UNIVERSIDADE GAMA FILHO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA MESTRADO CRITÉRIOS DE SELEÇÃO EDITAL DO CONCURSO AO MESTRADO EM FILOSOFIA A Universidade Gama Filho, por intermédio da Pró-Reitoria de Humanidades e Ciências Sociais, faz saber a todos os interessados que, nos termos do presente edital, fará realizar o Exame de Seleção para o curso de Mestrado, nos dias 04 a 11 de março para o primeiro semestre de 2009. 1. DAS INSCRIÇÕES 1.1. Prazo - As inscrições estarão abertas no período de 09/12/2008 a 20/02/2009, de 2ª a 6ª feira, das 10h às 19h, no Protocolo Geral da Universidade Gama Filho, na Av. Presidente Vargas, 62º - Térreo, Centro/RJ. Ao inscrever-se o candidato preencherá requerimento em formulário próprio, fornecido pelo Protocolo Geral da UGF. A concretização da inscrição subentende que o candidato está de acordo com o presente edital. * Via Sedex com AR - a documentação e o comprovante de depósito bancário deverão ser postados até o dia 20/02/2009, e endereçados à Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Avenida Presidente Vargas, 62 - 12º andar, Centro/RJ - Cep: 20071-000. * Taxa: R$ 50,00 - depósito bancário em favor da Sociedade Universitária Gama Filho Banco HSBC, depósito identificado por: TVD, contrato nº 12.900-3 e CPF do depositante (o depósito só poderá ser realizado no caixa), ou recolhimento direto na Tesouraria - Unidade Candelária. 1.2. Opção - No ato da inscrição o candidato deverá indicar a Linha de Pesquisa e idioma. 1.3. Documentação - O candidato deverá instruir a inscrição anexando ao requerimento os seguintes documentos: a. Curriculum Vitae atualizado, acompanhado dos documentos comprobatórios; b. Duas cópias autenticadas do diploma de graduação e do respectivo histórico escolar; c. Três cópias do projeto de dissertação, que deverá versar sobre uma das linhas de pesquisa do PPGF-UGF; d. Uma cópia dos documentos: carteira de identidade, título de eleitor e CPF; e. Certificado de reservista; f. Certidão de nascimento ou casamento; g. 2 retratos 3x4, recentes; h. Comprovante do pagamento da taxa de inscrição (R$ 50,00). 2. DA SELEÇÃO 2.1. O exame de seleção para o Mestrado constará de: a. Análise do projeto de dissertação; b. Exame escrito sobre um tema relacionado aos textos indicados. Serão avaliadas as competências e habilidades filosóficas do candidato; c. Entrevista; d. Prova de língua estrangeira (inglês, francês, italiano ou alemão) com uso de dicionário; e. Análise do Curriculum Vitae ; Obs: A suficiência em língua estrangeira poderá também ser comprovada pela aprovação em curso de língua estrangeira instrumental oferecido pela UGF. (maiores informações tel. (21) 2599.7136 ou 2599.7217 CEPAC). 2.2. Bibliografia básica para a prova escrita do exame de seleção ao mestrado: JOHN STUART MILL. O Utilitarismo. Tradução de Alexandre Braga Massella. São Paulo: Iluminuras, 2000. KANT. Fundamentação da Metafísica dos costumes. Primeira secção. Tradução Paulo Quintela. Lisboa: Edições 70, 2001. F. NIETZSCHE. Genealogia da Moral. Tradução de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Livros I e VI. Tradução de Leonel Vallandro e Gerd Bornheim da versão inglesa de W. D. Ross. São Paulo: Abril Cultural, 1987. 2.3. As provas escritas e a entrevista realizar-se-ão nas datas abaixo relacionadas: · Prova de Conhecimento em Filosofia: 04/03/2009 - 9h às 12h. · Exame de Proficiência em Língua Estrangeira: 05/03/2009 - 10h às 11h30 · Entrevista: 09/03/2009 - 10h. · Resultado: 11/03/2009 – a partir das 10h 2.4. Sob nenhum pretexto haverá segunda chamada das provas e entrevistas, bem como não será concedida vista ou revisão de prova. 3. DAS VAGAS As vagas serão estabelecidas em função da disponibilidade de orientadores na ocasião do exame, não havendo, contudo, compromisso da instituição de preenchê-las integralmente. 4. DAS MATRÍCULAS 4.1. Os candidatos classificados até o limite de vagas oferecidas terão direito de matricular-se obedecendo aos prazos e normas fixados pela Pró-Reitoria de Humanidades e Ciências Sociais. 4.2. O candidato será eliminado caso não compareça no prazo estabelecido para a realização da matrícula. 4.3. A matrícula será feita por disciplina, conforme plano de estudos, na época da rematrícula de 2009.1 4.4. REUNIÃO COM OS ALUNOS NOVOS: 12 de Março às 11h (Unidade Candelária – 11º andar SALA 1104), após a reunião será realizada a MATRÍCULA. 4.5. INÍCIO DAS AULAS: 16 de MARÇO (Unidade Candelária) 4.6. BOLSA DE 50% DE ESTUDO: Serão oferecidas 3 (três) bolsas de 50% para os três primeiros colocados no exame de Seleção de 2009.1 5. DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 5.1. O presente exame de seleção é válido somente para as matrículas do primeiro período letivo de 2009 desta Universidade. 5.2. A Pró-Reitoria de Humanidades e Ciências Sociais poderá baixar instruções complementares para a realização desse exame de seleção e para as matrículas, e decidirá sobre os casos omissos. 5.3. Os alunos não classificados deverão retirar a sua documentação até 30 dias após a realização do exame de seleção. 6. INFORMAÇÕES Os interessados poderão obter maiores informações junto a Coordenação do PPGF-UGF, na Av. Presidente Vargas, 62/12º andar - Centro - TEL: (21) 2518.2028 ramal 359 (Fabiana). [email protected] ; www.ugf.br ANEXO I ORIENTAÇÕES COMPLEMENTARES SOBRE O EDITAL DO EXAME DE SELEÇÃO PARA O PPGF-UGF: 1. ÁREA DE CONCENTRAÇÃO Ética 2. LINHAS DE PESQUISA Ética e Sociedade - A linha de pesquisa “ética e sociedade” abrange projetos que têm em comum, senão a centralidade, ao menos a recorrência de demandas advindas da sociedade 2 quando se trata de pensar a ética. Como sugere a epígrafe de Tugendhat, a atenção a essas demandas não é gratuita, antes atende a um princípio inexorável. A ética não é nunca somente uma teoria sobre o comportamento moral, apenas para mencionar um dos principais arranjos com os quais se costuma conjugar os termos “ética” e “moral”. Enquanto reflexão sobre a moral, ou sobre seus principais problemas, como a liberdade, a virtude, a lei, etc.; ou, ainda, enquanto meta-ética, isto é, enquanto fundamentação ou análise das condições de possibilidade de teorias éticas; a disposição particular de um determinado exercício de reflexão em ética traz, desde sempre, um horizonte de compromisso ou interesse, intrínseco à escolha do domínio em que ela se dá. Daí não se conclui necessariamente, com Albert Camus, que “o caráter próprio de uma moral comum reside menos na importância ideal dos princípios que a animam do que na norma de um experiência que é possível calibrar” (O mito de Sísifo, ensaio sobre o absurdo); dentre outros motivos porque é possível que os aportes da cultura, da arte, da história, da política, da educação e dos diversos campos onde homens e mulheres se definem, se afirmam, se confrontam, se negam e se reconstróem, nos indiquem a impossibilidade de encontrar um caminho seguro a conectar as experiências e uma moral comum possível. Mas, se é assim, dizer que o compromisso de toda reflexão ética é já social, que esta não pode estar dissociada das condições concretas onde o agir moral acontece, nos adverte ainda mais radicalmente sobre a importância de, em nosso trabalho, confrontar de modo rigoroso os conceitos e problemas da ética com os aportes da cultura, da arte, das questões de gênero, da história, da política, da educação. Ética e Razão Prática - Investigação sobre as possibilidades de justificação da ação humana mediante normas, conceitos e princípios racionais em geral. Análise de conceitos paradigmáticos da razão prática desenvolvidos na filosofia ocidental: phronesis, utilidade, dever, subjetividade, estética, discurso. ANEXO II Itens que deverão constar do projeto de dissertação (Mestrado) Nome do Candidato Linha de Pesquisa Tema do Plano de pesquisa Justificativa Bibliografia Básica PROJETOS DE PESQUISA EM ANDAMENTO • Estudo dos fundamentos metafísicos da reflexão ética - Prof. Edson Peixoto de R. Filho Análise das relações e implicações dos conceitos metafísicos e políticos no domínio da ética antiga. Este estudo se realiza a partir do conceito de phrónesis (campo semântico e problemático) na filosofia grega clássica (Platão e principalmente Aristóteles), e seus desdobramentos na filosofia helenística. Por que o elogio da phrónesis, presente sobretudo no Livro VI da Ética a Nicômaco, motivou tantas interpretações diferentes e mesmo contraditórias? A razão deste fato parece estar na maneira singular em que Aristóteles pensa a verdade prática, articula a inteligência às circunstância e procura enraizá-la em uma cultura viva. • A educação como mediação social, política e cultural dos sentidos da ética -- Prof. Filipe Ceppas de C. e Faria Trata-se, nesse estudo, de destacar os referenciais mais importantes da educação no que se refere à centralidade da ética: o investimento na universalização da escolarização, situado histórica e socialmente, e o conceito de "formação"; a diversidade e as contradições das demandas em torno da educação, tendo em vista o lugar que nelas se reserva à eticidade. De modo complementar, trata-se de identificar e analisar as principais linhas de conceituação da ética sob o prisma da mediação social. • A moral e o direito em Habermas - Prof. Flávio Beno Siebeneichler 3 Análise da proposta habermasiana de uma teoria da moral e do direito pela via da comunicação e do discurso. Confronto com as propostas de Apel, Honneth, Rawls, Jonas, Ricoeur, Tugendhat e Luhmann. • Ética, estética e subjetividade: ontologia e pensamento pós-metafísico - Prof. Jorge Luiz Rocha de Vasconcellos As relações entre Ética e Estética e seus impactos na subjetividade contemporânea sob uma perspectiva marcadamente anti-metafísica. A pesquisa se estende a partir do diálogo com o pensamento de F. Nietzsche e da filosofia francesa contemporânea pós-1945, em especial do pensamento de Gilles Deleuze, Michel Foucault, Jean-François Lyotard, Jacques Derrida, Clement Rosset e Alain Badiou. • Ética e Gênero: a categoria do "feminino" na filosofia - Profª. Maria da Penha F. S. Carvalho A pesquisa se desenvolve em dois momentos principais: (1) estudo crítico das diversas teorias morais a partir da abordagem dos filósofos sobre o tema da mulher; (2) investigação sobre o tratamento das questões de gênero e da relação entre os sexos no contexto do pensamento filosófico contemporâneo. • A exclusão da fé nas vertentes ateístas e materialistas da filosofia francesa contemporânea - Prof. Norman Madarasz Análise da força ideológica das religões. Busca de compreensão das relações que filosofias francesas e anglo-saxãs vêm estabelecendo, recentemente, com o retorno das religiões ao cenário político e cultural. A integração ética das religiões e seus avanços políticos. Por que o ateismo, acolhido no passado como progresso da filosofia racionalista, volta hoje a ser associado com a negatividade absoluta? Uma das hipóteses de trabalho é que o ateismo, tendo excluído a fé com um gesto radical, sem tê-la separado da religão ou da revelação, perde sua legitimação filosófica. Em vez de ser entendido como uma etapa superior de espiritualidade corporal consciente de si, se vê reduzido a uma simples persuasão. A Convergência das Éticas de Spinoza e Nietzsche na Filosofia de Gilles Deleuze Prof. Paulo G. Domenech Oneto Análise dos pontos comuns às propostas éticas de B. Spinoza (Holanda, 1632-1677) e de F.W. Nietzsche (Alemanha, 1844-1900) em dois registros: 1) a partir do que afirma o próprio filósofo alemão; e 2) observando como eles são atualizados por Gilles Deleuze (França, 1925-1995). Seguindo esse fio condutor, e indo além da perspectiva restrita da história da filosofia, caberá discutir as relações entre metafísica, ética e política. Para tanto, três temáticas serão privilegiadas: a questão da imanência, o problema de uma eventual oposição entre os conceitos de ética e de moral, o problema da democracia. Como situar, por exemplo, a vontade de potência nietzscheana diante do Deus spinozista? Como essas noções se articulam em termos da “univocidade do ser” tal como compreendida por Deleuze? O que implica compreender a ética como teoria da potência? Que tipo de democracia pode ser pensada a partir daí? TEMAS PARA ORIENTAÇÃO Professor: Edson Peixoto de Resende Filho Temas: Prudência, virtude, felicidade, sabedoria, Bem, prazer, amizade, democracia, alma, liberdade, vontade, desejo, contingência, causalidade, necessidade, silogismo prático, ser, analogia, neo-aristotelismo. Professor: Filipe Ceppas de Carvalho e Faria Temas: o discurso ético na e da educação; teoria crítica e educação; o conceito de formação; a efetividade das teorias éticas; educação como mediação social da ética; ética e ensino de filosofia. 4 Professor: Flávio Beno Siebeneichler Temas: Ética do discurso, princípio da responsabilidade, princípio da justiça, princípio da solidariedade, teorias cognitivistas na moral, ética e estética, moral e direito e hermenêutica. Professor: Jorge Luiz Rocha de Vasconcellos Temas: Éticas da imanência; pensamento trágico; estética e ontologia; estéticas da existência; poder e resistências; autonomia e liberdade; subjetividade contemporânea. Professora: Maria da Penha Felicio S. Carvalho Temas: Filosofia e Gênero; Filosofia Antiga; Filosofia francesa contemporânea; ética, cidadania e direitos humanos. Professor: Norman Madarasz Temas: filosofia francesa contemporânea; ética, ateísmo, fé e religiosidade; ética e filosofia política; Badiou, Deleuze, Foucault, Nietzsche, Husserl, Heidegger. Professor: Paulo G. Domenech Oneto Temas: imanência, univocidade do ser, concepção pragmatista de verdade, caráter “nacional” da filosofia, cultura e civilização, ética versus moral, bem e mal, liberdade versus livre-arbítrio, causalidade eficiente e final, engajamento, contratualismo, democracia, Estado e capitalismo, correntes comunitaristas contemporâneas, liberalismo, micropolítica, estética e política. 5