Um furacão chamado Napoleão “Na minha carreira encontra-ser-ão erros, sem dúvida: mas as batalhas de Arcole, Rivoli, das Pirâmides, Marengo, Austerlitz, Iena, Friedland são de granito; o dente da inveja nada pode contra elas. Eu aterrei o abismo anárquico e pus ordem no caos. Eu limpei a Revolução. E depois, qual ataque poderão me fazer, sem que algum historiador levante-se para defender-me? Dirão que tenho muita ambição? Ah, sem dúvida, muita ambição encontrarão em mim! Mas a maior e mais alta que talvez jamais tenha existido: a de estabelecer e consagrar o império da razão; a de dar pleno exercício, o inteiro gozo de todas as faculdades humanas, para todos. Em poucas palavras eis, pois, toda a minha história. Milhares de séculos decorrerão antes que as circunstâncias acumuladas sobre a minha cabeça vão encontrar um outro na multidão para reproduzir o mesmo espetáculo.” Do Consulado ao Império (1799- 1804) O texto acima é de Napoleão Bonaparte, falando de si próprio. Talvez seja algo arrogante e exibicionista, mas não é mentiroso: Bonaparte consolidou o domínio burguês sobre a estrutura econômica e política da França, através da contenção dos inimigos internos ( os jacobinos e os monarquistas). Após realizado este trabalho de contenção, Napoleão espalhou a revolução burguesa por todo o território europeu e, como um furacão, varreu resquícios de feudalismo e absolutismo em várias regiões da Europa. Vamos conhecer um pouquinho da história pessoal deste homem que foi o grande representante dos interesses da burguesia, no início do século XIX: Napoleão Bonaparte era filho de uma família de nobres arruinados. Desde a mais tenra infância foi criado para tentar recuperar a fortuna que sua família algum dia possuíra. E como a carreira militar apresentava-se promissora, os pais de Napoleão decidiram colocá-lo numa escola do exército, onde Napoleão não foi um aluno brilhante, embora tivesse notas elevadas em matemática e estratégia. O oportunismo marcou os primeiros anos da maturidade de Napoleão: casou-se com uma mulher mais velha do que ele, para poder entrar para os quadros da nobreza francesa ( não se esqueça: Napoleão nasceu na Córsega); durante o Período do Diretório, derrotou um levante ultra-realista, para mostrar que não estava vinculado com a nobreza da qual fazia parte desde o casamento. Já é hora de ampliarmos nossa análise para a sociedade francesa: a verdade é que a burguesia não confiava em Napoleão. Por isso, deu a ele uma missão quase suicida, durante a guerra contra a segunda coalizão anti-francesa. Contra todos os prognósticos, Napoleão não só sobreviveu, como derrotou os austríacos, tornando-se herói nacional. A classe burguesa desejava uma ditadura e uma boa espada. Pense nisso e também num ditado que diz: “Quando você não pode derrotar um inimigo, o melhor é se aliar a ele”. 2 Em 1799 a Revolução Francesa continuava ameaçada interna e externamente. A burguesia já não confiava no governo do Diretório e exigia um governo forte, capaz de derrotar tanto os remanescentes da monarquia, como os partidários do pensamento jacobino. Mais: precisava de um militar destemido, para conduzir com êxito a luta contra a coligação da Europa aristocrática com a Inglaterra. Napoleão Bonaparte, cujas vitórias contra os austríacos o haviam projetado no cenário político-militar, surgia como o homem indicado para liderar tal empreendimento. O resultado disto tudo não é difícil de se imaginar. Os empresários articularam um golpe político que foi desfechado em 18 Brumário de 1799. A seguir, transferiram o poder para Napoleão. Nomeado cônsul, juntamente com Roger Ducos e o Abade Sieyès, Napoleão demonstrou enorme habilidade política, ganhando rapidamente a confiança de toda a nação francesa. Para construir a base de seu apoio político, Napoleão começou atraindo a alta burguesia: criou a Sociedade Nacional de Apoio à Indústria, fortalecendo a industrialização com empréstimos a juros subsidiados; com o Banco de França, deu estabilidade à moeda francesa. O proletariado ficou encantado quando Napoleão criou os Liceus Educacionais onde, de graça, os jovens proletários preparavam-se para uma promissora carreira nas recém-construídas indústrias francesas. Os jacobinos ficaram satisfeitos com a criação de um código civil que confirmava a igualdade dos cidadãos perante à lei, dentro do espírito revolucionário. Mas a grande jogada foi feita com os camponeses: Napoleão desapropria as terras dos nobres emigrados e com elas faz uma reforma agrária, beneficiando mais da metade da população francesa. Para os camponeses, a partir daquele momento, era Deus no céu e Napoleão na terra... Napoleão faz um acordo com a Igreja, em 1801. Em 1802, torna-se cônsul vitalício e, em 1804, através de plebiscito, é aclamado imperador da França. Você, caro aluno, sabe que as aparências são de um retorno à monarquia absolutista. Mas o governo de Napoleão é essencialmente burguês, pois defende os interesses do capitalismo industrial. Uma senhora que se preocupava com as aparências, integrante da nobreza francesa, Madame de Remusat, descreveu (em 02/12/1804) assim a coroação de Napoleão: “Chegado a Notre-Dame (catedral de Nossa Senhora de Paris), o imperador demora-se algum tempo no arcebispado para aí se revestir do traje de cerimônia que, aliás, parecia esmagá-lo. A sua fraca figura fundiase sob este enorme manto de arminho. Uma simples coroa de louros lhe cingia a cabeça:parecia uma medalha antiga. Mas estava extremamente pálido, verdadeiramente comovido, e a expressão de seu olhar parecia severa e um pouco perturbada. Toda a cerimônia foi imponente e muito bela. O momento em que a imperatriz foi coroada produziu um movimento geral de admiração, não pelo ato em si, mas ela estava tão graciosa, caminhou para o altar tão bem, ajoelhou-se de uma maneira tão elegante e ao mesmo tempo tão simples, que satisfez todos os olhares. Quando teve de ir do altar para o trono, ela teve um momento de altercação com 3 as cunhadas, que lhe levavam o manto com tanta repugnância que vi o instante em que a nova imperatriz não poderia continuar a andar. O imperador, que notou isto, dirigiu a suas irmãs algumas palavras secas e firmes que puseram toda a gente em movimento. O Papa durante toda esta cerimônia teve sempre o ar duma vítima resignada.” O império napoleônico e as guerras européias No momento em que Napoleão torna-se imperador da França, articula-se uma grande oposição que uniria a Inglaterra capitalista e vários reinos absolutistas europeus. A Inglaterra quer destruir o seu eventual concorrente burguês e os reinos absolutistas queriam evitar que a Revolução Burguesa se espalhasse por toda a Europa. Assim, a diplomacia inglesa trabalha habilmente no sentido de unir todos os governos antinapoleônicos em várias coalizões militares. Uma nova coligação anti-francesa (esta foi a terceira!) organiza-se em 1805. Dela fazem parte a Áustria, a Rússia e a Inglaterra. Napoleão é derrotado na batalha marítima de Trafalgar, mas sagrase vencedor nas batalhas continentais de Ulm e Austerlitz. Desta forma, observamos que a Inglaterra é a “rainha dos mares”, mas a França é “senhora absoluta do continente”. Napoleão sabe que é impossível derrotar militarmente a Inglaterra. Por isso, decide asfixiar economicamente o reino da Grã-Bretanha, para derrotá-la, mais tarde. Organiza o Bloqueio Continental: todos os países europeus são proibidos de comprar produtos ingleses. A Inglaterra se vinga: organiza um bloqueio marítimo, impedindo os franceses de receber matérias primas de suas colônias. Observe, caro aluno: o feitiço vira contra o feiticeiro. A indústria francesa não tem possibilidade de substituir a indústria inglesa, no momento em que os países europeus precisam de manufaturados. Por causa disso, o contrabando de produtos ingleses cresce, obrigando Napoleão a custosas invasões punitivas. Em 1807 Napoleão dominava toda a Europa, mas a verdade é que o domínio era apenas aparente. O Bloqueio Continental fracassaria, pois Napoleão afunda com as despesas de guerra. Uma crise econômica mina a França e a Inglaterra organiza contrabando em todos os portos europeus. para piorar, a Espanha lança-se (dentro de um processo de guerra de guerrilhas) em franca insurreição popular. Do outro lado do continente, a Rússia decide romper o Bloqueio Continental. Napoleão é obrigado a invadir a Rússia. Com um exército de 600 mil homens, ele consegue ocupar Moscou, a capital do império. Mas tem que enfrentar um grande general russo, que já havia derrotado os cossacos, derrotaria Napoleão e, no século XX, enfrentaria vitoriosamente Hitler: o glorioso “general inverno”. Acossado pelo frio (em Moscou, a temperatura chega a -40°C, um freezer não passa de -25°C!) Napoleão é obrigado a recuar tendo, nos seus calcanhares, as tropas russas. O brilhante exército de 600 mil homens reduz-se a 200 mil soldados esfarrapados, famintos e medrosos. Saindo do território russo, Napoleão é derrotado na Batalha das Nações. Em 1814 Paris é invadida e Napoleão é obrigado a refugiarse na Ilha de Elba. 4 Os cem dias e o exílio final Com a queda de Napoleão, restaura-se a monarquia absolutista da família Bourbon. Luís XVIII é entronizado. Vejamos como foi a cena, através de um relato de René François Chateaubriand: “Tenho presente na memória, como se o visse ainda, o espetáculo de que fui testemunha quando Luís XVIII, entrando em Paris a 3 de maio de 1814, foi a Notre-Dame. Tentaram poupar o rei de ficar cercado por tropas estrangeiras, apesar de terem sido elas que garantiram a chegada de Luís XVIII a Paris... Usaram, como guarda de honra, um regimento da velha guarda, de soldados que lutaram ao lado de Napoleão. Não creio que figuras humanas tenham jamais exprimido qualquer coisa de tão ameaçador e tão terrível. Aqueles granadeiros, cobertos de feridas, vencedores da Europa, que tinham visto tantos milhares de balas passar sobre suas cabeças, que cheiravam a fogo e pólvora; aqueles mesmos homens, privados de seu capitão (Napoleão), eram obrigados a saldar um velho rei, inválido do tempo, não da guerra, vigiados, como estavam, por um exército de russos, de austríacos e de prussianos... Uns, franzindo a testa, faziam descer o largo gorro de peles sobre os olhos, como para não ver; outros torciam os cantos da boca no desprezo da raiva; outros, por debaixo do bigode, rangiam os dentes como tigres.” Os nobres, emigrados durante a Revolução Francesa, retornam. Inicia-se a vingança dos bispos e dos aristocratas: é o Terror Branco. Todos os líderes burgueses são presos, alguns são enforcados. A forca substitui a guilhotina, mas as mortes por motivos políticos prosseguem. A nobreza recebe de volta as suas terras: é o fim da reforma agrária e o início de nova revolta popular. Na ilha de Elba, Napoleão observa a violência do governo de Luís XVIII. Uma vez Napoleão disse que “você pode fazer tudo com uma espada, menos sentarse nela”. Era exatamente isto que Luís XVIII estava fazendo: queria governar violentamente, “sentado numa espada”! Em 1815, julgando ser propício o momento, Napoleão fugiu da ilha de Elba e avançou sobre o território francês à frente de sua guarda pessoal, de apenas mil soldados. Luís XVIII mandou, para destruir Napoleão, todo um batalhão. Em Grenoble, às margens do rio Mure, deu-se o encontro, que se tornou antológico. Napoleão apeou de seu cavalo, afastou-se de seus soldados, e caminhou solitário na direção dos soldados do rei. E então disse: “Soldados do 5º Batalhão, sou vosso Imperador. Reconhecei-me: se entre vós houver um soldado que queira matar o seu Imperador, aqui estou”. Dito isto, entreabriu o seu capote cinzento. Nervosos, os oficiais ordenaram fogo e os soldados recusaram-se a atirar. Um dos soldados gritou: “Foi ele que nos deu a reforma agrária; foi ele que fez a França vitoriosa! Ele é o nosso general! Viva o Imperador!”. Os soldados gritaram: “Viva o Imperador!”. A guarda que acompanhava Napoleão, ao longe, respondeu: “Viva o Imperador!”. Os oficiais entreolharam-se e aderiram às saudações. Como os jornais da época relataram a evolução dos acontecimentos? De maneira muito parecida com a 5 imparcialidade dos jornais atuais. Vejamos as manchetes, de um mesmo jornal: “ O monstro corso desembarcou na baía de São João.” “ O canibal marcha sobre Grasse.” Mas, a medida em que o avanço de Napoleão obtinha êxito: “ Bonaparte ocupou Lyon.” “ Napoleão aproxima-se de Fontainebleau.” “ Sua Alteza Imperial é esperada amanhã em sua fiel Paris.” Em 15 dias Napoleão sentava-se, outra vez, no trono. Luís XVIII foge para a Bélgica. Napoleão decide perseguir o rei e atacar esta nação vizinha. Parece, no entanto, que os ingleses aprenderam a lidar com o general corso: estavam esperando Bonaparte, na Bélgica. Em 17 de junho de 1815, Napoleão é derrotado na Batalha de Waterloo. Sem alternativas, Napoleão pede asilo político para a Inglaterra. Seu destino seria a longínqua ilha de Santa Helena. É o epílogo dessa aventura: a França burguesa perde para a Europa aristocrática. O Congresso de Viena e a Europa Os reis absolutistas, a nobreza reacionária e a burguesia inglesa estavam em festa: a França burguesa foi derrotada. Para reorganizar o mapa político europeu, faz-se o Congresso de Viena. Mas as decisões do congresso demoraram para acontecer: nas primeiras semanas, saraus e bailes comemoravam a vitória aristocrática, fazendo com que um jornalista da época observasse: “mas este congresso não anda, dança!”. Os trabalhos começaram depois de um mês de festas. Brilham algumas grandes estrelas conservadoras européias: Alexandre I, czar da Rússia; Klemens von Metternich, chanceler da Áustria; Lord Castlereagh, da Inglaterra; Hardenberg, da Prússia; e o chanceler francês Talleyrand. O princípio fundamental do congresso é enunciado por Talleyrand: são considerados legítimos os governos europeus anteriores à Revolução Francesa. É o princípio da legitimidade. Metternich, muito mais pragmático, preocupa-se com a possibilidade futura de uma nova revolução burguesa. Por isso, enuncia o princípio do equilíbrio europeu: quatro nações européias devem ter forças militares equivalentes. Caso alguma dessas nações se aventure em uma revolução burguesa, ela saberá que terá contra si pelo menos três inimigos igualmente poderosos. Observe que as pequenas nações européias, caro aluno, foram “rifadas” por este princípio. Algumas delas desaparecerão, em nome da estabilidade político-militar européia. Os representantes absolutistas, cinicamente, esconderão os princípios reacionários do congresso debaixo do slogan: “defesa da religião, da paz e da 6 justiça”. É assim que o czar Alexandre I cria a Santa Aliança. Os exércitos da Santa Aliança reprimem o nacionalismo alemão, invadindo universidades; destruíram a rebelião do general Riego, na Espanha, mandando para lá “os cem mil filhos de São Luís”, que os espanhóis chamavam de “os cem mil filhos da...” (bem, fui obrigado a suprimir a última palavra, em nome da moral e dos bons costumes pois, afinal, esta é uma apostila de família!). De qualquer forma, a roda da história não costuma girar para trás. Alguns anos depois a Santa Aliança declina, seja por causa do nacionalismo das pequenas nações européias, seja porque a Inglaterra se retira ao observar a contradição entre a política da Santa Aliança e os seus interesses particulares na América. Em 1848 a “primavera dos povos” supera, de vez, este último suspiro absolutista conservador europeu. Documento complementar Há uma discussão muito interessante, ainda sem conclusões genericamente aceitas, no estudo de História: “qual é o papel do herói, nos fatos e destinos da sociedade?”. Napoleão é, talvez, o herói mais ativo, com ações que contribuíram para modificações importantes na sociedade, política e economia européia, no início do século XIX. A discussão sobre o papel do herói, na História, pode ser realizada em sala de aula. Nesta apostila, restringiremos um pouco a discussão. Utilizando-nos de um texto de Eric Hobsbawn, no livro A Era das Revoluções, acompanharemos uma análise extremamente hábil, que tenta explicar a construção do mito Napoleão Bonaparte. Acompanhe o texto e depois chegue a uma conclusão: você concorda com a análise de Hobsbawn, ou acredita que existe uma outra maneira mais completa para explicar a mitificação de Napoleão? Se há esta outra maneira, qual seria ela? “O mito napoleônico baseia-se menos nos méritos de Napoleão do que nos fatos, até então sem paralelo, de sua carreira. Os homens que se tornaram conhecidos por terem abalado o mundo de forma decisiva no passado tinham começado como reis, como Alexandre, ou patrícios, como Júlio César, mas Napoleão foi o ‘pequeno cabo’ que galgou o comando de um continente por seu puro talento pessoal (isto não foi estritamente verdadeiro, mas sua ascensão foi suficientemente meteórica e alta para tornar razoável a descrição). Todo jovem intelectual que devorasse livros, como o jovem Bonaparte o fizera, escrevesse maus poemas e romances e adorasse Rousseau poderia, a partir daí, ver o céu como o limite e seu monograma enfaixado em lauréis. Todo homem de negócios daí em diante tinha um nome para a sua ambição: ser - os próprios clichês o denunciam - um ‘Napoleão das finanças’ ou da indústria. Todos os homens comuns ficavam excitados pela visão, então sem paralelo, de um homem comum que se tornou maior do que aqueles que tinham nascido para usar coroas. Napoleão deu à ambição um nome pessoal no momento em que a dupla revolução tinha aberto o mundo aos homens de vontade. E ele foi mais ainda. Foi um homem civilizado do século XVIII, racionalista, culto, iluminado, mas também discípulo de Rousseau o suficiente para ser ainda o homem romântico do século XIX. Foi o homem da Revolução e o homem que 7 troxe estabilidade. Em síntese, foi a figura com que todo homem que partisse os laços com a tradição podia se identificar em seus sonhos.” Cronologia 1799 1801 1802 1804 1806 1812 1813 1814 1815 1815 1823 - Regime do consulado. - Concordata com a Igreja. - Regime do consulado vitalício. - Proclamação do Império. - Bloqueio Continental. - Campanha da Rússia. - Derrota de Napoleão em Leipzig. - Abdicação de Napoleão e retiro em Elba. - Governo dos Cem Dias, derrota em Waterloo e prisão em Santa Helena. - Congresso de Viena e criação da Santa Aliança. - Intervenção da Santa Aliança, na Espanha. Você aprendeu Ao estudar o período do Consulado ao Império: Que Napoleão era de uma família de nobres arruinados e que, após uma infância de dificuldades, conseguiu sucesso na carreira militar. A burguesia desfechou um golpe em 18 brumário de 1799, colocando Napoleão Bonaparte no poder. Napoleão, demonstrando enorme habilidade política, ganhou a confiança de toda a nação francesa. Em 1804, através de plebiscito, Napoleão é aclamado Imperador. Ao estudar o império napoleônico e as guerras européias: A Inglaterra capitalista e vários reinos absolutistas europeus unem-se para tentar destruir o governo revolucionário francês. Esta união origina várias coalizões antifrancesas. Através do Bloqueio Continental, Napoleão tenta asfixiar a economia britânica. Bloqueio Continental fracassa e a economia francesa afunda com as despesas de guerra. Derrotado na Campanha da Rússia, Napoleão acaba sendo obrigado a refugiar-se na ilha de Elba. Ao estudar os cem dias e o exílio final: Com a queda de Napoleão, restaura-se o governo absolutista da família Bourbon, na França. Era o Terror Branco. Napoleão retorna ao poder, num período que ganha o nome de Cem Dias. Novamente derrotado, na batalha de Waterloo, Napoleão é mandado para a ilha de Santa Helena, onde passa os seus últimos dias. Ao estudar o Congresso de Viena e a Europa: Congresso de Viena marca a vitória da Europa aristocrática sobre a França burguesa. Princípio da Legitimidade reconduz ao poder as velhas famílias absolutistas européias. Princípio do Equilíbrio Europeu fortalece algumas nações européias às custas do desaparecimento de alguns pequenos Estados. 8 Cria-se a Santa Aliança para reprimir as nacionalidades prejudicadas pelos acordos do Congresso de Viena. As determinações do Congresso de Viena declinam alguns anos depois, sob influência de movimentos nacionalistas e do fortalecimento da burguesia industrial européia. Exercícios para classe: 1- (FUVEST) O Golpe de 18 de Brumário (9 de novembro de 1799) que elevou Napoleão ao Consulado, recebeu o apoio incondicional: a- da pequena burguesia descontente com a destituição de Robespierre da Comissão de Salvação Pública; b- dos pequenos proprietários rurais descontentes com a repressão realizada pela Convenção à chamada Rebelião de Vendéia; c- do operariado, já em pleno crescimento em decorrência da revolução industrial na França, e irritado com a sufocação da Conspiração de Babeuf; d- da alta burguesia saturada de uma política oscilante e freqüentemente contrária aos seus interesses econômicos; e- dos monarquistas que viram no golpe a possibilidade de restaurar a monarquia, recolocando no trono francês outro Bourbon. 2- (FUVEST) No processo da Revolução Francesa, o golpe de 18 Brumário, que levou Napoleão Bonaparte ao poder, implicou na: a- consolidação do poder da burguesia; b- convocação da Assembléia Nacional Constituinte; c- aprovação da Declaração dos Direitos do Homem; d- instituição do período do Terror; e- composição política entre girondinos e jacobinos. 3- O que foram as coalizões (ou coligações) anti-francesas? 4- (UFSCar) “Minha maior glória não consistiu em ter ganho quarenta batalhas; Waterloo apagará a memória de tantas vitórias. O que nada apagará, o que viverá eternamente, é o meu Código Civil.” Assinale, nas alternativas abaixo, a que grande personagem da história devemos este pensamento: a- Napoleão Bonaparte; d- Oto von Bismarck; b- Oliver Cromwell; e- Luís XIV. c- D. Henrique, o navegador; 5- O Decreto de Berlim, assinado por Napoleão Bonaparte em 1806, visava asfixiar a economia inglesa. Por qual nome este decreto é mais conhecido? 6- (FGV) Os Cem Dias caracterizaram-se por ser: a- o período do Diretório; b- o período do Terror; c- os primeiros meses do governo secular; d- os primeiros meses do Império; e- o período em que Napoleão retorna à França após uma derrota em 1814. 7- (UFSCar) Uma das conseqüências da derrota de Napoleão, em Waterloo (1815) consistiu 9 a- no término do período dos “Cem Dias”, consolidando-se a Restauração monárquica na França, com Luís XVIII; b- no reconhecimento da República da França pela Paz de Amiens, celebrada com a Inglaterra; c- na celebração da Paz de Tilsit, que permitiu à Rússia ocupar o território da Finlândia, como compensação por reconhecer as conquistas francesas; d- na composição da Rússia, Suécia e Prússia visando a neutralizar a expansão territorial da Inglaterra; e- na organização do Bloqueio Continental, decretado em Berlim, visando a neutralizar o poderio econômico dos países ibéricos. 8- (OSWALDO CRUZ) O Congresso de Viena, em 1815, pretendia: a- incentivar as independências coloniais; b- restaurar o domínio absolutista, abalado pela Revolução Francesa; c- incrementar o comércio com a América do Norte; d- dar, à Inglaterra e à Prússia, direitos sobre a França; e- acelerar o processo de Revolução Industrial, na Europa. 9- ( Pouso Alegre- MG) Em 1814 e 1815 realizou-se na Europa o Congresso de Viena, que tinha como objetivo reformular o mapa político profundamente alterado pelas grandes conquistas de Napoleão Bonaparte. Tomou parte nesse Congresso uma figura bastante inteligente que utilizando-se de sua extrema habilidade, lançou o “Princípio da Legitimidade”, em que os países europeus deveriam retornar aos limites anteriores à Revolução Francesa de 1789, seguindo-se, então, a restauração de todas as monarquias absolutistas. Responda: Quem era essa figura e que país representava? 10- Defina o que foi o Princípio do Equilíbrio Europeu, formulado durante o Congresso de Viena. Respostas: 1- d. 2- a. 3- Elas foram articulações militares em que a Inglaterra capitalista e os reinos absolutistas europeus se uniram para tentar destruir o império napoleônico. 4- a. 5- Bloqueio Continental. 6- e. 7- a. 8- b. 9- Talleyrand, representante da França. 10- Quatro nações européias (França, Áustria, Prússia e Rússia) devem ter forças militares equivalentes, para se garantir a estabilidade político-militar européia. Exercícios para casa: 1- Eric Hobsbawn é, talvez, o maior historiador vivo. Aos 77 anos, no início de 1996, pode se orgulhar de ter seus livros editados em mais de 50 países e de ser respeitado por intelectuais de todas as escolas históricas e matizes ideológicos. Uma outra grande qualidade desse sábio é a de escrever com clareza e elegância, conquistando leitores em 10 todos os pontos do planeta. O trecho que reproduziremos é do livro A Era das Revoluções: O Termidor (golpe liderado pela alta buguesia girondina que derrubou a ditadura jacobina, em 27 de julho de 1794) é o fim da heróica e lembrada fase da Revolução: a dos esfarrapados sansculottes e dos corretos cidadãos dos bonés vermelhos. Não foi uma fase cômoda para se viver, pois a maioria dos homens sentia fome e muitos tinham medo, mas foi um fenômeno tão terrível e irreversível quanto a primeira explosão nuclear, e toda a história tem sido permanentemente transformada por ela. E a energia que ela gerou foi suficiente para varrer os exércitos dos velhos regimes da Europa como se fossem feitos de palha. O problema com que se defrontava a classe média francesa no restante do que é tecnicamente descrito como o período revolucionário, entre os anos de 1794 e 1799, era como alcançar a estabilidade política e o avanço econômico nas bases do programa liberal de 1789-1791. a classe média jamais conseguiu, desde então até hoje, solucionar este problema de forma adequada, embora a partir de 1870 conseguisse descobrir na república parlamentar uma fórmula exeqüível para a maior parte do tempo. As rápidas alternâncias do regime - Diretório (1795-9), Consulado (1799-1804), Império (1804-1814), a restaurada Monarquia Bourbon (1814-1830), a Monarquia Constitucional (1830-1848), a República (1848-1851), e o Império (1852-1870) - foram todas tentativas para se manter uma sociedade burguesa evitando ao mesmo tempo o duplo perigo da república democrática jacobina e do velho regime. A grande fraqueza dos termidorianos era que eles não desfrutavam de algum apoio político (no máximo, tolerância), espremidos como estavam entre uma revivida reação aristocrática e os pobres sansculottes jacobinos de Paris, que logo se arrependeram da queda de Robespierre. Cada vez mais, o Diretório tinha que depender do exército para dispersar a oposição. Mas o Diretório dependia do exército para algo mais do que a supressão de golpes e conspirações periódicas. A inatividade era a única garantia segura de poder para um regime fraco e impopular, mas a classe média precisava de iniciativa e de expansão. O exército resolveu este problema aparentemente insolúvel. Ele conquistou; pagou-se a si mesmo; e mais do que isso, suas pilhagens e conquistas resgataram o governo. Teria sido surpreendente que, em conseqüência, o mais inteligente e capaz dos líderes do exército, Napoleão Bonaparte, tivesse decidido que o exército podia prescindir totalmente do débil regime civil? Por outro lado, o exército era uma carreira como outra qualquer das muitas abertas ao talento, pela revolução burguesa, e os que nele obtiveram sucesso tinham um interesse investido na estabilidade interna como qualquer outro burguês. Foi isto que fez do exército, a despeito do seu jacobinismo embutido, um pilar do governo póstermidoriano, e de seu líder Bonaparte uma pessoa adequada para concluir a revolução burguesa e começar o regime burguês.” O texto poderá ajudá-lo a responder uma questão que caiu em vestibular. Ei-la: (FEI-MAUÁ/SP) Explique por que a classe social burguesa que durante a Revolução Francesa pôs fim à monarquia absoluta- chegando inclusive a executar um monarca, 11 Luís XVI - acabou por fim apoiando um outro regime político centralizado, o Império de Napoleão. 2- Caracterize o governo de Bonaparte à frente do Consulado. 3- Quais eram os objetivos de Napoleão com o Bloqueio Continental? 4- Você vai conhecer o Decreto de Berlim, que determinou o Bloqueio Continental contra a Inglaterra. faça uma leitura atenta do texto, para responder as questões propostas a seguir. Campo Imperial de Berlim, 21 de novembro de 1806 NAPOLEÃO, Imperador dos Franceses, Rei da Itália, etc. Considerando, 1º. Que a Inglaterra não admite o direito da gente universalmente observado por todos os povos civilizados; 2º. Que esta considera inimigo todo indivíduo que pertence a um Estado inimigo e, por conseguinte, faz prisioneiros de guerra não somente as equipagens dos navios armados para a guerra mas ainda as equipagens das naves de comércio e até mesmo os negociantes que viajam para os seus negócios; 3º. Que ela estende às embarcações e mercadorias do comércio e às propriedades dos particulares o direito de conquista que só se pode aplicar àquilo que pertence ao estado inimigo; 4º. Que ela estende às cidades e portos do comércio não fortificados nas embocaduras dos rios, o direito de bloqueio que, segundo a razão e o costume de todos os povos civilizados, só se aplica às praças fortes; que ela declara bloqueadas as praças diante das quais não sequer uma única embarcação de guerra; que ela até mesmo declara em estado de bloqueio lugares em que todas as suas forças reunidas seriam incapazes de bloquear, costas internas e todo um império; 5º. Que este monstruoso abuso do direito de bloqueio tem por objetivo impedir as comunicações entre os povos, e erguer o comérci e a indústria da Inglaterra sobre as ruínas das indústrias e do comércio do continente; 6º. Que sendo este o objetivo evidente da Inglaterra, qualquer indivíduo, que faça sobre o continente o comércio de produtos ingleses, por este meio favorece os seus desígnios e dela se torna cúmplice; ............................................................................................................... ...... 8º. Que é de direito natural opor ao inimigo as armas de que faz uso, e de combatê-lo do mesmo modo que este combate, quando desconhece todas as idéias de justiça e todos os sentimentos liberais, resultado de civilização humana; Por conseguinte, temos decretado e decretamos o que segue: Artigo 1º. As Ilhas Britânicas são declaradas em estado de bloqueio. 12 Artigo 2º. Qualquer comércio e qualquer correspondência com as Ilhas Britânicas ficam interditados. Artigo 3º. Qualquer indivíduo, súdito da Inglaterra, qualquer que seja sua condição, que for encontrado nos países ocupados por nossas tropas ou pelas tropas dos nossos aliados, será constituído prisioneiro de guerra. Artigo 4º. Qualquer loja, qualquer mercadoria, qualquer propriedade pertencente a um súdito da Inglaterra será declarada boa presa. Artigo 5º. O comércio de mercadorias inglesas é proibido, e qualquer mercadoria pertencente à Inglaterra, ou proveniente de suas fábricas e de suas colônias é declarada boa presa. ............................................................................................................... ...... Artigo 7º. Nenhuma embarcação vinda diretamente da Inglaterra ou das colônias inglesas, ou lá tendo estado, desde a publicação do presente decreto, será recebida em porto algum. A- Qual a justificativa oficial da França, contida no documento, para decretar bloqueio econômico à Inglaterra? B- Faça uma breve síntese sobre as determinações do Bloqueio Continental. C- Depois de respondidas as questões anteriores, procure analisar e comparar as justificativas oficiais da França, o que o Bloqueio dizia e as reais intenções do Império. 5- Justifique por que as campanhas de Napoleão foram responsáveis pela derrubada do Império. 6- (FUVEST) Napoleão Bonaparte foi vencido pelos ingleses em 1815. Relacione a este fato o Congresso de Viena e a Santa Aliança. 7- O que foi o Congresso de Viena e quais eram os seus objetivos? 8- O que foi a Santa Aliança e quais eram os seus objetivos? 9- (MAUÁ) Eram objetivos do Congresso de Viena: a- a reunião de forças para combater Napoleão e a restauração do Diretório na França; b- a reorganização do continente europeu, subvertido pela Revolução Francesa, e a manutenção de uma política conservadora e anti-liberal; c- a intervenção junto às metrópoles no sentido de possibilitar maior autonomia política às colônias; d- a reunião de forças para auxiliar os movimentos nacionalistas e liberais, sobretudo na Itália e na Espanha; e- nenhuma das anteriores. 10- (FGV) A idéia básica que orientou os trabalhos do Congresso de Viena foi o princípio da Legitimidade, inventado por Talleyrand e adotado por Metternich, segundo o qual: a- as dinastias anteriores à revolução francesa deveriam ser restauradas e cada país deveria essencialmente readquirir os mesmos territórios que possuía antes de 1789; b- Napoleão Bonaparte era o legítimo imperador dos franceses e a sede do governo passava a ser Santa Helena, uma ilha rochosa do Atlântico Sul; 13 c- eram legítimos os decretos de Karlsbad que estabeleciam que toda universidade teria um inspetor oficial; d- as alianças como a Russo-Turca de 1828-29 eram ilegítimas porque procuravam oprimir os países menores como a Grécia e a Romênia; e- socialistas notórios como o papa Gregório XVI e Carlos X da França deveriam ter suas autoridades respeitadas porque foram legitimamente designados para suas respectivas posições. 11- (PUC) Um dos objetivos do Congresso de Viena foi: a- a formação de sociedades secretas para perseguição dos liberais e dos nacionalistas europeus; b- a criação da Santa Aliança destinada a manter as liberdades naturais do homem, garantidas pelas constituições nacionais; c- o fortalecimento do princípio da legitimidade e da nacionalidade, através do sistema de compensações financeiras e territoriais; d- renovar as relações internacionais por meio da cooperação entre as nações para a defesa das liberdades nacionais; e- aceitar as transformações do mapa político europeu, ocorridas durante as conquistas napoleônicas. 12- (CESGRANRIO) No período situado entre o Congresso de Viena (1815) e o ano de 1848, a Europa foi sacudida por várias revoluções, tais como: em 1820: Espanha, Portugal, Grécia. em 1830: França, Bélgica, Polônia. em 1848: França, Alemanha, Itália. Podemos afirmar que essas revoluções revelaram a oposição existente entre os princípios políticos estabelecidos naquele Congresso e as aspirações da burguesia em expansão, expressas na luta contra: 1- o absolutismo político. 2- os resquícios feudais. 3- o predomínio austríaco. 4- os ideais liberais. 5- o fortalecimento industrial. Assinale: a- se apenas 1 e 2 estão certas; b- se apenas 1 e 4 estão certas; c- se apenas 2 e 3 estão certas; d- se apenas 3 e 4 estão certas; e- se apenas 3 e 5 estão certas. Respostas: 1- A resposta deverá levar em conta o fato de que a burguesia precisava de um regime forte para evitar o perigo de uma república democrática jacobina e o perigo de um retorno ao velho regime aristocrático. 2- Utilizando-se de uma sistemática censura à imprensa e apoiado por um forte aparato policial, Napoleão, para estabelecer a segurança econômica e a ordem administrativa, pôs em prática um plano de reformas para sanear as finanças, incentivar o 14 desenvolvimento agrícola e industrial e organizar o ensino. Em 1802, através de plebiscito, torna-se cônsul vitalício e, em 1804, com a promulgação do Código Civil Napoleônico, institucionalizou os direitos burgueses e proibiu a organização de sindicatos operários. 3- Além de pretender derrotar a Inglaterra pela via econômica, fechando-lhe os portos europeus, também pretendia incentivar a mecanização da indústria francesa, que agora se tornava responsável pelo abastecimento do mercado europeu, que antes era atendido pela Inglaterra. 4- A- A França justifica-se argumentando que a Inglaterra estava não apenas atacando alvos militares, como também propriedades e embarcações particulares, impedindo “as comunicações entre os povos” e dinamizando “o comércio e a indústria da Inglaterra sobre as ruínas da indústria e do comércio do continente”. B- As ilhas britânicas ficam sob estado de bloqueio e as nações européias sob domínio napoleônico ficam proibidas de fazer qualquer intercâmbio com a Inglaterra. C- A França dizia que a Inglaterra havia tomado a iniciativa de fazer uma guerra econômica. O Bloqueio Continental é um documento que demonstra uma declaração de guerra econômica, feita pela França, contra a Inglaterra. É evidente que a intenção do Império Francês era de asfixiar economicamente a Inglaterra. 5- As constantes guerras de Napoleão desgastaram a França e seus aliados. Nas áreas já dominadas começaram a surgir, com a ajuda dos ingleses, revoltas contra a presença francesa. A desastrosa campanha de Napoleão na Rússia, em 1812, enfraqueceu a França, abrindo espaço para que os exércitos coligados invadissem Paris em 1814 e depusessem o imperador. 6- De 1799 a 1815 a política européia, e de certa forma a mundial, gravitou em torno de Bonaparte e suas campanhas militares que divulgaram as idéias liberais. Com a sua derrota, os representantes do absolutismo consideraram necessário reorganizar o mapa político europeu e fazer retornar a ideologia absolutista. Para isso, se reuniram no Congresso de Viena e, logo após, criaram a Santa Aliança. 7- O Congresso de Viena reorganizou a Europa, predominando o espírito reacionário da nobreza européia, encarnada pelo austríaco Metternich. O mapa político foi refeito, desrespeitando a vontade das pequenas nações e povos, negando as conquistas da Revolução Francesa. 8- A Santa Aliança, executada através do “direito de intervenção”, tornou-se uma verdadeira polícia da nobreza reacionária. Reprimiu os movimentos liberais e restaurou as antigas casas reais no poder. 9- b. 10- a. 11- c. 12- a.