_________________________________________________ Quarto ano do Antídoto – Ações Culturais em Zonas de Conflito, edição 2009, apresenta música, teatro, ciclo de debates e abre o evento, dia 04 de junho, às 20h, com lançamento do DVD Ferréz – Literatura e Resistência. Arnaldo Antunes, Jards Macalé, Lirinha (do Grupo Cordel do Fogo Encantado), Grupo AfroReggae, jovens artistas da comunidade de Paraisópolis e Heliópolisde São Paulo (SP), são algumas das atrações do ANTÍDOTO, uma parceria do Itaú Cultural com o Grupo Cultural AfroReggae. O ciclo de debates conta com representantes da Nigéria, Afeganistão, Líbano, Palestina, Sudão, Canadá além do Brasil Como todos os anos, a proposta do Antídoto é fomentar a reflexão e compartilhar experiências e alternativas para a produção cultural em áreas de conflitos sociais, religiosos, étnicos, e suas consequências nas vidas das comunidades e grupos sociais que as habitam. Local: Itaú Cultural – Av. Paulista, 149 [próximo da estação metrô Brigadeiro] – São Paulo SP. Data de lançamento: 04 de junho, quinta-feira, às 20h. Entrada franca. Ingressos distribuídos 30 minutos antes do início da atividade. Período total da programação: 04 a 28 de junho de 2009. Entrada franca em todas as atividades. Não há reservas antecipadas. Ingressos distribuídos na Recepção do próprio local, 30 minutos antes de cada atividade. Cont. 1 PROGRAMAÇÃO SEMANA I: Documentários e Teatro de 4 a 7 de junho Projeção de documentários e debates. Dia 4, quinta, Abertura do evento 20h Lançamento do Documentário Ferréz – Literatura e Resistência, com a presença do Férrez, conversando com o público após a projeção (de 54 minutos). Dia 5, sexta 20h Lançamento do Documentário do Preto Zezé / CUFA – CE Selva de Pedra – Fortaleza Noiada BRASIL. Debate com o autor após a projeção do documentário. Dia 6, sábado 16h Histórias Para Serem Contadas - espetáculo teatral do grupo Pombas Urbanas, texto de Osvaldo Dragun e direção de Hugo Villavicenzio Espaço Arena no 2º Mezanino - Censura: 14 anos - O espetáculo de rua trata de assuntos comuns aos habitantes de São Paulo, particularmente, aos moradores do gigantesco bairro-dormitório Cidade Tiradentes, considerado o maior complexo habitacional da América Latina. São três histórias de pessoas que lutam pela sua sobrevivência. Uma delas, conta a de um homem que virou cachorro; a outra, fala do camelô que ganhava a vida no grito e morria de dor de dente; e a terceira narra o caso de Chiquinho da Silva que de tanto querer se dar bem, acabou sendo cúmplice "laranja" de um genocídio internacional. dia 7, domingo 17h Apresentação do projeto Pombas Urbanas http://www.pombasurbanas.org.br/, com os integrantes do grupo. Sala Vermelha - Censura Livre dia 7, domingo 20h Os Tronconenses - espetáculo teatral com o grupo Núcleo Teatral Filhos da Dita. Sala Vernelha - Censura: 14 anos - Os Tronconenses, no domingo – antecedida de uma roda de conversas com integrantes do grupo. Os Tronconenses, conta a história dos habitantes de Tronconé, uma cidadezinha imaginária, que poderia ser qualquer cidade brasileira. Na peça, crianças desta cidade brincam em um playground abandonado e representam situações vividas pelos adultos. O imaginário e o real se mesclam revelando um mundo em crise, onde loucura e lucidez muitas vezes se confundem. O espetáculo resgata o Coro, muito utilizado no Teatro Grego. Dele saem e para ele retornam os personagens. 2 SEMANA 2 – Música De 11 a 14 Dia 11, às 20h Leandro Sapucahy e AfroReggae, com Stewart Sukuma (Moçambique) Dia 12, às 20h Maurício Tizumba e AfroReggae, com Stewart Sukuma Dia 13, às 20h Jards Macalé e AfroReggae, com Stewart Sukuma Dia 14, às 20h Arnaldo Antunes e AfroReggae, com Stewart Sukuma Nestas quatro noites de música (11 a 14), a banda AfroReggae, atua como anfitriã e recebe no palco do instituto personalidades da música brasileira – o samba fundido com o rap, hip hop e funk de Leandro de Sapucahy; o som afro-brasileiro mesclado com o congado de Maurício Tizumba; além de Jards Macalé, que em 35 anos de carreira já transitou com as suas músicas e composições pelo cinema, teatro, artes plásticas, televisão; e o performático Arnaldo Antunes, músico, poeta e artista visual, também conhecido por ser um dos fundadores e vocalista do grupo Titãs. Além dos brasileiros, o AfroReggae apresenta um convidado internacional: o cantor moçambicano Stewart Sukuma, que participa de todas as noites. Sukuma combina a música tradicional e contemporânea de Moçambique com uma instrumentação revolucionaria para criar um som enérgico e dançante, que pode ser chamado de Afro/Pop/Jazz. SEMANA 3 – Teatro De 17 a 21 de junho Sempre às 20h Abertura todas as noites com a performance África e Sertão: À Maneira de um Manifesto, da poeta pernambucana Micheliny Verunschk . Dias 17 e 18 Lirinha em Mercadorias & Futuro José Paes de Lira, o Lirinha, se apresenta como o vendedor de livros Lirovsky no frenético monólogo Mercadorias&Futuro, de sua autoria. O espetáculo, uma performance com texto, som, luz e improviso, é um projeto paralelo e experimental do músico dentro de outra linguagem e está em turnê pelo Brasil. Além de vender livros, Lirovsky é comerciante de registros poéticos, pesquisador, inventor de máquinas e capaz de prever o futuro. Ele ocupa o palco como se fosse uma feira antiga, daquelas onde se vendia poesia metrificada pendurada em cordões, a literatura de cordel. O artista recorre a estratégias da oralidade que caracterizam os mercados de rua e utiliza uma parafernália de máquinas inventadas por ele. Trata-se de um aparato de equipamentos que mantém ao alcance do corpo, e de onde dispara sons, imagens e luz, e ativa um arsenal de áudios pré-gravados convertidos em trilha sonora. 3 De 19 a 21 Lucrécia Paco em A Mulher Asfalto, de Alain-Kamal Martial com música de Cheny Wa Gune / MOÇAMBIQUE A moçambicana Lucrecia Paco, toma a cena de sexta-feira a domingo, 19 a 21 – com a peça A Mulher Asfalto. Com texto de Alain-Kamal Martial, e música de Cheny Wa Gune, seus conterrâneos, a peça faz parte de uma série de epílogos, criada por eles, que dá palavra aos excluídos. Neste caso, a prostituta rompe o silêncio, e se apropria da linguagem das ruas de Moçambique. “Fala de sua carne comercializada e vendida em situação de sobrevivência”, diz Lucrecia. Na definição da atriz, A Mulher Asfalto representa a palavra da prostituta denunciando os milhares de gritos que se escondem nas mulheres, sujeitas aos maus tratos inerentes a uma relação de domínio do homem. Lucrecia é também diretora e co-fundadora, em 1986, do grupo Mutumbela Gogo, o primeiro grupo profissional de teatro de Moçambique, com sede no Teatro Avenida, em Maputo, capital do país. Dois anos antes, estreou como atriz no filme Maputo Mulher. Ainda na década de 80 protagonizou ao lado de seu conterrâneo Gilberto Mendes, o primeiro longametragem completamente nacional, O Vento Sopra do Norte, dirigido por José Cardoso. Como cenógrafa adaptou e encenou os romances Niketche, de Paulina Chiziane, e O Último Vôo do Flamingo, de Mia Couto. Co-dirigiu O Vôo da Águia, com Davide Abílio e Pérol Jaime. Traduziu dirigiu e interpretou Mulher Asfalto, peça de teatro que agora será apresentada no Itaú Cultural. Participou nos festivais IBSEN Festival-Oslo, Suécia; Zurich Theater Festival, na Suíça, e também na França, Brasil, Áustria, Inglaterra. Atualmente, colabora com a Companhia Nacional de Canto e Dança fazendo a direção de atores e é diretora artística do Mutumbela Gogo. SEMANA 4 – Seminário Internacional (ciclo de debates) De 24 a 28 de junho Dia 24 17h – A Cultura das Ruas: Histórias, Aprendizados e Preconceitos Com Chinaider Pinheiro + Marina Magesi. Mediador: Edson Natale (BRASIL) Uma reflexão a respeito das vivências de duas pessoas nas ruas do Rio de Janeiro. Quais as histórias, os preconceitos e os aprendizados do cotidiano? 20h – A Tolerância das Diferenças, As Diferenças da Tolerância Com Pastor Dr. James Movel Wuye + Imam Dr. Muhammad Nurayn. Mediadora: Renata Bittencourt / NIGÉRIA Como o exercício da tolerância das diferenças e as diferenças da tolerância transformou dois ex inimigos e ex-combatentes em líderes e ativistas civis, que trabalham em conjunto, em busca da paz e da reconstrução da Nigéria 4 Dia 25 17h –Distorções, Informações e Realidades Com Diana Allan e Farhad Peikar. Mediadora: Adriana Carranca (SP) / LÍBANO e AFEGANISTÃO As visões , imagens e notícias das guerras, em dois países diferentes: Líbano e Afeganistão. As notícias das guerras são capazes de ocultar ou deturpar as informações a respeito da cultura e das tradições dos povos? 20h – Cultura e Resistência e as Arenas da Educação Com Adnan Nagnagie (The Freedom Theatre) e Tião Rocha. Mediadora: Renata Bittencourt / PALESTINA E BRASIL Um ator palestino, um dos responsáveis pelo The Freedom Theatre, que trabalha com teatro no Campo de Refugiados de Jenin, e um educador popular brasileiro apresentam e discutem a cultura, a resistência e nos mostram quais podem ser outras arenas para a educação e a produção cultural. Dia 26 17h – Duas Comunidades Brasileiras Com Joselito e Geronimo Barbosa. Mediador: Edson Natale / BRASIL Duas realidades e duas lideranças transformadoras em duas comunidades brasileiras: Alagados, em Salvador (BA) e Heliópolis, em São Paulo ( SP) 20h – Cultura e Ação Com Catherine Pappas + Daoud Hari. Mediadores: Adriana Carranca e Edson Natale SUDÃO e CANADÁ Iniciativas individuais ou ações organizadas em conjunto e articuladas com a sociedade civil: o importante é a ação. Dias 27 e 28 atividades com a comunidade do bairro de Paraísópolis Dia 27 15h – Sala Vermelha Apresentação do programa de Paraisópolis Escola do Povo, com Gilson Rodriguez 20h – Sala Itaú Cultural Apresentação musical de grupos da comunidade de Paraisópolis. Dia 28 (encerramento) 20h – Sala Itaú Cultural Apresentação musical de grupos da comunidade de Paraisópolis Contato: [email protected] | tel 11 8405-4664 5