financeiras - meninos e meninas de ruas,
prostitutas de baixo nível, homossexuais masculinos que acabaram de sair do armário e de baixa categoria socioeconômica.
Como vemos soluções para este contexto? Precisamos investir mais em educação, como repetimos entra ano, sai ano estamos ficando monótonos. Isso envolve instrução, que deve ser ampla, não discriminativa e começar na escola, antes da
idade da primeira relação sexual, que pode ser a oportunidade inicial de pegar a infecção pelo HIV. E gente azarada adquire o
mal nesse momento.
Precisamos investir muito em suficiente orientação ao paciente, que deve ser motivado a fim de, disciplinadamente, respeitar o
tratamento e voltar para controles.
Para viciados em drogas injetáveis programas de troca de seringas e de diminuição de danos dão resultado - com todas as
dificuldades técnicas e até jurídicas de levá-los a efeito.
Circunstâncias podem dificultar o combate a doenças infecciosas.
A enfermidade causada pelo HIV é exemplo disso. Mudar comportamentos, fundamentalmente influentes na transmissão e
disseminação de tal virose, a figuras e extremamente difícil, representando expressivo obstáculo.
Impõe-se almejar o sucedido com a SÍFILIS, tratável por vários remédios e com facilidade.
A obtenção de medicamentos definitivamente efetivos para abater o HIV constitui destacado desejo. A vacina anti-HIV,
conseguida com base em irretocável documentação científica, é sonhado meio profilático, que de forma marcante auxiliará a
saúde pública, mediante simplificação exuberante da luta contra tão prejudicial transtorno.
MÉDICOS INFECTOLOGISTAS, SÃO, RESPECTIVAMENTE, PROFESSOR EMÉRITO DA FACULDADE DE MEDICINA DA
USP E PROFESSOR UNIVERSITÁRIO
VALOR ECONÔMICO -SP | OPINIÃO
AIDS | CAMISINHA
30/11/2011
Desafios da Saúde vão além de mais recursos públicos (Artigo)
O aumento dos casos de AIDS no país, especialmente entre jovens, exige uma reflexão mais aprofundada dos poderes da
República sobre a maneira como está posto o debate sobre a Saúde. Hoje como ontem, o que se discute é como aumentar o
volume de recursos, quando o governo federal nem sequer consegue gastar o que tem - e que não é pouca coisa - para
financiar o sistema de Saúde.
Agora mesmo a oposição chantageia o governo com a ameaça de só votar a prorrogação da Desvinculação de Receitas da
União (DRU) se antes for votado o projeto de regulamentação da Emenda 29, que prevê mais recursos para a Saúde. A bem
da verdade não é só a oposição que age assim. Uma boa parcela da base aliada do governo também foi capturada pelo
poderoso lobby dos parlamentares ligados à Saúde, talvez o mais influente do Congresso, ao lado da bancada ruralista.
Ainda ontem o governo informou o Senado que estuda uma alternativa para reforçar o caixa da Saúde, a fim de evitar que
situação e oposição aprovem um texto que estipula em 10% do Orçamento da União o gasto obrigatório do governo com a
Saúde.
Há uma semana, a Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara aprovou o relatório final de uma subcomissão que
trata da reestruturação do Sistema Único de Saúde (SUS). Num calhamaço de 386 páginas, destaca-se a criação de três
novos tributos para financiar a Saúde: um imposto sobre grandes fortunas, o aumento da Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido (CSLL) das instituições financeiras e o Imposto sobre Grandes Movimentações Financeiras (IGMF), uma nova versão
do "imposto do cheque", regressivo e de efeitos distorcivos sobre a formação de preços, em boa hora revogado pelo
Congresso Nacional.
É difícil sustentar uma demanda por mais dinheiro quando ela vem com a impressão digital do lobby dos donos de hospitais e
quando sabe-se que o Ministério da Saúde gasta mal o muito de que já dispõe do Orçamento da União. Pior ainda, quando não
consegue ao menos gastar o que tem. Em uma década, de 2000 a 2010, o governo federal deixou de gastar R$ 45,9 bilhões
que empenhara do Orçamento para despesas com Saúde, conforme levantamento realizado pelo jornal "O Globo" no Sistema
Integrado de Administração Financeira (Siafi), o sistema de acompanhamento da execução orçamentária.
A Emenda 29 passou a vigorar no ano 2000. Ela estabelece um piso de gastos para o setor, mas desde então os recursos
destinados à Saúde caíram de 1,76% do Produto Interno Bruto (PIB) para 1,66%, no ano passado. Na área social, a Saúde foi
o setor que mais perdeu posição; educação, previdência e assistência social tiveram aumentadas suas participações no bolo.
E, em sete desses dez anos, havia a cobrança da CPMF, o que é uma evidência empírica de que a criação de novos tributos
específicos não necessariamente aumentariam os gastos com a Saúde e, também, de que os governos podem se valer do
novo imposto para reduzir a dotação orçamentária hoje destinada a essa área, fazendo uma simples compensação.
O aumento de casos da AIDS em todo o país, à exceção do Sudeste, entre 1998 e 2010, deve servir de alerta. O Brasil já foi
elogiado em fóruns internacionais por ter desenvolvido o melhor programa de combate à AIDS do mundo. Hoje, a tendência é
de alta - os números relativos a 2011 ainda não foram contabilizados, mas as parciais indicam acréscimo em relação ao ano
passado. É possível que o governo tenha relaxado na execução do programa? Esse é o bom debate.
Atualmente, as autoridades falam de AIDS na época do Carnaval, quando se distribuem camisinhas. Talvez não tenham se
dado conta que uma nova geração se formou depois de meados dos anos 1990, época em que a AIDS ainda era uma doença
temida e letal, quando os soropositivos morriam quase sem assistência. O distanciamento dessa realidade pode explicar o
aumento da incidência de casos especialmente entre jovens homossexuais na faixa de 15 anos a 24 anos, que subiu 10,1% no
período. Em 2010, para cada dez heterossexuais nessa faixa de idade contaminados, havia 16 homossexuais infectados pelo
vírus da AIDS. Como se vê, os desafios da Saúde vão muito além dos cifrões que tomam a atenção e a energia dos poderes
da República.
CORREIO BRAZILIENSE - DF | OPINIÃO
LGBT
30/11/2011
Sem pena (Ari Cunha)
» Bolsonaro tem mostrado como a lei só funciona para os mortais. Já transgrediu a Lei Maria da Penha, já cometeu bullying e é
homofóbico.
CORREIO BRAZILIENSE - DF | SAÚDE
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS
30/11/2011
Preconceito à flor da pele
Belo Horizonte - Em tempos de culto exacerbado à beleza, quem se sente desconfortável na própria pele vive um dilema diário:
assumir suas imperfeições ou camuflá-las? No caso dos portadores de psoríase - uma doença crônica de pele caracterizada
por lesões espessas e avermelhadas, cobertas por placas -, a questão vai além da estética e resvala no preconceito
alimentado pela desinformação. Uma pesquisa realizada pelo Ibope com 602 pessoas em oito capitais brasileiras, inclusive
Belo Horizonte e Brasília, revelou que somente 7% dos entrevistados conhecem a doença e 86% não namorariam ou teriam
relação sexual com um portador dessa condição.
O estudo demonstra com clareza o estigma e a exclusão social sofridos pelos portadores de psoríase - 83% dos entrevistados
afirmaram que não entrariam numa mesma piscina com os pacientes; 68% não contratariam um profissional com a doença
para uma posição gerencial; 20% não sairiam em locais públicos acompanhados por portadores; e 73% não comeriam uma
refeição preparada por um paciente. Os resultados da pesquisa serviram de base para um artigo publicado na Revista
Brasileira de Medicina, em que se discutem as razões para as respostas negativas.
A dermatologista Ana Carolina Belini Bazán Arruda, que participou do artigo, explica que os resultados da pesquisa chamaram
a atenção mesmo de quem está acostumado com a doença. "Como médicos que lidam com a psoríase, tínhamos uma
percepção, mas não a medida exata disso, principalmente em relação ao desconhecimento. O preconceito quantificado
assusta."
Desinformação
Alguns fatores contribuem para a falta de informação sobre a doença, como o fato de a maior parte dos pacientes não gostar
de falar sobre a psoríase e preferir escondê-la. "Algumas campanhas trabalham a questão da conscientização, como as ações
realizadas pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) no Dia Mundial da Psoríase, em 29 de outubro. O objetivo é tirar a
doença das sombras. As pessoas precisam saber que ela não é contagiosa e não traz nenhum mal a quem está do lado do
portador", diz Ana Carolina. De acordo com a dermatologista, muitas pessoas ainda associam as placas vermelhas e
descamativas à HANSENÍASE e à sarna.
Além da conscientização da população, as informações da pesquisa são bastante úteis também para a classe médica. Elas
ajudam a entender a melhor forma de tratar os pacientes. A maior parte dos casos, cerca de 70%, é diagnosticada como leve,
mas, para o portador, pode representar uma piora extrema na qualidade de vida. "Se tem um impacto muito grande, pode ser
tratada de uma forma mais agressiva. Por isso, apesar de termos índices a partir de questionários e avaliações clínicas que
ajudam a classificar a doença como leve, moderada ou severa, é importante a conversa com o paciente", afirma Ana Carolina.
A psoríase tem tratamento e controle, mas não tem cura. O paciente pode ficar muito bem, sem lesões, mas com uso de
medicamentos. "Até pode ocorrer de ele não ter uma recidiva sem tomar a medicação, mas é bem raro. Os próprios pacientes
têm que saber que há tratamento, que a qualidade de vida pode melhorar muito", acrescenta. Por se tratar de uma doença
crônica, o tratamento é para toda a vida, mesmo com os altos e baixos da doença.
Terapia
A pedagoga Alcione Aguiar Souza, 50 anos, sabe bem disso. Diagnosticada com psoríase há 15 anos, ela passou por
momentos difíceis. "Era jovem, vaidosa, bonita. A primeira coisa que meu médico me indicou foi fazer terapia, um trabalho de
autoaceitação mesmo." Hoje, ela faz questão de ter uma vida normal, independentemente das crises. "Namoro, saio, vou à
praia - mesmo com crise - e coloco biquíni. A gente não é só o corpo, é mais do que isso. Quem tem psoríase acaba
aprendendo isso na marra." Ansiosa por natureza, ela mantém o equilíbrio fazendo caminhada, pilates, ioga, meditação e
acupuntura. "Além disso, tenho uma alimentação saudável, evito bebida alcoólica, passo muito hidratante e tento ficar
tranquila. Tem épocas em que a psoríase melhora e até some, mas tenho períodos de piora. Tem que gostar muito de si
mesmo e estar atento, para tentar frear a tempo. Nem sempre dá."
Consciente de que atitudes como a sua frente à doença são raras, Alcione fundou a Associação Mineira de Apoio aos
Portadores de Psoríase. Conversou com pessoas de todo o país, participou de encontros estaduais e nacionais, mas o
preconceito ainda é mais forte. "A associação não existe mais há um ano, por falta de comparecimento dos portadores às
reuniões. Ainda há uma dificuldade em se assumir como portador. É uma questão de autopreconceito, quase aversão. Não se
olham no espelho, têm medo de se expor e alguns não procuram nem tratamento. Se ele próprio não se aceita, quem vai
aceitá-lo?", indaga.
Análise
O estudo foi feito por meio de entrevistas pessoais e domiciliares, com base na seleção randomizada da população acima de
20 anos de oito capitais brasileiras: 67% em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte; 14% em Salvador e Recife, 10% em
Curitiba e Porto Alegre e 8% em Brasília. Os entrevistados responderam a perguntas e opinaram com base em fotos que
retratavam lesões de psoríase em vários locais do corpo e em diferentes estágios.
Psoríase - leve
Pena - 11%
Tristeza - 9%
Nojo - 6%
Algo muito ruim - 6%
Feiúra - 5%
Medo - 4%
Psoríase moderada/grave
Pena - 10%
Nojo - 9%
Tristeza - 7%
Medo - 6%
Dor - 4%
Algo muito ruim - 4%
CORREIO BRAZILIENSE - DF | CIDADES
AIDS | CAMISINHA | DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS | LGBT
30/11/2011
Aids recua na capital federal
A média mensal de casos de AIDS no Distrito Federal teve queda de 12% em relação ao ano passado. Entre janeiro e outubro
deste ano, 255 pessoas descobriram ser soropositivas para o vírus HIV, ou 25 por mês. A série histórica registra, desde 1985,
um número aproximado de 400 novos casos por ano - cerca de 33 mensais. Os homens continuam mais vulneráveis à doença
do que as mulheres: representam mais de 72% do total de novas ocorrências. No recorte masculino afetado pelo vírus, quase
60% se contaminaram em exposição homo ou bissexual. Um dos dados mais preocupantes do boletim epidemiológico
divulgado ontem pela Gerência de Doenças Sexualmente Transmissíveis/AIDS e Hepatites Virais da Secretaria de Saúde é o
crescimento da incidência de casos entre jovens na faixa de 13 a 24 anos.
Os resultados posicionam Brasília na 26ª colocação no ranking de capitais com mais casos no Brasil. O entendimento da
GDST/AIDS é de que a capital está em processo de estabilização do número de ocorrências, mas precisa ainda baixar a
incidência. "É um desafio nacional. Estamos observando tendência de queda no Sudeste do país, por exemplo. No DF,
justamente por estarmos conseguindo estabilizar a disseminação dos vírus, podemos considerar isso um avanço", explica a
assessora técnica da gerência, a enfermeira Leidijany Paz.
Apesar de o número de homens infectados ter diminuído, aumentou a proporção de soropositivos enquadrados na categoria
homens que fazem sexo com homens (HSH). Em 2010, 50,4% do grupo masculino contaminado disse ter contraído o vírus em
exposição homo ou bissexual. Em um ano, o índice cresceu em quase 9%. Em relação à disseminação do HIV entre mulheres,
em 85% dos casos, elas foram expostas ao vírus em relações heterossexuais.
Para representantes de grupos de defesa dos direitos de lésbicas, gays, bissexuais, TRAVESTIS, TRANSEXUAIS e
TRANSGÊNEROS (LGBTs), o aumento de episódios se deve à falta de políticas públicas específicas. Michel Platini,
presidente do grupo Estruturação, afirma que hoje há uma epidemia de AIDS no DF e que sucessivos governos deixaram de
acompanhar a sociedade civil na luta contra a doença. "Há o preconceito institucionalizado e o descaso com os recursos
destinados a isso. A Secretaria de Saúde não executa todo o orçamento para EDUCAÇÃO SEXUAL e campanhas. E é preciso
fazer campanhas específicas para esse público. A linguagem é diferente", critica.
Juventude ameaçada
Um dos dados mais preocupantes revelados pela Secretaria de Saúde ontem diz respeito à expansão da disseminação do
vírus entre adolescentes e jovens adultos com idades entre 13 e 24 anos. Desde o início da série história, em 1985, até
outubro deste ano, o DF registrou 682 notificações de AIDS nessa faixa etária, sendo 431 homens e 251 mulheres. Desde
1997, a incidência média era de seis casos por 100 mil habitantes. Em 2010, no entanto, a notificação de novas 34
contaminações entre jovens elevou esse índice para 6,7 episódios a cada 100 mil habitantes.
Jovens homens expostos a relações homo ou bissexuais são, novamente, o grupo mais suscetível. Em 2010, 76% das
pessoas do sexo masculino de 13 a 24 anos ficaram enquadradas na categoria de "exposição a homo/bissexual" e 20% a
heterossexual. "No DF, a categoria de exposição HOMOSSEXUAL caracteriza de forma mais importante a dinâmica da
epidemia entre os homens, com expressão relevante em todas as faixas etárias, em especial entre os adolescentes", descreve
o boletim epidemiológico.
O gerente da GDST/AIDS, Luiz Fernando Marques, reconhece que há deficiências e problemas na rede de amparo e
prevenção, mas acredita que apenas o trabalho em conjunto de sociedade, governo e escola pode reverter a situação. "Falta
prevenção individual e também programas de prevenção. Não apenas do governo, mas também nas escolas. Sentimos muita
dificuldade de professores e profissionais de saúde para trabalhar com temas como esse, de alta complexidade", avalia. Entre
as 640 instituições de ensino no Distrito Federal, apenas 120 estão preparadas para lidar com EDUCAÇÃO SEXUAL e
prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.
A infectologista Ana Izabel Costa de Menezes, médica do Instituto Acreditar e do Hospital das Forças Armadas, acredita que
não houve educação continuada quanto à AIDS. "O perfil do adolescente é de assumir riscos. Falta trabalho nessa faixa etária.
Na França, há escolas que têm máquinas de CAMISINHA. É um público que precisa ser bombardeado com propaganda para
entender que a contaminação existe e que a AIDS, apesar de ter mudado de cara e ter tratamento, é uma doença muito
grave", diz. O GDF lança em 1º de dezembro, em comemoração ao Dia Mundial de Combate à AIDS, o vídeo da campanha
Seja Qual For o Seu Parceiro, Use CAMISINHA.
Centro de tratamento
O Distrito Federal tem nove centros de referência de tratamento a pacientes com AIDS. Os mais procurados são as unidades
mistas do Plano Piloto e de Taguatinga, o Centro de Saúde nº 11 de Brasília e o ambulatório do Hospital Universitário de
Brasília. O Hospital-Dia, na Asa Sul, é a referência para toda a rede. O governo federal subsidia os RETROVIRAIS e as
campanhas educativas.
JORNAL DE BRASILIA - DF | CIDADES
AIDS | DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS | CONTRACEPTIVOS
30/11/2011
Atenção às gestantes
Os dados da Secretaria de Saúde mostram a situação das gestantes positivas no DF. Desde 2001, foram detectados 608
casos, sendo 75% dos casos em mulheres de 20 a 34 anos. Foram 66 casos em 2009 e 57 em 2010. "Queremos mudar esses
dados, mas precisa de ações primárias e recursos para a hora certa. Mas em qualquer caso, a atenção tem que chegar a
saúde básica", observa o gerente de DST-AIDS da SES, Luiz Fernando Marques.
O acompanhamento de uma gestação é de fato muito importante, isso porque, em 2011, quase 60% dos casos tiveram o
diagnóstico no pré-natal.
CONSCIENTIZAÇÃO
Para marcar o Dia Mundial de Combate à AIDS, amanhã será feita distribuição de material educativo e PRESERVATIVOS na
Rodoviária do Plano Piloto, além do teste de HIV. Ainda haverá confraternização nos oito centros de referência: Gama,
Sobradinho, dois no Plano Piloto, Taguatinga, Ceilândia e Guará.
Na sexta-feira, haverá seminário com palestras sobre AIDS envolvendo homens que fazem sexo com homens e fatores
associados por óbito no DF. Para finalizar a Semana Distrital de Prevenção à AIDS e demais Doenças Sexualmente
Transmissíveis, no sábado terá apresentação cultural no CAPS-AD da Rodoviária.
O gerente de DST-AIDS da SES alerta para a conscientização. Segundo ele, muita coisa mudou desde o primeiro diagnóstico
em 1985, na capital federal. "Quanto mais cedo detectarmos, mais possibilidade de uma vida saudável", diz.
JORNAL DE BRASILIA - DF | CIDADES
AIDS | CAMISINHA | DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS
30/11/2011
Grupos ainda preocupam
Levantamento mostra alta de incidência em jovens entre 13 e 24 anos
Kamila Farias
A preocupação em relação aos diagnósticos de AIDS no DF ainda é grande com alguns grupos. De acordo com o boletim
epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde, 80% dos casos da doença são devido às relações sexuais sem prevenção
e desse total, mais de 50% são relações entre homens. Ainda vale ressaltar uma tendência de crescimento entre os jovens de
13 a 24 anos. Em 2010, foram notificados 34 casos, o que não acontecia desde o ano de 2005. Apesar dos dados agravantes
destes grupos, o número de casos de AIDS no DF sofreu queda no último ano - de 14,7 por cem mil habitantes para 13,6.
Até outubro deste ano, o DF notificou 7.408 casos de AIDS. A capital federal ocupa a 26ª colocação no ranking das capitais
brasileiras com mais casos registrados. Desde 2006, o DF apresenta estabilização, mas ainda com parâmetros elevados,
afirma a enfermeira da Gerência de DST/AIDS do DF, Leidijany Paz.
A enfermeira ainda explica que no sexo masculino a maior incidência é na faixa-etária de 30 a 39 anos, com 52,1%, e nas
mulheres é entre 40 a 49 anos, sendo 13,1%. "Chama a atenção o índice na faixa dos 20 aos 29 anos, que tem um acréscimo
significativo", afirma.
Foi realizada uma abordagem especial em relação aos jovens de 13 a 24 anos, em que foi identificado um leve aumento de
casos de 2004 até hoje. "Tinham mais meninas que meninos com AIDS no DF no ano 2000", alerta.
A psicóloga Regina Cohen tem o vírus há 14 anos e seu marido, há 24. Hoje, ela não se vê como personagem de uma doença,
e sim, como militante para salvar vidas. Fala da AIDS para alertar e não se esconde dos julgamentos. "Muitos jovens estão
sendo diagnosticados e têm tido prevenção. Ninguém sabe o que é tomar um coquetel e os efeitos co-laterais que ele tem.
Tem que ter mais prevenção, que é mais barata que o tratamento", ressalta.
LUTA PELOS JOVENS
Regina pede mais eficácia do tratamento de AIDS. Segundo ela, os cuidados não têm sido devidamente realizados. "Desde
que a OMS afirmou que a AIDS é uma doença crônica, a questão se banalizou. Ninguém quer mais usar CAMISINHA. Isso
não pode acontecer", observa.
A psicóloga faz um alerta voltado aos jovens e destaca a questão do preconceito. "As pessoas vivem isoladas, muitas são
demitidas ou não conseguem empregos. Já tive muito medo. Hoje luto pela saúde. Por isso sou conselheira da saúde do DF e
faço parte do Movimento Nacional das Cidadãs Positivas. Trabalhamos a autoestima, que é um processo longo de aceitação",
comenta.
BRASIL ECONÔMICO | EMPRESAS
ANTICONCEPCIONAIS
30/11/2011
Sanofi vai disputar área nova de beleza com L"Oreal
Empresa começará a vender nutricosméticos da francesa Oenobiol no Brasil em 2012
Martha San Juan França
A farmacêutica francesa Sanofi- Aventis está seguindo à risca a estratégia traçada há alguns anos de crescer de forma
diversificada.
O diretor-geral no Brasil, Heraldo Marchezini, que também é vice-presidente sênior da companhia na América Latina, acaba de
anunciar a entrada em um novo segmento de negócios, o de nutricosméticos.
Trata-se de uma categoria de produtos em expansão em todo o mundo, que promete melhorar a aparência da pele, dos
cabelos e das unhas, promovendo a beleza por meio de um corpo saudável. No Brasil, de janeiro a outubro, as vendas
cresceram 17% em valor e 10% em volume em relação ao mesmo período de 2010.
A Sanofi vai entrar nesse mercado, por meio da francesa Oenobiol, adquirida em 2009 pelo grupo, e considerada uma das
marcas líderes nesse ramo no mercado europeu. A empresa vai competir com outros pesos pesados da indústria de beleza,
como a L"Oreal que expande suas versões do Innéov, resultado da joint venture com a Nestlé, e o Imedeen, outra marca
europeia vendida no Brasil.
A proposta faz parte da expansão na área de Consumer Health Care (CHC) da companhia no Brasil, que abarca os
medicamentos isentos de prescrição (MIP) e produtos de higiene pessoal.
Segundo Marchezini, que fez o lançamento do relatório de responsabilidade social do grupo anteontem, a meta da Sanofi é
fazer do Brasil a quinta filial em vendas a partir de 2012.
Para isso, o faturamento é dividido entre CHC, medicamentos de prescrição e genéricos.
"A taxa de crescimento dos genéricos, controlada pela Medley, é maior porque este mercado no Brasil tem mais espaço para
se expandir", diz Marchezini, explicando que a produção da empresa teve um aumento de 40% em 2010 e a expectativa é que
esse crescimento seja semelhante este ano.Em 2013, quando a fábrica de hormônios que a Medley está construindo em
Brasília estiver funcionando, será ainda maior, com a companhia entrando no mercado de genéricos de
ANTICONCEPCIONAIS.
A expectativa é que a subsidiária se torne a maior plataforma de produção de genéricos dos mais de cem países onde está o
grupo. "Quase 95% do que produzimos no Brasil não tem proteção de propriedade intelectual e continuamos crescendo", diz
Marchezini. Ele anunciou também planos para a Merial, gigante global em saúde animal. "O Brasil vai sediar a nova região da
América Latina e Oceania com potencial importante no grupo", diz.
--------"A taxa de crescimento dos genéricos é maior porque este mercado no Brasil tem mais espaço para expandir"
CORREIO DO BRASIL - RJ |
AIDS | DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS
29/11/2011
29/11/2011 - Aumento de casos de HIV/aids entre jovens gays preocupa Ministério da
Saúde
Apesar da estabilidade na prevalência da AIDS na sociedade brasileira (em torno de 0,6% da população) e ligeira diminuição
da incidência de casos notificados em dois anos – de 18,8 casos por cem mil habitantes (em 2009) para 17,9 casos por cem
mil habitantes (2010) – o Ministério Saúde alerta para o aumento de 10,1% no número de casos entre gays de 15 a 24 anos.
No ano passado, para cada dez heterossexuais vivendo com o HIV/AIDS havia 16 homossexuais.
Segundo os dados do Boletim Epidemiológico AIDS/DST, a taxa de incidência de HIV/AIDS entre rapazes daquela faixa etária
subiu de 9,5 (2000) para 11,1 (2010) – acréscimo de 16,8%; enquanto entre as mulheres jovens assistiu-se à redução de
23,5% na taxa de incidência – de 10,2 (2000) para 7,8 (2010). Para atingir o público jovem, o Ministério da Saúde promete
reforçar as campanhas educativas em redes sociais e locais de grande concentração.
No conjunto da população, no entanto, preocupa a evolução do vírus entre as mulheres. Em 1989, a razão era de seis homens
com HIV/AIDS para cada mulher; em 2010 a relação caiu para 1,7. Os homens são maioria entre as pessoas que identificaram
o vírus. Em 31 anos (até junho deste ano), o boletim registra 397.662 casos masculinos (65,4%) e 210.538 casos femininos
(34,6%).
Ainda que identificadas essas tendências, o Ministério da Saúde assinala que não existe população mais ou menos vulnerável
e que o problema é de comportamento. “Sexo sem proteção é o fator de maior predisposição para a infecção”, assinalou o
secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.
-A AIDS não escolhe pacientes, não escolhe cara-, acrescentou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que salientou que o
estigma em torno da AIDS atrapalha o conhecimento sobre a infecção e o tratamento. “Preconceito afasta as pessoas do
diagnóstico”, ponderou o ministro.
O ministro destacou que a leitura dos dados epidemiológicos da AIDS deve ser feita com cuidado. “Toda vez que falamos de
casos, nós podemos falar de uma foto ou de um filme de oito ou dez anos”, pondera para lembrar que a identificação do vírus
pode demorar e, portanto, os casos registrados hoje têm causas em comportamento do passado.
Além de cruzamentos da incidência do HIV/AIDS com a faixa etária e o sexo, o Ministério da Saúde também observou os
registros entre as grandes regiões do país. Apesar do Sudeste concentrar 56,4% dos casos de AIDS entre 1980 e junho de
2011 (17,6 casos a cada 100 mil habitantes), a Região Sul tem a maior taxa de incidência, 28,8 casos a cada 100 mil
habitantes (acúmulo de 123.069 casos em 31 anos).
De acordo com o boletim epidemiológico, os três estados da Região Sul estão entre os cinco primeiros no ranking da taxa de
incidência entre 1998 e 2010. O Rio Grande do Sul é o primeiro com taxa de 27,7 casos por 100 mil habitantes; Santa Catarina
é terceiro com 23,5 casos; e o Paraná ocupa a quinta posição com 15,7 casos.
CORREIO DO BRASIL - RJ |
AIDS
29/11/2011
29/11/2011 - Aids: em três décadas, 608,2 mil pessoas infectadas no Brasil
Redação, com ABr- de Brasília
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, divulga os novos números da AIDS no Brasil
O maior número de casos de AIDS está concentrado na Região Sudeste – a mais populosa – onde o Ministério da Saúde
registra 343.095 casos – 56,4% dos casos já contabilizados do país.
Em 2009, foram diagnosticados 35.979 casos. Em 2010, esse número caiu para 34.212. O número de óbitos passou de 12.097
para 11.965, na mesma comperação.
Em 2010, a Região Sul apresentou a maior taxa de incidência, isto é, 28,8 casos para cada 100 mil habitantes.
No mesmo ano, as maiores taxas de incidência foram encontradas na faixa etária de 35 a 39 anos, sendo que os homens têm
49,4 casos em 100 mil habitantes e as mulheres 27,4.
Segundo o Ministério da Saúde, o coeficiente de mortalidade, devido ao HIV/AIDS, foi de 6,3 óbitos por 100 mil habitantes, em
2010. O maior índice foi registrado na Região Sul (9 mortes por 100 mil habitantes).
DESTAK - DF |
AIDS
29/11/2011
29/11/2011 - Número de novos casos de Aids cai no Brasil em 2010
Os novos casos de AIDS e óbitos pela doença sofreram queda em 2010, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde.
Foram registrados no país 34,2 mil novos casos de AIDS no ano passado, contra 35,9 mil em 2009.
No ano passado, 11,9 mil pessoas morreram em decorrência da doença, média de 33 óbitos por dia. Em 2009, foram 12 mil
mortes.
Apesar da ligeira diminuição da incidência de casos notificados, o ministério alerta para o aumento de 10,1% no número de
casos entre gays de 15 a 24 anos. Também foi registrado um crescimento de casos da doença entre as mulheres.
Por conta disso, um dos focos da nova campanha de prevenção do Governo Federal serão mulheres de 13 a 19 anos e jovens
gays.
(Da redação)
JORNAL DO SENADO-DF | SOCIEDADE
LGBT
30/11/2011
Segundo Malta, texto cria "casta especial"
Magno Malta (PR-ES), um dos autores do requerimento para a realização da audiência sobre o projeto que criminaliza a
homofobia, disse que, como a proposta é complexa, o debate deve incluir todos os segmentos da sociedade. Ele acusou Marta
Suplicy de tentar esvaziar o debate.
Malta disse que o debate poderia ter sido "sepultado" no ano passado, pois havia maioria para isso, mas pediu que a matéria
não fosse votada antes que todas as partes pudessem ser ouvidas.
- Toda discriminação é criminosa, está na Constituição. Não há necessidade de criar uma casta especial. Se querem uma lei
de qualquer jeito, vamos fazer uma que fale de intolerância - afirmou.
Marcelo Crivella (PRB-RJ) lamentou que os defensores do projeto não tenham comparecido à audiência. Ele afirmou que o
discurso dos evangélicos não tem ódio.
Sérgio Petecão (PSD-AC), por sua vez, manifestou preocupação com o rumo - de confronto - que o debate está seguindo.
- Devemos votar o mais rápido possível. Seja lá qual for o resultado, vamos ter que respeitá-lo.
JORNAL DO SENADO-DF | SOCIEDADE
LGBT
30/11/2011
Evangélicos pedem rejeição de projeto que criminaliza homofobia
Pastor Silas Malafaia (E), senador Paulo Paim e pastor Wilton Acosta debatem texto que transforma homofobia em crime
Paulo Paim (PT-RS) defendeu que se vote na semana que vem, na Comissão de Direitos Humanos (CDH), o projeto que
transforma a homofobia em crime (PLC 122/06).
O senador anunciou a intenção na audiência pública de ontem em que se discutiu o tema. O debate foi marcado pela ausência
de parte dos convidados. A relatora do projeto é Marta Suplicy (PT-SP), que não participou do debate.
O PLC 122/06 amplia a abrangência da lei de 1989 que trata da discriminação por raça, religião e origem. O projeto esteve na
pauta da Comissão de Direitos Humanos em maio, mas, ante a falta de entendimento, não avançou.
Participaram da audiência os pastores Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, e Wilton Acosta,
presidente da Frente Nacional Cristã de Ação Social e Política.
Também foram convidados o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Raymundo Damasceno
Assis, e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, que não compareceram.
Acosta afirmou que o projeto pretende criminalizar a fé das pessoas e a liberdade religiosa.
Malafaia lamentou a ausência dos demais convidados, do movimento gay e de Marta:
- Não precisamos da ajuda dela [Marta] para ter liberdade religiosa e de expressão. Ah, que pena que ela não está aqui. Gosto
de falar na cara, não mando recado.
Marta disse que, na hora da audiência, presidia a sessão plenária.
- Estudo esse tema há mais de 20 anos e sabia que seria difícil [surgir] um argumento novo, como efetivamente não surgiu disse a senadora.
Malafaia repudiou a equiparação dos gays aos negros como grupo discriminado. Segundo ele, a "homossexualidade é uma
escolha".
- Há diferença entre criticar comportamento e discriminar pessoas. Eles querem liberdade, mas não querem respeitar o direito
dos outros. É o grupo mais intolerante da pós-modernidade.
PORTAL R7 | SAUDE
AIDS | LGBT
28/11/2011
28/11/2011 - Casos de Aids caem no Brasil, mas país registra
34 mil infectados por ano
Apesar de queda, há aumento de infecção entre mulheres e gays jovens
O Brasil registrou 34.212 novos casos de AIDS em 2010, uma pequena queda em relação ao ano anterior, quando foram
registrados 35.979 novos casos da doença no Brasil. Os dados são do último balanço sobre a epidemia divulgado nesta
segunda-feira (28) pelo Ministério da Saúde sobre o ano de 2010.
De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o Brasil segue a tendência de estabilidade seguida de redução de
novos casos da doença.
- Estamos tendo uma tendência de redução de número de casos e grande redução de transmissão de gestante para o bebê.
Mas ainda temos dois dados preocupantes, que é o aumento dos casos entre jovens mulheres e aumento de novos casos
entre jovens gays e TRAVESTIS.
Em 2010, a incidência da doença só foi maior entre as mulheres na faixa etária dos 13 aos 19 anos. De acordo com o
ministério, para esta faixa etária a incidência da doença é de 2,9 para 100 mil habitantes entre as mulheres e de 2,5 para 100
mil habitantes entre os homens. Em todas as outras faixas etárias a doença afeta mais os homens.
Este dado, aliado ao aumento de novos casos entre jovens gays e TRAVESTIS fez com o Ministério da Saúde focasse a
próxima campanha nessa faixa etária, com uso de outras mídias, como redes sociais.
- Esses dados reforçam uma avaliação que o Ministério da Saúde tem que há uma geração jovem no país que não viveu a luta
contra a AIDS há vinte anos atrás. Por isso precisamos ter uma estratégia de comunicação de mudança de atitude e entender
os meios em que eles se comunicam para fazer ações diretas para falar com esses jovens.
Segundo o ministério, o crescimento dos casos notificados de AIDS entre gays (homens que fazem sexo com homens) passou
de 25.2% em 1990 para 46,4% em 2010. A prevalência da doença entre os jovens gays (de 18 a 24 anos) é de 4,3%, ou seja,
a incidência da AIDS entre jovens gays é 13 vezes maior do que entre jovens em geral.
PORTAL R7 | SAUDE
AIDS | DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS
29/11/2011
29/11/2011 - Obelisco do Ibirapuera exibe símbolo
da luta contra a AIDS em São Paulo
Dia mundial do combate à doença é celebrado em 1º de dezembro
Obelisco do Ibirapuera, na zona sul de São Paulo, exibe o laço vermelho, símbolo do Dia Mundial de Luta Contra a AIDS,
celebrado em 1º de dezembro.
Balanço
Em 2010, a AIDS matou 8,6 pessoas por dia, em média, no Estado de São Paulo. É o que aponta o mais novo balanço da
Secretaria de Estado da Saúde com base no boletim epidemiológico do Programa Estadual de DST/AIDS, divulgado nesta
segunda-feira (28).
Foram 3.141 óbitos no Estado no ano passado, o que representou taxa de mortalidade de 7,6 mortes por 100 mil habitantes.
Em 2009, o índice de mortalidade por AIDS foi de 7,9.
Em relação a 1995, quando houve 7.739 óbitos pela doença, a taxa de mortalidade caiu 67% no Estado.
O boletim aponta também que, apesar da redução no número absoluto de casos desde a segunda metade da década de 1990,
a proporção de infecções em homens que fazem sexo com homens cresceu 52,4% entre 2000 e 2010.
A incidência de AIDS no Estado caiu pela metade na última década. A razão de casos vem se mantendo em dois masculinos
para cada um feminino. A faixa etária predominante dos casos da doença é a de 30 a 39 anos, com incidência de 32 por 100
mil habitantes.
Desde o início da epidemia, em 1980, até junho deste ano foram registrados 212.271 casos de AIDS em todo o Estado.
PORTAL R7 | INTERNACIONAL
AIDS | LGBT
29/11/2011
29/11/2011 - Nova Délhi faz 4ª parada gay
A passeata parou o trânsito no centro comercial da cidade
Milhares de gays e simpatizantes foram às ruas de Nova Délhi para a quarta edição da parada gay da capital da Índia.
A passeata parou o trânsito no centro comercial da cidade.
No ano passado, a passeata comemorou a vitória na Justiça de um processo pedindo a suspensão de uma a lei, da época
colonial, que criminalizava a prática de sexo HOMOSSEXUAL.
Além disso, campanhas de combate à AIDS derrubaram pela metade o número de novas infecções de HIV/AIDS no país.
Segundo ativistas, ainda há muito a ser feito.
Mesmo aqueles que já assumiram a homossexualidade dizem que os valores tradicionais da sociedade indiana dificultam
muito esse processo.
E a discriminação é um dos motivos pelos quais ativistas dizem que os cerca de 2,5 milhões e meio de soropositivos da Índia
enfrentam tantas dificuldades para buscar tratamento.
UOL | CIÊNCIA & SAÚDE
AIDS | DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS
29/11/2011
29/11/2011 - Exposição de cartuns abre atividades do Dia Mundial de Luta contra a Aids
O Centro Cultural do Ministério da Saúde (CCMS) inaugura nesta terça-feira (29), às 10h, na sede do Núcleo Estadual do
ministério no Rio (Nerj), o Festival Internacional de Humor em DST e AIDS. Desde 2004, a mostra percorreu países como a
Áustria, os Estados Unidos, o México e a Suíça, além de vários estados brasileiros, exibindo trabalhos de artistas de 50 países.
O evento marca o início das atividades referentes ao Dia Mundial de Luta Contra a AIDS, comemorado em 1º de dezembro, e é
resultado de uma parceria entre o CCMS e o Programa de Promoção e Atenção à Saúde do Servidor (Pass), desenvolvido
pelo Ministério da Saúde.
A mostra ficará no hall do Nerj até 9 de dezembro. São 300 cartuns, selecionados de 1,5 mil trabalhos.
UOL | CIÊNCIA & SAÚDE
AIDS | CONTRACEPTIVOS | HEPATITE
29/11/2011
29/11/2011 - SP lança ofensiva para garantir estoques de sangue
São Paulo - O governo de São Paulo vai intensificar nesta semana a campanha de conscientização para a DOAÇÃO DE
SANGUE no Estado para evitar a queda de até 30% no número doadores que ocorre geralmente no período de final de ano. A
partir de hoje uma campanha para conscientizar a população sobre a importância da DOAÇÃO DE SANGUE será veiculada
em todo o Estado. O objetivo é levar aos bancos de sangue um número maior de voluntários e fidelizar a doação,
transformando assim a doação esporádica em regular.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, o número de doadores cai expressivamente nos meses de julho, dezembro e janeiro
devido ao frio e as férias de final de ano.
Normalmente, os postos de coleta de sangue vinculados ao SUS (Sistema Único de Saúde) em São Paulo recebem em média
75 mil voluntários por mês. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o número de doadores de um país seja
de 3% a 5% do total da população, mas segundo dados do Ministério da Saúde, este índice no Brasil não chega a 2%.
Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 67 anos, pesar mais de 50 quilos e apresentar documento de identidade original
(com foto). O doador deve estar em boas condições de saúde, descansado (ter dormido, no mínimo, seis horas) e alimentado.
Os voluntários não devem ter consumido alimentos gordurosos até quatro horas antes da doação e nem ter consumido bebida
alcoólica nas 12 horas anteriores. Não pode doar sangue quem teve hepatite após os 10 anos de idade, é usuário de drogas
injetáveis ou é portador de HEPATITE B, HEPATITE C ou AIDS. No site www.saude.sp.gov.br/doesangue estão disponíveis os
endereços de todos os postos de coleta de sangue no Estado.
Solange Spigliatti
UOL | ÚLTIMAS NOTÍCIAS
AIDS | DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS | ANTIRRETROVIRAIS
29/11/2011
29/11/2011 - Crise de financiamento ameaça avanços no combate à Aids, diz ONG
A crise de financiamento ao Fundo Global de combate à AIDS, à malária e à TUBERCULOSE ameaça os recentes avanços
obtidos no tratamento de pacientes com HIV, afirmou nesta terça-feira o presidente internacional da ONG Médicos Sem
Fronteiras, Unni Karunakara, que está em visita ao Brasil.
"Pela primeira vez, vemos redução no número de infecções (por HIV), e, mantendo o trabalho atual, poderíamos controlar (o
avanço da doença). Mas tudo isso está a perigo", afirmou em entrevista coletiva o indiano Karunakara, que é médico
infectologista.
A situação do Fundo Global de Combate à AIDS, TB e Malária despertou atenção internacional na semana passada, quando o
organismo anunciou que não financiará novos projetos até 2014, por falta de verbas, e que até mesmo os projetos em
andamento correm risco.
O Fundo pediu US$ 20 bilhões a doadores internacionais, mas recebeu US$ 11,5 bilhões - menos do que o mínimo esperado,
US$ 13 bilhões, que é o quanto o organismo diz precisar para manter seus programas até 2014.
A falta de dinheiro é atribuída principalmente à crise internacional - alguns dos principais doadores são países desenvolvidos
enfrentando altos deficits -, mas muitos doadores cortaram seus financiamentos temporariamente por conta de acusações de
mau uso do dinheiro por parte do fundo.
A falta de dinheiro agora ameaça projetos em andamento principalmente na África Subsaariana, onde está a maior parte dos
34 milhões de portadores de HIV no mundo.
Para Karunakara, países emergentes como o Brasil têm "um papel importante em mostrar liderança" e garantir que o
financiamento seja mantido. "Se os países não lidarem com isso agora, terão de lidar depois."
Perigo de retrocesso
Segundo Karunakara, os avanços no combate à AIDS foram substanciais na última década, e a manutenção do fluxo de
dinheiro é necessária para manter esses progressos.
"Em 2000, o preço anual para tratar uma pessoa infectada era de US$ 10 mil. Hoje é de US$ 70. Ainda assim, o dinheiro
precisa vir."
A preocupação é que haja um retrocesso no tratamento de HIV nos países mais pobres.
O Fundo Global tem financiamento público e privado e provê a maior parte da verba usada por países em desenvolvimento
para a compra de medicamentos ANTIRRETROVIRAIS.
A agência Reuters relata que a situação é especialmente dramática na Suazilândia, sul da África, onde 26% da população tem
HIV e onde os estoques de ANTIRRETROVIRAIS já estão diminuindo.
A crise do fundo chama a atenção poucos dias antes da celebração do Dia Mundial de Combate à AIDS, em 1º de dezembro, e
em meio a boas notícias relacionadas ao controle da doença.
No dia 21, a ONU informou que as infecções pelo vírus HIV no mundo alcançaram seu nível mais baixo dos últimos 14 anos e
caíram 21% em relação ao pico registrado em 1997.
Para a entidade, as causas da queda foram a resposta da comunidade internacional à epidemia da doença e a melhora do
acesso ao tratamento na última década.
UOL | CIÊNCIA & SAÚDE
AIDS | DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS | CONTRACEPTIVOS
29/11/2011
29/11/2011 - Edifício Itália (SP) exibirá laço vermelho no Dia Mundial de Luta Contra Aids
Para marcar o Dia Mundial de Luta contra a AIDS, comemorado em 1º de dezembro, um grande laço vermelho - símbolo da
luta contra a AIDS - será afixado na área externa do Edifício Itália, em São Paulo. O local também será um dos pontos de
distribuição de PRESERVATIVOS e materiais informativos.
A iniciativa, da Secretaria Municipal da Saúde, partiu de um convite da Associação Brasileira de Municípios (ABM) e do
Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids).
Em 2011, o foco da Campanha do Ministério da Saúde são os jovens, especialmente os gays e as mulheres. Em diversos
locais da cidade, haverá testagem rápida para diagnóstico do HIV.
A luta contra a AIDS na cidade de São Paulo será lembrada também com o "Projeto Saúde Ilumina!". A partir desta quarta-feira
(30/11), o Monumento às Bandeiras, os Arcos do Anhangabaú, o Obelisco e a Ponte Estaiadaserão iluminados de vermelho.
No dia 1º, a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) será palco de uma das ações do Dia
Mundial de Luta contra a AIDS e sediará uma campanha de prevenção às DSTS/AIDS, com a distribuição de 50 mil
PRESERVATIVOS masculinos e 8 mil adesivos de vidro com o slogan "Juntos na Luta contra a AIDS".
O Poupatempo Itaquera também será ponto de realização de teste rápido, distribuição de PRESERVATIVOS e material
educativo, além de orientação de profissionais de saúde.
Na cidade de São Paulo, 77.459 pessoas foram infectadas pelo HIV, entre 1980 e 2010. Do total, somente em 2010 esse
número chegou a 37.331. Desde 1997, o município possui dois novos casos de AIDS do sexo masculino para cada um novo
caso do feminino.
UOL | INTERNACIONAL
AIDS
30/11/2011
Sucesso dos pacientes aumenta a esperança de uma cura do HIV
Pesquisadores médicos estão novamente em busca de uma meta que tinham praticamente abandonado: a cura da AIDS.
Até recentemente, a possibilidade parecia pouco mais que um sonho. Mas experiências com dois pacientes agora sugerem
para muitos cientistas que pode ser possível.
Um homem, chamado de paciente de Berlim, aparentemente se livrou de sua infecção pelo HIV, apesar de por meio de árduos
transplantes de medula óssea.
Mais recentemente, um homem de 50 anos de Trenton, Nova Jersey, foi submetido a um procedimento bem menos difícil de
terapia genética. Apesar de não ter ficado curado, seu corpo conseguiu brevemente controlar o vírus, depois que ele parou de
tomar os medicamentos antivirais habituais, algo altamente incomum.
"É difícil atenuar o quanto a comunidade científica foi sacudida em seu pensamento sobre a possibilidade de que podemos
fazer isso", disse Kevin Frost, presidente-executivo da Fundação para a Pesquisa da AIDS, um grupo sem fins lucrativos. "A
cura, no contexto do HIV, tinha se transformado quase em um palavrão."
Ocorreram tentativas no passado de curar a doença, mas a maioria dos especialistas considerou mais viável se concentrar na
prevenção e tratamento.
O esforço por uma cura poderia parecer ainda menos urgente agora que drogas antivirais transformaram a infecção pelo HIV
de uma sentença quase certa de morte em uma doença crônica para muitas pessoas.
Mas as drogas não estão disponíveis para todos e elas não eliminam a infecção. Mesmo se indetectável no sangue, o vírus da
imunodeficiência humana permanece escondido no corpo. Se um paciente suspende o uso das drogas, o vírus quase sempre
retorna com força.
Assim, as pessoas com HIV precisam tomar as drogas todos os dias por toda a vida, o que alguns pesquisadores dizem não
ser uma solução sustentável para dezenas de milhões de pessoas infectadas.
"Eu não acho que o mundo dispõe de recursos para fornecer essas drogas para todos que precisam delas por décadas", disse
o dr. Steven Deeks, professor de medicina da Universidade da Califórnia, em San Francisco.
Uma cura pode ser a única solução realista. O Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, que diz que uma cura é
uma de suas maiores prioridades, concedeu neste ano verbas que podem chegar a US$ 70 milhões por cinco anos para três
equipes de pesquisa em busca dessa meta. Mais verbas estão a caminho.
A agência de células-tronco da Califórnia destinou um total de US$ 38 milhões para três projetos que visam encontrar uma
cura. Empresas como Merck, Gilead Sciences, Sangamo BioSciences e Calimmune iniciaram pesquisas.
Poderá levar anos até que uma cura seja encontrada, se é que será, apesar de alguns cientistas estarem mais otimistas do
que outros.
"Eu acho que estamos mais perto de uma cura do que de uma vacina", disse Rafick-Pierre Sekaly, diretor científico do Instituto
de Vacinas e Terapia Genética da Flórida.
Há duas abordagens principais. Uma é chamada de cura esterilizante -a erradicação do HIV do corpo. A outra, uma cura
funcional, não eliminaria o vírus, mas permitiria a uma pessoa permanecer com saúde sem os medicamentos antivirais.
A esperança de uma cura foi levantada em parte pela experiência envolvendo o paciente de Berlim, um americano chamado
Timothy Brown que tinha HIV e leucemia.
Em 2007 e 2008, enquanto morava em Berlim, Brown recebeu dois transplantes de medula óssea para tratamento de sua
leucemia. O doador estava entre o 1% de europeus do norte naturalmente resistentes à infecção do HIV, por carecerem da
CCR5, uma proteína na superfície das células imunológicas que o vírus usa como porta de entrada.
Com seu próprio sistema imunológico substituído por um resistente à infecção, Brown, 45 anos e atualmente morador de San
Francisco, aparentemente ficou livre do vírus por cerca de quatro anos. Mas transplantes de medula são árduos, arriscados e
caros. Além disso, é muito difícil encontrar um doador imunologicamente compatível, ainda mais com mutações em ambas as
cópias do gene CCR5.
Assim, os cientistas estão tentando modificar as células imunológicas de um paciente para torná-las resistentes à infecção, por
meio da eliminação do CCR5.
Isso é o que foi feito no paciente de Trenton. Algumas das células brancas do homem foram removidas de seu corpo e tratadas
com uma terapia genética desenvolvida pela Sangamo BioSciences. A terapia induziu as células a produzirem proteínas
chamadas nucleases dedo de zinco, que podem anular o gene CCR5.
As células tratadas foram então devolvidas ao corpo do homem. Um mês depois, como parte da experiência, o homem deixou
de tomar os medicamentos antivirais por 12 semanas.
Como esperado, a quantidade de HIV em seu sangue disparou. Mas então voltou a um nível não detectável pouco antes do
final do período de 12 semanas. A contagem de células imunológicas do paciente também cresceu.
"Eu me senti como o Superman", ele disse em uma entrevista, apesar disso poder ter ocorrido, em parte, pela suspensão dos
medicamentos antivirais, que causam fadiga.
O homem falou sob a condição de anonimato, porque não contou a muitos amigos e parentes que era portador do HIV.
O dr. Pablo Tebas, um professor da Universidade da Pensilvânia que tratou o homem, disse: "É apenas um indivíduo, mas é
um resultado notável".
Alguns especialistas de fora se mostraram cautelosos.
"Em 12 semanas, não dá para dizer se a terapia funciona e que o paciente está controlando sozinho", disse o dr. Jeffrey
Laurence, diretor do laboratório de pesquisa de AIDS da Weill Cornell Medical College.
Todavia, ele considerou os resultados "incríveis".
A terapia genética não funcionou tão bem em cinco outros pacientes, segundo resultados apresentados em setembro na
Conferência de Interciência sobre Agentes Antimicrobianos e Quimioterapia.
Uma hipótese levantada pelos pesquisadores é de que o paciente de Trenton se saiu melhor por ter herdado uma mutação em
um de seus dois genes CCR5, o que facilitou o trabalho da terapia genética. Até 13,5% de suas células CD4, as principais
células imunológicas infectadas pelo HIV, careciam de ambas as cópias do gene CCR5 após o tratamento. Isso era quase o
dobro do observado em outros pacientes.
Ainda assim, a grande maioria de suas células CD4 não foi geneticamente alterada e permaneceu suscetível à infecção,
tornando incerto se a terapia funcionou.
Alguns cientistas disseram que isso sugere que a libertação de pelo menos 10% das células CD4 de infecção pode de alguma
forma permitir ao sistema imunológico controlar o vírus. Os pesquisadores estão contemplando como aumentar o percentual de
células deficientes em CCR5 nos pacientes que carecem da mutação genética do homem de Trenton.
Uma equipe da City of Hope e Universidade do Sul da Califórnia, e outra equipe da Calimmune e Universidade da Califórnia,
em Los Angeles, estão trabalhando na desativação dos genes CCR5 em células-tronco sanguíneas. Isso potencialmente
poderia tornar todo o sistema imunológico permanentemente resistente à infecção, apesar dos pacientes precisarem de um
transplante de células-tronco.
Os detratores dizem que uma cura funcional não ofereceria algo muito melhor do que a terapia com drogas existente.
"Qualquer abordagem que exija engenharia genética paciente por paciente é completamente irreal em termos de uma epidemia
global", disse o dr. Robert Siliciano, professor de medicina da Johns Hopkins. O dr. David Margolis, da Universidade da
Carolina do Norte, disse: "Algum tipo de terapia genética como essa, que suprime o vírus por um período de tempo, não é
muito diferente do que tomar uma pílula por dia".
Siliciano e Margolis estão tentando erradicar o vírus do corpo.
O HIV pode permanecer dormente por anos. Um refúgio é nas células T de memória residente, que são as células de vida
longa que "recordam" da exposição a um patógeno e ajudam a montar uma resposta imunológica caso o mesmo germe invada
o corpo anos depois.
A esperança é que uma droga possa ativar o vírus latente e o expulsar de seus esconderijos. Uma candidata, atualmente
passando por um pequeno teste clínico, é o vorinostat, vendido pela Merck sob o nome Zolinza para tratamento de um câncer
raro.
O vorinostat reverte um mecanismo que as células usam para silenciar os genes. Acredita-se que o HIV faça uso desse
mecanismo para se tornar dormente.
Outro candidato atualmente sendo testado em primatas é um anticorpo desenvolvido pela Merck para bloquear uma proteína
chamada PD-1.
Mas a cura esterilizante também seria um desafio.
"O vírus está no cérebro, está no coração, está nos rins, está em muitos tecidos diferentes", disse o dr. Jay Levy, um virologista
da Universidade da Califórnia, em San Francisco.
O vorinostat poderia ativar não apenas o vírus, mas também genes que deveriam permanecer desativados, causando efeitos
colaterais. A ativação de células T de memória residente poderia levar a uma reação excessiva perigosa do sistema
imunológico.
E assim que a células e vírus forem despertados, eles teriam que ser mortos e não permitido que ataquem às cegas.
Qualquer tentativa de cura deve ser segura, porque a maioria dos pacientes já se dá bem com as drogas antivirais, disse
Michael Harrington, diretor executivo do Treatment Action Group, uma organização de políticas de pesquisa da AIDS.
Mesmo assim, Brown, o paciente de Berlim, agora faz discursos pedindo o trabalho em uma cura. E o paciente de Trenton, que
voltou às drogas antivirais, disse que deseja ser tratado de novo.
"Eu me sinto como Oliver Twist no orfanato", ele disse, "subindo com a tigela vazia em sua mão e dizendo: 'Por favor, posso
repetir, senhor?'"
O POVO ONLINE | BRASIL
AIDS
29/11/2011
29/11/2011 - Mais de 600 mil contraíram aids no Brasil em três décadas
O POVO Online/OPOVO/Brasil
O maior número de ocorrências de AIDS está no Sudeste, registrando 343.095 notificações: 56,4% dos casos já contabilizados
do País
Padilha destacou que o crescimento nos menores municípios foi muito maior que em outras regiões do país. (FOTO: ANTONIO
CRUZ/ABR) Às vésperas do Dia Mundial de Luta contra a AIDS, 1º de dezembro, próxima quinta-feira, o Ministério da Saúde
divulgou o Boletim Epidemiológico 2011, assinalando que, entre 1980 e junho deste ano, 608.230 pessoas foram infectadas
com o vírus da HIV no Brasil. Menos de 1% da população de 15 a 49 anos é portadora de AIDS. A taxa de prevalência é 0,61%
e manteve-se relativamente estável entre 2009 e 2010. A prevalência na população masculina é 0,82% e entre as mulheres,
0,41%.
O maior número de ocorrências de AIDS está concentrado na Região Sudeste, a mais populosa, onde o Ministério da Saúde
registra 343.095 notificações: 56,4% dos casos já contabilizados do País. Em 2009, foram diagnosticadas 35.979 ocorrências.
Em 2010, esse número caiu para 34.212. O número de óbitos passou de 12.097 para 11.965, na mesma comparação.
Em 2010, a Região Sul apresentou a maior taxa de incidência, isto é, 28,8 casos para cada 100 mil habitantes. No mesmo ano,
as maiores taxas de incidência foram encontradas na faixa etária de 35 a 39 anos, sendo que os homens têm 49,4 casos em
100 mil habitantes e as mulheres, 27,4. Segundo o Ministério da Saúde, o coeficiente de mortalidade, devido ao HIV/AIDS, foi
6,3 óbitos por 100 mil habitantes, em 2010. O maior índice foi registrado na Região Sul, nove mortes por 100 mil habitantes.
O movimento de alta mais importante é o de jovens gays infectados pelo HIV. Na faixa de 15 a 24 anos, o total de casos de
AIDS entre homens gays foi de 514 em 2010, o mais alto desde 1998. Somando os bissexuais, chega-se a 668 casos.
Segundo o ministério, o jovem gay de 18 a 24 anos tem risco 13 vezes maior de estar infectado que os jovens em geral na sua
faixa etária. Por isso, o jovem gay vai ser o alvo da campanha do governo contra a doença neste ano. Outro foco do ministério
são mulheres com idades entre 13 e 19 anos.Chamaram a nossa atenção a presença maior de mulheres infectadas pelo HIV
nessa faixa, disse o ministro Alexandre Padilha. (das agências de notícias).
ENTENDA A NOTÍCIA
O Ministério da Saúde lança quinta-feira a nova campanha contra AIDS no país. A proposta é avançar em redes sociais e
ganhar apoio da sociedade civil organizada para atingir um público de difícil acesso em campanhas de prevenção.
O POVO ONLINE | FORTALEZA
AIDS | CAMISINHA | LGBT
29/11/2011
29/11/2011 - Ministro promete mais que duplicar testes
Ao comentar os dados do boletim epidemiológico nacional, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que oito milhões de
testes para diagnóstico da AIDS devem ser realizados em 2012.
O número é mais do que o dobro dos 3,1 milhões procedimentos realizados neste ano. Quatro milhões serão destinados às
gestantes assistidas pela Rede Cegonha.
Segundo Padilha, a estimativa de pessoas infectadas pelo HIV permanece estável em cerca de 0,6% da população brasileira.
A meta é eliminar a transmissão da doença da gestante para o bebê até 2015. "O Brasil conseguiu reduzir em 45% os casos
nas crianças menores que 5 anos. Mas queremos chegar à meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que
é menos de 1%", citou.
Ele anunciou campanha educativa para esta quinta-feira, 1º, quando comemora-se o Dia Mundial de Combate à AIDS. De
acordo com o ministro, o foco serão as mulheres de 13 a 19 anos, os gays e as TRAVESTIS.
A ideia é o ministério investir em redes sociais. "95% da população sabe que a melhor forma de impedir a transmissão de HIV
é o sexo seguro; é o uso da CAMISINHA. Começar o tratamento precocemente é importante para a pessoa viver mais tempo e
porque pessoas tratadas reduzem o risco de transmissão", citou. (BC)
O POVO ONLINE | FORTALEZA
AIDS
29/11/2011
29/11/2011 - Dia Mundial de Luta Contra a Aids terá ato de protesto em Fortaleza
Nesta quinta-feira, Dia Mundial de Luta Contra a AIDS, o Fórum do Movimento Social de Luta Contra a AIDS do Ceará
promoverá um ato público de abraço ao Centro de Saúde Carlos Ribeiro.
A ordem é reivindicar a implantação do Serviço de Atendimento Especializado nesse Centro, que teve sua construção física
realizada com recursos específicos para a política municipal de AIDS, mas, segundo membros do fórum, acabou sendo
destinado a outro tipo de serviço.
A manifestação ocorrerá a partir das 16 horas, na rua Jacinto Matos, 944, no bairro Jacarecanga.
O POVO ONLINE | FORTALEZA
AIDS | LGBT
29/11/2011
29/11/2011 - Ceará é o terceiro do Nordeste em casos notificados e mortes
Jovens gays e TRAVESTIS tornam-se o foco de campanhas federais e estaduais. São eles as principais vítimas da doença em
todo o País
O Ceará é o terceiro estado do Nordeste com o maior número de casos de AIDS em jovens de 15 a 24 anos. Entre 1998 e
junho deste ano, registrou 1.473 ocorrências para cada grupo de 100 mil habitantes nesta faixa etária. Fica atrás apenas da
Bahia, com seus 1.967 infectados para cada 100 mil, e de Pernambuco, com 1.947 doentes para cada 100 mil pessoas. Os
dados foram divulgados ontem, em boletim epidemiológico do Ministério da Saúde.
No ranking nacional, o Ceará é a 12ª Unidade da Federação (UF) em notificações em jovens. Em números brutos (quando
considerada toda a população), permanece no terceiro lugar do Nordeste, mas sobe para a nona posição geral.
Da década de 1980 - quando foi confirmado o primeiro doente no Estado - até cinco meses atrás, 12.936 casos de AIDS
haviam sido notificados. Isso equivale à média de 1,16 por dia.
No tocante às mortes, o Ceará teve 234 óbitos para cada 100 mil pessoas de 15 a 24 anos, de 1998 a 2010. Se considerada a
população total, foram 3.653 pacientes vencidos pela doença de 1980 a 2010.
Em ambas as situações, é a terceira UF do Nordeste e a 11ª do Brasil. Segundo o ministério, os índices altos são reflexo da
contaminação dos jovens gays e das jovens TRAVESTIS - uma tendência nacional.
De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), a taxa de mortalidade de homens soropositivos caiu entre 1996 e
1998. De 1999 a 2003, aumentos são diagnosticados nos dois sexos. Desde então, há crescimentos discretos.
A Sesa estima em 70% os contaminados cearenses homens e em 30%, as mulheres. A tendência, porém, é as estatísticas
femininas subirem. "Quase 90% delas se infectam através do parceiro", explica a supervisora do Núcleo de Prevenção da
Sesa, Telma Martins.
Ela pondera que, aqui, ainda não há uma tendência à estabilização dos casos, como já ocorre no Sudeste e Centro-Oeste.
Entretanto, os percentuais não subiram ao exemplo do ocorrido no Norte e Sul.
O Ceará acompanha o traço de crescimento do Nordeste. E há as subnotificações. "A gente trabalha com base numa
estimativa de que pelo menos 30% dos casos estariam subnotificados. Ainda hoje, em três décadas de epidemia, existem
pessoas que vão a óbito sem sequer ter o diagnóstico de AIDS. O nosso (cenário) preocupa porque, embora não cresça muito,
muitas pessoas continuam se infectando com o vírus HIV e, no futuro, podem desenvolver a AIDS. Por isso, é preciso ações
educativas no dia a dia", esclarece Telma.
ENTENDA A NOTÍCIA
Ministério diz que vai intensificar campanhas educativas em meio aos jovens e ampliar a rede dos chamados "testagem
rápida". A ideia é realizar oito milhões de procedimentos ano que vem. Neste ano, já foram 3,1 milhões
SAIBA MAIS
19 unidades compõem a rede de Serviço de Atendimento Especializado (SAE) em AIDS no Ceará.
Em Fortaleza, elas são: Hospital São José, Hospital Geral de Fortaleza, Hospital Universitário Walter Cantídio, Hospital Distrital
Nossa Senhora da Conceição, Hospitais Distritais Gonzaga Mota da Messejana e José Walter, Hospital Infantil Albert Sabin,
Centro de Especialidade Médica José de Alencar e Núcleo de Atenção Médico Integrada da Unifor.
No Interior, elas estão em Maracanaú, Juazeiro do Norte, Russas, Limoeiro do Norte, Sobral, Aracati, Quixadá, Cascavel, Brejo
Santo e Crato.
Diferente do Ministério da Saúde, a Sesa contabiliza 10.816 casos de AIDS no Ceará, de 1983 a outubro de 2011. O Governo
Federal diz que são 12.936 até junho deste ano.
O boletim completo da Sesa pode ser acessado em: http://bit.ly/v92rTa
Já o do Ministério da Saúde pode ser acessado em: http://bit.ly/sJkW2B
Os dados são preliminares e passíveis de alteração em ambos os casos.
SERVIÇO
Informações sobre AIDS e campanhas educativas podem ser obtidas no Núcleo de Prevenção da Sesa
Telefone: 3101 5284
Bruno de Castro
[email protected]
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AIDS | CAMISINHA | DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS | CONTRACEPTIVOS | LGBT
29/11/2011
29/11/2011 - Aids cresce entre os jovens
Apesar da estabilidade no número de infectados, governo se preocupa com o avanço da doença
Brasília - O aumento no número de jovens entre os infectados pelo vírus da AIDS nos últimos anos tornou-se a principal
preocupação do governo na prevenção da doença. Ao mesmo tempo em que o Ministério da Saúde anuncia a estabilização
dos números da AIDS, a pasta faz um alerta com relação ao aumento da incidência do mal entre brasileiros com idade entre 15
e 24 anos. A mira está apontada principalmente para mulheres, gays e TRAVESTIS. De acordo com o último Boletim
Epidemiológico (ano base 2010), o número de casos de pessoas infectadas com a doença nessa faixa etária subiu de 3.006
em 2005 para 3.238 no ano passado.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, acredita que isso se deve ao fato de a geração com até 29 anos não ter vivido o forte
enfrentamento à doença, 20 anos atrás. "Existe uma preocupação específica para esse segmento, que tem uma
vulnerabilidade que chama muito a atenção", frisa o ministro. Ele ressalta ainda que existem mais casos diagnosticados em
meninas do que em meninos. Em 2010, foram registrados 349 casos em jovens de 13 a 19 anos. Entre os meninos da mesma
faixa etária, o total foi de 296. "É preciso mudar a atitude nesse público, trabalhar as diversidades regionais", pontua Padilha.
Os registros não assustam o psicólogo e coordenador do Polo de Prevenção à DST/AIDS da UnB, Mário Ângelo Silva.
Segundo ele, as mulheres são biologicamente mais vulneráveis à doença e ainda sofrem com os efeitos da desigualdade de
gênero. "Elas têm mais dificuldade na hora de negociar o uso do PRESERVATIVO", explica. Para ele, falta trabalhar a
prevenção tanto na família como nas escolas. "A ênfase deve ser no uso da CAMISINHA, que ainda é o meio mais eficaz de
prevenir a doença. As campanhas precisam circular. Não é só no carnaval e no ano novo, mas no ano inteiro, principalmente
no ensino médio", sugere.
Preconceito
No caso dos gays e TRAVESTIS, o psicólogo afirma que uma das dificuldades em diminuir a incidência nesse grupo é o
preconceito. "Existe homofobia nos serviços de saúde e nas escolas e isso afeta a autoestima e a dificuldade de conseguir se
informar e prevenir". De acordo com o levantamento, quando comparado com os jovens em geral, a chance de um jovem gay
estar infectado pelo HIV é 13 vezes maior.
Coordenador do Quero Fazer, programa de testagem de HIV da Associação Espaço de Prevenção e Atenção Humanizada
(EPAH), Beto de Jesus concorda que um dos empecilhos é a homofobia, mas acrescenta que a falta de informação também
complica a situação dos jovens. "Eles acham que a doença é facilmente tratável e que o coquetel resolve. Tomar medicação
não é fácil, exige esforço, Hoje tem como viver com a AIDS, mas vale lembrar que é uma doença que mata".
Apesar do crescimento no número de diagnósticos nos jovens, a parcela da população que tem as maiores taxas de incidência
é a formada por pessoas de 35 a 39 anos. O ministro lembra que os dados de hoje refletem anos atrás, já que a doença
costuma demorar de 8 a 12 anos para se manifestar. "A AIDS está presente em todo país, todos os municípios, todos os
segmentos populacionais", alerta. Conforme o boletim, de 1980 a 2011 foram registrados 608.230 casos da doença.
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AIDS | DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS | CONTRACEPTIVOS
29/11/2011
29/11/2011 - Vírus chega às cidades menores
Em todo Brasil, os destaques no aumento de casos de infecção pelo HIV ficaram nos municípios das regiões Sul e Norte. De
acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, estamos assistindo a uma expansão de diagnósticos da doença em
municípios com menos de 50 mil habitantes. Beto de Jesus ressalta que os casos não estão migrando, mas crescendo.
O psicólogo e coordenador do Polo de Prevenção à DST/AIDS da UnB, Mário Ângelo Silva, destaca que essa interiorização da
doença já estava prevista. "O aumento nos municípios menores ocorre porque população é mais vulnerável, sejam meninos,
meninas ou gays. Falta informação e o acesso ao PRESERVATIVO e à rede pública de saúde é precário."
Pernambuco
O Boletim Epidemiológico mostra que de 1980 até este ano já foram notificados 18.215 casos no estado. Desse total, 652
morreram por conta da doença. Só no ano passado, foram 1.500 novos casos de infecção registrados.
O Recife é o 53º colocado no ranking das 100 cidades brasileiras com maior incidência da doença do ano passado, com 33,4
casos para cada 100 mil habitantes. Em 1998, esse número era de 25,9 para cada 100 mil. Porto Alegre é a líder do ranking,
com média de 99,8 casos para cada 100 mil habitantes. Aparecem no ranking ainda as cidades de Ipojuca (72º, com média de
29,8), Igarassu (74º, com 29,4), Goiana (79º, com 29,1), Paulista (85º, com 28,3), Jaboatão (90º, com 27,8) e o Cabo de Santo
Agostinho (99º, com 27,0). (Diogo Carvalho)
MIX BRASIL |
AIDS
29/11/2011
29/11/2011 - Caminho suave
A morte é o medo.
E eu queria fazer poesia.
Escrever um poema bobo de amor e publicar um livro falando das coisas que sei e suponho. Ser objetivo em me expressar, ser
claro e franco e ao mesmo tempo doce, comigo, contigo, com a Vida, com o vírus, fazer refletir alegria e esperança, com
planejamento, metas e objetivos. Vive quem se sente confortável em viver.
E Ser o que sou, capricórnio com aquário, esse infinito de possibilidades de criação, e improviso, questionando a todos o que é
a natureza humana e as porras dos relacionamentos, vitais. O tempo todo, aquele bem chato, que incomoda por respirar
enquanto baila pelado no lago. Cada um vê o que tem dentro de si.
Bobagem pretender qualquer coisa.
Pensei então mostrar as fotos lindas que tirei, em dias de festas, e que mantenho guardadas em caixas de sapatos no armário,
mostrar orgulhoso os quadros abstratos que pintei com acrílico e resina, lindos líricos abstratos onde pirei, retratando o que vi e
vivi pelos caminhos da Vida.
Bom demais viver, bom ter para quem mostrar o que produziu.
Podia te mostrar a Compostella e contar dos muitos passos, por dias seguidos de superação, e te mostrar as poesias dos
amigos, que me traduzem. Que bom é isso...
Mas fiquei rodeando, rodeando e falando de AIDS, falando das bobagens do Caio e da Clarice, das filosofias de boteco que
adoro, e nem bebo e nem fumo e nem cheiro, contando a alguma coisa que compreendi nesse quarto de século que
convivemos, coniventes e simbióticos... Amigos, de fato. O fato que importa é que hoje, honestamente, o HIV é tal qual a cor
dos meus cabelos, cada dia mais claros, não tenho pressa e nem vou pintá-los, um dia branqueia total, dias conquistados.
Andei por aqui divagando e te trazendo comigo. Aqui vivemos juntos, esse tempo todo. Aqui tenho amigos, mais, mais, mais,
mais e mais amigos.
De todas as caras. De todos os jeitos.
Me estranhas? Te entranhas.
Me entranho, me estranho.
Me sirvo.
MIX BRASIL |
AIDS | CAMISINHA | LGBT
29/11/2011
29/11/2011 - Infecção pelo HIV em jovens gays dobra em 20 anos, diz Ministério
Hélio Filho
Ministério da Saúde diz que quase metade dos jovens gays do Brasil tem HIV
Ministro quer mais atenção aos gays e TRAVESTIS
Dados do Ministério da Saúde divulgados na última segunda-feira, 28 de novembro, apontam que o número de casos do vírus
HIV entre os jovens homossexuais de 15 a 24 anos quase dobrou em comparação aos números de 1990. Frente a isso, o
ministro da Saúde, Alexandre Padilha, pediu mais atenção aos jovens gays e às TRAVESTIS, os mais discriminados.
Segundo o Ministério da Saúde, atualmente 46,4% dos jovens gays de 15 a 24 anos estão infectados – em 1990, o percentual
era de 25,2%. "Estamos buscando entender os aspectos de vulnerabilidade dos jovens gays, e quando falamos neles, também
temos que falar dos TRAVESTIS”, lembrou Padilha.
Ainda de acordo com os dados do Ministério, é 13 vezes maior a chance de um jovem gay estar infectado pelo HIV do que um
heterossexual. “Temos uma preocupação específica com isso, com entender a vulnerabilidade desse setor. Achamos que para
esse público não falta conhecimento: 95% deles sabem que a melhor forma de prevenir a AIDS HIV é a CAMISINHA."
MIX BRASIL | CENTRAL DE NOTÍCIAS
LGBT
29/11/2011
29/11/2011 - Ipixuna realiza no sábado sua 3ª Parada LGBT
3ª Parada LGBT de Ipixuna, no Pará, será realizada no próximo sábado, às 17
No Estado do Pará, a cidade de Ipixuna vai realizar no próximo sábado, 4 de dezembro, sua 3ª Parada LGBT, que tem saída
marcada para a s 17h, no Posto Mandacaru. Com realização do Instituto Viver Bem e apoio do Governo Federal, o tema neste
ano é "Toda Forma de Amar Vale a Pena Respeitar".
A caminhada vai contar com performances de drag-queens, som dos DJs Gada e Nycoly, Banda Portal do Melody e gogodancers. E no domingo, 4 de dezembro, rola ressaca da Parada na Beira Rio.
MIX BRASIL | CENTRAL DE NOTÍCIAS
AIDS | LGBT
29/11/2011
29/11/2011 - ONG LGBT arrecada kit solidário para crianças de SP
Casarão Brasil está arrecadando roupas e brinquedos para Natal solidário
A Associação GLS Casarão Brasil quer fazer o Natal de crianças soropositivas de São Paulo mais feliz e está promovendo a
campanha "Natal Solidário", que está arrecadando kits com roupa, sapato e brinquedos para os meninos e meninas atendidos
pela Associação Aliança Pela Vida (Alivi).
Para participar, é só entregar o kit com roupa, sapato e brinquedos na Rua José Bonifácio, 278, 7º andar, nas salas 710/711,
no centro de São Paulo. Mais informações pelo telefone (11) 3104-9251 ou pelo e-mail [email protected].
AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS | NOTÍCIAS
AIDS | HEPATITE
29/11/2011
29/11/2011 - Pesquisadores estudam medicamento que pode evitar a transmissão do
vírus HIV, destaca Diário da Saúde
Pesquisadores da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, desenvolveram um composto químico capaz de destruir a
capacidade de infecção do vírus HIV. Chamada de PD 404,182, a substância tem potencial para se tornar um medicamento
tópico capaz de desativar o HIV antes que ele provoque a AIDS.
A coordenadora da pesquisa, Dra. Zhilei Chen, diz que o composto "é uma pequena molécula virucida, o que significa que ela
tem a capacidade de matar um vírus, neste caso, o vírus é o HIV".
A pesquisadora explica que o composto age abrindo o vírus, o que faz com que ele perca seu material genético, e, logo, sua
capacidade de infecção. Como o material genético do vírus, o RNA, é altamente instável, logo que é exposto ele se degrada, e
o vírus perde sua capacidade de infecção.
Dra. Chen ressalta que, o mais importante, é que o composto age no interior do vírus, e não sobre o envelope proteico, o que
significa que o vírus não poderá alterar suas proteínas para se tornar resistente ao ataque. Os testes mostraram que o PD
404,182 também é eficaz contra o vírus da HEPATITE C.
Entretanto, a cientista diz que o composto não é uma cura para a AIDS, mas tem grande potencial para ser utilizado na
prevenção. A intenção é fabricar um gel tópico que possa ser aplicado no canal vaginal, para, caso o parceiro esteja infectado,
o vírus seja dissolvido antes de ser transmitido ao outro.
"Nós fizemos uma série de testes para demonstrar que esse composto permanece ativo no fluido vaginal," explica Dra. Chen.
"Na forma de um gel vaginal, o composto poderá funcionar como uma barreira, agindo de forma praticamente instantânea para
destruir o vírus antes que ele infecte uma célula, evitando assim a transmissão do HIV de uma pessoa à outra", completa.
Fonte: Diário da Saúde
AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS | NOTÍCIAS
AIDS | LGBT
29/11/2011
29/11/2011 - Folha de S. Paulo: Para atingir jovem, governo aposta em shows e rede
social na campanha contra aids
O Ministério da Saúde lança nesta quinta-feira a nova campanha contra AIDS no país. A proposta é avançar em redes sociais
e ganhar apoio da sociedade civil organizada para atingir um público de difícil acesso em campanhas de prevenção: jovens
gays e TRAVESTIS, segmento que desponta nos números do HIV.
Em entrevista coletiva nessa segunda-feira, o ministro Alexandre Padilha disse que, além das redes sociais, o governo deverá
apostar em intervalos de programas jovens na televisão, shows e festas -a exemplo do ocorrido no Rock in Rio, quando o
ministério instalou um estande no local das apresentações para a realização de testes rápidos. Além disso, o órgão vai criar
parcerias com grupos da sociedade civil organizada que trabalham na área, com abordagens específicas e ofertas de
aconselhamento.
AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS | NOTÍCIAS
AIDS | LGBT
29/11/2011
29/11/2011 - Dia Mundial de Combate à Aids: Para marcar a data, ativistas de São Paulo
fazem protesto exigindo melhorias no tratamento e mais ações de prevenção
Este ano o manifesto ocorreu no dia 29 para garantir a visibilidade do ato, já que entre os dias 30 de novembro a 04 de
dezembro estará sendo realizada a 14ª Conferência Nacional de Saúde, em Brasília.
Os manifestantes amarraram no Viaduto do Chá uma faixa de 28,5 metros de largura por 2,5 de comprimento com os dizeres:
"A AIDS e o SUS!!! Quando teremos o acesso Universal? Ao lado do lema da ação havia caixas de remédios contra a AIDS e
doenças oportunistas. Os manifestantes vestiam uma camiseta branca com a frase "Sou 100% SUS" e carregavam faixas e
placas que enumeravam as demandas.
Por volta das 11h os ativistas começaram a discursar. José Roberto Pereira (Betinho), presidente do projeto Bem-Me-Quer, fez
a abertura. "Estamos aqui para cobrar melhorias na prevenção e na assistência. Os jovens gays continuam sem ter campanhas
adequadas e, na população geral, existe dificuldade de acesso ao teste de HIV. Muitas pessoas desconhecem que vivem com
o vírus", disse.
Em seguida, quem discursou foi o presidente do Fórum de ONG/AIDS do Estado de São Paulo, Rodrigo Pinheiro. Rodrigo
citou alguns números relacionados à doença, como o fato dela provocar diarimente 9 mortes no Estado de São Paulo e 30 em
todo o País. "A AIDS é um problema de saúde pública. Queremos que o Brasil seja de fato referência no combate à epidemia",
declarou.
Outras demandas
Depois do ato inicial, o microfone ficou aberto para quem quisesse se manifestar.
Arnaldo Barbosa, da ONG Sonho Nosso, afirmou que a luta dos ativistas não é só pelo combate da AIDS, mas também pelo
fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). "Brigamos pela humanização no atendimento", disse.
João Lino Vendito, da RNP+ (Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/AIDS) em Campinas, declarou que espera menos
preconceito e mais acolhimento. "Perante o SUS não somos doentes. Mas, para os empregadores, somo doentes e por isso
não temos emprego." Segundo ele, atualmente a militância reúne cada vez menos pessoas por causa do preconceito, "que
mata mais do que a AIDS".
Cleonice Sousa, do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, criticou o fato de a mídia dar destaque à doença apenas no dia
1º de dezembro e no Carnaval. "Antigamente, quando a mortalidade era maior, havia mais interesse". Cleonice aproveitou para
reforçar que os manifestantes queriam atendimento de saúde de qualidade para todos os brasileiros.
Hugo Hagstrom, do Grupo de Incentivo à Vida (GIV), relativizou o reconhecimento internacional que o Brasil possui como
referência na resposta à AIDS. "Isso não é verdade. Tratamento é mais que remédio."
Humberto Soares, do Centro Franciscano de Luta Contra a AIDS (Cefran) defendeu que as pessoas precisam receber mais
informações sobre a epidemia. "Depois de 30 anos da doença, a população ainda carece de conhecimento", declarou. Para
Humberto, a pobreza é outro dificultador, "já que o doente pobre não consegue ter a qualidade de vida que precisaria."
Já Maria Helena Franco (Lena), da ECOS - Comunicação em Sexualidade, enfatizou questões relacionadas à AIDS entre
mulheres. "O impacto do HIV nesse público é muito grande, pois, além delas estarem se infectando, muitas vezes cabe à
mulher o cuidado com algum doente na família." Para Lena, faltam discussões sobre sexualidade nas casas e nas escolas.
Boletim Epidemiológico
Nesta segunda-feira, dia 28, o Ministério da Saúde divulgou que o número de jovens gays e TRAVESTIS com AIDS está
aumentando, assim como o de adolescentes do sexo feminino (leia aqui). Para os ativistas entrevistados pela reportagem,
faltam ações efetivas do governo com esses públicos.
O presidente do Fórum de ONG/AIDS do Estado de São Paulo declarou que a presidenta Dilma Rousseff está deixando de
cumprir a carta de compromissos que assinou quando estava em campanha eleitoral (veja mais). Assinando o documento,
Dilma se comprometeu a impedir falta de medicamentos, investir na indústria farmacêutica nacional e diminuir o número de
mortes por AIDS.
Jorge Beloqui, do GIV, afirmou que o boletim epidemiológico não traz novidades. "O que é novo é o governo reconhecer que a
epidemia atinge mais os gays". Na opinião dele, as campanhas de prevenção precisam estar em meios de comunicação
diversificados, pois os gays estão presentes em todos os lugares.
Mário Scheffer, presidente do Grupo Pela Vidda/SP, criticou o fato de a campanha governamental de prevenção à AIDS ainda
não estar sendo veiculada. "Nunca tivemos algo tão pouco transparente."
Carta Aberta
Ainda durante a manifestação, os ativistas leram uma carta aberta à população e aos participantes da Conferência Nacional de
Saúde. A carta possui as principais demandas dos ativistas.
AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS | NOTÍCIAS
AIDS | CAMISINHA | DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS | CONTRACEPTIVOS
29/11/2011
29/11/2011 - Pesquisa inédita sobre preservativo será apresentada nesta quinta-feira no
espaço Catavento em SP
Uma pesquisa sobre o impacto da colocação, da sensibilidade, da elasticidade e da eficácia do PRESERVATIVO na prevenção
das doenças sexualmente transmissíveis (DST) será apresentada nesta quinta-feira, 1° de dezembro, Dia Mundial de Luta
contra a AIDS, no espaço Catavento Cultural e Educacional, no centro de São Paulo.
No primeiro trimestre de 2011, o Instituto Kaplan realizou estudo com 1.700 jovens sobre o conhecimento das DST, e 37%
deles não conheciam todas as doenças sexualmente transmissíveis. A atual pesquisa mostra que 71% dos adolescentes
derrubam mitos sobre a sensibilidade da CAMISINHA após conhecer as experiências sensoriais na exposição.
Esses e outros dados serão analisados num evento, a partir das 10h, que ocorrerá no mesmo espaço onde está a exposição
"Por dentro da CAMISINHA". A instalação convida jovens acima de 13 anos a entrar no PRESERVATIVO e ver de perto a
importância do insumo na prevenção das DST. Os visitantes passam por três etapas - a primeira simula uma festa para
mostrar de forma lúdica como ocorre a infecção pelas DST. Na segunda, esculturas representam as bactérias transmissoras de
diferentes vírus, entre eles o HIV. Ao final do percurso os visitantes entram no Espaço de Experimentos, que é a terceira etapa,
em que são realizadas experiências táteis para testar a eficácia da CAMISINHA.
O espaça Catavento fica no Parque Dom Pedro II. Tel. (0XX11) 3246-4100
Redação da Agência de Notícias da AIDS
Dicas de entrevista:
Assessoras de imprensa Vera Moreira e Ana Finatti
Tel.: (0XX11) 3253-0586.
E-mail: [email protected]
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