Documento 2

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Visita de Estudo realizada ao Laboratório de Caracterização de
Materiais de Multiplicação de Plantas (LCMMP) da Direcção-Geral de
Protecção das Culturas, no dia 20 de Fevereiro, quinta-feira, no
âmbito do Projecto de Genética e Biotecnologia Vegetal.
Começou-se com uma pequena palestra proferida pela Doutora Eugénia
Silva que nos elucidou sobre o uso de uma técnica muito utilizada em
protocolos de investigação e de detecção de milhos transgénicos,
nomeadamente num protocolo desenvolvido por ela juntamente com um
investigador belga.
A técnica que toma o nome de PCR (polymerase chain reaction),
traduzível por ‘reacção em cadeia da polimerase’ consiste na amplificação “in
vitro” de ADN.
Transcreve-se um trecho adaptado (de acordo com sugestões dadas pela
Drª Eugénia Silva) de um texto de apoio disponibilizado em fotocópia aos
alunos durante a visita (texto da pp.36 do Livro: ‘O genoma humano. Um guia
para principiantes’, de 2002, da autoria de Jeremy Cherfas, versão Portuguesa
da Editora Civilização, Colecção Manuais práticos de ciência ‘DK- Dorling
Kindersley’).
Trecho com ligeiras adaptações ao texto original sugeridas pela Drª Eugénia Silva
«amplificar o ADN
Chamamos amplificação de ADN às diversas cópias de fragmentos de
ADN que os cientistas que trabalham em sequências genómicas fazem. Nos
finais da década de 80, uma nova técnica chamada PCR (polymerase chain
reaction) tornou possível uma amplificação mais rápida do ADN. A PCR utiliza
uma enzima, a polimerase, que produz ADN complementa,r num tubo de
ensaio, a partir de uma única cadeia que sirva de molde e uma quantidade dos
quatro nucleótidos (A,T,C e G). A enzima necessita também de duas pequenas
sequências de ADN, chamadas “primers”, que complementam regiões em cada
um dos lados do molde. A reacção é sujeita a ciclos de temperaturas
sucessivos. A cada novo ciclo, a quantidade de ADN duplica.
a mistura da reacção
A cadeia-molde, a polimerase, os nucleótidos e os “primers” são
misturados num tubo de ensaio e inseridos numa máquina que permite regular
a temperatura (termociclador).
as cadeias de ADN separam-se (desnaturação)
A mistura é aquecida até 95ºC, o que provoca a separação das cadeias
de ADN.
os “primers” ligam-se (anealing)
De seguida a temperatura baixa para a temperatura óptima de ligação
dos “primers” Neste momento os “primers” ligam-se às suas sequências
complementares em cada um dos extremos do molde de cada um das lados do
molde.
os nucleótidos ligam-se (extensão)
A temperatura da mistura aumenta para os 72ºC (temperatura óptima de
funcionamento do enzima) e a polimerase produz uma nova cadeia de ADN, a
começar no “primer” e a avançar ao longo do molde.
duas cópias
No final do ciclo teremos duas cópias da sequência original do molde.
Depois de mais um ciclo, existirão quatro cópias do molde.»
Após a introdução sobre a amplificação de ADN visitámos o laboratório
que estava dividido em várias salas, em forma de circuito.
A primeira sala era a de recepção de material e era considerada a ‘sala
suja’ do laboratório. Na segunda sala, na qual não era permitida a nossa
entrada, era a sala de preparação de soluções. Na terceira sala efectuavam-se
as extracções de DNA ou outro analito em causa. Na quarta sala realizam-se as
reacções de PCR e na quinta sala as electroforeses. As electroforeses em géis
de agarose permitem a separação dos fragmentos dos genes em estudo e que
foram amplificados pelo PCR. No final, os géis de agarose são corados numa
solução de brometo de etídio, molécula esta que se intercala na dupla cadeia
de DNA e que, sob a incidência de de luz UV emite fluorescência permitindo
assim a detecção dos fragmentos dos genes anteriormente separados.
Com esta visita retemos um pouco do processo de detecção da presença
acidental de milho transgénico em lotes de sementes não- transgénicas, que
nos passa despercebido no dia- a- dia ao ingerirmos, directa ou indirectamente,
sem nos apercebermos, e independentemente de ser benéfico ou maléfico para
a população.
Nesta visita estiveram a acompanhar os alunos a Coordenadora do projecto (Maria Alexandra
Lima) e as suas Professoras da Escola (Margarida Dias Feliciano e Margarida Antunes)
Trabalho realizado, em 2003/02/25,
pelos alunos da Escola Profissional
Agrícola Fernando Barros Leal,
de Torres Vedras:
Marco Silva
Paula Carina Cerqueira
Luís Tiago Pereira
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