- Goiânia Mostra Curtas

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Jards Macalé prestigia 16ª Goiânia Mostra Curtas
Músico fará um pocket show na abertura do festival, no dia 4 de outubro, no Teatro
Goiânia, com entrada franca
O nome de Jards Macalé surge naturalmente em referências ao conceito de artista
independente no País. Moderno e irreverente, o músico transita com liberdade em
diversas esferas da arte, tendo sido parceiro musical de poetas e trabalhado com
cineastas e artistas plásticos. A sinergia cultural foi o mote para a diretora da Goiânia
Mostra Curtas, Maria Abdalla, convidar o cantor e compositor para abrir a 16ª edição
do festival, que começa no dia 4 de outubro, no Teatro Goiânia. O pocket show será
durante a abertura da mostra, às 20 horas, com entrada franca.
“A modernidade e irreverência de Jards Macalé são muito importantes para a cultura
brasileira. Ele sempre esteve na vanguarda. É um violonista primoroso, e tem uma
grande importância como músico, compositor e intérprete. Sua obra é atual e, cada
vez mais, valorizada”, afirma Abdalla.
Para o pocket show, Macalé preparou um repertório com suas composições essenciais,
como Farinha do Desprezo, Movimento dos Barcos, Gotham City, Vapor Barato, Hotel
das Estrelas, Negra Melodia, Mal Secreto, entre outras de sua galeria de sucessos.
Festival
A 16ª Goiânia Mostra Curtas será realizada de 4 a 9 de outubro, apresentando um
panorama da produção audiovisual brasileira, contemplando diversidade de gêneros e
formatos. São cinco mostras: Curta Mostra Especial, Curta Mostra Brasil, Curta Mostra
Goiás, Curta Mostra Municípios e 15ª Mostrinha – dedicada ao público infantil. A
programação do evento vai além da exibição de filmes, com oferecimento de
palestras, seminários e laboratórios e oficinas – com inscrições abertas. Toda a agenda
é gratuita. Neste ano, o festival conta com patrocínio da Oi e Rodonaves Transportes;
incentivo da Lei Goyazes, Fundo de Arte e Cultura de Goiás, Seduce Goiás, Governo de
Goiás; e apoio da Oi Futuro, Unimed Goiânia e Sebrae Goiás.
Mais sobre Macalé
Jards Anet da Silva – ou Macau, como é chamado pelos amigos – cresceu em Ipanema,
Rio de Janeiro, onde jogava futebol na praia e ganhou o apelido de Macalé, o nome
daquele que era considerado “o pior jogador do Botafogo”. Estudou piano e
orquestração com Guerra Peixe, violão com Jodacil Damasceno, violoncelo com Peter
Dauelsberg e regência com Mario Tavares. Formou grupos musicais desde a
adolescência e, em 1965, acompanhou Maria Bethânia quando esta substituiu Nara
Leão no espetáculo Opinião. Tornou-se depois diretor musical dos shows da abelharainha, ainda nos anos 60, e aí conheceu os baianos Gal Costa, Gilberto Gil e Caetano
Veloso.
Na fase pós-tropicalista, fez com Capinan a música Gotham City e a defendeu no IV
Festival Internacional da Canção (1969) – acompanhado da banda Os Brazões. Fez
músicas para Gal Costa, Nara Leão e Elizeth Cardoso na virada da década de 1970,
notadamente o clássico Vapor Barato (com Waly Salomão) e, contratado pela RGE,
gravou seu primeiro disco solo – Só Morto, um compacto duplo com quatro faixas,
com acompanhamento da banda Soma – lenda do rock setentista nacional.
Nos anos 70/80 tornou-se parceiro de Moreira da Silva no samba de breque Tira os
Óculos e Recolhe o Homem. Com Moreira fez vários shows e projetos e por ele foi
eleito seu herdeiro legítimo.
Com o passar das décadas, Macalé reafirmou mais e mais sua importância como
músico, compositor e intérprete, além de produtor e orquestrador. Hoje seus discos
são reeditados remasterizados, como seu primeiro LP de 1972 Jards Macalé, relançado
em 2012, o que motivou shows com os músicos que gravaram no original da época:
Lanny Gordin (guitarra) e Tuti Moreno (bateria).
Outro exemplo é o LP Banquete dos Mendigos, álbum duplo idealizado e produzido
por ele. Gravado ao vivo, em 1973 no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, para
comemorar o 25º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, o disco
foi censurado e só saiu anos mais tarde em LP. Entre os vários artistas que
participaram nomes como Paulinho da Viola, Jorge Mautner, Edu Lobo, Chico Buarque,
Raul Seixas, Milton Nascimento, Dorival Caymmi e Gal Costa, além do próprio Macalé,
entre outros. O selo Discobertas acaba de lançar no mercado, uma caixa com três CDs
contendo a obra completa.
Atualmente, Jards Macalé segue sua agenda de shows pelo País, acompanhado da
banda Let´s Play That.
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