Titulo: Hemangioendotelioma epitelióide - relato de caso Autores: Abreu Lima E. M. ; Pereira R. M. ; Bernardino L. G. ; Fraiha P. S. F. ; Coutinho L. F. ; Vilaça I. G. Instituições: Instituto Mário Penna Redação: Este trabalho tem como objetivo relatar um caso de hemangioendotelioma epitelióide (HEE), uma neoplasia vascular muito rara, com pouco mais de 200 casos descritos na literatura. Foi realizada análise retrospectiva do prontuário do paciente RAM, sexo masculino, 53 anos, internado no Hospital Luxemburgo em 14/02/2011 com quadro de icterícia progressiva, desconforto torácico ventilatório-dependente e massa pulmonar a esclarecer. A ultrassonografia abdominal mostrou fígado de morfologia atípica, com hipotrofia do lobo direito, formações nodulares e pequenos focos hiperecogênicos no parênquima do lobo hepático esquerdo, sugerindo calcificações. Imagem do tórax evidenciou massa no segmento lateral do lobo inferior direito e pequenos nódulos subpleurais. O paciente foi encaminhado ao bloco cirúrgico para realização de segmentectomia pulmonar e pleurectomia parcial , sendo visualizado implantes pleurais e massa no segmento lateral do lobo inferior direito, de aspecto necrotizante, envolvendo a região da cava inferior. A análise peroperatória por cortes de congelação evidenciou carcinoma. Encaminhado material para imunohistoquímica cujo resultado concluiu tratar-se de HEE. HEE apresenta-se geralmente como massa hepática volumosa, por vezes envolvendo hilo e veia cava inferior, podendo acometer também outros órgãos. Possui crescimento lento e progressivo. A evolução para insuficiência hepática e morte é possível, tal como regressão espontânea da doença. À microscopia, o HEE é constituído de uma mistura de células fusiformes e células epitelióides volumosas. A imunohistoquímica mostra positividade para Fator VIII, CD34, CD31 e Vimentina. Frequentemente é confundido com outras neoplasias como angiossarcoma, colangiocarcinoma, hepatocarcinoma, sarcomas ou tumores mistos. Diversas linhas de tratamento já foram descritas (quimioterapia intra-arterial e sistêmica, embolização e alcoolização), entretanto a abordagem cirúrgica, desde a ressecção da lesão, até o transplante hepático, permanece como a melhor opção terapêutica. O comportamento da doença muitas vezes é imprevisível, com prognóstico extremamente variável, embora melhor do que outras neoplasias malignas hepáticas. Estudos sugerem relação com o uso de hormônios esteróides, estrogênios e colelitíase, e a sobrevida global em 5 anos pode chegar a 30%. Observações Gerais: N/A