Sobre o corpo de Jesus

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A ressurreição do Senhor da Glória
Introdução
A ressurreição de Cristo é a obra-prima dos milagres de Deus. Ela trás por detrás de si todo
o sobrenatural de Deus; a esperança da eternidade; a confirmação das palavras dos profetas; a
vindicação divina da filiação de Jesus; o resgate da humanidade; o perdão dos nossos pecados; a
vitória da “carne e sangue” contra o pecado, na figura do Deus vivo, revestido de carne. Nela, os
mistérios da graça, da grandeza do poder de Deus, da derrota de todo o sistema de Satanás, a
destruição dos Principados e uma palavra final para a maior inimiga de todos os homens, a morte.
A Ressurreição de Cristo é um ultimato, é uma profecia e um vaticínio dados à morte.
O ultimato é:
“Minha é a vida e meus são todos os filhos dos homens. Tire as suas mãos sujas de minha
propriedade comprada com meu próprio sangue”.
A profecia é:
“Quebrado estão tuas armas, teus poderes, teus recursos. Próximo está o teu fim”.
O Vaticínio diz:
“Tragada foi a morte na vitória”.
E note que a vitória ainda não foi completada, até a destruição da mesma prevista em Apocalipse.
A ressurreição é, na verdade, o maior de todos os heróis dizendo para o maior de todos os
inimigos:
- Acabou. Você já era.
Atendendo ao doce apelo do nosso Prof Rogério Furtado, nesta infeliz sina de ter que dar
aulas sobre o mais espinhoso dos assuntos, (Escatologia) no mais complexo livro das Escrituras
(Apocalipse) queria ajudar a esclarecer sobre o mistério do corpo ressurreto de Jesus e algumas
implicações proféticas, dando antes de tudo, uma humilde, porém necessária, visão dos
acontecimentos fatídicos naqueles dias que foram os mais horrendos dias da história humana.
Assim como, uma explanação de certos termos de profundo significado para este breve estudo.
Você dirá, isso não tem
Desenvolvendo os termos:
Corrupção: A visão do hebraico para a palavra corrupção é simplesmente, coisa podre, carne em
decomposição. Putrefação. Nós brasileiros acostumados com escândalos políticos-financeiros
associamos a palavra imediatamente a desvio de dinheiro. Corrupção na essência bíblica é
contaminação que gera a morte. A ferrugem seria a corrupção do ferro, os fungos a corrupção da
madeira, assim por diante.
Incorruptibilidade: Este termo não é somente “coisa que não se corrompe” ou “capacidade
daquele que não pode ser comprado com suborno”, é visualizar algo que não apodrece, não
enferruja, não se decompõe, não envelhece, logo, jamais morre, jamais perece. O que gera a idéia
do próximo termo:
Imortalidade: Diz-se daquele que não pode morrer, não pode ser tocado pela “corrupção”.
Jamais perece, jamais envelhece. Nunca perde o vigor, a vitalidade, a respiração. A visão da
imortalidade é respirar para sempre. É a de um coração que jamais parará de bater. É a condição
de Adão e de Eva antes da queda. Antes da corrupção do pecado.
Mortalidade: É possuído por aquele que por ter tido contato com a corrupção, não poderá viver
para sempre, mais dia, menos dia, cessará. Somos nós. São as plantas, liquens, fungos, micróbios,
animais de todo o gênero e toda espécie de ser vivo. Todos nós estamos debaixo deste véu, deste
poder, desta condição chamada mortalidade. Somos mortais.
Ressurreição: Voltar a viver. Ressurreto é aquele que esteve morto, num corpo sem vida, sem o
poder que impede nossos corpos de se decomporem, e que pelo mistério de Deus, pela atuação do
poder divino, tornou a viver.
Revestido: Protegido por outra roupa ou proteção, guardado, envolto, pelo mesmo tipo ou um
tipo diferente de material.
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A ressurreição do Senhor da Glória
Glorioso: Diz-se daquilo que é espetacular para nós, que nos salta os olhos, que desperta em nós
sentimentos avassaladores de contentamento, de espanto, de admiração, mesmo de alegria. É algo
cheio de glória, de poder, de resplendor, de beleza. Digno de ser louvado, admirado. Que reflete
grandeza.
Glória: É o louvor tecido a uma coisa admirável. Usado nas Escrituras numa figura de linguagem
que nomeia o significado pelo significante, o conteúdo por aquilo que o contém, coisa que
desencadeia a admiração, dando-lhe o significado de glória. Por isso é um sinônimo para poder,
para autoridade, para a riqueza dos reis, para a recompensa dos vencedores, para a sabedoria dos
sábios, para a força dos guerreiros e para o Espírito de Deus, cuja atuação se confunde com o
próprio, onde Unção e Glória, Shikená (glória do Senhor) e a manifestação do Espírito, são
sinônimos da manifestação da glória de Deus, da glória do Senhor.
Santificado: Separado, distinto, não contaminado, sem pecado.
Corpo natural: Este ai que você possui.
Corpo Espiritual: Uns corpos sobrenaturais, feitos de material de melhor qualidade que este aqui.
Como é um corpo espiritual? O último que fez esta pergunta recebeu de Paulo essa terna resposta:
35 Mas alguém dirá: Como ressuscitam os mortos? e com que qualidade de corpo vêm?
36 Insensato! o que tu semeias não é vivificado, se primeiro não morrer.
37 E, quando semeias, não semeias o corpo que há de nascer, mas o simples grão, como o de
trigo, ou o de outra qualquer semente.
38 Mas Deus lhe dá um corpo como lhe aprouve, e a cada uma das sementes um corpo próprio.
39 Nem toda carne é uma mesma carne; mas uma é a carne dos homens, outra a carne dos
animais, outra a das aves e outra a dos peixes.
40 Também há corpos celestes e corpos terrestres, mas uma é a glória dos celestes e outra a dos
terrestres.
Basicamente, é um corpo diferente dos corpos dos peixes, das aves, dos animais e dos vegetais...
E enfim:
Corpo Glorificado: Corpo que recebeu glória, que recebeu a recompensa, corpo que é admirável
para nós. Paulo se refere a glória dos corpos celestes, as estrelas, para comparar. Brilho, luz,
calor, uma idéia de poder.
Glorificado: Aquele que recebe a glória, o louvor, a admiração, a recompensa, o poder. Os
préstimos da vitória. O Corredor da Formula I no pódio, o General condecorado pelo Comando
Maior.
Alguns princípios:
Antes de continuar a explanação, vou falar dos princípios que estabelecem a exegese que vou
fazer.
a) Similaridade profética. Se Jesus era um profeta, espera-se que ele aja como tal.
b) Existência de Sombras no VT. Devem existir no VT operações sobrenaturais que me esclareçam
sobre os episódios da ressurreição.
c) Coerência com as operações de Deus no VT. Devo estabelecer uma visão coerente que não gere
controvérsias com os padrões de atuação do Espírito Santo no VT.
d) Aplicar de maneira correta, no lugar correto e na hora certa, as doutrinas Neo-testamentárias. A
errada aplicação de realidades espirituais às coisas que serão ditas. Exemplo, o fato da carne ser
contaminada pelo pecado, não significa que ela não tenha valor, que não seja essencialmente boa.
“Para nada se aproveita à carne” se aplica a algumas questões espirituais, enquanto que “vosso
corpo é templo do Espírito Santo” se aplica o tempo inteiro. Deus ama o corpo humano, de tal
modo que a ressurreição VAI LEVAR EM CONTA OS NOSSOS CORPOS. É proclamado a alto e bom
som que “aquele que destruir o corpo humano, Deus o destruirá”. E “O Espírito que habita em vós
possui ciúme de vós”. E em outra feita “E toda carne verá a Deus”. Como poderia ser isto se os
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A ressurreição do Senhor da Glória
corpos dos mortos decompuseram no decorrer dos séculos? Porque a ressurreição leva em conta
também os corpos naturais. Dúvida sobre o assunto verificar a “visão do Vale dos ossos secos” no
livro de Ezequiel.
e) Devo prestar atenção ao que Jesus dirá sobre sua ressurreição.
f) Devo verificar TODAS as aparições de Jesus ressurreto e PRINCIPALMENTE a de Apocalipse.
Destrinchando a Palavra
Sobre a ressurreição de Jesus.
As profecias deixam claro que Jesus ressuscitaria. Pelo menos para nós, hoje. Não para os
apóstolos. Ninguém entendia nada sobre esse papo de ressurreição. Jesus nasce como homem,
sujeito ao frio e a dor, sujeito às enfermidades, aos nossos desejos e fraquezas naturais. Viver uma
vida de santidade absoluta foi um enorme sacrifício tendo em vista as forças contrárias que
atuavam no corpo de Jesus. Jesus possui a natureza mais íntima do próprio Deus, o seu interior é o
de Deus, só que despido de sua onipotência. Em Cristo, Deus estabelece sua maior ousadia. Deus
estava em Cristo, reconciliando consigo mesmo o mundo, assumindo riscos absurdos, no momento
de sua maior fragilidade. Deus se expõe em fraqueza humana, na forma de homem com a
possibilidade real de se expor ao pecado, e até mesmo ser contaminado por ele. Só que a fraqueza
de Deus é mais forte do que a força dos homens. Mesmo debaixo de tortura, com o abandono de
sua família, sob o desprezo de sua nação, sob a recusa de seu sacerdócio, sob a traição de um
homem chamado para ser seu amigo e seu apóstolo, sob o peso da opressão do homem e dos
demônios, ainda assim ele não se curvou e não pecou. Jesus nasce como um ser humano normal.
Apesar de ser “a semente de mulher”, nascido de uma virgem, sem interferência de um homem e
fruto do poder do Espírito, essas coisas todas, basicamente ele nasce normalmente. Existe um
grande mistério no nascimento de Jesus. Satanás, sabedor de que um dia nasceria um homem que
destruiria seu império, intentou e perpetuou um plano de destruição de todas as famílias das quais
ele imaginava que sairia o tal Enviado, o tal que “pisaria a cabeça da serpente”, assim fazendo
desde os tempos antediluvianos. Os homens e sua conivência com a malignidade, com suas obras
de maldade fazem parte do sistema mundano no qual os demônios exercem sua influência e
expressam sua existência. Satanás fez da desgraça humana o motivo de sua vida. Os demônios
exercem seus desejos e tem prazeres com a humanidade decaída. O termo prostituição é usado
formalmente por Deus para falar desta relação entre o homem e os demônios, o que indica uma
relação de prazer, prazer às vezes dos demônios, prazer às vezes de ambos. Infelizmente, existe
uma parte no homem que gosta do que o inferno se apraz. Se tudo que restara para o não-mais
“Querubim Ungido que andava sobre pedras afogueadas” foi o universo humano para expressar
sua vida, então ele faria tudo o que pudesse para que tal não fosse retirado de sua mão. Tentou
corromper todos os filhos dos homens antes do dilúvio, mas ainda restaram oito pessoas. Tentou
impedir que nascesse o filho da promessa oferecendo um plano alternativo para Abraão, do qual
nasceu Ismael, mas por um milagre nasceria Isaque. Encarcerou a José, vendido pelos irmãos,
tentou enchê-lo de amargura para que abandonasse sua família à fome, mas o plano deu errado
quando num ato de misericórdia o rejeitado perdoa os atos desumanos de seus irmãos. Tentou
matar a Moisés, no ano do cumprimento da profecia dada a Abraão, mas apesar de seu profundo
conhecimento profético, não contava com o banho de uma princesa egípcia e na flutuabilidade da
cesta que levou Moisés, pelo rio que era considerado um Deus, o Nilo. Corrompeu diversas vezes o
sacerdócio Levítico, tanto que no final a Lei era somente mais um dos diversos textos sagrados
usados pelos sacerdotes, e a maioria dos sacerdotes, da época de Jesus, era praticante da Kabala,
magia judaica. Através da Assíria, levou cativa dez das doze tribos de Israel as quais perderam sua
identidade com os séculos se misturando aos Samaritanos. Através dos Caldeus arrastou as duas
que ainda restavam para as cadeias da cidade mais idólatra do mundo, a cidade dos cem mil
deuses, para corromper e extirpar de Israel a Palavra Escrita. Mas, Deus preservou sua Palavra (No
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A ressurreição do Senhor da Glória
Egito é traduzida e em Babilônia é consolidada a Septuaginta). Ainda, através de Hamã
sobrevivente de um povo amargo, fruto de uma desobediência histórica cometida por Saul, tentou
destruir toda a descendência do povo de onde sairia o Messias. A cada profeta nascido, a cada
homem Ungido e levantado por Deus, o inferno se agitou temendo de que fosse chegado o seu
fim. Até que nasceu uma menina muito especial, descendente de Davi, na pequena cidade de
Nazareth. E quinze anos depois numa estrebaria na cidade de Belém, aquele cabra que seria “o
inferno do inferno”, seria manifestado.
Duas possibilidades se erguem sobre o fato de Satanás entender ou não claramente quem
era Jesus. Se ele sabia perfeitamente quem ele era, seria extremamente contraditório seu
assassinato por razões de puro ódio a Deus, se com isso a expiação se consumaria, e junto dela o
fim de seu reino. Penso que ele não sabia quem ou o que era Jesus, com base na afirmação do
próprio “tu não entendes das coisas de Deus, senão as dos homens” e pelo fato de Jesus ser “o
mistério oculto desde a eternidade”. Sendo assim é factível que Satanás não sabia quem era Jesus,
ainda que fosse este fruto de um milagre, ainda que tenha visto Gabriel anunciando a Maria quem
era aquele homem. Creio que Satanás imaginava por ser JESUS um homem, teria ELE a natureza
corrompida do pecado herdado pela mãe, e cedo ou tarde sucumbiria diante do pecado, como
todos os demais homens que viveram na terra até então. Esta foi a aposta mais mal-sucedida da
história.
O maligno sabia que este seria grandioso como profeta, e como de praxe, tenta matá-lo na
chegada, através de seu lacaio da época, Herodes, o Grande. Duas mil crianças morrem na época
do nascimento de Jesus fruto da tentativa do inferno conter os riscos inerentes ao cumprimento
das profecias. Algo havia, no entanto, de muito errado com este homem. Em todos os relatórios do
inferno, imaginando-o como um escritório burocrático, na medida que Jesus crescia, não se
verificava a manifestação do pecado. Até os vinte e poucos anos de Jesus, isso não fez diferença
para o império das trevas. Jesus não possuía sobre ele um cargo profético, autoridade sobre os
demônios e era somente mais um homem numa vila pobre no meio de lugar nenhum, sem causar
maiores problemas. A unção incomodava ao inferno mais que qualquer outra coisa; os profetas,
videntes, sacerdotes e reis ungidos, qualquer um com provisão de poder divino, isso representa
perda da extensão de seu domínio. Mas, o fato é que, aparentemente, até os vinte e sete ou vinte
e nove anos, Jesus não era mais que um outro homem qualquer.
Repentinamente apareceu João Batista. Rapidamente Jesus foi batizado nas águas. Então Jesus foi
ungido. Se Jesus tivesse sido somente ungido, não seria mais que outro profeta.
QUANDO ENTÃO os homens que assistiam ao batismo, assim como as hostes, Potestades,
Principados, Trinos e Soberanias e o que mais existir do inferno, ASSOMBRADAMENTE escutaram:
“Tu és meu Filho Amado em quem me comprazo”.
Ai o bicho pegou.
Porque este evento marcaria o início da libertação do gênero humano das mãos de Satanás.
Já formalmente apresentado ao seu maior opositor, Satanás ainda tenta barganhar algo no
deserto. A proposta indecente que ele faz para Jesus é a maior já feita por ele a qualquer outro
homem. Quando Jesus diz não pela terceira vez, fica evidente que nada poderia dobrar aquele
homem. DETALHE: Se Jesus jamais pecasse, nunca poderia ser dominado, ou pior, ele não poderia
matá-lo. Diz a lei “a alma que pecar esta morrerá”. Mas quando João vê se aproximando Cristo, o
Espírito Santo grita dentro dele: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo!” Se
porventura uma alma jamais pecasse, teoricamente, jamais poderia morrer.
O fato é que só
morrerá a alma que pecar, e todas as outras poderiam viver. A desgraça humana não seria menor,
pois todos pecaram e destituídos estavam da glória de Deus, portanto, infelizmente esta
imortalidade não faria diferença se não para essa mesma alma...
Calculo que dois terços da humanidade daquela geração já se encontrava em túmulos. O
resto dos homens, mortos, já havia virado poeira há muito tempo, fora três transgressores das
regras estabelecidas. O tal do Enoque que se sabe lá para onde foi, o tal do Elias cujo cadáver é
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A ressurreição do Senhor da Glória
um dos maiores sonhos do inferno e o tal de Moisés que ainda que dito que morto ou morrido,
jamais se encontrou vestígio. Quando Satanás sobe ao monte para discutir com Miguel, o arcanjo,
a respeito do corpo dele é porque justamente se existem mortos, devem existir cadáveres. E já que
o império da morte era dele, como poderia morrer alguém sem o seu conhecimento, se Satanás na
época ainda detinha as chaves da morte e do inferno? Mudança súbita e repentina de assassino
para detetive frustrado, já que Miguel dignou-se a responder “Que o Senhor te repreenda” depois
de horas de impropérios e acusações indignas. Isso me recorda que para o reino das trevas os
anjos eleitos são um bando de traidores da causa maligna.
Contudo, afinal, todos estes, Enoque, Moisés e Elias eram pecadores. Vivos ou mortos não
fariam diferença.
Ai, o pulo do gato: Satanás é transgressor das leis divinas desde o início. Tanto fazia se
este sujeito impertinente, esse tal de Jesus, tinha ou não direito à dita imortalidade presumida.
Simplesmente, o império das trevas planejou para ele o mais sórdido plano da história. Posso
imaginar a reunião em que Satanás, qual um poderoso chefão da Cosa Nostrar, ordena aos seus
capangas:
- Que seus irmãos o traiam e que ele seja morto com ou sem direito a viver eternamente.
Naquela quinta-feira desgraçada, Judas comprado por 30 moedas de prata, dez a mais do que
pagaram por José em tempos idos, entregaria Jesus a um bando de animais. É tamanha a
brutalidade com que Jesus será tratado que Davi, 1000 anos antes deste momento, entoa um
cântico profético onde diz que aqueles animais briguentos, vacas brabas que habitavam as
cercanias da capital de Samaria, pisariam com crueldade o Messias. “As vacas de Basã me
rodearam”, profetizaria Através Davi no Salmo 22.
Jesus apanhou a noite toda. E apanhou que nem um cachorro. O segundo mistério da
eternidade começa no jardim do Getsemani, instantes antes da noite de horrores que se seguiu.
Sobre o homem sem pecado é derramado todo o pecado de todo homem. E junto com estes, seus
representantes ilegais, os demônios. A mente de Jesus quase se dobra com tanta dor, tanta
angústia, tantos pesadelos e pensamentos de acusação. Ele que nunca tinha pegado sequer um
resfriado até então, prova o gosto amargo de todas as nossas enfermidades. Doem os olhos,
cotovelos, mãos, pés, articulações, ouvido, garganta e músculos. Se ele não sabia onde ficava,
descobriu onde era o pâncreas e onde estava o baço. A depressão se instala no coração do homem
perfeito. Certo momento ele começa a suar sangue. Neste instante quase derradeiro, um último
momento de refrigério antes da noite de pancadaria. Jesus não tem forças sequer para levantar-se
da pedra onde está orando. Um poderoso anjo desce, entra no meio da opressão e dos milhões de
demônios que cercam a Cristo, afastando os espíritos de enfermidade, restaurando Jesus o
bastante para que ele possa terminar a guerra que começou. O valente se levanta, sozinho, pois
seus “intercessores apoiadores” tombaram envoltos em profundo sono.
Chega o traidor, opresso como feiticeiro em dia de ritual macabro, junto aos guardas do
templo. Um gesto de ternura era a senha para o espião do outro reino entregar o Príncipe da paz
nas mãos inimigas. Pedro chega a arrancar a orelha de um servo de um sacerdote, com uma
espadada. Jesus pega a orelha do rapaz e a devolve ao devido lugar. Começa a via crucis. Os
apóstolos fogem.
Mentira após mentira, um tribunal forjado para matar, o condena a morte, após um
espetáculo circense e boas atuações melodramáticas, incluindo um Oscar na categoria semvergonhice para Anás e outro para Caifás, dos quais, diga-se de passagem, COMPRARAM oficiais de
cartório para terem, naqueles dias, uma genealogia que os justificasse no cargo.
Jesus recebe 39 açoites, mais ou menos o limite que um ser humano normal agüenta antes
de começar a morrer.
Depois, sobe até o Calvário carregando até onde suportou a cruz. Normalmente um futuro
crucificado, não é açoitado antes da crucificação, mas Pilatos na sua vã tentativa de “salvar” o
Salvador da cruz, piora a situação. A falta de coragem de Pilatos é uma história à parte neste
doloroso processo. Um gesto de sua mão e Jesus não teria ido para cruz. A Autoridade máxima era
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A ressurreição do Senhor da Glória
representada por Pilatos, acima mesmo do tribunal máximo judaico, o Sinédrio. Ele disse que Jesus
não merecia a pena capital. Nada via que o desabonasse. Mas, vergonhosamente esquivou-se da
responsabilidade da vida de Jesus. O ódio e a inveja dos sacerdotes empurraram Jesus para a Cruz,
e o medo impediu que alguma atitude de justiça fosse tomada.
A crucificação é um primor de sadismo humano e foi usada como pena máxima do império
Romano como meio de amedrontar possíveis revoltosos. Tinha que ser “muito macho” para ser
ladrão ou malfeitor naqueles dias.
Jesus é crucificado. Os céus se revestem de trevas, escurece do meio-dia até as três horas
da tarde. Como se a própria criação chorasse. Vários pontos importantes aqui. Os anjos ficam em
silencio e não ministram. A escada de Jacó estava fechada para reformas. Os céus não reagem
contra o exército inimigo que capturou seu mais amado líder. Possuem ordem expressas de deixálo morrer. Deus assim o ordenou. Imagine essa situação dentro da mente de um anjo com o poder
de Miguel ou daquele não nomeado que aparece em Apocalipse e cujo rosto é semelhante ao sol
de meio-dia?
Mais uma vez, creio e repito, Satanás não sabe o que está fazendo. Se soubesse que sua
derrota estaria no ódio demonstrado à pessoa de Jesus, simplesmente não o deixaria morrer. Sua
obra-prima de maldade, a morte da mais inocente das vítimas é também sua própria ruína.
Os homens, igualmente, não sabem o que estão fazendo. A incredulidade não deixa que
enxerguem quem está ali. A humanidade está matando uma das dimensões de Deus e não se dá
conta disso.
Toda a opressão significa todos os demônios. Todo os nove (estou chutando, acalme-se!)
ou mais principados de Satanás estão presentes na morte de Jesus. Satanás está aos pés da cruz,
não para se entregar a Cristo, mas para zombar dele. Ele ri.
Depois de agonizar por horas na cruz, as pernas de Jesus seriam quebradas para que
morresse sufocado, com o próprio peso, depois disso seu corpo seria retirado e jogado no Vale de
Hinon, defronte a porta do Monturo, uma lixeira para pedaços de animais, ossos, cadáveres dos
pobres, gente desconhecida, abortos e coisas do gênero. O plano estava indo bem.
Até que ás três horas da tarde chegou. E com ela o brado.
“Está consumado”.
Neste momento o inferno tremeu. E com ele parte do mundo. Pedras partiram em diversos pontos
da cidade. Houve um barulho ensurdecedor como se os céus se partissem ao meio. A cidade foi
sacudida por violento tremor, inclusive o Gólgota. Os cemitérios foram agitados e alguns túmulos
se abriram. Algumas tumbas fixadas em grutas tiveram suas portas arremessadas longe. Parte dos
imponentes sepulcros dos sacerdotes ricamente ornamentados e caiados (pintados) de cal, (e
acredito que... inclusive...) o jazigo perpétuo da família de Caifás, vieram abaixo...
Relâmpagos impressionantes rasgaram os céus, numa sinistra dança. Após esse pequeno
Armagedom, quem sabe, uma suave brisa...
Os céus antes tomados de escuridão, clarearam.
Em alguns cemitérios da cidade, pessoas saíram de seus túmulos. Os que estavam visitando
parentes fugiram desesperados quando alguns de seus queridos, simplesmente deixaram suas
grutas, saindo dos sepulcros, indo em direção de suas antigas residências. Foram vistos por muitos.
Foi então que o inferno entendeu.
Era o começo do fim.
Um soldado ainda atravessa o coração de Jesus de baixo para cima, com a lança, mais ou
menos as 17:30 horas da tarde. Da ferida aberta correm água e sangue por sobre a lança até as
mãos do soldado.
A Ressurreição
Muito poderia ser dito sobre esses dias quando Jesus esteve morto. As Escrituras dizem
que dentro da dimensão da morte, (Pedro recebera a revelação) de alguma forma fantástica, Jesus
continuou a pregação do evangelho, pelo menos aos homens que morreram até o dilúvio. Existiu
uma palavra de salvação para os mortos, enquanto Jesus esteve morto. Aos homens está destinado
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A ressurreição do Senhor da Glória
morrer uma só vez e depois disto o juízo... Assim aprendemos, contudo, houve uma dispensação,
creio eu, não-nomeada, durante a fase da morte de Jesus, cuja situação lançou misericórdia para
dentro da dimensão da própria morte. Dentro do desconhecido Hades, do oculto dos seus abismos,
JESUS ARRANJOU UMA AUDIENCIA COM OS ENCARCERADOS, antes do “depois disto o juízo”.
Isaias 61:1
O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para
pregar boas-novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de
coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos
presos;
Morrer é, se vivermos sem Cristo, como ser jogado numa masmorra sem
chave, lacrada por dentro e por fora.
Os espíritas poderiam ver aqui uma comprovação de aspectos doutrinários seus, mas a
morte no espiritismo é inabalável força universal necessária a existência, evento sem retorno,
absolutamente necessária à evolução humana. Mas, as Escrituras declaram e sustentam que Jesus
é o autor da vida. E definem que ele é o Senhor absoluto da existência. Até a morte tem comer das
mãos dele. Para concretizar a Salvação, Jesus destruiu o império da morte. Subverteu as suas leis.
Essa capacidade de transito livre dentro do império da morte, essa liberdade absoluta de um
espírito, que deveria esta estar em prisão (afinal de contas, os mortos não são fantasmas, não
ficam passeando, não recebem visitas etc e tal...) anunciava ruidosamente, o que os céus
cansaram proclamar por bastante tempo... Que o sujeito era invencível... Como se não bastasse,
esse morto revoltado, já se preparava para desdenhar a tragédia de sua condição. Toda a força das
trevas foi ordenada a resistir à primeira ascensão de Jesus, a sua “ascensão” da morte para vida.
Tamanha foi a resistência das trevas contra a ressurreição de Jesus, tanto poder tenebroso foi
usado, tinha tantos demônios, poderes, domínios e principados envolvidos neste afã de IMPEDIR
sua ressurreição, que o apóstolo Paulo diz que Deus exerceu O MAIOR MOMENTO DE SEU PODER,
até o tempo em questão, (desde que existe o universo) para que Cristo ressuscitasse.
Em Efésios lemos: 1.19 “Conforme a SUPREMA GRANDEZA DE SEU PODER, para conosco, segundo
A FORÇA DE SEU PODER, que operou em CRISTO RESSUSCITANDO-O dos mortos...”.
Não havia ninguém para chamar Jesus dos mortos. Não havia um profeta para orar por ele.
Não havia nenhum intercessor. O último profeta segundo a lei, João Batista, havia morrido por
causa de uma mulher traiçoeira. Os discípulos estavam em sua maior crise de fé, desde que tinham
nascido. Através de uma intercessão Jesus no Getsêmani encontra forças para ir até o mais
profundo dos abismos. Entretanto, outra intercessão foi feita na região da sombra e da morte.
Nenhum outro homem poderia o mesmo o Direito, alcançado pela obediência absoluta a Deus.
Jesus ainda é a “semente de mulher”, ainda é o Filho do homem, mesmo morto. Não foi por
reclamar sua Divindade que ele ressuscita. Não foi por declarar sua Deidade que ele torna a viver.
Ele volta a viver porque recebeu de Deus a promessa que ressuscitaria, e com base na promessa
ele faz a mais poderosa e grandiosa intercessão já feita por um ser humano. Este momento único é
profetizado no Velho Testamento em Jonas:
CAPÍTULO 2
2 e disse: Na minha angústia clamei ao senhor, e ele me respondeu; do ventre do Seol
gritei, e tu ouviste a minha voz.
3 Pois me lançaste no profundo, no coração dos mares, e a corrente das águas me
cercou; todas as tuas ondas e as tuas vagas passaram por cima de mim.
4 E eu disse: Lançado estou de diante dos teus olhos; como tornarei a olhar para o teu
santo templo?5 As águas me cercaram até a alma, o abismo me rodeou, e as algas se
enrolaram na minha cabeça.
6 Eu desci até os fundamentos dos montes; a terra encerrou-me para sempre com os seus
ferrolhos; mas tu, Senhor meu Deus, fizeste subir da cova a minha vida.
7 Quando dentro de mim desfalecia a minha alma, eu me lembrei do Senhor; e entrou a
ti a minha oração, no teu santo templo.
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A ressurreição do Senhor da Glória
Deus cumpriria a maior promessa de sua Palavra. O abismo rodeou a Cristo. No ventre do Sheol
(para os hebreus), nas recâmaras do Hades (para os gregos), e na dimensão da morte (para nós),
Jesus gritou.
E Deus o escutou. Fé sem medida fora dada a Cristo. Eta fé.
Nota:
Posso imaginar a alegria dos anjos enviados para o resgate. Como está escrito que anjos
subiriam e desceriam sobre o Filho do homem, entendo que não poderiam deixar de estar atuando
também na sua ressurreição. As rapaziadas celestiais, iradas, partiram pra cima do inferno, como o
sedento para o poço de águas límpidas. Tudo o que eles tiveram que suportar com a morte do
Senhor, seria colocado para fora, num estupor de força celestial, numa “arretada” demonstração de
poder. Não é a toa que os anjos, liderados por Miguel, fizeram guerra contra os anjos do dragão e
os venceram lá em Apocalipse. Num outro momento...
Já estavam acostumados... tinham vencido antes...
A expressão, “pelo poder do Espírito” é sempre sinônima da expressão do Salmo 113 “vós
ministros seus, que fazeis sua vontade”.
A tropa de resgate entrou queimando na “terra da sombra e da morte”. Entendo que do
modo como nosso mundo dos vivos se iluminou com a manifestação de Cristo, assim o mundo dos
mortos com a manifestação do Espírito. Um dupla aplicação para o texto base de Isaías: “A terra
que andava em trevas viu espantosa luz”.
Como se não bastassem os problemas espirituais da ressurreição...
Enquanto isso, no mundo dos vivos, a humanidade reprovada, maquinava, por mais que
morto, Jesus ainda incomodava. E se ele ressuscitasse? Melhor prevenir do que remediar. Deixar o
sepulcro tampado para caso ele volte, para não ter como Ele sair, dois guardas tomando conta com
ordens de impedir que alguém se aproxime. Os sacerdotes pagaram para que soldados romanos
tomassem conta do túmulo de Jesus, com muito ódio, porque um tal de José de Arimatéia ofereceu
o jazigo de sua própria família para o corpo do mestre amado. Nem mesmo Caifás tinha um jazigo
assim. Os guardas colocaram o símbolo de Roma, uma águia, sobre a pedra de 600 Kg à porta do
Jazigo, montaram guarda até que novamente a terra voltou a tremer. A cidade foi sacudida de tal
maneira que os soldados caíram no chão, a pedra rolou, descobrindo o túmulo, e eles não quiseram
esperar para ver quem viria a sair lá de dentro. Mesmo porque, o anjo de vestiduras brancas e com
o rosto resplandecente sobre de pé pedra tumular, não tinha lá a aparência muito amiga. Domingo
de madrugada. Primeiras horas da manhã. Joana, Maria Madalena, Maria mãe de Jesus e outras
mulheres encontram a pedra retirada e os outros anjos no interior do túmulo que lhes dizem que
Jesus não se encontrava mais ali.
A Alegria toma o coração de todas elas, menos de uma. Elas entenderam que Jesus
ressuscitara, e correndo por toda a cidade foram se encontrar com os apóstolos. Menos uma. Maria
Madalena se ajoelhou diante do túmulo e começou a chorar. Os anjos não entenderam o que ela
fazia. Para comprovar como é complicado entender as mulheres. Eles perguntaram:
- Porque choras mulher?
Ela respondeu sem se dar conta com quem falava e lamentando sussurrou: - Porque levaram o
corpo do meu Mestre e não sei onde o colocaram!
Não adiantava insistir. Então os anjos olharam por sobre os ombros de Maria para aquele que se
aproximava dentro do jardim. Maria chorava com os olhos fixos no chão. Tremia e chorava. O
homem se aproximou e refez a mesma pergunta.
- Mulher, porque choras?
Ela respondeu da mesma maneira agarrando com força o vaso cheio de perfume, sem levantar sua
cabeça. Acrescentando, porém uma súplica. Estava disposta a arrastar, sozinha, o corpo de Jesus,
onde quer que este se encontrasse, para poder honrá-lo com perfumes e especiarias.
Então ela ouviu seu nome, do jeito que somente um homem no mundo pronunciava.
- Maria!
Ela se virou. E gritou com tanta alegria quanto podia caber no seu coração:
8
A ressurreição do Senhor da Glória
RABONI!
Jesus não teve tempo nem de pronunciar a segunda palavra. Maria se atirou aos pés de Jesus,
abraçou suas pernas e o segurou com tamanha força que Jesus quase caiu sentado.
Com muito custo Jesus convenceu-a a lhe soltar.
- Não me detenhas, pois eu ainda não subi para o meu Pai, tenho coisas a fazer, vai e diz para
meus IRMÃOS e IRMÃS que eu ressuscitei!
Num jardim o homem perdeu a imortalidade. Num segundo jardim, ele tornou a reencontrá-la...
Enfim...
Sobre o corpo de Cristo
Quando um homem era ressuscitado por Jesus, por causa do pecado cedo ou tarde
tornaria a morrer. Não é este o caso do Senhor. Jesus ressuscita incorruptível. Ou seja, tem um
corpo que não pode mais ser corrompido, ou tentado pelo pecado, mas essencialmente humano. O
corpo dele é o mesmo que “usou” por assim dizer, por toda a sua vida, a mais de uma pequena
diferença: IMORTALIDADE. Jesus ressuscita imortal.
Corpo incorruptível ainda não é corpo glorificado. O que corre nas veias de Jesus ainda é
sangue. Ele não está “dublando” um ser humano quando pede mel e peixe para os discípulos, é
porque está faminto! Ele é essencialmente o mesmo Cristo conhecido deles a mais de três anos.
Não, Jesus não atravessa paredes. Ele entrou no cenáculo do mesmo modo que Felipe foi
parar 40 Km de distancia de onde estava instantaneamente. Via arrebatamento físico ou por uma
operação qualquer do Espírito Santo.
Não, Jesus não tem ainda um corpo glorioso. Corpo glorioso é um corpo cheio de glória, e
do tipo que se espera para o Senhor de toda Glória, significa que os discípulos teriam virado cinzas
ou no mínimo caídos desmaiados diante do poder que emanaria de Cristo se ele estivesse com um
corpo glorioso. Daniel que era profeta acostumado a mais de oitenta anos de aparições, quase
morre quando o Senhor lhe aparece no VT, imagina os pescadores (os apóstolos na maioria). Por
quarenta dias Jesus irá caminhar na terra ainda, mas não ficará mais exclusivamente com os
discípulos. Ele tinha coisas, obras, milagres ainda a realizar até o tempo de sua ascensão. Jesus
conheceu pessoas, fez, com certeza, promessas de que voltaria a vê-los e estava cumprindo isto
debaixo do poder do Espírito. Tanto que, quando ele vai ascender, tem quatrocentas pessoas que
foram vê-lo indo para casa.
Não, Jesus não derramou todo o seu sangue e agora ressuscita sem ele. O milagre da
ressurreição é uma mistura de cura com operação de milagres. Jesus está respirando, com o
coração batendo e cheio de vida, mas tendo herdado para a humanidade o DIREITO À VIDA
ETERNA. Neste momento ele é essencialmente o PRIMOGENITO DENTRE OS MORTOS, o primeiro
que irá ressuscitar para jamais tornar a morrer.
20 Mas na realidade Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que
dormem.
9 sabendo que, tendo Cristo ressurgido dentre os mortos, já não morre mais; a morte não mais
tem domínio sobre ele.
10 Pois quanto a ter morrido, de uma vez por todas morreu para o pecado, mas quanto a viver,
vive para Deus.
E quanto ao que Paulo diz que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus?
50 Mas digo isto, irmãos, que carne e sangue não podem herdar o reino de Deus; nem a corrupção
herda a incorrupção.
A resposta é quase simples... Paulo entende a carne e o sangue do homem natural cheios
de corrupção. Porém Cristo ressuscitou com carne e sangue INCORRUPTIVEIS. Não se aplica este
9
A ressurreição do Senhor da Glória
texto (de jeito nenhum) a situação do Senhor ressurreto. Aplica-se a mim e a você. Dizer que a
carne de Cristo e que seu sangue ainda estavam corruptos, é ir além da apostasia. O cerne da
questão que Paulo levanta, afinal, é que uma coisa corruptível não pode HERDAR O REINO DE
DEUS. Nada a ver com a carne e o sangue, propriamente ditos, mas com sua corrupção. Adão e
Eva eram carne e sangue e viviam no paraíso (que era sua casa e o poderia ser para sempre), até
que o pecado lhes retirou o direito à herança divina. Paulo entende que sua pátria é CELESTIAL,
que vai habitar com anjos, e na revelação dada a Paulo ele vê os corpos humanos já purificados da
corrupção e no processo de GLORIFICAÇÂO. Paulo está um passo a frente na questão da
ressurreição... Inclusive quando Paulo nasceu de novo, seu primeiro contato com Jesus já é com
Jesus GLORIFICADO, e neste instante ele versa seu assunto ao CORPO DE CRISTO QUE È A
IGREJA. Não passaremos pela situação de Jesus... Ele é único, ele é o primogênito dos mortos, por
assim dizer, iniciando o grandioso processo de nossa redenção completa.
O corpo do Jesus ressurreto é superior ao de Enoque e ao de Elias, que ainda, pelo que nos
consta continuam vivos, porque é um corpo santificado. Os dois ainda possuem corpos sujeitos a
corrupção. Mas, esta é uma outra história, cambada de curiosos.
Nestes quarenta dias terrenos ele é parecido a um segundo Adão, semelhante ao primeiro
na época em que não tinha comido ainda do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal.
Jesus não ressuscita glorificado, Jesus ressuscita incorruptível.
Como não? Isaías diz:
1 O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas
aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a
abertura de prisão aos presos;
3 a ordenar acerca dos que choram em Sião que se lhes dê uma grinalda em vez de cinzas, óleo de
gozo em vez de pranto, vestidos de louvor em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem
árvores de justiça, plantação do Senhor, para que ele seja glorificado.
O momento da Glorificação de Jesus é quando ele dá a Igreja grinalda em vez de cinzas,
óleo de gozo em vez de pranto e vestidos de louvor em lugar de espíritos angustiados .
E quando tal ocorre? Ageu diz que isso acontece na construção do templo
Ageu 1:8
Subi ao monte, e trazei madeira, e edificai a casa; e dela me deleitarei, e serei glorificado, diz o
Senhor.
Mas, que templo, que casa é esta?
Jesus diz quando será glorificado:
33 Disse, pois, Jesus: Ainda um pouco de tempo estou convosco, e depois vou para aquele que me
enviou.
38 Quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior correrão rios de água viva.
39 Ora, isto ele disse a respeito do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; pois o
Espírito ainda não fora dado, porque Jesus ainda não tinha sido glorificado.
Resposta para ao enigma. Jesus será glorificado no instante em que o Espírito Santo for
dado a Igreja, Constituindo-a organismo vivo, templo (Ageu 1:8) do Espírito Santo. Tal acontece
em Atos dos apóstolos capítulo segundo.
Dez dias depois da ascensão de Cristo Jesus, Jesus recebe a recompensa profetizada
também em Isaías, do fruto de seu trabalho, o ESPIRITO SANTO é derramado na terra para
demonstrar que algo TREMENDO aconteceu no céu. A partir deste instante Creio que Jesus
recebeu o corpo glorificado. Por isso ele é completamente diferente daquele que subiu. Ele ascende
10
A ressurreição do Senhor da Glória
aos céus imortal e incorruptível, mas nos céus é que Jesus se torna Glorificado se tornando
semelhante à visão em Apocalipse:
CAPÍTULO 1
12 E voltei-me para ver quem falava comigo. E, ao voltar-me, vi sete candeeiros de ouro,
13 e no meio dos candeeiros um semelhante a filho de homem, vestido de uma roupa talar, e
cingido à altura do peito com um cinto de ouro;
14 e a sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a neve; e os seus olhos como
chama de fogo;
15 e os seus pés, semelhantes a latão reluzente que fora refinado numa fornalha; e a sua voz
como a voz de muitas águas.
16 Tinha ele na sua destra sete estrelas; e da sua boca saía uma aguda espada de dois gumes; e o
seu rosto era como o sol, quando resplandece na sua força.
17 Quando o vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo: Não
temas; eu sou o primeiro e o último.
18 Eu sou o que vivo; fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre! e tenho as chaves da
morte e do inferno.
Jesus.
Senhor.
Quando 9 anos depois deste dia de Pentecostes, Saulo cai do cavalo, é assim que ele vê a
Obs: Não tão de perto quanto João, que vê os detalhes e nos dá essa preciosa visão do
A última coisa que eu gostaria de abordar é sobre o preço que Deus pagou para realizar a
loucura da encarnação. A sua Palavra nos diz que Jesus era Deus, estava com Deus no início e que
saiu de Deus e veio ao mundo. Jesus estava oculto em Deus Pai, no seu corpo glorioso, jamais
visto por homem algum. Não sei se um anjo poderia “ver a Cristo” olhando para o Pai. Quando
Jesus se separa de Deus Pai, quando uma das pessoas da trindade desce, quando uma das
dimensões divinas, um dos componentes da pluralidade de Deus, é enviado ao mundo para assumir
um corpo humano, sabe que TAL CONDIÇÃO NÃO TEM RETORNO. PARA TODO O SEMPRE, JESUS
SE FUNDIU AO HOMEM PARA REALIZAR O MILAGRE DA REDENÇÃO. Uma dimensão de Deus
habita hoje um corpo que já foi mortal. Um corpo que não tem como separar de si, que agora faz
parte de sua existência. Para sempre veremos separadas as dimensões de Deus, Pai e Filho. Esse é
o preço pago pela loucura da cruz.
Lembro-me de um hino:
“Se isto não for amor,
O céu não é real,
Não há estrelas no céu,
As andorinhas não voam mais.
Se isto não for amor
O oceano secou
Tudo perde o valor
Se isto não for amor”.
Apc 21:3
E ouvi uma grande voz, vinda do trono, que dizia: Eis que o tabernáculo de Deus está
com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e Deus mesmo estará
com eles.
11
A ressurreição do Senhor da Glória
HUMILDE CONCLUSÃO:
Jesus ressuscita com carne, sangue, respirando e sujeito a transpiração. Ressuscita
faminto, mas num corpo imortal, não mais sujeito ao pecado e incorruptível. Após a ascensão, dez
dias depois ele é Glorificado, recebe um corpo glorioso, no qual habita até hoje.
Quando a Igreja for arrebatada nós passaremos por todo o processo numa única vez, para
sermos semelhantes aos anjos e semelhantes ao nosso Senhor.
Espero ter esclarecido a questão entre o Jesus ressurreto e sobre o Jesus Glorificado.
Bendito seja o nome de Jesus.
Welington Coorporation
Textos anexos
Romanos
CAPÍTULO 6
4 Fomos, pois, sepultados com ele pelo batismo na morte, para que, como Cristo foi ressuscitado
dentre os mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.
5 Porque, se temos sido unidos a ele na semelhança da sua morte, certamente também o seremos
na semelhança da sua ressurreição;
9 sabendo que, tendo Cristo ressurgido dentre os mortos, já não morre mais; a morte não mais tem
domínio sobre ele.
10 Pois quanto a ter morrido, de uma vez por todas morreu para o pecado, mas quanto a viver,
vive para Deus.
11 Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo
Jesus.
At 26:23
isto é, como o Cristo devia padecer, e como seria ele o primeiro que, pela ressurreição dos mortos,
devia anunciar a luz a este povo e também aos gentios.
Ro 1.4
e que com poder foi declarado Filho de Deus segundo o espírito de santidade, pela ressurreição
dentre os mortos-Jesus Cristo nosso Senhor,
Coríntios 15:12
Ora, se prega que Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, como dizem alguns entre vós que não
há ressurreição de mortos?
15:21
Porque, assim como por um homem veio a morte, também por um homem veio a ressurreição dos
mortos.
CAPÍTULO 15
3 Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos
pecados, segundo as Escrituras;
4 que foi sepultado; que foi ressuscitado ao terceiro dia, segundo as Escrituras;
5 que apareceu a Cefas, e depois aos doze;
6 depois apareceu a mais de quinhentos irmãos duma vez, dos quais vive ainda a maior parte, mas
alguns já dormiram;
7 depois apareceu a Tiago, então a todos os apóstolos;
8 e por derradeiro de todos apareceu também a mim, como a um abortivo.
12
A ressurreição do Senhor da Glória
10 Mas pela graça de Deus sou o que sou; e a sua graça para comigo não foi vã, antes trabalhei
muito mais do que todos eles; todavia não eu, mas a graça de Deus que está comigo.
11 Então, ou seja eu ou sejam eles, assim pregamos e assim crestes.
12 Ora, se prega que Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, como dizem alguns entre vós que
não há ressurreição de mortos?
13 Mas se não há ressurreição de mortos, também Cristo não foi ressuscitado.
14 E, se Cristo não foi ressuscitado, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé.
20 Mas na realidade Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que
dormem.
21 Porque, assim como por um homem veio a morte, também por um homem veio a ressurreição
dos mortos.
22 Pois como em Adão todos morrem, do mesmo modo em Cristo todos serão vivificados.
23 Cada um, porém, na sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda.
25 Pois é necessário que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo de seus pés.
26 Ora, o último inimigo a ser destruído é a morte.
35 Mas alguém dirá: Como ressuscitam os mortos? e com que qualidade de corpo vêm?
36 Insensato! o que tu semeias não é vivificado, se primeiro não morrer.
37 E, quando semeias, não semeias o corpo que há de nascer, mas o simples grão, como o de
trigo, ou o de outra qualquer semente.
38 Mas Deus lhe dá um corpo como lhe aprouve, e a cada uma das sementes um corpo próprio.
39 Nem toda carne é uma mesma carne; mas uma é a carne dos homens, outra a carne dos
animais, outra a das aves e outra a dos peixes.
40 Também há corpos celestes e corpos terrestres, mas uma é a glória dos celestes e outra a dos
terrestres.
41 Uma é a glória do sol, outra a glória da lua e outra a glória das estrelas; porque uma estrela
difere em glória de outra estrela.
42 Assim também é a ressurreição, é ressuscitado em incorrupção.
43 Semeia-se em ignomínia, é ressuscitado em glória. Semeia-se em fraqueza, é ressuscitado em
poder.
44 Semeia-se corpo animal, é ressuscitado corpo espiritual. Se há corpo animal, há também corpo
espiritual.
45 Assim também está escrito: O primeiro homem, Adão, tornou-se alma vivente; o último Adão,
espírito vivificante.
46 Mas não é primeiro o espiritual, senão o animal; depois o espiritual.
47 O primeiro homem, sendo da terra, é terreno; o segundo homem é do céu.
48 Qual o terreno, tais também os terrenos; e, qual o celestial, tais também os celestiais.
49 E, assim como trouxemos a imagem do terreno, traremos também a imagem do celestial.
50 Mas digo isto, irmãos, que carne e sangue não podem herdar o reino de Deus; nem a corrupção
herda a incorrupção.
51 Eis aqui vos digo um mistério: Nem todos dormiremos mas todos seremos transformados,
52 num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta; porque a trombeta
soará, e os mortos serão ressuscitados incorruptíveis, e nós seremos transformados.
53 Porque é necessário que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é
mortal se revista da imortalidade.
54 Mas, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se
revestir da imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrito:
Tragada foi a morte na vitória.
55 Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?
56 O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei.
57 Mas graça a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo.
58 Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do
Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.
13
A ressurreição do Senhor da Glória
CAPÍTULO 61
1 O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas
aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a
abertura de prisão aos presos;
3 a ordenar acerca dos que choram em Sião que se lhes dê uma grinalda em vez de cinzas, óleo
de gozo em vez de pranto, vestidos de louvor em vez de espírito angustiado; a fim de que se
chamem árvores de justiça, plantação do Senhor, para que ele seja glorificado.
4 E eles edificarão as antigas ruínas, levantarão as desolações de outrora, e restaurarão as
cidades assoladas, as desolações de muitas gerações.
5 E haverá estrangeiros, que apascentarão os vossos rebanhos; e estranhos serão os vossos
lavradores e os vossos vinheiros.
6 Mas vós sereis chamados sacerdotes do Senhor, e vos chamarão ministros de nosso Deus;
comereis as riquezas das nações, e na sua glória vos gloriareis.
7 Em lugar da vossa vergonha, haveis de ter dupla honra; e em lugar de opróbrio exultareis na
vossa porção; por isso na sua terra possuirão o dobro, e terão perpétua alegria.
10 Regozijar-me-ei muito no Senhor, a minha alma se alegrará no meu Deus, porque me vestiu de
vestes de salvação, cobriu-me com o manto de justiça, como noivo que se adorna com uma
grinalda, e como noiva que se enfeita com as suas jóias.
Ageu 1:8
Subi ao monte, e trazei madeira, e edificai a casa; e dela me deleitarei, e serei glorificado, diz o
Senhor.
Jo
11 Maria, porém, estava em pé, diante do sepulcro, a chorar. Enquanto chorava, abaixou-se a
olhar para dentro do sepulcro,
12 e viu dois anjos vestidos de branco sentados onde jazera o corpo de Jesus, um à cabeceira e
outro aos pés.
13 E perguntaram-lhe eles: Mulher, por que choras? Respondeu-lhes: Porque tiraram o meu
Senhor, e não sei onde o puseram.
14 Ao dizer isso, voltou-se para trás, e viu a Jesus ali em pé, mas não sabia que era Jesus.
15 Perguntou-lhe Jesus: Mulher, por que choras? A quem procuras? Ela, julgando que fosse o
jardineiro, respondeu-lhe: Senhor, se tu o levaste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei.
16 Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, virando-se, disse-lhe em hebraico: Raboni!-que quer dizer, Mestre.
17 Disse-lhe Jesus: Deixa de me tocar, porque ainda não subi ao Pai; mas vai a meus irmãos e
dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus.
18 E foi Maria Madalena anunciar aos discípulos: Vi o Senhor!-e que ele lhe dissera estas coisas.
19 Chegada, pois, a tarde, naquele dia, o primeiro da semana, e estando os discípulos reunidos
com as portas cerradas por medo dos judeus, chegou Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja
convosco.
20 Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Alegraram-se, pois, os discípulos ao verem o Senhor.
21 Disse-lhes, então, Jesus segunda vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou,
também eu vos envio a vós.
22 E havendo dito isso, assoprou sobre eles, e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.
24 Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus.
25 Diziam-lhe, pois, ou outros discípulos: Vimos o Senhor. Ele, porém, lhes respondeu: Se eu não
vir o sinal dos cravos nas mãos, e não meter a mão no seu lado, de maneira nenhuma crerei.
26 Oito dias depois estavam os discípulos outra vez ali reunidos, e Tomé com eles. Chegou Jesus,
estando as portas fechadas, pôs-se no meio deles e disse: Paz seja convosco.
27 Depois disse a Tomé: Chega aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; chega a tua mão, e mete-a
no meu lado; e não mais sejas incrédulo, mas crente.
14
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