Em nosso corpo humano existe uma enorme variedades de

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Em
nosso
corpo
humano
existe
uma
enorme
variedad
es
de
músculo
s,
dos
mais
variados
tamanho
s e formato, onde cada um tem a sua disposição
conforme o seu local de origem e de inserção.
Temos aproximadamente 212 músculos, sendo 112 na região frontal e 100 na região
dorsal. Cada músculo possui o seu nervo motor, o qual divide-se em muitos ramos
para poder controlar todas as células do músculo. Onde as divisões destes ramos
terminam
em
um
mecanismo
conhecido
como
placa
motora.
O sistema muscular é capaz de efetuar imensa variedade de movimento, onde toda
essas contrações musculares são controladas e coordenadas pelo cerebro.
Além disso não podemos esquecer de salientar da importância dos músculos na
postura e nas dores, pois sabemos que muitas lombalgia ou cervicalgia são provocadas
por encurtamento de músculos, sendo necessário com isso que os mesmos estejam
em
uma
posição
mínima
de
comprimento.
Um fato importante é com relação ao encurtamento dos músculo da cadeia posterior e
fraqueza dos músculos da cadeia anterior que pode provocar muitas vezes dores e
posicionamento inadequado do indivíduo, sendo com isso necessário termos um
equilibrio
com
relação
aos
músculos.
As patologias mais comuns desse desiquilibrio são: as lombalgias, cervicalgia, dores no
nervo ciático, pubeite, lateralização da patela, entorse de tornozelo, tendinites e outras
patologias.
BIBLIOGRAFIA
KENDALL, F.P. e CREARY, E.K. Força Muscular em Relação à Postura. In: Músculos, provas e funções, 4.
ed.,
SP.
Ed.
Manole,
1995.
KENDALL, F.P. e CREARY, E.K. Movimentos das Articulações. In: Músculos, provas e funções, 3. ed., SP.
Ed.
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1987.
KISNER, C., CAROLYN, L.A. A coluna. In: Exercícios Terapêuticos, 2a ed., SP, Ed. Manole. 1992.
KISNER, C., CAROLYN, L.A. O cotovelo e complexo do antebraço. In: Exercícios Terapêuticos, 2a ed., SP,
Ed.
Manole.
1992.
Os músculos são os órgãos ativos do movimento. São eles dotados da capacidade de
contrair-se e de relaxar-se, e, em conseqüência, transmitem os seus movimentos aos
ossos sobre os quais se inserem, os quais formam o sistema passivo do aparelho
locomotor. O movimento de todo o corpo humano ou de algumas das suas partes cabeça, pescoço, tronco, extremidades deve-se aos músculos. De músculos estão,
ainda, dotados os Órgãos que podem produzir certos movimentos (coração, estômago,
intestino,
bexiga
etc.).
A musculatura toda do corpo humano pode, portanto, dividir-se em duas categorias:
1) Os músculos esqueléticos, que se ligam ao esqueleto; estes músculos se inserem
sobre os ossos e sobre as cartilagens e contribuem, com a pele e o esqueleto, para
formar o invólucro exterior do corpo. Constituem aquilo que vulgarmente se chama a
"carne"
e
são
comandados
pela
vontade.
2) Os músculos viscerais, que entram na constituição dos órgãos profundos, ou
vísceras, para assegurar-lhes determinados movimentos. Estes músculos têm
estrutura
"lisa"
e
funcionam
independentemente
da
nossa
vontade.
Uma categoria à parte é constituída pelos músculos cutâneos, os quais se inserem na
pele, pelo menos por uma das suas, extremidades. No homem, esses músculos são
pouco desenvolvidos e são encontrados, na sua maior parte, na cabeça e no pescoço
(músculos mímicos), mas são desenvolvidíssimos nos animais.
As células musculares, chamadas fibras, têm a capacidade de mover-se. O movimento,
uma das propriedades mais surpreendentes da matéria vivente, não é patrimônio
exclusivo do músculo. No século XVII, observou-se através de um microscópio o
movimento de células espermáticas. Existe uma grande variedade de células capazes
de mover-se, como, por exemplo: os glóbulos brancos que viajam pelo sangue até os
tecidos onde vão atuar, o movimento dos cílios (pelos) na superfície de algumas
células como no Sistema Respiratório. Nestes casos, o movimento é função secundária
das
células.
Com o termo "músculo" nos referimos a um conjunto de células musculares
organizadas, unidas por tecido conectivo. Cada célula muscular se denomina fibra
muscular.
No
corpo
humano
há
três
tipos
de
músculos:
Estriado,
voluntário
ou
esquelético.
Liso,
involuntário.
Cardíaco.
Músculo
esquelético
estriado
ou
voluntário
As células do músculo esquelético são cilíndricas, filiformes. Uma fibra muscular
ordinária mede aproximadamente 2,5 cm de comprimento e sua largura é menor de
um décimo de milímetro. As fibras musculares se agrupam em feixes. Cada músculo se
compõe
de
muitos
feixes
de
fibras
musculares.
É avermelhado, de contração brusca, e seus movimentos dependem da vontade dos
indivíduos. Constitui o tecido mais abundante do organismo e representa de 40 a 45%
do
peso
corporal
total.
A carne que reveste os ossos é tecido muscular. Esses se encontram unidos aos ossos
do corpo e sua contração é que origina os movimentos das distintas partes do
esqueleto, e também participa em outras atividades como a eliminação da urina e das
fezes. A atividade do músculo esquelético está sob o controle do sistema nervoso
central e os movimentos que produz se relacionam principalmente com interações
entre
o
organismo
e
o
meio
externo.
Chama-se de estriado porque suas células aparecem estriadas ou raiadas ao
microscópio, igual ao músculo cardíaco. Cada fibra muscular se comporta como uma
unidade. Um músculo esquelético tem tantas unidades quanto fibras. Por isso se define
como multiunitário. O movimento é feito por contração da fibra muscular.
Músculo
liso
ou
involuntário
As células do músculo liso são sempre fusiformes e alargadas. Seu tamanho varia
muito, dependendo de sua origem. As células menores se encontram nas arteríolas e
as de maior tamanho no útero grávido. Suas fibras não apresentam estriações e por
isso são chamados de liso. Tendem a ser de cor pálida, sua contração é lenta e
sustentada, e não estão sujeitos à vontade da pessoa; de onde deriva seu nome de
involuntário.
Esse músculo reveste ou forma parte das paredes de órgãos ocos tais como a traquéia,
o estômago, o trato intestinal, a bexiga, o útero e os vasos sangüíneos.
Como um exemplo de sua função, podemos dizer que os músculos lisos comprimem o
conteúdo dessas cavidades, intervindo desta maneira em processos tais como a
regulação
da
pressão
arterial,
a
digestão
etc.
Além desses conjuntos organizados, também se encontram células de músculo liso no
músculo
eretor
do
pêlo, músculos intrínsecos do olho etc. A regulação de sua atividade é realizada pelo
sistema nervoso autônomo e hormônios circulantes. As fibras do músculo liso são
menores e mais delicadas do que as do músculo esquelético. Não se inserem no osso,
mas
atuam
como
paredes
de
órgãos
ocos.
Em volta dos tubos, em geral, há duas capas, uma interna circular e uma externa
longitudinal. A musculatura circular constringe o tubo; a longitudinal encurta o tubo e
tende a ampliar a luz. No tubo digestivo, o esforço conjunto da musculatura circular e
da longitudinal impulsiona o conteúdo do tubo produzindo ondas de constrição
chamadas
movimentos
peristálticos.
Há
dois
tipos
de
músculo
liso:
Multi-unitário: cada fibra se comporta como uma unidade independente,
comportamento semelhante ao músculo esquelético. Ex: músculo eretor do pêlo,
músculos intrínsecos do olho etc. Não se contraem espontaneamente. A estimulação
nervosa
autônoma
é
que
desencadeia
sua
contração.
Unitários simples: as células se comportam de modo semelhante ao músculo cardíaco,
como se fossem uma estrutura única. O impulso se transmite de célula a célula. Podese dizer que o músculo, em sua totalidade, funciona como uma unidade. Ex: músculo
intestinal,
do
útero,
ureter
etc.
Músculo
cardíaco
ou
miocárdio
Forma as paredes do coração, não está sujeito ao controle da vontade, tem aspecto
estriado.
Suas fibras se dispõem juntas para formar uma rede contínua e ramificada. Portanto, o
miocárdio
pode
contrair-se
em
massa.
O coração responde a um estímulo do tipo " tudo ou nada", daí que se classifique como
unitário simples. O músculo cardíaco se contrai ritmicamente 60 a 80 vezes por
minuto.
Unidade
motora
ou
unidade
funcional
Cada músculo tem um nervo motor (grupo de fibras nervosas) que entra nele.
Cada fibra nervosa se divide em ramas terminais, chegando cada rama a uma fibra
muscular.
Em conseqüência, a unidade motora esta formada por um só neurônio e o grupo de
células
musculares
que
este
inerva.
O músculo possui muitas unidades motoras. Responde de forma graduada dependendo
do
número
de
unidades
motoras
que
se
ativem.
Contração
muscular
A maquinaria contrátil da fibra muscular está formada por cadeias protéicas que se
deslizam para encurtar a fibra muscular. Entre elas há a miosina e a actina, que
constituem os filamentos grossos e finos, respectivamente. Quando um impulso chega
através
de
uma
fibra
nervosa,
o
músculo
se
contrai.
Quando uma fibra muscular se contrai, se encurta e alarga. Seu comprimento diminui
a 2/3 ou à metade. Deduz-se que a amplitude do movimento depende do comprimento
das fibras musculares. O período de recuperação do músculo esquelético é tão curto
que o músculo pode responder a um segundo estímulo quando ainda perdura a
contração correspondente ao primeiro. A superposição provoca um efeito de
esgotamento
superior
ao
normal.
Depois da contração, o músculo se recupera, consome oxigênio e elimina bióxido de
carbono e calor em proporção superior à registrada durante o repouso, determinando o
período
de
recuperação.
O fato de que consome oxigênio e libera bióxido de carbono sugere que a contração é
um processo de oxidação mas, aparentemente, não é essencial, já que o músculo pode
se contrair na ausência de oxigênio, como em períodos de ação violenta; mas, nesses
casos, se cansa mais rápido e podem aparecer cãibras.
Comentários de Francisco Paz de Menezes sobre as ilustrações: Miologia
1) A ilustração aponta para o musculo sartório chamando de tensor da fáscia lata.
2)
Sobre
o
'extensor
comum
dos
dedos
e
do
pulso':
sabe-se
que
o
extensor
dos
dedos
e
extensor
do
carpo
são dois musculos diferentes, apesar dos flexores dos dedos também auxiliarem na
flexão do carpo não podem ser mostrados como um musculço só.
3) O grupo muscular chamado de grande adutor são na realidade três
adutores
(longo,
curto
e
magno)
Colaboração [email protected]
Referências Bibliográficas: · Fisiologia Humana. Philippe Meyer. · Anatomia. Basmajian.
7ª Edição. · Tratados de Fisiologia Médica. Guyton - Hall. 9ª Edição. · Fisiologia
Humana.
Cingolani
Houssay.
Tomo
II.
Imagens e animações: · Mosby Dicionário de Medicina, Enfermeria e Ciências da
Saúde. 5ª Edição 2000. Espanha.
Existem três tipos principais de músculos: músculo esquelético (também chamado de
músculo voluntário, pois é ou pode ser conscientemente controlado); músculo liso
(também conhecido por músculo involuntário, pois não se encontra sob o controle
consciente); e o tecido muscular especializado do coração. Os seres humanos possuem
mais de 600 músculos esqueléticos, os quais diferem em forma e tamanho, conforme a
tarefa que cada um desempenha. Os músculos esqueléticos estão ligados direta ou
indiretamente (via tendões) aos ossos, e trabalham em pares antagônicos ( enquanto
um músculo do par se contrai, o outro, que causa o deslocamento oposto da
articulação, relaxa), de forma a produzir os mais diversos movimentos, como andar,
costurar, as diferentes expressões faciais, etc. Os músculos lisos revestem as paredes
de órgãos internos e executam ações como forçar a passagem do bolo alimentar pelos
intestinos, contrair o útero no parto e controlar o fluxo sanguíneo para os diversos
tecidos.
Músculos esqueléticos
Têm a cor vermelha devido a um pigmento muito semelhante àquele dos glóbulos
vermelhos, a hemoglobina muscular ou mioglobina. A forma deles é extremamente
variável; há músculos em fita ( músculos retos do abdome) em leque (grande
peitoral), em cúpula (diafragma), denteados (grande denteado). Todos os músculos se
podem reunir, não obstante, em dois grandes grupos: os músculos longos, os quais,
mesmo quando pequenos, desenvolveram-se em comprimento, e os músculos largos,
nos quais prevalece a largura sobre as outras dimensões. Os músculos longos se
acham principalmente nos membros, enquanto os largos prevalecem nas paredes do
abdome e do tórax. Os músculos longos têm a forma de fuso, com uma parte central
mais grossa chamada ventre, e duas extremidades mais delgadas; as extremidades se
continuam por um cordão branco nacarado: o tendão. Os tendões não são constituídos
por tecido muscular mas por tecido conjuntivo bastante resistente. São os tendões que
se inserem nos ossos.
Há músculos que têm mais de um tendão, embora
tendo um só ventre (diz-se então que o músculo é
monocaudado, bicaudado, etc.). Outros, ao
contrário, têm vários ventres, que, de um lado,
têm origem em tendões separados e parecem
músculos independentes, mas, do oposto, confluem
em um só; estes músculos tomam um nome que
indica o número dos seus ventres (bíceps do braço
e da coxa, tríceps do braço e da perna, quadríceps
da coxa). Há enfim, músculos que têm dois
ventres, um depois de outro, como se fossem dois
músculos
consecutivos
(músculo
digástrico).Observando-se a musculatura dos
membros, é fácil perceber que os músculos se
agrupam entre si para realizar uma determinada
função; distinguem-se assim grupos e ações
antagônicas. Por exemplo, o bíceps dobra o
antebraço sobre o braço, enquanto o tríceps,
situado da parte oposta, o distende. No antebraço
distinguem-se os músculos da face anterior, que
dobram os dedos, e os músculos da face posterior
que, ao contrário, os distendem. Certos músculos,
enfim, têm uma curiosa conformação circular: tais
são os esfíncteres, dos quais a contração assegura
o fechamento de certos orifícios (esfíncter anal,
esfíncter da uretra e da bexiga), e os músculos
orbiculares. A estes últimos pertencem o orbicular
da boca (que arredonda os lábios e os faz salientes
para fora, como no ato de assobiar e na pronúncia
da vogal U) e o orbicular das pálpebras (que
permite
fechar
os
olhos).
Os músculos largos não se podem inserir mediante
tendões, que são cordões redondos; inserem-se
por meio de lâminas ditas aponevroses, que têm
estrutura análoga aos tendões. Por vezes, os
músculos estão recobertos por faixas, delgadas
lâminas conjuntivas que se podem inserir sobre os ossos do mesmo modo que o
músculo, e mandar septos para o interior; para dividir as massas musculares ao longo
de tais septos caminham vasos e nervos. Os próprios tendões podem ser recobertos
por formações características: as bainhas fibrosas e as bainhas mucosas. As bainhas
fibrosas representam uma proteção do tendão, e, por vezes, inserindo-se nos ossos,
formam uma polia sobre a qual o tendão deslisa para mudar de direção. As bainhas
mucosas contêm um líquido que favorece o escorregamento do tendão. Estas
formações se acham, na verdade, nos pontos em que os tendões têm necessidade de
ser lubrificados e de ser o seu movimento facilitado, isto é, em geral, aí onde o tendão
está em contacto com o osso. A mesma finalidade têm as bolsas mucosas, que são
verdadeiras
almofadinhas
cheias
de
líquido.
Músculos
viscerais
São músculos presentes no interior das vísceras, e geralmente não se vêem a olho nu
(salvo o músculo cardíaco que é volumoso e mesmo constitui a parte fundamental do
coração). Para observá-los é necessário praticar a dissecação e adotar então o
microscópio. No intestino grosso, no entanto, pode-se ver a camada muscular externa
sob a forma de delgadas fitas longitudinais. Além disso (bexiga, piloro) formam os
esfíncteres. O do estômago é conhecido pelo nome de esfíncter pilórico. Há mesmo
dois tipos de músculos esfincterianos: os esfíncteres estriados, que estão sob a ação
da vontade (esfíncter estriado da uretra, esfíncter estriado do ânus) e os esfíncteres
lisos, que não estão sob a ação da vontade (esfíncter da bexiga, esfíncter Pilórico).
Tecido muscular e o sistema muscular
A contratilidade é altamente desenvolvida no tecido muscular. As células ou fibras musculares produzem
contrações que movem partes do corpo e os tecidos conjuntivos associados controlam as contrações e
conduzem fibras nervosas e capilares para as células musculares. Pelo fato de serem longas e estreitas quando
relaxadas, as células musculares são comumente chamadas de fibras musculares. O sistema muscular é
responsável pelo movimento. O músculo esquelético move os ossos, o músculo cardíaco bombeia o sangue do
coração e o músculo liso move substâncias através de vísceras ocas (como os intestinos) e vasos sanguíneos
(como
a
aorta).*
O
sistema
muscular
também
dá
forma
ao
corpo
e
produz
calor.
Tipos de músculos
Há três variedades de músculos: (1) o músculo esquelético (voluntário**) produz principalmente movimentos
no esqueleto; (2) o músculo cardíaco (involuntário) forma a maior parte da parede do coração; e (3) o músculo
liso (involuntário) constitui parte das paredes da maioria dos vasos e órgãos ocos (por exemplo, o estômago).
Músculo
esquelético
Este tipo é o que a maioria das pessoas chama de músculo
("carne").
Tais
músculos
são
comumente
denominados
esqueléticos porque a maioria deles está fixada, pelo menos por
uma extremidade, a alguma parte do esqueleto. Nós temos mais
de 600 músculos e eles constituem cerca de 40% de nosso peso
corporal.
Os músculos esqueléticos são frequentemente chamados
músculos voluntários porque podemos controlar voluntariamente
muitos deles - por exemplo, podemos fletir (dobrar) nossos
cotovelos à nossa vontade. Entretanto, muitas ações destes
músculos são automáticas, tais como as que ocorrem durante
reflexos de estiramento. Os músculos esqueléticos produzem
movimento por encurtamento, ou seja, eles puxam e nunca
empurram. Geralmente a tração de um músculo ocorre através de
uma articulação e aproxima os ossos articulados, isto é, reduz o
ângulo entre os ossos. A extremidade de um músculo esquelético
funde-se com a estrutura na qual ele exerce tração, por exemplo,
osso ou cartilagem . Em alguns casos o músculo se afila em um
longo tendão de fibras colágenas (isto ocorre com o tendão
calcâneo ou tendão de Aquiles), que se insere no calcâneo (osso
do calcanhar). Em certas regiões, os músculos são inseridos por
tendões em forma de lâmina chamados aponeuroses; estas são
expansões membranosas de músculo, como aquelas dos músculos
planos do abdome. A parte camosa de um músculo é chamada de
ventre
*A artéria aorta não é um bom exemplo por não ter músculo liso.
*0 músculo esquelético também atua em atos involuntários.
Inserções dos músculos esqueléticos
Um músculo esquelético tem pelo menos duas fixações. Alguns músculos, como os faciais, são presos à pele,
enquanto outros (como os da língua) são fixados às membranas mucosas. Uns poucos músculos fixam-se
àsfáscias (uma lâmina de tecido fibroso) e outros formam faixas circulares (por exemplo, o esfíncter externo do
ânus. Para efeito de informação, muitos músculos são comumente descritos como tendo uma origem e uma
inserção. Entretanto, alguns podem agir em ambas as direções sob circunstâncias diferentes. E portanto
melhor, na maioria dos casos, usar os termos inserção proximal e inserção distal, em vez de origem e inserção.
Os músculos esqueléticos frequentemente formam parte de um sistema de alavancas, onde a força exercida
por um músculo depende, em parte, do seu ângulo de tração. O ângulo ótimo de tração é um ângulo reto e, à
medida
que
seu
ângulo
de
tração
aumenta,
a
força
de
tração
diminui.
Arquitetura dos músculos esqueléticos
Em alguns músculos, a maioria das fibras corre paralela ao longo
eixo do músculo, e umas poucas correm por todo o seu
comprimento. Os músculos com suas fibras dispostas em
paralelo, ou quase, podem deslocar um peso por uma grande
distância. Em outros músculos, as fibras são oblíquas ao seu
longo eixo. Por causa de sua semelhança com as penas, são
chamados músculos penados (1. pennatus, pena). Eles são
conhecidos como: (1) músculos unipenados, quando as suas
fibras têm uma origem linear ou estreita, parecendo uma meia
pena; (2) músculos bipenados, quando suas fibras originam-se
de uma ampla superfície parecendo uma pena completa; (3)
músculos multipenados, quando septos se estendem dentro das
inserções dos músculos dividindo-as em várias porções
peniformes; (4) músculos circumpenados, quando as fibras
convergem para um tendão que se estende em sua substância.*
Em outros músculos, as fibras convergem de uma larga inserção
para um ápice fibroso. Este tipo de músculo é descrito como em
forma de leque ou triangular. Na contração, suas fibras
musculares carnosas encurtam-se de um terço à metade do seu
comprimento em repouso. Por isso, o músculo parece "inchar",
como é ilustrado pelo seu músculo braquial quando você flete o
antebraço.
* A terminologia de (1) e (2) é imprópria O melhor seria usar os
termos hemipenado para (1) e penado para (2)
Ações dos músculos esqueléticos
A unidade estrutural de um músculo é uma célula ou fibra muscular. A unidadefuncional, constituída de um
neurônio motor e as fibras musculares que ele controla, é chamada unidade motora. O número de fibras
musculares em uma unidade motora varia de uma a várias centenas, mas usualmente elas são cerca de 100. O
número de fibras varia de acordo com o tamanho e a função do músculo. Grandes unidades motoras, onde um
neurônio supre várias centenas de fibras musculares, são encontradas em grandes músculos do tronco e da
coxa, enquanto nos pequenos músculos do globo ocular e da mão, onde movimentos de precisão são
necessários,
as
unidades
motoras
contêm
apenas
umas
poucas
fibras
musculares.
Quando um impulso nervoso atinge o neurônio motor na medula espinal, outro impulso nervoso é iniciado, o
que faz todas as fibras musculares supridas por aquela unidade motora se contraírem simultaneamente. Os
movimentos resultam de um crescente número de unidades motoras sendo postas em ação, enquanto os
músculos antagonistas são relaxados. Durante a manutenção de uma dada posição ou postura, os músculos
envolvidos estão em um estado de contração reflexa. O tônus é o estado de excitabilidade do sistema nervoso
que controla ou influencia os músculos esqueléticos. A manutenção do tônus depende dos impulsos que
chegam ao encéfalo e à medula espinal, a partir das terminações sensitivas nos músculos, tendões e
articulações.
Durante os movimentos do corpo, os músculos principais são ativos. Estes músculos, chamados agonistas ou
motores primários (g. agon, luta), contraem-se ativamente para produzir o movimento desejado. Um músculo
que se opõe à ação de um agonista é chamado antagonista. * À medida que um agonista se contrai, o
antagonista progressivamente relaxa; esta coordenação produz um movimento suave. Os antagonistas também
são ativados no final de um movimento brusco para proteger as articulações de lesões (por exemplo, as
articulações
do
quadril,
do
joelho
e
do
tornozelo
durante
um
chute
no
futebol).
Quando um agonista cruza mais de uma articulação, certos músculos evitam o movimento da articulação
interposta. Estes tipos de músculos são chamados sinergistas (g. syn, junto, + ergon, trabalho). Assim, os
sinergistas complementam a ação dos agonistas. Outros músculos, chamados fixadores, firmam as partes
proximais de um membro (como o antebraço) enquanto os movimentos estão ocorrendo nas partes distais
(como a mão). O mesmo músculo pode agir como um agonista, antagonista, sinergista ou fixador sob
diferentes
condições.
Músculo cardíaco
O músculo cardíaco (músculo do coração) ou miocárdio forma a maior parte das paredes do coração. Embora
ele seja composto de fibras (células) estriadas, as contrações do músculo cardíaco não estão sob controle
voluntário. O ritmo cardíaco é regulado por um marcapasso composto de fibras musculares cardíacas especiais,
que
são
inervadas
pelo
sistema
nervoso
autônomo.
Músculo liso
O músculo liso forma a camada muscular nas paredes dos vasos sanguíneos e do tubo digestivo. Como o
músculo cardíaco, o músculo liso é inervado pelo sistema nervoso autônomo. Por isso ele é músculo
involuntário, podendo sofrer contração por longos períodos. Isto é importante na regulação do tamanho da luz
de estruturas tubulares (por exemplo, o intestino e vasos sanguíneos). Nas paredes do tubo digestivo, tubas
uterinas e ureteres, as células musculares lisas podem provocar ondas peristálticas ou contrações rítmicas. Este
processo, conhecido como peristalse, empurra os conteúdos ao longo das estruturas tubulares (como ocorre
com os alimentos no intestino).
O tônus é abolido pela anestesia. Conseqiientemente, articulações luxadas ou ossos fraturados são mais
facilmente reduzidos (colocados em suas posições normais) quando é administrado ao paciente um agente
anestésico, um composto que reversivelmente deprime a função neuronal. Em algumas doenças do sistema
nervoso, o tônus é aumentado (espasticidade) ou diminuído (flacidez).
Os músculos dependem de um rico suprimento sanguíneo, pelo oxigênio e os nutrientes, e dos nervos para
conduzir os impulsos e induzir a contração. Se um músculo é privado de sua inervação diz-se que ele está
desnervado e eventualmente vai sofrer atrofia (definhar) porque as fibras musculares diminuirão de tamanho.
Um músculo também pode aumentar ou hipertrofiar-se pelo uso constante (por exemplo, no levantamento de
peso). Nestes casos, as fibras musculares crescem, mas o seu número permanece o mesmo. Os músculos
esqueléticos têm limitados poderes de regeneração. Quando há uma extensa lesão muscular, o tecido muscular
é
eventualmente
substituído
por
tecido
cicatricial
fibroso.
As ações musculares podem ser testadas de várias maneiras. O teste muscular é geralmente realizado quando
há suspeita de lesões neurais. Existem dois métodos comuns para determinar o estado da função motora: (1) o
paciente realiza certos movimentos contra resistência produzida pelo examinador e (2) o examinador realiza
certos movimentos contra resistência produzida pelo paciente. Por exemplo, quando se testa a flexão do
antebraço, pede-se ao paciente para fleti-lo, enquanto o examinador resiste ao esforço. O outro método é
solicitar ao paciente para manter o antebraço fletido enquanto o examinador tenta estendê-lo. A última técnica
permite ao examinador avaliar a força do movimento.
A eletromiografla é outro método usado para testar a ação dos
músculos (Basmajian e DeLuca, 1985). Eletrodos são inseridos
no músculo e pede-se ao paciente para realizar determinados
movimentos. As diferenças de potencial elétrico de ação dos
músculos são amplificadas e gravadas. Um músculo normal, em
repouso, não mostra qualquer atividade. Usando esta técnica, é
possível analisar a atividade de um músculo individual durante
diferentes movimentos. A estimulação elétrica de músculos
também pode ser usada como parte do programa de tratamento
para recuperar a ação de músculos. O músculo cardíaco responde
ao aumento da demanda por aumento no tamanho de suas
fibras; isto é chamado de hipertrofia compensatória. Nenhuma
nova fibra muscular cardíaca é formada porque estas células são
incapazes de se dividir (por exemplo, sofrer mitose). Quando o
miocárdio (músculo do coração) é lesado (por exemplo, durante
um ataque cardíaco) forma-se tecido fibroso cicatricial. Quando
o tecido miocárdico fica necrótico (isto é, morre), a lesão é
chàmada
de
infarto
do
miocárdio
(IM).
Da mesma forma que os músculos esquelético e cardíaco, as
células do músculo liso sofrem hipertrofia compensatória em
resposta a aumento da demanda. Durante a gravidez, as células
musculares lisas na parede do útero não apenas aumentam em
tamanho ( hipertrofia ), como também aumentam em número (
hiperplasia). Em conseqiiência, o músculo liso tem uma notável capacidade de regeneração.
Estrutura dos músculos
Fibra de músculo esquelético
Os músculos esqueléticos estão
revestidos por uma lâmina delgada
de tecido conjuntivo, o perimísio, que
manda septos para o interior do
músculo, septos dos quais se
derivam
divisões
sempre
mais
delgadas. O músculo fica assim
dividido
em
feixes
(primários,
secundários,
terciários).
O
revestimento dos feixes menores
(primários),
chamado
endomísio,
manda para o interior do músculo
membranas
delgadíssimas
que
envolvem cada uma das fibras
musculares.
A fibra muscular é uma célula
cilíndrica ou prismática, longa, de 3 a
12 centímetros; o seu diâmetro é
infinitamente menor, variando de 20
a 100 mícrons (milésimos de
milímetro). A fibra muscular tem o
aspecto de um filamento fusiforme.
No seu interior notam-se muitos
núcleos (quando geralmente a célula
tem um só núcleo) de modo que se
tem a idéia de ser a fibra constituída por várias células que perderam os seus limites,
fundindo-se umas com as outras. O citoplasma da fibra (isto é, toda a restante parte
da fibra, com exclusão do núcleo) aparece estriado transversalmente de faixas
alternadamente claras e escuras. Essa estrutura existe somente nas fibras que
constituem os músculos esqueléticos, os quais são por isso chamados músculos
estriados.
A estriação não existe, ao contrário,
nos músculos viscerais, que se
chamam, portanto, músculos lisos. Ao
longo dos septos que dividem os
feixes
de
fibras,
ramificam-se
arteríolas e vênulas, enquanto ao
longo da membranazinha que envolve
cada uma das fibras se expandem os
capilares que formam uma rede de
malhas retangulares. Ao longo dos
mesmos
septos
caminham
ramificações nervosas motoras e
sensitivas que penetram depois nas
fibras; os filamentos motores trazem
à fibra o estímulo para que esta se
contraia; os filamentos sensitivos, ao
contrário, recolhem informações sobre
o estado do músculo, sobre o seu
grau de contração, e as transmitem
ao cérebro. Os músculos esqueléticos,
em
suma,
são
órgãos
muito
vascularizados
e
muito
inervados.
Os músculos viscerais são também constituídos de fibras fusiformes, mas muito mais
curtas do que as fibras musculares esqueléticas: têm, na verdade, um tamanho que
varia de 30 a 450 mícrons. Têm, além disso, um só núcleo e são privadas de estrias.
Estes músculos se chamam, portanto, fibras lisas e não são comandados pela vontade.
As fibras lisas recebem, também, vasos e nervos motores provenientes do sistema
simpático.
.
Como funcionam os músculos
Para que um músculo, esquelético ou visceral, se
ponha em ação, isto é, se contraia, deve ser
excitado. Experimentalmente o músculo responde a
diversos
tipos
de
excitação:
-excitações mecânicas, como são as determinadas
por uma pancada, uma picada, um esmagamento
etc.;
-excitaçoes térmicas, como o aumento de
temperatura;
-excitações elétricas; este tipo de excitação é o ideal
porque o experimentador pode fazer variar a
intensidade e o grau de excitabilidade do próprio
músculo.
No ser vivo, a excitação chega ao músculo através
dos
nervos
motores.
O músculo excitado responde ao estímulo
contraindo-se.
A
contratibilidade
é
a
característica
essencial
do
músculo. O músculo excitado
se
deforma,
se
encolhe,
aumenta de espessura, mas o
seu volume total não muda.
Diversa é a contração nos
músculos
estriados
e
nos
músculos lisos. Os primeiros se
contraem
muito
mais
rapidamente
do
que
os
segundos. Uma vez contraído,
o músculo se afrouxa, voltando
à sua forma primitiva. O
músculo é, portanto, dotado de
elasticidade. Isto se pode
constatar
distendendo
um
músculo
pelas
suas
extremidades: observa-se que
o músculo retorna ao seu
primitivo comprimento uma vez
cessada a tração, com a
condição de que esta não tenha
sido muito forte ou muito
violenta.
A elasticidade do músculo é
indispensável. O músculo deve,
na verdade, voltar à sua forma
primitiva para poder contrair-se
de novo. Além disso, nos
músculos
considerados
antagônicos,
isto
é,
que
desempenham funções opostas,
têm
lugar,
contemporaneamente,
dois
fenômenos contrários: quando
um deles se contrai o outro se
afrouxa.
Assim, quando dobramos o
antebraço sobre o braço, temos
a contração do bíceps e, ao
mesmo tempo, o afrouxamento
do
tríceps,
o
músculo
antagônico.
Contraindo-se, os músculos
esqueléticos agem sobre os
ossos,
que
constituem
verdadeiras
"alavancas".
Quando levantamos um peso
com a mão, dobrando o
cotovelo, o antebraço constitui
a alavanca, a articulação do
cotovelo é o ponto de apoio, a
força desenvolvida pelos bíceps
constitui a força motora e o
peso a resistência. Os músculos
realizam sempre um "trabalho".
Em
física,
define-se
o
"trabalho" como o produto de
uma força pelo deslocamento do ponto de aplicação dessa força. Mas os músculos
realizam um trabalho mesmo sem deslocamento das alavancas ósseas. Para manter na
respectiva posição a cabeça, o tronco e os membros, é necessária uma harmônica
contração de diversos grupos musculares. A manutenção da posição ereta é, sob este
ponto de vista, qualquer coisa de maravilhoso, porque a base da figura constituída pelo
corpo humano é muito pequena e o centro de gravidade está situado muito no alto. O
corpo tende a cair ora para diante e ora para trás, tanto para a direita como para a
esquerda; apesar da nossa aparente imobilidade, somos constrangidos, para evitar a
queda, a contrair, de momento a momento e no tempo oportuno, diversos grupos
musculares. Que tudo impõe trabalho muscular fica demonstrado pelo fato que basta
perder, mesmo por um único instante, a consciência, para cair no chão.
O trabalho necessário para manter o equilíbrio se chama "trabalho estático" e é
comparado ao trabalho fornecido pelo músculo para manter um peso a uma
determinada
altura.
Mesmo os músculos viscerais realizam um trabalho. Calculou-se que o
trabalho fornecido cada dia pelo coração é equivalente ao de uma máquina
que
levantasse
27.200
quilos à altura de um metro.
É fácil deduzir daí qual
possa
ser
o
trabalho
produzido pelo estômago e
pelo intestino que devem
fazer caminhar o alimento
neles contido e obrigá-lo a
caminhar
para
a
extremidade terminal do
tubo
digestivo.
O trabalho de um músculo
depende
da
força
que
desenvolve e, portanto, do seu
volume, que, por sua vez, está
em relação com o número de
fibras
que
o
forma.
Enquanto desenvolve o seu
trabalho, o "músculo produz
calor. Fazendo ginástica, como
todos podem constatar, há
aquecimento
do
corpo.
A
temperatura de um ciclista,
durante uma corrida, pode
elevar-se até 39-40°C. Em
estado
de
atividade,
os
músculos produzem 60% do
calor do nosso corpo. Por esse
motivo, com o fim de combater
o
frio,
aconselha-se
o
movimento. Um meio para
evitar o congelamento durante
os descansos forçados dos
alpinistas é justamente o de
fazer movlmentos energlcos.
Naturalmente,
para
que
funcione, o músculo tem
necessidade de ser nutrido.
As substâncias nutritivas
que o músculo consome são
essencialmente os açúcares
e as graxas. Os músculos
podem, no entanto, utilizarse da própria substância de
que são formados, isto é,
das proteínas. Os músculos
consomem muito oxígênio e é
por isso que são ricamente
vascularizados. Os alimentos
consumidos pelos músculos
produzem
energia;
uma
parte
desta
energia
é
transformada em energia
mecânica, e outra em calor.
Os produtos de rejeição do
músculo
são
anidrido
carbônico e ácido lático. O
ácido lático forma-se em
grande
quantidade
no
decurso de exercícios físicos
muito intensos e de longa duração. Ele se acumula no interior do músculo e
provoca a coagulação da matéria de que é constituído, resultando daí uma
diminuição da elasticidade e seu enrijecimento. O ácido lático é ainda
responsável pela fadiga muscular. Durante o repouso, o músculo, recebendo uma
quantidade suficiente de oxigênio, queima pouco a pouco o ácido lático e volta às
primitivas condições.
Os principais músculos do corpo
Na enumeração dos principais músculos do corpo limitar-nos-emos aos músculos esqueléticos, isto é, aqueles
que permitem os movimentos da cabeça, do tronco e dos membros. Deixamos de lado os nossos músculos
viscerais que pertencem intrinsecamente aos órgãos e nao têm, quase nunca, um nome seu próprio.
O número de músculos esqueléticos não se pode estabelecer com exatidão porque em algumas regiões os
corpos musculares não se podem delimitar de modo preciso. O número médio gira em torno de 327 músculos
pares (isto é, duplos, porque existem de um lado e de outro do nosso corpo); apenas 2 são, pelo contrário,
ímpares,
isto
é,
únicos.
MÚSCULOS DA CABEÇA - Os músculos da cabeça podem-se classificar em esqueléticos e cutâneos.
.
Músculos cutâneos - No pescoço há um único músculo cutâneo, mas na cabeça, e mais particularmente no
rosto, os músculos cutâneos são numerosos e servem para compor os vários aspectos da fisionomia (músculos
mímicos). Na cabeça existe um largo músculo cutâneo, o músculo epicrânico, que recobre toda a abóbada do
crânio, abaixo da pele. Nele distinguem-se três partes: uma anterior, o músculo frontal; uma média, que não
tem estrutura muscular mas tendinosa, a aponevrose epicrânica; uma posterior, o músculo occipital. O músculo
frontal é também chamado o músculo da atenção porque, contraindo- se, enruga a testa. O músculo occipital
também termina na aponevrose, mas parte, posteriormente, do osso occipital. No homem, o músculo occipital
é
pouco
desenvolvido,
e
nas
contrações
puxa
para
trás
o
couro
cabeludo.
Dos lados da orelha existem três músculos cutâneos chamados músculos auriculares (anterior, posterior e
superior) pouco desenvolvidos porque, como se sabe, a orelha não é dotada de movimento. Esses poucos e
limitados movimentos que a orelha pode realizar são devidos aos músculos auriculares.
Na testa existe um outro músculo cutâneo, o músculo superciliar, chamado
também músculo da agressão, porque, contraindo-se, determina a formação
de rugas transversais da pele da testa (entre os dois supercílios e em cima do
nariz), contribuindo para dar ao rosto uma expressão ameaçadora. Os outros
músculos cutâneos se dispõem, na face, em torno da abertura da boca, do
nariz e das órbitas. São muito desenvolvidos do lado funcional e a sua
contração, isolada ou associada, dá ao rosto a expressão dos sentimentos. A
volta da órbita há o músculo orbicular dos olhos, dito também orbicular das
pálpebras. Está disposto em anel à volta do olho e, com as suas contrações,
determina o fechamento das pálpebras e intervém na distribuição das
lágrimas.
Na maçã do rosto existe o músculo zigomático, dito também músculo do riso,
porque, agindo sobre os lábios, determina o alongamento da abertura bucal e
a sua curvatura com concavidade voltada para cima (puxa para cima os
ângulos da boca) na típica figura do riso. O lábio superior é levantado
principalmente pelo músculo quadrado do lábio superior, que dá ao rosto uma
expressão de desgosto: na verdade, ele deixa imóveis os ângulos da boca
enquanto dilata as narinas como na ação de cheirar. Nos ângulos da boca se
insere o músculo incisivo do lábio inferior que os puxa para dentro e para diante, como no muxoxo, no ato de
chupar
e
de
beijar.
Na mandíbula se inserem dois músculos cutâneos: o quadrado do lábio inferior e o triangular. O primeiro puxa
para baixo e para fora o lábio inferior, dando à boca uma expressão de desgosto. O segundo atua mais
diretamente sobre os ângulos da boca, puxando-os para baixo e lateralmente. Também este imprime ao rosto
uma
impressão
de
desgosto
ou
de
riso
forçado.
A boca está contornada por um músculo em anel, o orbicular da boca, dito também orbicular dos lábios, que
fecha
os
lábios.
Na bochecha encontra-se o músculo bucinador que se estende da região entre a arcada zigomática e o nariz,
até o maxilar inferior. Agindo juntos, os dois bucinadores puxam para trás os ângulos da boca, alongando a
abertura
bucal
e
aproximando
os
lábios.
Os bucinadores se contraem quando "sopramos", como no assobiar, no apagar uma vela, no tocar um
instrumento de sopro, isto é, todas as vezes que se expele o ar que enche a boca e estufa as bochechas.
Todos os músculos da cabeça que temos até agora mencionado pertencem ao grupo dos músculos cutâneos,
não só por , suas caracterlstlcas anatomlcas mas também pela inervação, que é comum a todos e diversa
daquela
do
músculos
esqueléticos.
Os músculos cutâneos da cabeça ou músculos mímicos são, na verdade, inervados pelo nervo facial, enquanto
os
esqueléticos
são
inervados
pelo
nervo
trigêmio.
Músculos esqueléticos - São chamados músculos mastigadores porque determmam os movimentos do
maxilar inferior. O maxilar inferior realiza três tipos de movimento: se levanta, abaixa e se volta lateralmente.
Os que fazem o maxiliar executar movimentos são quatro: o músculo temporal, o músculo masseter, e os dois
músculos
pterigóideos
(interno
e
externo).
O músculo temporal e o masseter são externos, apenas sob a pele. O temporal parte da têmpora e o masseter
da arcada zigomática. Ambos elevam o maxilar inferior. Os músculos pterigóideos são profundos. Se os dois
músculos externos se contraem, ao mesmo tempo, o maxilar inferior é projetado para a frente, enquanto será
levado para um lado pela contração de um só músculo. O pterigóideo interno eleva o maxilar inferior.
Como se vê, os músculos "mastigadores" têm somente a função de elevar o maxilar inferior e de avançá-lo
para a frente ou para os lados.
PESCOÇO
Músculos do pescoço
No pescoço existe um único músculo cutâneo, o
cuticular, que tem a forma de uma lâmina quadrilátera
muito larga que cobre toda a região lateral do pescoço. A
sua ação é de puxar para baixo e para o lado os ângulos
da boca (tem, portanto, importância também na
mímica); quando se contrai fortemente levanta a pele do
pescoço em rugas transversais e puxa para cima a pele
do
peito.
Todos os outros músculos do pescoço são esqueléticos
e
se
classificam
em
anteriores
(chamados
supraióideos e subióideos, conforme se acham acima
ou abaixo do osso hióide), posteriores e laterais. Um
músculo destaca-se dos demais e é o mais
importante:
o
esternoclidomastóideo.
Músculo
esternoclidomastóideo
É assim chamado pelas suas inserções: na verdade, se liga, por uma parte, ao esterno e à clavícula, e, por
outra, à apófise mastóide do osso temporal. Percorre, portanto, todo o pescoço lateralmente. É o músculo que
faz voltar a cabeça de lado: neste caso, o músculo do lado oposto faz saliência de modo bem visível,
principalmente nos indivíduos magros. Quando os dois esternoclidomastóideos se contraem ao mesmo tempo,
se a cabeça está distendida, fazem-na ficar mais distendida ainda; se, ao contrário, a cabeça está flexionada,
fazem-na flexionar mais. Desde que o ponto de inserção na cabeça (mastóide) se torne fixo, os músculos
esternoclidomastóideos
fazem
levantar
o
tórax.
Músculos
supraióideos
Aproximam o osso hióide do maxilar in- ferior e da base do crânio. São quatro: o miloióideo, o estiloióideo, o
gênioióideo e o digástrico. Têm a função de abaixar o maxilar inferior ou então de levantar o osso hióide, como
acontece
na
deglutição.
Os músculos da coluna dorsal são destinados principalmente a endireitar o tronco quando está flexionado. Eles
asseguram também o equilíbrio e a estática do corpo, quando o indivíduo carrega um peso.
Músculos
subióideos
Estendem-se do osso hióide à caixa torácica e servem para abaixar a laringe. São quatro: o esternoióideo, o
omoióideo, o esternoiróideo e o tiroióideo.
Músculos
posteriores
e
laterais
Os músculos hióideos estão situados na parte anterior do pescoço. Posteriormente há os músculos prévertebrais, que estão adiante da coluna vertebral; e, lateralmente, os músculos escalenos, que se inserem
sobre vértebras e sobre costelas, determinando a expansão da caixa torácica: são músculos que permitem a
inspiração, isto é, a entrada de ar nos pulmões, e são, assim, chamados músculos inspiradores.
.
.
MÚSCULOS DO DORSO
Os músculos da região
dorsal
podem
ser
classificados
em
dois
grupos,
um
superficial
outro
profundo.
Os músculos superficiais
são músculos muito largos
que, com a sua própria
superfície,
recobrem
os
músculos
subjacentes.
Inserem-se de uma parte
nas vértebras e de outra
parte
nos
membros.
Nos músculos da camada
profunda, contrariamente,
achamos
músculos
encarregados
do
movimento das costelas e
da coluna vertebral, que
são
chamados,
respectivamente,
espinocostais e espino-dorsais.
Músculos
superficiais
Em
cima
achamos
o
músculo trapézio, que tem
a forma de um triângulo muito grande, e se insere, de um lado, nas vértebras cervicais
e no osso occipital, e, de outro, na omoplata. Quando os trapézios se contraem
juntamente, dos dois lados, levam a cabeça para trás, isto é, a estendem.
Para mover a espádua para cima, para dentro e para trás, devemos contrair um único
músculo trapézio, de um só lado. Um outro músculo superficial é o grande músculo
dorsal. E também esse triangular e está situado inferiormente ao trapézio. Toma, na
verdade, inserção nas vértebras torácicas e lombares por meio de uma vasta
aponevrose. Do lado oposto se insere no úmero. Contraindo-se, leva o braço para
dentro e para trás. Os músculos denteados posteriores (superior e inferior) vão das
vértebras às costelas. O músculo superior abaixa as últimas costelas; o inferior levanta
as
primeiras
costelas.
Músculos
espino-costais
Inserem-se também estes na espinha dor. sal e nas costelas, participando dos
movimentos
respiratórios.
Músculos
espino-dorsais
São músculos muito complexos que, no seu conjunto, servem para estender a coluna
vertebral
e
mantê.la
direita
na
posição
ereta.
.
MÚSCULOS DO TÓRAX
Os músculos do tórax se podem
classificar em duas categorias: os
músculos tóraco-apendiculares, que
ligam o tórax ao membro superior, e
os músculos intrínsecos do tórax) que
vão da coluna vertebral às costelas. O
diafragma é um músculo à parte.
Músculos tóraco-apendiculares
São os músculos do peito, entre os
quais se distinguem o grande peitoral
que recobre todos os outros, estendendo-se do esterno e da clavícula
ao úmero. Tem a função de levar o braço para dentro. Em condições
particulares, por exemplo, quando o tronco está suspenso pelos
braços, contribui para levantar o tronco. É o peitoral que se contrai
quando um ginasta se levanta "pela força do braço". Oculto pelo
grande peitoral está o pequeno peitoral que levanta as costelas; é um
músculo inspirador como o músculo denteado anterior que se insere,
também ele, nas costelas.
Músculos intrínsecos do tórax
São os músculos intercostais que ligam uma costela a outra. Vão da
margem inferior de uma costela à margem superior da costela
subjacente. A sua ação é discutida. Contribuem para fechar a caixa
torácica e protegê-la, mas não é claro se intervêm nos movimentos
respiratórios. Temos depois os músculos subcostais, os elevadores
das costelas e o transverso do torax: servem para a respiraçao.
DIAFRAGMA
É um músculo ímpar que se encontra
acima da cavidade abdominal, que ele
separa da cavidade torácica. É sobre as
costelas, as vértebras lombares e o
esterno que ele se insere. Dessas regiões
os feixes musculares se irradiam para
cima e para a parte mediana, confluindo
para um centro tendinoso. O diafragma é
inervado pelo nervo frênico. Ao contrairse, a sua curvatura diminui, isto é, o
músculo tende a achatar-se, a capacidade
do tórax aumenta e os pulmões se
enchem passivamente de ar. Ao mesmo
tempo, o diafragma, achatando-se,
comprime a cavidade abdominal. Quando essa contração é enérgica
e atuam juntamente os músculos do abdome, temos uma ação de
pressão sobre os órgãos abdominais, útil para esvaziar o intestino, e,
na mulher, para o parto.
MÚSCULOS DO ABDOME
Distinguem-se os músculos ventrais e
os músculos dorsais.
Músculos ventrais
São representados pelo reto do
abdome, pelos oblíquos (esterno e
interno) e pelo transverso, os quais,
no seu conjunto, formam a parede
abdominal.
O reto é um músculo em fita que desce do esterno ao púbis e que
tem a função de dobrar o tórax. para a frente; tomando ponto fixo no
abdome, ao contrário, levanta a bacia. Os músculos oblíquos, que
são largas lâminas musculares e que se inserem nas costelas e no
osso ilíaco, abaixam as costelas (e comprimem, portanto, o tórax:
músculos expiratórios), ou então levantam a bacia. O músculo
transverso comprime a cavidade abdominal (é importante na
defecação, no vômito, no parto) e age, também, como músculo
expirador.
Músculos dorsais
São representados pelo músculo quadrado dos lombos, de forma
quadrilátera, que fecha o abdome posteriormente e tem a função de
inclinar a coluna vertebral lateralmente, e pelos músculos caudais,
que estão situados sobre o osso sacro e sobre o cóccix e que têm
uma função protetora.
.
Membro superior. Músculos da espádua
O músculo mais característico da espádua é o
deltóide, de forma triangular, que comunica à
espádua, no começo do braço, a sua forma
arredondada. Insere-se, de um lado, na clavícula, e,
do outro, no colo cirúrgico do úmero. Afasta o braço
do tronco lateralmente. A sua ação não se estende,
porém, além de 90 graus. A escápula dá inserção
ainda a outros cinco músculos que vão ter, todos, ao
úmero
(músculo
supra-espinhal,
subespinhal,
grande e pequeno redondo) e têm por função
afastar o braço lateralmente e para trás ou de levantar a espádua.
Músculos do braço
Distinguem-se os músculos anteriores e os
posteriores,
que
têm
função
contrária.
O maior e mais superficial dos músculos anteriores é
o bíceps, porque tem duas cabeças que se inserem
na escápula. As duas cabeças se reúnem em um
grande ventre que termina por um forte tendão na
extremidade proximal do rádio. A sua função é
dobrar o antebraço sobre o braço; quando se contrai
forma uma proeminência característica. Durante a
flexão do antebraço, o seu tendão faz saliência na
prega do cotovelo. Menores e mais profundos, o
músculo córaco-braquial, que vai, também ele, da
escápula ao úmero e leva o braço para diante, para
cima e para dentro, e o músculo braquial, que vai
do úmero ao ulna, e dobra, também, o antebraço.
Dos músculos posteriores o maior é o tríceps, que nasce por três cabeças: na escápula, na metade superior do
úmero e na metade inferior do úmero. As três cabeças se reúnem em um grande ventre que constitui,
praticamente, toda a porção posterior do braço, e vai inserir-se, por um tendão, no olécrano do ulna. Sua ação
é
oposta
à
do
bíceps:
isto
é,
estende
o
antebraço.
Músculos do antebraço
Podem-se distinguir três grupos colocados em três
lojas distintas: um grupo anterior, um grupo lateral
e
um
grupo
posterior.
Os músculos anteriores são essencialmente flexores
da mão (flexor radial e flexor cubital) e dos dedos
(flexor superficial dos dedos e flexor profundo dos
dedos, longo flexor do polegar). Os músculos
laterais são o músculo bráquio-radial (que dobra o
antebraço) e os extensores radiais do carpo (longo e
curto),
que
estendem
a
mão.
Os músculos posteriores estendem a mão (extensor
cubital do carpo) e os dedos (extensor comum dos
dedos, extensor próprio do mínimo, curto e longo
extensor do polegar, extensor do indicador). Um
leva o polegar para fora (longo abdutor do polegar),
um outro faz rodar o braço sobre o próprio eixo
(supinador), fazendo realizar à mão o movimento
característico pelo qual a palma, que voltada para
baixo, rode, voltando-se para cima.
Músculos da mão
São desenvolvidos particularmente do lado palmar e, entre os outros, têm maior evidência aqueles do polegar e
do mínimo. Estes dois grupos de músculos formam duas saliências que se chamam eminência tenar (do lado do
polegar) e eminência hiPotenar (do lado do mínimo). Distinguimos assim os músculos da eminência tenar,
aqueles da eminência hipotenar e Os músculos da palma.
Aos músculos da eminência tenar cabem os movimentos do polegar: o curto abdutor leva o polegar para fora,
enquanto o oponente permite opor-se o polegar ao mínimo; o curto abdutor concorre com o já citado longo
abdutor (que pertence aos músculos do antebraço). O adutor do polegar leva, contrariamente, o polegar para
dentro; enfim O curto flexor concorre com o longo flexor (do antebraço) para dobrar o polegar. Os músculos da
eminência hipotenar têm a função de dobrar o mínimo (curto flexor do mínimo), de levá-lo para fora (abdutor)
e de opô-lo ao polegar (oponente do mínimo).
Os músculos da palma, enfim, são constituídos pelos lumbricais e pelos interósseos. Os músculos lumbricais
são pequenos músculos que dobram a primeira falange dos últimos quatro dedos (isto é, excluindo o polegar)
sobre a palma, enquanto, contrariamente, estendem a segunda e a terceira falange. Os músculos interósseos
ocupam
os
espaços
entre
um
osso e outro do metacarpo e têm a função de aproximar e de afastar os dedos do eixo da mão (isto é, servem
para abrir os dedos em leque e para reuni-los).
Membro inferior. Músculos do quadril
Têm eles origem nos ossos da bacia e da coluna vertebral e vão
inserir-se no fêmur. Dividem-se em músculos da fossa ilíaca e
músculos da região glútea. Entre os primeiros deve ser citado o
músculo psoas-ilíaco, que nasce, por duas inserções distintas, da
fossa ilíaca e da coluna lombar; termina no fêmur, e, conforme
tenha fixa uma ou outra das inserções, dobra a coxa sobre a bacia
ou então inclina para diante o tronco; concorre também para rodar
para fora a coxa. Os músculos da região glútea são representados
pelos músculos glúteos (grande, médio e pequeno glúteo),
dispostos em três camadas sobrepostas: têm a função de estender
a coxa (entram em ação quando alguém passa da posição sentada
para a posição em pé) e de levá-la para fora. Sempre na região
glútea há outros músculos menores, como o Piriforme, o obturador
interno e o quadrado do fêmur, que têm a função de rodar a coxa.
Músculos da coxa
Dividem-se em anteriores, mediais e posteriores. Entre os
anteriores os mais importantes são o costureiro e o quadríceps. O
costureiro parte da espinha ilíaca ântero-superior, percorre toda a
coxa obliquamente e tem multa importância na marcha. O
quadríceps femoral é um grande músculo constituído de quatro
ventres, que, embaixo, confluem para um tendão único, o qual se
insere na tíbia. Na espessura do tendão, pouco antes deste se
inserir na tíbia, está incluída a patela (rótula). A função do
quadríceps é a de estender a perna; entra em ação quando, depois
de ter dobrado o joelho, é posta a perna em linha com a coxa.
Os músculos mediais, isto é, os situados na parte interna da coxa,
têm a finalidade de reconduzir a coxa para a linha mediana, depois
que a própria coxa foi levada para fora: isto é, são adutores. Estão
dispostos, em quatro planos e compreendem quatro músculos
adutores propriamente ditos além do delgado, do pectíneo e do
obturador.
Os músculos posteriores da coxa têm a função de dobrar a perna
sobre a coxa e de estender a coxa sobre a bacia, em outros termos,
fazem dobrar o joelho e levam a perna atrás da coxa. São
constituídos pelo músculo bíceps femoral e pelos músculos
semitendinoso
e
semimembranoso.
Músculos da perna
Também os músculos da perna estão distribuídos por três grupos:
anteriores, laterais e posteriores. Os anteriores partem da tíbia e
terminam no pé. Têm a função de estender o pé, no seu todo, ou
os dedos (isto é, fazem dobrar o pé ou os dedos para cima). O
músculo tibial anterior move o pé; aos dedos chegam,
contrariamente, o longo extensor dos dedos e do maior. Os
músculos laterais são representados pelos dois 'peroneanos', longo e curto, que dão ao pé o movimento de abdução, isto, levam-no
para fora. Os músculos posteriores têm função contrária à dos
anteriores, isto é, dobram o pé e os dedos (dobram para baixo). O
maior dos músculos posteriores é o triceps sural, constituído por três ventres.
Dois deles formam os gastrocnemianos ou gêmeos, os quais constituem a barriga da perna
(observando-se atentamente, notar-se-á como a barriga da perna é constituída por duas
globulosidades distintas); o terceiro é o músculo solear, situado mais profundamente. O
músculo tríceps sural tem um único grande tendão que se insere no calcâneo: é o tendão
de Aquiles. A função do tríceps é a de estender o pé (como acontece quando alguém se põe
na ponta dos pés). Os outros músculos posteriores são os flexores dos dedos todos
inclusive do maior; o tibial posterior não só estende mas leva para fora e roda para dentro
o
pé;
o
poplíteo,
que
dobra
a
perna,
e
roda-a
para
dentro.
.
Músculos do pé
No dorso do pé há um único músculo, o curto extensor dos dedos, que dobra os dedos para cima, Na planta, há
numerosos músculos: um grupo lateral faz mover o pequeno dedo (leva-o para baixo e para fora); um grupo
medial atua sobre o dedo maior e o faz mover para fora e para baixo; enfim, o terceiro grupo de músculos
medianos, que ocupam a região central da: planta do pé, serve para o movimento comum de todos os dedos.
Indiquemos
de
modo
breve
os
seus
nomes:
Músculos mediais: abdutor do dedo maior - curto flexor do dedo maior - adutor do dedo maior.
Músculos laterais: abdutor do 5º dedo - curto flexor do 5º dedo - oponente do 5º dedo.
Músculos medianos: curto flexor dos dedos - quadrado da Planta - músculos lumbricais - músculos interósseos
plantares - músculos interósseos dorsais.
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