Doze Passos – Bíblia de Estudo Despertar

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Doze Passos – Bíblia de Estudo Despertar
PASSO 1
Admitimos que éramos impotentes perante nossas
dependências – que tínhamos perdido o domínio sobre nossa vida.
Estamos contra a parede: se agradarmos um decepcionaremos
outro. Às vezes quando, nos sentimos perplexos e frustrados com
nossos relacionamentos, almejamos boa dose de controle para
escapar de nossos comportamentos adictivos.
Agar é um exemplo de impotência. Ela não usufruía de
direitos. Enquanto moça, era escrava de Sarai e Abrão. Quando
eles estavam tristes pelo fato de Sarai ser estéril, Agar foi
entregue a Abrão para ser de substituta. Quando engravidou,
como esperavam, Sarai ficou tão invejosa, que bateu em Agar, e
Agar foi embora. Absolutamente sozinha no deserto, ela foi
encontrada por um anjo, que lhe deu uma maravilhosa mensagem:
“Volte para a sua dona e seja obediente a ela em tudo.” E o anto
do Senhor disse também: “Eu farei com que o número dos seus
descendentes seja grande; eles serão tantos, que ninguém poderá
contá-los. Você está grávida, e trá um filho, e porá nelo o nome
de Ismael, pois o Senhor Deus ouviu o seu grito de aflição.”
(Gen. 16.9-11)
Quando somos apanhsdos em situações de perda, somos
tentados a correr embora através dos nossos atalhos
adictivos/compulsivos. Em momentos como esses, Deus está ali e
ouve os nossos clamores. Necessitamos aprender a expressar
nossa dor perante Deus em vez de apenas tentar escapar dela.
Deus ouve nossos fritos e está disposto a dar esperança para o
futuro.
Situações de Perda – Gen. 16.1-15
Auto-Engano Perigoso – Juízes 16.1-31
Às vezes, somos impotentes por causa das situações da vida.
Talvez estejamos numa situação em que outras pessoas têm domínio
sobre nós. Talvez percebamos que estamos sendo postos em ciladas
pelas exigências de outros e que não há meios de agradar a todos.
Quando nos recusamos admitir nossa impotência, somente
enganamos a nós mesmos. As mentiras que contamos pra nós e
para outros são conhecidas: “Posso parar quando quizer.”
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“Mantenho o controle: esta única vez não fará mal.” E, a todo
momento, estamos chegando mais próximos ao desastre.
Sansão foi um dos juízes de Israel. Enquanto criança, fora
dedicado a Deus, e Deus lhe havia dotado com força sobrenatural.
Mas sansão teve toda uma vida de fraqueza: a maneira como se
relacionava com mulheres. Sansão foi especialmente cegado para os
perigos que enfrentava no seu relacionamento com Dalila. Seus
inimigos a pagavam para descobrir o segredo da força de Snasão.
Três vezes ela implorou Sansão para contar seu segredo. Cada vez
ela estava pronta a entregar Sansão ao inimigo. Três vezes Sansão
mentiu para Dalila e pode escapar. Mas cada vez ele chegava mais
próximo ao momento de contar-lhe a verdade. Finalmente, Sansão
revelou-lhe o segredo, foi capturado e morreu como escravo nas
mãos do inimigo.
O real problema de Sansão se encontra nas mentiras que
contou sobre si. Por não admitir sua impotência, permaneceu cego
para o perigo óbvio ao qual seu orgulho e desejo por mulheres
estrangeiras o conduziam. Isso o levou, gradativamente, ao caminho
da morte.
Nós precisamos ser cuidadosos para não cair em armadilha
semelhante. Ao aprendermos a reconhecer diariamente nossa
impotência frente a nossas tendências adictivas/compulsivas,
ficaremos mais atentos a comportamentos que , possivelmente, nos
conduzirão à destruição.
recusamos admitir nossa impotência, podemos perder tudo. Essa
parte impossível de ser manejada em nossa vida pode infestar e
destruir tudo mais.
As experiências do comandante do exército da Síria,
chamado Naamã, ilustram a veracidade do que foi dito acima. Ele
era uma figura militar e política poderosa, homem rico, de
relevante posição e poder. Ele portava lepra, que ameaçava
provocar a perda de tudo quanto estimava. Leprosos eram
marginalizados de usas famílias e da sociedade. No fim das
contas, sofriam morte lenta, dolorosa e desgraçada.
Naamã ouviu a respeito de um profeeta em Israel que
poderia curá-lo. Encontrou o profeta, e o profeta lhe disse que,
para ser curado, devia mergulhar sete vezes no rio Jordão. Naamã
ficou distante, esperando que seu poder lhe proporcionasse cura
instantânea e fácil. No fim, entretanto, reconheceu seu
impotência, seguiu as instruções e recuperou-se completamtne.
Nossas “doenças”são tão ameaçadoras como a lepra do
tempo de Naamã. Elas nos separam lentamente de nossa família e
encaminham à destruição tudo que nos é importante. Nào há cura
instantânea ou fácil. A única resposta consiste em admitir nossa
impot6encia, humilhar-nos e submeter-nos ao processo que
poderá nos recuperar.
Esperança em Meio ao Sofrimento - Jó 6.2-13
Um Começo Humilde – 2 Reis 5.1-15
Pode ser muito humilhante admitir nossa impotência,
especialmente se somos usados a fim de manter-nos sob controle.
Podemos ser fortes em algumas áreas de nossa vida, mas perder o
contro sobre comportamentos adictivos/compulsivos. Se nos
Há ocasiões em que nós ficamos tão confusos e tão
dominados pela dor em nossa vida, que chegamos a desejar a
morte. Não importa o que fazemos, nós somos impotentes para
mudar as coisas para melhor. O peso do sofrimento e da treisteza
parece pesado demais para ser suportado. Não podemos entender
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por que nosso coração n+ao para e não permite a morte nos liberar.
Jó sentia-se assim. Ele havia perdido tudo, mesmo tendo ele
vivido uma vida correta. Seus dez filhos estavam mortos. Ele havia
perdido seus negócios, seus bens e sua saúde. E tudo isso aconteceu
numa questão de dias! Só lher restarm uma mulherde língua muito
afiada para instigá-lo contra Deus e três amigos que o acusavam
cpmp responsável da sua própria desgraça. Jó clamava: “Ah! Se a
minha desgraça e os meus sofrimentos fossem postos numa balança,
com certeza pesariam mais do que a areia do mar... Ah! Se Deus me
desse o que estou pedindo! Ah! Se Deus respondesse à minha
oração! Então ele me tiraria a vida; ele me atacaria e acabaria
comigo! Onde estão as minhas forças para resistir? Por que viver,
se não há esperança? Será que sou forte como a pedra? Será que o
meu corpo é de bronze? Não sou capaz de me ajudar a mim mesmo,
e não há ninguém que me socorra.” (Jó 6.2-3, 8-9, 11-13)
Jó não sabia que o fim de sua vida seria ainda muito melhor
do que o seu começo.
“O Senhor abençoou a última parte da vida de Jó mais do
que a primeira... E morreu bem velho.” (Jó 42.12, 17) Mesmo
quando somos pressionados e parece que a morte é certa , ainda há
esperança de que a nossa vida muda. Devemos lembrar: a vida pode
ser boa novamente!
prometido nunca mais ser tão vulneráveis como quando éramos
crianças.
Jesus nos diz que, para entrar no Reino de Deus, devemos
ser como crianças, e isso incui ser impotentes. Ele disse: “Eu
afirmo a vocês que isto é verdade: quem não receber o Reino de
Deus como uma criança nunca entrará nele.”(Mc 10.15)
Em qualquer sociedade, as crianças são os membros mais
dependentes. Não têm nenhum poder natural para se autoproteger;
não têm meior para garantir que a sua vida seja segura, cômoda e
satisfatória. As crianças pequenas são particularmente
dependentes do amor, dos cuidados e da proteção de outros nas
susas necessidades mais básicas. Elas precisam chorar, mesmo
que nem saibam exatamente do que é que necessitam. Precisam
confiar sua vida a alguém que é mais poderoso que elas e têm a
esperança de que serão ouvidas e cuidadas com amor.
Se queremos curar a nossa vida, nós também temos de
admitir que somos verdadeiramente impotentes. Isso não significa
que tenhamos de nos transformar outra vez em vítimas.
Reconhecer a nossa impotência é uma apreciação franca da nossa
situação na vida e um passo positivo para a recuperaçào.
A Mudança No Tempo Certo – Atos 9.1-9
Impotentes Como as Crianças – Marcos 10.13-16
Para muitos de nós que estamos em processo de recuperação,
as lembranças da infância estão cheias de medos porque nos
sentíamos indefensos. Se fomos criados em uma família fora de
controle, na qual descuidavam de nós, avusavam ou nos expunham à
violência domésstica e a um comportamento disfuncional, o
pensamento de impotência pode ser aterrador. Talvez até tenhamso
Há momentos iimportantes na vida que podem mudar o
nosso destino. Com frequência, são momentos em que nos
sentimos confrontados com a nossa impotência diante dos
acontecimentos da nossa vida. Esses momentos podem nos
destruir ou arrumar para sempre a nossa vida numa direção
melhor.
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Saulo de Tarso (depois chamado Paulo; veja Atos 13.9), viveu um
desses momentos. Depois da ascensão de Jesus, Saulo assumiu a
tarefa de deixar o mundo sem cristãos. Enquanto ia no caminho para
Damasco a fim de cumprir a sua missão, “de repente uma luz que
vinha do céu brilhou em volta dele. Ele caiu no chão e ouviu uma
voz que dia: ‘Saulo, Saulo, por que me persegue?... Eu sou Jesus,
aquele que você persegue. Mas levante-se, entre na cidade, e ali
dirão a você o que deve fazer’. Saulo se levantou do chão e abriu os
olhos, mas sem poder ver nada. Então eles o pegaram pela mão e o
levaram para Damasco. Ele ficou três dias sem poder ver e durante
esse dias não comeu nem bebeu nada.” (Atos 9.3-6, 8-9)
De repente, Saulo foi confrontado com o fato de que a sua
vida não era tão perfeita como ele havia pensado. A autojustifica-ção
tinha sido a sua marca registrada. No entanto, ao abandonar as usas
ilusões de poder, ele se transformou em um dos homens mais
poderosos que já existiu: o apóstolo Paulo. Quando somos
confrontados com a verdade de que a nossa vida não está sob o nosso
controle, é hora de decidir. Podemos continuar negando essa verdade
enos apegando à autojustiça ou podemos encarar o fato de que
estivemos cegos diante de alguns assuntos importantes. Se
estivermos dispostos a ser quiados para a nossa recuperação e para
uma maneira nova de viver, então encontraremos o verdadeiro
poder.
encontrar o poder para seguir adiante. Trataremos desse paradoxo
quando passarmos pelos Passos Dois e Tres.
A vida está repleta de paradoxos. O apóstolo Paulo nos
diz: “Porém nós que temos esse tesouro espiritual somos como
potes de barro para que fique claro que o poder supremo
pertence a Deus e não a nós. Muitas vezes ficamos aflitos, mas
não somos derrotados. Algumas vezes ficamos em dúvida, mas
nunca ficamos desesperados.” (2 Cor. 4.7-8)
Essa ilustração mostra um contraste entre um tesouro
precioso e o singelo recipiente no qual esse tesouro está guardado.
O poder vivente derramado na nossa vida do alto é o tesouro. O
nosso corpo humano, com todos os seus defeitos e fraquezas, é o
pode de barro. Como seres humanos, comos imperfeitos.
Quando reconhecermos o paradoxo da impotência,
poderemos sentir bastante alívio. Não temos de ser fortes sempre
ou fingir que somos perfeitos. Podemos viver uma vida de
verdade, com as suas lutas diárias, com um corpo humano
assediado por fraquezas e, ainda, encontra o poder do alto para
seguir adiante sem estar angustiados nem desesperados.
O Paradoxo da Impotência – 2 Cor. 4.7-10
Procura Incessante – Jó 14.1-6
Talvez tenhamos medo de confessar que precisamos de forá e
que a nossa vida já está sem controle. Se reconhecessemos que
somos impotente, por acaso não nos sentiríamos tentados a nos
render completamente na luta contra a nossa adicção? Parece que
não há sentido em confessar a nossa impotência e, mesmo assim,
Algo que poderia tornar difícil crer em Deus é que,
frequentemente, a vida prece injusta. Não pedimos para anscer em
uma família disfuncional! Não emitimos qualquer opinião quanto
aos maus tratos e às injustiças que sofremos! Não escolhemos a
nossa predisposição para a dic’’cão. Entretanto, somos
PASSO 2
Viemos a acreditar que um Poder Superior a nós mesmos
poderia devolver-nos à sanidade.
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responsabilizados por coisas que nem mesmo podemos controlar.
Com isso , fica difícil voltar a Deus como o Poder que pode restaurar
a nossa sanidade. Deus parece pouco racional nas suas exigencias.
Jó conheceu esses sentimnetos. Em meio ao seu sofrimento,
manifestou: “Todos somos fracos des o nascimento; a nossa vida é
curta e muito afitada. O ser humano é como a flor que se abre e logo
murcha; como uma sombra ele passa e desaparece. Nada somos;
então por que nos dás atenção?E quem sou eu para que me leves ao
tribunal? O ser humano, que é impuro, nunca produz nada que seja
puro.” (Jó 14.1-4) Essas são boas perguntas que a maioria de nós
formulamos de uma forma ou de outra maneira. Jó persistiu no seu
questionamento porque, no íntimo, cria que Deus era bom e justo,
embora a vida não fosse assim. Jó foi sincero com as susas emoções
e perguntas, mas nunca deixou de procurar Deus.
Existe uma boa resposta à pergunta de Jó, a qual satisfará o
nosso coração e a nossa mente. Entretanto, tal resposta somente será
encontrada por quem estiver disposto a passar pela dor e pela
injustiça da vida e a continuar procurando Deus. Aquele que o
buscar o encontrará. Além disso, nos braços amorosos do Senhor
encontrará tamvém as respostas que procura.
Nós Não Somos Deus – Daniel 4.19-33
Na sua ápoca, Nabucodonosos, rei da antiga Babilônia, foi a
autoridade mais poderosa sobre a face da terra. Ele acreditava que
era um deus e exigia ser adorado. Por meio de Daniel, Deus dissa
para ele. “E agora vou dar a explicação. Este sonho trata da
sentença do Deus Altíssimo conto o senhor, ó rei: O senhor será
expulso do meio dos seres humanos e ficara morando com os
animais selvagens... até qu o senhor reconheça que o Deus altíssimo
domina todos os reinos do mundo e coloca como rei o homem que
ele quer.”(Daniel 4.24-25)
Aconteceu exatamento como Daniel havia explicado. No
fim do período de isolamento, Nabucodonosos disse:... “eu olhei
para o céu, e o meu juízo voltou”. Aí agradeci ao Deus Altíssimo
e dei louvor e glória àquele que vive para sempre... Logo que o
meu juízo voltou – continuou Nabucodonosos – eu recebi outra
vez a minha honra, a minha majestade e a glória do meu reino,...
com mais poder do que antes. Portanto, eu, o rei Nabucodonosor,
agradeço ao Rei do céu e lhe dou louvor e glória. Tudo o que ele
faz é certo e justo, e ele pode humilhar qualquer pessoa
orgulhosa.” (Daniel 4.34-37)
Nós não somos Deus; nós temos de prestar contas a Deus,
que é um poder maior. Esse poder superior pode curar nossas
“loucuras” e recuperar nossa vida para se até melhor do que era
antes do nosso período de “insanidade”. Deus fará isso somente se
entrefarmos nossa vida a ele.
Escravidão Interior – Marcos 5.1-13
Quando estamos sob a influência da nossa adicção, o seu
poder parece ter uma força sobrenatual. Talvez possamos desistir
da vida e lançar-nos em comportamentos autodestruutivos com
uma impulsividade imprudente. Talvez as pessoas tenham
desistido de nós. Talvez se distanciem como se já estivéssemos
mortos. Tanto se a nossa “insanidade” for auto-induzida como se
tem uma origem mais sinistra, há um poder diposto a nos devolver
a sanidade e a integridade.
Jesus ajudou um homem que agia como um louco. “O
homem vinha do cemitério, onde estava morando. Ninguém
conseguia prendê-lo, nem mesmo usando correntes. Muitas vezes
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já tinham amarrado as suas mãose os seus pés com correntes de
ferro, mas ele quebrava tudo, e ninguém consguia dominá-lo.
Passava os dias e as noites nos montes e entre os túmulos, gritando
e es ferindo de propósito com pedras”(Marcos 5.3-5).
Jesus foi ao cemitério e avaliou a situação. Ele tratou com as forças
das trevas que afligiam o homem e lhe deveolveu o juízo. Depois, o
enviou para a sua casa para que contasse aos seur amigos o que Deus
havia feito por ele.
Talvez tenhamso ido tão longe em nossa adicção que
quebramos todas as cadeias. Lutamos para ser livres do controle da
sociedade e dos nossos amados. Somente para descobrir que a nossa
escravidão não vem de fontes externas. Toda a esperança parece
perdida, mas, onde ainda há vida, ainda há esperança. Deus pode
tocar a nossa insanidade e nos devolver o juízo perfeito.
Recuperação pela Fé – Lucas 8.43-48
A fé é a chabe para trabalahr o segundo passo com sucesso.
Para alguns de nós, a fé chega facilmente. Para outros, especialmente
se experimentamos a traição, pode ser mais difícil. Às vezes,
pensamos que debemos esgotar todos os nossos recursos tentando
superar a nossa “enfermidade” adictiva antes de nos arriscar a crer
em um Poder superior.
Quando Jesus viveu na Terra, era tão conhecido pelo seu
poder de cura, que multidões de enfermos o seguiam
constantemente. Um dia, “chegou uma mulher que fazia doze anos
que estava com uma hemoragia. Ela havia gastado com os médicos
tudo o que tinha, mas ninguém havia consguido curá-la. Ela foi por
trás de Jesus e tocou na barra da capa dele, e logo o sangue parou
de escorrer... Aí Jesus disse: ‘Minha filha, você sarou porque teve
fé! Vá em paz,’” (Lucas 8.43-44,48)
Para alcançar a recuperação, devemos seguir o exemplo
dessa mulher. Não podemos nos dar ao luxo de ficar esperando
“curas” e evitar uma ação deliberada por falta de fé. Talvez
tenhamos vivido com a nossa enfermidade por muitos anos,
gastando os nossos recursos em “curas” que são prometidas, mas
sem obter resultados. Quando pudermos crer em Deus, o Poder
superior a nós, e ter a fé para assumir a nossa própria recuperação,
encontramos o poder curador que estamos buscando.
Retorno Para a Sanidade – Lucas 15.11-24
Na progressão natural da adicção, a vida se degenera. De
uma forma ou de outra, muitos d nós um dia acordamos e
percebemos que estamos vivendo como um animal. O quanto isto
está acontecendo depende da natureza da nossa adicção. Alguns
de nós podemos estar vivendo como animais em termos de nosso
ambiente féisico. Outros talvez sejamos escravos de nossas
paixões animais; emoções tão fortes, que desumanizam a nós e a
outros.
Um jovem pediu a sua herança antecipadamente e saiu de
casa. Quando ficou sem dinheiro, as mulheres eram somente uma
lembrança e a “euforia” já havia acabado, foi obrigado a
apascentar porcos para ganhar a vida a duras penas. Quando já
estava tão faminho a ponto de ter inveja da comida dos porcos,
entendeu que tinha um problema. “Caindo em si, ele pensou:
‘Quantos trabalhadores do meu pai tem comida de sobra, e eu
estou aqui morrendo de fome! Vou voltar para a casa do meu
pai...’Então siu dali e voltou para a casa do pai. – Quando o
rapaz ainda estava longe de casa, o pai o avistou. E, com muita
pena do filho, correu, e o abraçou, e beijou.” (Lucar 15.17,20)
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O fato de termos a capacidade de reconhecer a nossa vida
como algo degenerado ou demente demonstra que há esperança de
uma vida melhor. Lembramo-nos dos tempos em que a vida era boa
e desejamos que volte a ser assim. Quando nos voltarmos para Deus,
que é suficientemente poderoso para nos ajudar a construir algo
melhor, descobriremos que o seu poder pode nos devolver a
sanidade.
que deve haver um Poder superior que os ajudou. Podemos ver as
semelhanças entre as lutas dessas pessoas e as nossas e, com isso,
chegamos ao conhecimento de que o nosso poderoso Deus pode
nos restaurar a sanidade. Aqui é onde muitas pessoas se
encontram quando se chega ao Passo Dois, e, no caminho para a
recuperação, esse é um bom lugar para estar.
O Passo da Esperança – Hebreu 11.1-10
Acreditando na Recuperação – Romanos 1.18-20
Dizer que “viemos a acreditar” sugere um processo.
Acreditar é o resultado de considerar, dubidar, raciocinar e concluir.
A habilidade de dar forma a uma fé é parte do que significa ser feitos
parecidos com Deus. Isso envolve emoção e lógica e nos levaa ação.
Então, qual é o processo que nos leva a uma fé sólida e muda a nossa
vida?
Começamos com as nossas experiências pessoais e vemos o
que é que não funciona. Quando examinamos a nossa própria
condição, compreedemos que não temos poder suficiente para vencer
a nossa dependência. Tentamos com todas as nossas forças, mas sem
nenhum resultado. Quando estamos suficientemente tranquilos para
escutar, ouvimos essa voz mansa e suave dentro de nós, que nos diz:
“Existe um Deus e ele é extremadamente poderoso.” O apóstolo
Paulo disse isso da seguinte maneira: “O que es pode conhecer a
respeito de Deus está bem claro para elas [todas as pessoas], pois
foi o próprio Deus que lhes mostrou isso”(Romanos 1.19).
Reconhecer as nossas fraquezas íntimas é o primeiro passo
para a recuperação. Quando olhamos além de nós, descobrimos que
há outros que lutaram contra uma adicção e se recuperaram.
Sabemos que eles também eram incapazer de curar a si mesmos,
porém, agora, vivem livres das susas condutas adictivas. Concluímos
O Passo dois é mencionado com frequência, como o
“passo da esperança”. Ao acreditar que um Poder superior a nós
pode nos devover à sanidade, recordaremos como era viver com
sanidade e teremos a fé para esperar que essa sanidade retorne.
‘O que é a fé?”, pergunta a Bíblia. “A fé é a certeza de que
vamos receber as coisas que esperamos e a prova de que existem
coisas que não podemos ver.” (Hebreu 11.1) Como podemos ter
certeza de que algo que queremos vai acontecer, especialmente se
todas as nossas esperanças foram frustradas? Como podemos
arriscar acreditar que a vida que desejamos está esperando por nós
na esquina?
A Bíblia nos diz que a chave está na natureza do Poder
superior que olhamos. As escrituras dizem que “quem vai a ele
(Deus ) precisa crere que ele existe e que recompensa os que
procuram conhecê-lo melhor” (Hebreus 11.6). Se consideramos
Deus como alguém que stá tentando nos ajudar, teremos desejo de
buscá-lo. Mas, se a nossa fé ainda não amadureceu até esse nível,
podemos pedir aajuda. Um homem se aproximou de Jesus para
lhe pedir que ajudasse o seu jovem filho que estava possuído por
um demônio. O homem disse a Jesus: “Se o Senor pode, então
nos ajude. Tenha pena de nós! Jesus respondeu: ‘Se eu posso?
Tudo é possível para quem tem fé’. Então o pai gritou: ‘Ajude-me
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a ter mais fé ainda’”(Marcos 9.22-24). Para começar podemos pedir
a Deus que nos ajude a ter mais fé. Então, poderemos lhe pedir
coragem para esperar um futuro melhor.
PASSO 3
Decidimos entregar nossa vontade e nossa vida aos
cuidados de Deus.
Confiando Em Deus – Números 23.18-24
É comum vincularmos nossas percepções a respeito de Deus
às nossas experiências da infância com pessoas que desempenhavam
funções influentes em nossa vida, se fomos vítimas no passado de
pessoas que foram excêntricas, abusivas, distantes, desleixadas ou
incompetentes. Quem sabe, agora, atribuimos essas qualidades
também a Deus?
O fato de Deus ser muito mais poderoso do que nós e as
pessoas que nos molestaram representarem poder maior do que o
nosso não nos deve levar à conclusão de que Deus nos causará dano
se entregarmos nossa vida a ele. Jesus nos conta que ele não se
entregou a homens porque sabia o que se encontrava nos corações
deles. No entanto, ele entregou voluntariamente sua vida à vontade
de Deus, o Pai. “É melhor confiar no Senhor do que depender de
seres humanos.” (Salmo 118.8)
Talvez no passado tenhamos aprendido que confiar em
pessoas resulta somente em dor e decepção. Não podemos deixar que
isso nos impeça de confiar em Deus. Ao trabalharmos o Passo Tres,
podemos tomar a sadia decisão de entregar nossa vontade e nossa
vida ao único que merece confiança. A bíblia nos conta que “Deus
não é como os homens, que mentem; não é um ser humano, que
muda de idéia.” (Números 23.19) Deus disse: “Eu nunca os
deixarei e jamais os abandonarei.”(Hebreu 13.5).
Sabemos que não alcançamos isso sozinhos. Mas, agora,
podemos deixar de ser vítimas. Podemos entregar nossa vida a
Alguém que realmente é capaz de cuidar de nossas necessidades.
Livres para Escolher – Deuteronomio 30.15-20
Cada um tem uma decisão de vida ou morte a fazer. Todos
nós fomos criados com o supremo privilégio de possuir livre
vontade, a habilidade e escolher. Mesmo quando estamos na
escravidão de nossas adicções, ainda assim nos defrontamos com
escolhas. Quando estamos em recuperação, enfrentamos contínua
tentação de recair em nossas adicções. A liberdade de escolher
traz consigo o fardo das consquências de nossas escolhas. Essas
escolhas afetam a nossa vida e a vida de nossos filhos. A livre
vontade é benção e responsabilidade para nós!
Deus falou através de Moisés, dizenso: “Hoje estou
deixando que voces, escolham entre o bem e o mal, entre a vida e
a morte. Se vocer obedecerem aos mandamentos do Senhor, nosso
Deus, que hoje eu estou dando a voces, e o amarem, e andarem
no caminho que ele mostra, e cumprirem todas as suas leis e
todos os seus mandamentos, voces viverão muito tempos.... e
Deus os abençoará... Porém eu lhes afirmo hoje mesmo que, se
abandonarem a Deus e não quiserem obedecer... nesse caso voces
serão completamente destruídos... Neste dia chamo o céu e a
terra como testemunhas contra voces. Eu lhes dou a oportunidade
de escolherem entre a vida e a morte, entre a benção e a
maldição. Escolham a vida, para que voces e os seus
descendentes vivam muitos anos. Amem o Senhor, nosso Deus,
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obedeçam ao que ele manda e fiquem ligados com ele. Assim voces
continuarão a viver.”(Deuteronômio 30.15-20)
Embora talvez nos sintamos fora do controle em relação às
nossas adicções, podemos escolher no sentido de fixar o nosso
coração na direção da vida. Podemos escolher amar a Deus e
começar a seguir o seu programa.
Davi também escreveu: “No meu desespero, longe do meu
lar, eu te chamo pedindo ajuda. Põe-me em segurança numa
rocha bem alta, pois tu é o meu protetor, o meu forte defensor
contra os meus inimigos”(Salmo 61.2-3).
Remindo o Passado – Isaías 54.4-8
Não Mais Fugindo – Salmo 61.1-8
O pensamento de por a nossa vontade e a nossa vida em
outras mãos pode ser interessante. Quando entregamos as nossas
dependências e compulsões, não estamos entregando o controle a
outro poder? Acaso não estávamos renunciando a nossa
responsabilidade pessoal pela nossa própria vida? Quando nos
sentimos afligidos e queremos desaparecer, a nossa adic’~ao pode
nos ajudar a nos sentir fortes, seguros, atraentes, poderosos e felizes.
Assim, em certo sesntido, sentimo-nos cômodos com o pensamento
de entregar a outro a nossa vontade e a nossa vida.
Podemos tomar as decisões necessárias para mudar o nosso
foco de atenção e entregar a nossa vida a Deus, em vez de retornar
aos esconderijos do passado. O apóstolo se referiu a esse contraste
quando disse: “Não se embriaguem, pois a bebida levará voces à
desgraça; mas encham-se do Espírito de Deus”
( Efésios 5.18).
Quando nos sentimos aflitos e necessitamos de algum tipo de
escape, temos um novo lugar aonde ir. O rei Davi declarou: “O
Senhor é um abrigo para os que são perseguidos; ele os protege em
tempos de aflição. Ó Senhor, aqueles que te conhecem confiam em
ti, pois não abandonas os que procuram a tua ajuda”.
(Salmo 9.9-10)
Cada um de nós chega a deus com um passado.
Entregando nossa vida a Deus, damos-lhe todo o nosso ser,
incluindo as perdas e a vergonha do passado. Entregamos a ele
cada momento de desgraça, cada lágrima derramada, todas as
promessas não-cumpridas, a solidão, todos os sonhos nãorealizados, as esperanças frustradas, os relacionamentos rompidos,
nossos sucessos e nossas falhas, todos os dias passados e todas as
marcas impregnadas em nossa vida.
Sob a lei do antigo Testamento, se alguém perdesse a
liberdade, propriedade ou conjuge por causa de um desastre ou
uma dívida, o parente mais próximo devia ser o “resgatador”. Se
uma propriedade fora perdiad por causa de incapacidade de
pagamento, o resgatador pagaria por ela e a devolveria ao
proprietário original. Se uma esposa perdesse seu marido, o
resgatador casaria com ela, provendo-a de proteção e amor. Deus
nos diz: “Não tenha medo, ois voce não ficará enverconhada; não
se assute, pois voce não será humilhada. Voce esquecerá como foi
humilhada quando era jovem, não lembrará mais da desgraça da
sua viuvez. Pois o seu Criador, o Senhor Todo-Poderoso, será seu
marido; o Santo Deus de israel, o Deus do mundo inteior, a
salvará... o Senhor a está chamando de volta.” (Isaías 54.4-6)
Deus é nosso Redentor, o restaurador de nossa perdas. Ele
é Senhor de todos, mesmo dos nossos dias e dos nossos sonhos do
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passado. Ele pode eliminar a vergonha e preencher os vazios em
nosso coração.
Submissão e Descanso – Mateus 11.27-30
Quando as nossas cargas se tronam pesadas, e descobrimos
que a nossa forma de viver está nos levando à morte, talves enfim,
estejamos dispostos a deixar que outro nos guie. Talvez tenhamos
trabalhado muito para encaminhar a nossa vida pelo caminho certo,
mas ainda sentimos que sempre terminamos em ruas sem saída.
O livro de Provérbios nos diz: “Há caminhos que parecem
certos, mas podem acabar levando para a morte.” (14.12) Quando
começamos a nossa conduta adictiva, provavelmente estivéssemos
buscando prazer ou uma maneira de superar a nossa dor. A princípio,
o caminho parecia certo, mas Nào demoramos muito a ver que íamos
pela estrada errada. Então, já éramos incapazes de dar a volta por
nós mesmos. Jeus disse: “Venham a mim, todos vocês que estão
cansados de carregar as suas pesadas cargas, e eu lhes darei
descanso. Sejam meus seguidores e aprendam comigo porque sou
bondoso e tenho um coração humilde; e vocês encontrarão
descanso. Os deveres que eu exijo de vocês são fáceis, e a carga que
eu ponho sobre vocês é leve”. (Mateus 11.28-30)
Levar a carga implica estar unido a outro para um trabalho
em conjunto. Aqueles que são seguidores de alguém andam na
mesma direção, e, ao fazer isso, o seu trabalho se torna
consideravelmente mais fácil. Quando decidirmos, de uma vez por
todas, submeter a nossa vida e a nossa vontade à direção de Deus, as
nossas cargas se tornarão leves. Quando permitirmos que ele guie a
nossa vida, “encontraremos descanso”para a nossa alma. Ele
conhece o caminho e tem a força para nos fazer dar a volta e nos
colocar no caminho da recuperação.
Conhecendo Deus – Atos 17.23-28
Antes que possamos render a nossa vida a Deus,
precisamos saber bem quem ele é. É fundamental que nos
confiemos ao Deus que nos ama e não ao “deus”deste mundo, que
somente quer nos enganar e destruir. O apóstolo Paulo descreveu
o enganador desta maneira: “...o deus deste mundo conservou a
mente deles na escuridão. Ele não os deixa ver a luz que brilha
sobre eles, a luz que vem da boa notícia a respeito da glória de
Cristo, o qual nos mostra como Deus realmente é.”(2 Coríntios
4.4) Satanás nos enganou? Como podemos estar certos de que
temos uma compreensão correta de Deus?
Quando Paulo se dirigiu aos homens de atenas, disse a
eles: “quando eu estava andando pela cidade e olhava os lugares
onde vocês adoram os seus deuses, encontrei um altar em que
está escrito: ‘AO DEUS DESCONHECIDO’. Pois esse Deus que
vocês adoram sem conhecer é justamente aquiele que eu estou
anunciando a vocês. Ele fez isso para que todos pudessem
procurá-lo e talvez encontrá-lo, embora ele não esteja longe de
cada um de nós. Porque, como alguém disse: ‘Nele vivemos, nos
movemos e existimos’. E alguns dos poetas de vocês disseram:
‘Nós também somos filhos dele.’” (Atos 17.23,27-28)
Mesmo que Deus seja desconhecido para nós, ele está
perto e disposto a se revelar. Deus prometeu; “Vocês vão me
procurar e me achar, pois vão me procurara com todo o
coração.”(Jeremias 29.13) Render a nossa vontade inclui aceitar a
Deus como ele é em lugar de insistir em cirá-lo segundo a nossa
própria imagem. Quando buscarmos a Deus com coração e mente
abertos, nós o encontraremos.
Entrega Total – Tiago 4.7-10
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É possível que já tenhamos decidido seguir ao Senhor,
permitindo que ele defina o rumo total da nossa vida. Mesmo assim,
muitos de nós ainda tentamos esconder de Deus algumas partes do
nosso coraçào. Reservamos essas zonas apra agradar à ossa adicção,
para fazer coisas contrárias à vontade de Deus. Isso é viver uma vida
dupla, o que pode nos encher de culpa, vergonha e instabilidade.
Mesmo aqueles que entregamos o nosso coração a Deus
enfrentamos cada dia novas tentações e a necessidade de tomar
decisões. Tiago estava se dirigindo a crentes quando escreveu:
“Portanto, obedeçam a Deus e enfrentem o Diabo,que ele fugirá de
vocês. Cheguem perto de Deus, e ele chegará perto de
vocês.”(Tiago4.7-8)
Se decidimos viver uma vida dupla, podemos começar a
duvidar se Deus nos ouve totalmente. Como Tiago escreveu: “Quem
duvida é como as ondas do mar, que o vento leva de um lado para o
outro. Quem é assim não pense que vai receber alguma coisa do
Senhor, pois não tem firmeza e nunca sabe o que deve fazer.”(Tiago
4.7-8)
Quando resistirmos ao Diabo em tudo o que fizermos e nos
aproximarmos mais de Deus, ele se aproximará de nós. Quando
abrirmos as partes escondidas do nosso coração e começarmos a
tomar decisões a favor da nossa recuperação, então estaremos mais
confiantes de que Deus deseja nos ajudar.
PASSO 4
Fizemos um minucioso e destemido inventário moral de nós
mesmos.
Muitos passaram a sua vida num estado de esconderiiijo,
envergonhado de quem são no seu interior. Quem sabe tentemos
nos esconder por levarmos vida ambígua, pelo uso de drogas ou
outras adicções para nos sentir como os outros ou nos colocar de
maenira arrogante as coisas que escondíamos, inclusive de nós
próprios.
Depois que adão e Eva desobedeceram a Deus, “se
esconderam dele, no meio das árvores. Mas o SENHOR chamou o
homem e perguntou:’Onde é que você está? ‘ O homem
respondeu’: Eu ouvi a tua voz quando estavas passeando pelo
jardim, e fiquei com medo porque estava nu. Por isso me
escondi.’”(Gênesis 3.8-10) Desde então, seres humanos têm se
acobertado e escondido!
Jesus confrontou vigorosamente os líderes religiosos por
causa da hipocrisia deles. A palavra hipócrita descreve uma
pessoa que pretende ter virtudes ou qualidades que na realidade
não tem. Certa vez, Jesus disse a esse líderes: “Ai de vocês,
mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês lavam o copo e o
prato por fora, mas por dentro estes estão cheios de coisas que
vocês conseguiram pela violência e pala ganância... Lave
primeiro o copo por dentro, e então a parte de fora também ficará
limpa!” (Mateus 23.25-26)
Quando a pessoa verdadeira do nosso interior sai do
esconderijo, teremos de encarar alguma outra sujeira! Fazer esse
inventário é uma boa maneira de lavar o interior; uma parte dessa
lavagem pode envolver um banho de lágrimas na nossa vida.
Somente destapando as partes escondidas é que seremos capazes
de mudar o exteriro da pessoa, inclusive nossos comportamentos
adictivos/compulsivos.
Saíndo do Esconderijo – Gênesis 3.6-13
Enfrentando a Tristeza – Neemias 8.7-10
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A maioria de nós hsita em realizar um inventário pessoal
honesto. São inúveras as racionalizações e as desculpas para se evitar
esse passo. A razão desse procedimento stá no fato de sabermos que
há uma enorme dose de tristeza à nossa espera, e tememos a dor que
o enfrentamento da tristezq causará.
Os exilados judeus que retornaram a Jerusalém após o
cativeiro babilônico tinham perdido o contato com Deus. Durante o
ecílio, não tinham recebido o ensino das leis de Deus e,
consequentemente, não as praticaram. Após a reconstrução do muro
da cidade e do Templo, os sacerdotes congregaram o povo para le o
Livro da lei. O povo sentiu-se sobrecarregado de tristeza e começou
a chorar porque sua vida estava longe de conformar-se com a Palavra
de Deus.
Os sacerdotes disseram ao povo: “Este dia é sagrado para o
SENHOR, nosso Deus, e por isso vocês não devem se lamentar nem
chorar. Vão agora para casa e façam uma festa. Repartam a sua
comida e o seu vinho com quem não tiver nada preparado. Este dia
é sagrado para o nosso Deus; portanto, não fiquem tristes. A alegria
que o SENHOR dá fará com que vocês fiquem fortes”(Neemias 8.910). Para o dia seguinte, marcaram a Festa das Barracas, uma festa
judaica exigida que comemorava o escape dos israelitas da
escravidão do Egito e o cuidado proporcionado por Deus enquanto
peregrinavam pelo deserto.
Quando avançamos para enfrentar a dor e a tristeza de
realizar um inventário moral, necessitamos da älegria do SENHOR”
para nos dar força. Essa alegria vem do reconhecimento, até mesmo
da celebração da habilidade de Deus de nos resgatar da esceavidão e
cuidar de nós ao traspormos a tristeza e nos dirigir-mos para uma
nova forma de vida.
Confissão – Neemias 9.1-3
Ao fazermos nosso inventário moral, provavelmente
faremos uma lista de nossos hábitos destrutivos, das nossas falhas
de caráter, dos erros cometidos, das consqüências de escolhas
erradas com as quais convivemos agora e dos danos que causamos
a outras pessoa. É semelhante a revirar todo o lixo d e nosso
passado. Isso é doloroso, mas é procedimento nescessário para
jogar fora os hábitos e comportamentos deteriorados. Se nào
lidarmos com eles, certamente arruinarão todo o resto de nossa
vida.
Os exilados judeus que retornaram do exílio “confessaram
os seus pecados.” Essa frase diz muito. A idéia da confissão
envolve não apenas assumir os nossos pecados, mas também
inclui sentir verdadeira tristeza por causa dos mesmos. Pecados
são ofensas contra Deus, inclusive toda e qualquer transgressão
contra a vontade dele. A seqüência natual da vedadeira confissão,
após assumimos nossos pecados e lamentá-los perante Deus, é
abandoná-los. A confissão dos israelitas nos serve de modelo a
seguir ao realizarmos nosso inventário moral. Podemos listar as
ocasiões em que ocorreram nossas ofensas, nossos hábitos
destrutivos e as conseqüências que causamos em nossa vida e na
vida de outros. Então, depois de nos responsabilizarmos por todo
o lixo, podemos “jogá-lo na lixeira.”
Na sua confissão, os israelitas assumiram, lamentaram e,
então, descartaram seus pecados. Após isso, estavam melhor
habilitados a fazer um novo começo. Nós podemos “assumir”o
lixo em nossa própria vida ao nos responsabilizarmos
pessoalmente por escolhas feitas e ações praticadas. Podemos
“lamentar” os pecados permitindo-nos chorar. Podemos
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13
“descartar’ os pecados deixando-os para trás e direcionando-nos para
o futuro.
somos responsáveis pela locomoção própria e da nossa família
para uma situação melhor.
Influência Familiar - Neemias 9.34-38
Apontando o Dedo – Mateus 7.1-5
Nossa família de origem teve infuência sobre o que somos
hoje. Alguns de nós imaginam que nossa família foi ou é quase
perfeita. Outros entre nós talvez queriam evitar a responsabilidade
por suas ações cultpando sua família. Seja qual for o caso, quando
pensamos a respeito de nossa prórpia vida, também precisamos lidar
com nossa família e os efeitos causados por seus membros sobre nós
até o dia de hoje.
É dito a nós que os judeus que retornaram do exílio
confessaram “os pecados que eles e os seus antepassados haviam
cometido”(Neemias 9.2). Acusaram seus antepassados pelo cativeiro
e pela situação difícil que enfrentavam. Eles disseram: Nossos
antepassado não “se arrependeram das suas más ações. E agora nós
somos escravos na terra que nos deste, esta terra boa que nos
alimenta. Aquilo que a terra produz vai para os reis que puseste
para nos fazer sofrer por causa dos nosssos pecados. Eles fazem o
que querem conosco e com o nosso gado, e nós estamos
profundamente aflitos” (Neemias 9.35-37).
Está certo admitir a verdade da causa que nos levou ao
cativeiro. Isso pode envolver os erros cometidos por nossos pais ou
outros membros da família. É perfeitamente correto expressar nossa
raiva e ressentimento em relação ao que tudo isso causou em nossa
vida. Tudo isso é parte do quadro real. No entanto, não é certo usar
isso como desculpa por nossas escolhas erradas ou para
permanecermos em cativeiro. Nossos parentes podem ser
parcialmetne responsáveis por estarmos na situação atual, mas nós
É provável que tenha havido momentos nos quais ignoramos os nossos pecados e problemas e apontado o dedo para
alguém. Talvez não estejamos em sintonia com os nossos assuntos
internos porque ainda estamos culpando outros pelas nossas
decisões morais. Ou, talvez, evitemos um auto-exame fazendo
inventários morais das pessoas que nos rodeiam.
Quando Deus perguntou a adão e Eva sobre o pecado
deles, eles apontaram o dado para outro. “Aí Deus perguntou: É
quem foi que lhe disse que você estava nu? Por acaso você comeu
a fruta da árvore que eu o proibi de comer?’ O homem disse: ‘A
mulher que me deste para ser minha companheira me deu a fruta,
e eu comi.’Então o SENHOR Deus perguntou à mulher: ‘Por que
você fez isso?’ A mulher respondeu: ‘A cobra me enganou e eu
comi.’”(Gênesis 3.11-13). Culpar os outros como primeira tática
de defesa parece ser prórpio da natureza humana.
Também podemos fugir dos nossos problemas avaliando e
criticando os outros. Jesus nos disse: “Por que é que você vê o
cisco que está no olho do seu irmão e näo repara na trave de
madeira que está no seu próprio olho? Hipócrita! Tire primeiro a
trave que está no seu olho e então poderá ver bem para tirar o
cisco que está no olho do seu irmão.”(Mateus 7.3,5).
Enquanto praticamos esse passo, devemos lembrar,
constantemente, que esse é um tempo de auto-exame. Devemos
cuidar para não culpar e examinar a vida de outros. No futuro,
haverá oportunidade para ajudar outros, depois quenos tornarmos
responsáveis pela nossa própria vida.
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Tristeza Construtiva – 2 Coríntios 7.8-11
Todos temos de lutar contra a tristeza. Podemos tentar
escondê-la ou ignorá-la. Podemos afogá-la rendendo-nos à nossa
adicção; ou lidemos com ela de maneira racional para não senti-la.
Mas a triesteza fará parte do processo ao fazer o inventário.
Nem sempre a tristeza é algo ruim para nós. O apóstolo Paulo
tinha escrito uma Carta aos crentes Coríntios. Essa Carta provocou
muita tristeza porque confrontou os coríntios com algo errado que
estavam fazendo. A orincípio, ficou com pena, pensando que os
tinha machucado, mas, depois, disse: “Mas agora estou alegre, não
porque vocês ficaram tristes, mas porque aquela tristeza fez com que
vocês se arrependessem. Aquela tristeza foi usada por Deus, e assim
nós não causamos nenhum mal a vocês. Pois a tristeza que é usada
por Deus produz o arrependimento que leva a salvação; e nisso não
há motivo para alguém ficar triste. Mas as tristezas deste mundo
produzem a morte. Vocês suportaaram a tristeza da maneira que
agrada a Deus... Em tudo isso vocês mostraram que não tiveram
nenhuma culpa naquele caso.” (2 Coríntios 7.9-11)
Jeremias disse: “Ele pode fazer a gente sofrer, mas tam-bém
tem compaixão porque o seu amor é imensto. Não é com pra-zer que
ele nos causa sofrimento ou dor.”(Lamentações 3.32-33)
A aflição dos coríntios foi boa, pois foi produto de uma
honesta avaliação interna e não de uma mórbida autocondenação.
Podemos aprender a aceitar nossa tristeza como um aspecto positivo
da recuperação e não como um castigo.
Inventário Para a Recuperação - Apocalipse 20.11-15
É possível que não desejemos fazer um inventário moral
da nossa vida, é normal que quiramos evitar um exame pessoal.
Mas, no fundo, provavelmente, sintamos que chegará um dia em
que termos de encarar a verdade sobre nós e sobre a nossa vida.
A Bíblia nos diz que virá o dia quando será feito um
inventário da vida de cada pessoa. Ninguém poderá se esconder.
Na visão de João, ele viu “um grnade trono branco e aquele que
está sentado nele. A terra e o céu fugiram da sua presença e não
foram visto mais. Vi também os mortos, tanto os importantes
como os humilde, que estavam de pé diante do trono. Foram
abertos livros, e também foi aberto outro livro, o Livro da Vida.
Os mortos foram julgados de acordo com o que cada um havia
feito, conforme estava escrito nos livros.... Quem não tinha o seu
nome escrito no Livro da Vida foi jogado no lago de fogo.”
(Apocalipse 20.11-12,15)
É melhor fazer agora o nosso inventário moral terrestre
para que possamos estar preparados para o que virá. Toda pessoa
cujo nome estiver escrito no Livro da Vida será salva, incluindo
todas aquelas pessoas cujos pecados tenham sido expiados pela
morte de Jesus. Os que rejeitaram a oferta divina de misericórdia
serào julgados segundo as suas obras registradas “nos livros”.
Ninguém passará nssa prova! Talvez, agora, seja um bom
momento para nos assegurar de que o nosso nome esteja no livro
correto. Saber que os nossos pecados estão cobertos pelo perdão
de Deus pode nos ajudar a examinar a nossa vida sem temor e
com sinceridade.
PASSO 5
Admitimos perante Deus, perante nós mesmos e perante
outro ser humano a natureza exata de nossas falhas.
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Vencendo a Negação - Gênesis 38.1-30
Infinito Amor – Oséias 11:8-11
Admitir os erros pode ser para nós a parte mais difícil do
Passo Cinco. A negação pode cegar! Como pode se esperar que
admitamos as coisas que não enxergamos? Aqui vai uma dica que
pode nos ajudar. Muitas vezes, condenamos nos outros os erros que
estão profundamente escondidos dentro de nós próprios.
De acordo com a antiga lei israelita, a viúva devia casar-se
com o irmão vivo do seu marido a fim de rara filhos (esse costume é
descrito detalhadamente em Deuteronômio 25.5-1-). Tamar foi
casada sucessivamente com dois irmãos que morreram, sem que lhe
dessem filhos. Judá, seu sobro, prometeu lhe dar tamvém Selá, o
filho mais novo, mas nunca fez isso. Em conseqüência, Tamar ficou
sozinha e desamparada. No esforço de proteger-se, ela disfarçou-se
de prostituta e ficou grávida do próprio Judá. Ela guardou o sinal de
identificação que Judá lhe tinha dada como garantia de pagamento
(Gênesis 38.1-23).
Quando jUDÁ ouviu que Tamar estava grávida sem estar casada, ele
exigiu a execução dela. “Quando a estavam tiranda da sua casa, ela
mandou dizer ao seu sogro: ‘Quem me engravidou foi o dono destas
cosias. Examine e veja de quem são o sinete com o dordão e o
bastão.’Judá reconheceu as coisas e disse: ‘Ela tem mais razão do
que eu.’” (Gênesis 38.25-26)
Não é fácil ser honesto consigo. “Não há nada que engane
tanto como” o coração humano. “Ele esssstá doente demais para ser
curado” (Jeremias 17.9). Porém nós podemos olhar para as coisas
condenamos nos outros como uma dica do que está escondido em
nós.
Podemos estar dolorosamente conscientes da profunda
vergonha, do problema e dor que causamos para nossa família
quando éramos controlados pela nossa dependência. Podemos ter
medo de admitir a natureza exata de nossos defeitos porque não
entendemos como Deus podia amar alguém que é tão mau.
Oséias foi um profeta para a nação rebelde de Israel. Deus
usou a vida de Oséias para demonstrar seu amor incondicional por
nós, o seu povo. O Senhor disse a Oséias para se casar com uma
prostituta. Oséias casou-se com ela, amou-a e se dedicou a ela.
Mas, mais tarde, sua esposa se voltou a seu modo de vida passado,
quebrou o coração de Oséias e lebou vergonha para sua família.
Ela caiu na escravidão. Deus, então, deixou Oséias perplexo
dizendo a ele: “Vá e ame uma adúltera, uma mulher que tem um
amante. Ame-a assim como eu amor o povo de israel, embora eles
adorem outros deuses e lhes ofereçam bolos de passa” (Oséias
3.1).
Podemos estar perguntando: Como poderia Deus (ou qualquer
um) ainda assim me amar? Mas Deus responde: “Israel, como
poderia eu abandoná-lo? Como poderia desempará-lo?... Não
posso fazer isso, pois o meu coração está comovida, e tenho muita
compaixão de você... Pois eu sou Deus e não um ser humano; eu,
o Santo Deus, estou no meio do meu povo e não o destruirei
novamente”(Oséias 11.8-9). Não existe nada que possamos fazer
ou confessar para Deus que o levaria a deixar de nos amar (veja
Romanos 8.38-39).
A Linha de Prumo Divina – Amós 7.7-8
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16
Os tipos de instrumentos que usamos para medir nossa vida
normalmente irào determinar os tipos de problemas que encobrimos.
Se usarmos as orientações falsas, não poderemos fazer uma
avaliação precisa. Podemos nos perguntar por que não estamos
progredindo no programa de recuperação. Pode ser que precisemos
olhar mais profundamente nos aparelhos de medida que estamos
usando para encobrir nossas áreas de problema.
O profeta Amós lembrou-se desta visão: “O Senhor me
mostrou numa visão isto também: ele estava perto de um muro
contruído direito, a prumo, e tinha um prumo na mão. Ele me
pergunto: - Amós, o que é que você está vendo? – Um prumo! –
respondi. Então ele me disse: - Eu vou mostrar que o meu povo não
anda direito: é como um muro torto, construído fora de prumo. E
nunca mais vou perdoar o meu povo.”(Amós 7.7-8)
Um prumo é um pedaço de corda que possui um peso amarrado em
um extremo. Quando a corda é segurada com o extremo do peso para
baixo, a gravidade assegura que a corda está perfeitamtnet na
vertical. Quando seguradao ao lado de uma construção, o prumo
promove uma medição certa para ver se a estrutura está alinhada em
relaçãl ao universo f ísico. Uma construção alinhada com o prumo
ficará firme e funcionando bem. Se as paredes da construção estão
fora da linha, não estão ajustadas e poderão, a qualquer momento,
cair.
O mesmo é verdadeiro no contexto espiritula. A Palavra de
Deus é nosso prumo espiritual. Assim como não podemos discutir
acerca da lei da gravidade, nào podemos mudar as leis espirituais
reveladas na Bíblia. Deveríamos medir nossa vida pelo prumo da
Palavra de Deus . Quando as coisas não estão aprumadas, é
importante admitirmos que há um problema e começas a nos
reconstruir de modo devido.
Sentimentos de Vergonha - João 8.3-11
A vergonha tem mantido muitos de nós escondidos. A
idéia de admitir os nossos pecados e nos revelar a outro ser
humano provoca sentimentos de vergonha e de temor de ser
expostos publicamente.
“Ai alguns mestres da Lei e fariseus levaram a Jesus uma
mulher que tinha sido apanhada em adultério e a obrigaram a
ficar de pé no meio de todos. Eles disseram: ‘Mestre... de acordo
com a lei que Moisés nos deu, as mulheres adúlteras devem ser
mortas a pedradas. Mas o senhor, o que é que diz sobre isso?’...
Jeus endireitou o corpo e disse a eles: ‘Quem de voc^ds estiver
sem pecado, que seja o primeiro a atirar uma pedra nesta
mulher!’
Depois abaixou-se outra vez e continuou a escrever no chão.
Quando ouviram isso, todos foram embora, um por um,
começando pelos mais velhos. Ficaram só Jesus e a mulher, e ela
continuou ali, de pé.” (João 8.3-9)
Muitos crêem que o que Jesus estava escrevendo na terra
foi o que fez com que os acusadores se fossem. Talvez estivesse
fazendo uma lista ods pecados secretos dos líderes judeus. Se isso
for verdade, temos uma preciosa ilustração do tipo de pessoa que
Jesus é: uma pessoa a quem podemos revelar os nossos segredos
com toda confiança. O nosso confessor tem que ser uma pessoa
que não se suspreenda pelo pecado nem que esteja esperando para
nos condenar. Tal pessoa necessita tomar nota em particular dos
nossos erros, escrevê-los na terra e não fravá-los em pedra e
exibi-los em pública. Como a vergonha pode disparar a conduta
aditiva, necessitamos escolher com cuidado a pessoa na qual
vamos confiar.
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Recebendo Perdão – Atos 26.12-18
Enquanto trabalhamos no nosso programa de recuperação,
passamos pelo processo de aceitar a verdade sobre a nossa vida e
sobre as conseqüências das nossas decisões. Talvez sintamos que
temos de merecer o perdão em vez de somente recebê-lo. Talvez
pensemos que é mais fácil perdoar os que nos machucaram do que
perdoar a nós mesmos pelo dano que causamos. Quando Jesus
confrontou o apóstolo Paulo, deu a ele a seguinte missão. “Mas
levante-se e fique de pé. Eu apareci a você para o escolher como
meu servo, a fim de que você conte aos outros o que viu hoje e
anuncie o que lhe vou mostrar depois. Vou livrar você dos judeus e
tamvém dos não-judeus, a quem vou enviá-lo. Você vai abrir os
olhos deles a fim de que eles saiam da escuridão para a luz e do
poder de Satanás para Deus. Então, por meio da fé em mim, eles
serão perdoados dos seus pecados e passarão a ser parte do povo
escolhido de Deus.”(Atos 26.16-19)
O propósito de Deus ao nos enviar a sua Palavra é que
possamos receber o seu perdão. O porcesso inclui que primeiro
abramos os olhos perante a nossa verdadeira condição (o que ocorre
nos Passos 1,2 e 4). Isso nos dá a oportunidade para nos arrepender e
mudar a nossa mente, de maneira que estejamos de acordo com Deus
e prontos para confessar os nossos pecados. Deus quer que
recebamos perdão imediato, baseado na obra consumada por Jesus
Cristo. Não somos cidadãos de segunda categoria no Reino de Deus.
Não temos de passar pelo restante dos Doze Passos como se isso
fosse uma forma de penitência. O perdão nos espera neste exato
momento; basta apenas recebê-lo.
Todos lutamos com a nossa consciência, tentando fazer as
pazes dentro do nosso coração. Podemos negar o que fizemos,
buscar desculpas ou tentar lançar fora todo o peso da nossa
conduta. Podemos nos esforçar para ser “bons”, tentando
contrabalancear os nossos erros. Fazemos todo o possível por
empatar o jogo. No entanto, para podermos nos desfazer do nosso
passado, temos de deixar de dar desculpas pelos nossos pecados e
confessar a verdade.
Todos nascemos com um sistema de alarme interno que
nos alerta quando fazermos algo errado. Deus diz que todos
somos responsáveis: “Eles[os não judeus] são a sua própria lei,
embora não tenham a lei. Eles mostram, pela sua maneira de
agir, que têm a lei escrita no seu coração. A própria consciência
deles mostra que isso é verdade, e os seus pensamentos, que às
vezes os acusam e às vezes os defendem, também mostram
isso”(Romanos 2.14-15)
No Passo Cinco, nós procuramos deter essa luta interior e
admitir que o erro é errado. É tempo de ser sinceros com Deus e
conosco mesmos a respeito das nossas desculpas e da natureza
exata dos nossos erros. Precisamos confessar os pecados que
cometemos e o sofrimento que causamos a outros. Talvez
tenhamos passado anos elaborando álibis, inventando desculpas e
tentantod fazer barganhas. É tempo de dizer a verdade. É tempo
de admitir o que sabemos muito bem que é certo: “Sim, sou
culpado da acusação”.
Não há liberdade, tiramos dos nossos ombros o peso das
nossas mentiras e desculpas. Quando confessarmos os nosssos
pecados, encontraremos a paz interna que tinhamos perdido havia
tanto tempo. Também estaremos um passo mais próximos da
recuperação.
Liberdade Através da Confissão – Romanos 2.12-15
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Escapando do Auto-Engano – Gálatas 6.7-10
Podemos nos enganar ao pensar que podemos simplesmen-te
enterrar os nossos erros e seguir adiante sem ter de admiti-los, Com
o tempo, todos descobrimos que aqueles atos que pensávamos que
estavam enterrados para sempre eram realmente sementes. Crescem
e dão frutos. Com isso, teremos de enfrentar um a colheita de
conseqüências e o fato de que o auto-engano não nos feneficia em
nada.
“Não se enganem: ninguém zomba de Deus. O que uma
pessoa plantar, é isso esmo que colherá. Se plantar no terreno da
sua natureza humana, desse terreno colherá a morte. Podém, se
plantar no terreno do Espírito de Deus, desse terreno colherá a vida
eterna.” (Gálatas 6.7-8) “Se dizemos que não temos pecados,
estamos nos enganando, e não há verdade em nós. Mas, se
confessarmos os nossos pecados a Deus, ele cumprirá a sua
promessa e fará o que é correto: ele perdoará os nossos pecados e
nos limpará de toda maldade.” (1 João 1.8-9)
O Passo Cinco diz adeus ao auto-engano e dá boas-vindas ao
perdão e à purificação. Devemos notar que há purificação de cada
maldade, não do “fazer o mal”em sentido geral. Reconhecer a
natureza exata dos nossos erros incui prestar contas de maneira exata
e específica. Quando confessarmos especificamente os nossos
pecados, deixaremos de nos enganar em relação à natureza de nossos
erros. Como, de todas as formas, não p[odemos deixar Deus de lado
e fugir com nossos erros, o melhor que podemos fazer é ser sinceros
e receber o perdão.
O caminho da recuperação e do encontro de nova vida
também envolve um processo de morte. Os diferentes meios
usados e que achávamos que nos ajudariam na luta eram
“defeituosos”.
Mas ainda assim, nos davam conforto ou companhia.
Desistir deles, muitas vezes, é semelhante a sofrer a morte de um
ente querido.
Abraão e seu neto Jacó perderam entes queridos quando
viajavam para a Terra Prometida. “Sara ...morreu na cidade de
Hebrom, também chamada Quiriate-arba, na terra de Canaã. E
abraão chorou a sua morte. Depois saiu do lugar onde estava o
corpo e ... disse: - Eu sou um estrangeiro que mora no meio de
vocês. Portanto, me vendam um pedaço de terra para que eu
possa sepultar a minha mulher... Depois disso Abraão sepultou
sara.” (Gênesis 23.1-4,19) Uma geração depois Jacó recebeu
novo nome, Israel, e a promessa de uma grande herança na Terra
Prometida. No caminho para lá, ele também perdeu sua amada
esposa. Ela morreu enquanto dava à luz ao filho Benjamim.
“Assim, raquel morreu e foi sepultada na veira do caminho de
efrata, que agora se chama Belém. Jacó pôs sobre a sepultura
uma pedra como pilar, e ela marca o lugar da sepultura até hoje.
Depois Jacó saiu dali. “ (Gênesis 35.19-21)
Enquanto prosseguimos na caminhada da nova vida,
necessariamente perdemos alguns dos nossos meios adictivos de
luta. Quando isso acontece, precisamos parar e gastar tempo para
sepultar nossas perdas. Necessitamos colocá-las de lado, cobrir a
vergonha elamentar a perda de uma coisa que era muito nossa.
Quando o tempo de luto passou, nós também podemos continuar a
viagem.
Sentindo Tristeza – Gênesis 23.2-4; 35.19-21
PASSO 6
18
19
Prontificamo-nos inteiramente
removesse todos esse defeitos de caráter.
a
deixar
que
Deus
Curando o Quebrantamento – Salmo 52.16-19
Se tivermos pratica com sinceridade os passos anteriores,
provavelmente tenhamos encontrado dentro de nós dos suficiente
para partir o coração. Encarar o fato de que o quebrantamento é parte
da condição humana pode ser devastador. Mas, se tivermos chegado
até esse ponto, isso, possivelmente, seja um sinal de que estamos
preparados para que Deus nos muda.
Quando era jovem, o rei Davi não estava preparado para que
Deus mudasse o seu caráter porque não reconhecia que tinha falhas.
Davi orava: “Não me destruas, junto com os que não querem saber
de ti...Eu, porém, faço o que é certo.Tem compaixão
De mim e salva-me” (Salmo 26.9-11). Aproximou-se de Deus
apoiando-se nos seus próprios méritos.
Apenas depois de ser confrontado com os seus pecados de
adultério e assassinato é que Davi foi capaz de dizer: “De fato, tenho
sido mau desde que nasci; tenho sido pecador desdo o dia em que fui
concebido”( Salmo 51.5). Também disse: “Tu não quere que eu te
ofereça sacrifícios... Ó Deus, o meu sacrefício é um espírito
humilde; tu não rejeitarás um coração humilde e
arrependido”(Salmo 51.16-17).
Jesus ensinou: “Felizes as pessoas que choram, pois Deus os
consolará” (mateus 5.4) . Deus não está procurando provas de como
somos bons ou de com quanto afinco tentamos ser bons. Ele só quer
que nos lamentemos pelos nossos pecados e confessemos o nosso
quebrantamento. Então, ele não ignorará as nossas necessidade, mas
nos perdoará, concolará e limpará.
O Perdão abundante de Deus - Isaías 55.1-9
Pessoa recomendam que nos arrependamos e paremos de
pensar do jeito que pensamos. A maioria de nós daria tudo apra
fazer isso. Quiséramos que fosse tão simples assim de parar com
nossos pensamento obsessivos! Quando estamos mingunado
emocionalmente, é quase impossível parar de pensar a respeito do
que saciava nossa fome, mesmo quando estamos cientes de que
não nos satisfazia.
Parece que as pessoas não entendem isso. Elas, talvez,
citem um versículo como esse. “Que as pessoas perversas mudem
a sua maneira de viver e abandonem os seus maus
pensamentos!”(Isaías 55.7) Mas nós pensamos: Como? Meus
pensamentos parecem fora de controle.
Mas Deus nos entende, sim. Ele coloca esse versículo no
seu contexto maior de lidar com a fome que se manifesta em
nossa alma. Ele disse: “Por que vocês gastam dinheiro com o que
não é comida? Por que gastam o seu salário com coisas que não
matam a fome? Se ouvirem e fizerem o que eu ordeno, vocês
comerão do melhor alimento, terão comidas gostosas. Escutemme e venham a mim, pretem atenção e terão vida nova... Que as
pessoas perversas mudem a sua maneira de viver e abandonem os
seus maus pensamentos! Voltem para o SENHOR, nosso Deus,
pois ele tem compaixão e perdoa completamten” (Isaías 55.1-3,7).
A palavra traduzida por “completamnte”pode ser entendida como
“aumentando progressivamente a medida cada vez que
chegamos.”
Combatemos nossa adicção em duas frentes: lidando com
a fome instalada em nosso íntimo e mudando nossos pensamentos
de praticar o erro. Nenuma das batalhas é fácil de vencer; cada
uma requer de nós prontidão e voluntariedade diárias para
19
20
permitir que Deus satisfaça nossa fome e nos ajude a vencer nossos
defeitos de caráter.
Removendo Feridas Profundas – Jonas 4.4-8
Quando estamos chateados, frequentemente dependemos de
nossa adicção para nos sentirmos melhor. À medida que nos
livramos de nossa dependência, enfrentamos os mais profundos
defeitos de caráter que Deus quer curar. Nossa dependência funciona
como um lugar de “refúgio” para a nossa dor. Mas, quando esse
“refúgio” é removido, profunda raiva pode surgir, expondo até
mesmo profundos defeitos de caráter que precisam ser curados.
Jonas tinha um notório defeito de caráter: ele não conseguia
perdoar e ter compaixão do povo de Nínive, que ele odiava. Quando
Deus decidiu não destruí-los, Jonas teve um acesso de raiva. “O
Senhor respondeu: - Jonas você acha que tem razão para ficar com
tanta raiva assim? Aí Jonas saiu de Nínive... Então o Senhor Deus
fez crescer uma planta por cima de Jonas, para lhe dar um pouco de
sombra, de modo que ele se sentisse mais confortável... Mas no dia
seguinte, quando o sol ia nascer, por ordem de deus um bicho
atacou a planta, e ela secou. Depois que o sol nasceu, Deus mandou
um vento quente vindo do leste. E Jonas quase desmaiou por causa
do calor do sol, que queimava a sua cabeça. Então quis morrer e
disse: - Para mim é melhor morrer do que viver”! (Jonas 4.4-8)
Deus fez isso para mostrar a Jonas que o problema real não
era a perda de seu refúgio. O ódio era o problema real. A remoção de
nossa adcção protetora pode expor problemas mais profundos. Isso
pode despertar raiva defensiva quando Deus toca nossas feridas mais
profundas. Está tudo bem em deixarmos a raiva sair. Mas também é
importante deixar que Deus tome conta do real problema.
Surgindo a Esperança – João 5.1-15
Como podemos dizer com franqueza que estamos
completamente prontos para que Deus remova os nossos defeitos
de conduta moral? Se pensamos em termos de tudo ou nada,
talvez fiquemos amarrados porque nunca nos sentiremos.
Nos tempos de jesus, havia um tanque aonde as pessoas
iam com a esperança de experimentar uma cura milagrosa. “Entre
eles havia um h omem que era doente fazia trinta e oito anos.
Jesus viu o homeme deitado e, sabendo que fazia todo esse tempo
que ele era doente, perguntou: ‘Você quer ficar curado?’ Ele
respondeu: ‘Senhor, eu não tenho ninguém para me pôr no
tanque quando a água se mexe. Cada vez que eu tento entrar,
outro doente entra antes de mim.’ Então jesus disse: ‘Lenate-se,
peque a sua cama e anda!’ No mesmo intantes, o homem ficou
rurado, pegou a cama e começou a andar.” (João 5.5-9)
Aquele homem estava tão incapacitado, que não podia
avançar mais pelos seus próprios meios. Avampou o mais
próximo que pôde do lugar onde havia esperança para a
recuperação. Deus se encontrou com ele ali e o levou pelo resto
do caminho. Para nós, “completamente prontos” pode significar
chegar o mais perto possível da esperança da recuperação na
nossa limitada condição. Quando fizermos isso, Deus nos
encontrará ali e nos levará pelo resto do caminho.
Não Mais Escravos do Mal – Romanos 6.5-11 (pg. 1303)
A maioria de nós fez numerosas tentativas de
aperfeiçoamente pessoal. Talvez tenhamos tentado, consciente20
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mente, melhorar as nossas atitudes, a nossa educação, a nossa
aparência ou os nossos hábitos. Talvez tenhamos conseguido uma
certa medida de aperfeiçoamento pessoa. No entanto, quando se trata
de nossa lutas contra os defeitos de caráter, o mais provável é que
tenhamos experimentado somente uma profunda frustração.
Há uma razão que explica a nossa frustração. Os defeitos de
caráter somente podem ser removidos, não aperfeiçoados! A
ilustração que a Bíblia nos dá é que os nossos pecados e defitos de
caráter devem ser mortos, como Jesus morreu, com a esperança de
que viveremos uma nova vida. O apóstolo Paulo escreveu: “Pois
sabemos que a nossa velha natureza pecadora já foi morta com
Cristo na cruz a fim de que o nosso eu pecador fosse morto, e assim
não sejamos mais escravos do pecado.”(Romanos 6.6) “As pessoas
que pertencem a Cristo Jesus crucificaram a natureza humana
delas, junto com todas as paixões e desejos dessa natuerza.”
(Gálatas 5.25)
Não há alívio temporário para os nossos pecados e defeitos
de caráter. Ambos foram fatalmente feridos e devem morrer na cruz.
Esse processo nunca é fácil. Quem vai a uma crucificação sem
algum grau de ansiedade? Mas, quando aceitamos isso e permitimos
que Deus eliminie os nossos defeitos, a nova vida que nos espera nos
surpreenderá agradavelmente.
Estamos Prontos Para Mudar – Filipenses 3.12-14 (pg 1381)
nossa vida para uma meta que ninguém vai alcançar senão na
eternidade.
O apóstolo Paulo expressou um pensamento semelhante:
“Não estou querendo dizer que já consegui tudo o que quero ou
que já fiquei perfeito, mas continuo a correr para conquistar o
prêmio, pois para isso já fui conquistado por Cristo Jesus...
Porém uma coisa eu faço: esquecó aquilo que fica para trás e
avanço para o que está na minha frente. Corro direto para a
linha de chegada a fim de conseguir o prêmio da vitória. Esse
prêmio é a nova vida para a qual Deus me chamou por meio de
Cristo Jesus.” (Filipenses 3.12-14)
Essa combinação de uma atitude positiva e um esforço firme é
parte do mistério da nossa cooperação com Deus. Paulo disse:
“Portanto, meus queridos amigos, vocês que me obedeceram
sempre quando eu estava aí, devem me obedecer muito mais
agora que estou ausente. Continuem trabalhando com respeito e
temor a Deus para completar a salvação de vocês. Pois Deus está
sempre agindo em vocês para que obedeçam à vontade dele, tanto
no pensamento como nas ações.”(Filipenses 2.12-13)
Precisamos praticar esses passos pelo resto da nossa vida.
Não temos de exigier perfeição de nós mesmos; é suficiente
continuar progredindo da melhor maneira possível. Podemos
aguardar a nossa recompensa com a esperancá de nos converte em
tudo o que Deus quer que sejamos. O Senhor nos fortalecerá e
animará à medida que continuamos avançando.
Estar “inteiramente prontos”para que Deus eliminie “todos”
os nossos defeitos de caráter soa impossível. Na realidade, sabemos
que tal perfeição está fora do alcance humano. Essa é outra maneira
de dizer que vamos fazer todo o possível para avaçãr durante toda a
21
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tolas. Ele vê o que fazemos, mas nos cura de qualquer maneira!
Ele continuará nos guiando rumo à recuperação, cada passo de
uma vez
PASSO 7
Humildemente rogamos a ele que nos livrasse de nossas
imperfeições.
Abrindo o Controle – Jeremias 18.1-6
Arrumando a Desordem – Isaías 57.12-19 (pg. 819)
O Passo 7 representa, de muitas maneiras, um ponto de
mudança no processo de recuperação. Ele constrói uma ponte entre o
trabalho interno dos primeiros seis passos e os passos finais, que
envatizam o trabalho externo, mudanças de comportamento. Nossas
falhas podem dar a impressão que tumultuam a saída de nosso
camino pessoal do passado.. Mas, pelo fato de estarmos trabalhando
os passos, isso não significa que nossa vida seja como devia ser.
Deus, de fato, entrará na desordem enos tirará dela?
“O Senhor diz: ‘Preparem o caminho, aplanem a estrada,
para que o meu povo possa voltar para mim.’ Pois o altíssimo, o
Santo Deus, o Deus que vive para sempre, diz; ‘Eu moro num lugar
alto e sagrado, mas moro também com os humildes e aflitos, para
dar esperança aos humildes e aos aflitos, novas forças... Tenho viso
como eles agem, mas eu os curarei e os guiarei; eu os consolarei.
Nos lábios dos que choram, colocarei palavras de louvor.’” (Isaías
57.14-15,18-19)
Deus é nossa gruande força que nos ajuda a limpar o caminho
para um futuro melhor. Ele vai à frente para remover nossas
limitações a fim de que possamos evitar melhor e não sermos
derrubados. Quando nos achegamos a ele em humildade,
admitindo que ainda estamos lutando com muitas das nossas
limitações, ele nos consola e nos dá a coragem necessária para
continuarmos na luta. Ele não se afasta de fato de fazermos coisas
Pode ser difícil para nós abrir mão do controle. Quando
nos preparamos para que Deus remova nossos erros, quem sabe
ainda desejemos controlar como ele controla. Estamos tão
acostumados a consumir as dosese, que pediremos a ajuda de
Deus enquanto ele o faz da nossa maneira. Quem sabe exijamos
que as mudanças aconteçam na hora detreminada por nós ou no
momento emq ue nós nos sentimos prontos a abrir mão.
Deus não trabalha desse jeito. Por essa razão, a humildade
é tão importante nesse passo, Deus pediu que Jeremias fosse à
casa do oleiro para aprender a lição. Jeremias disse: “Então eu fui
e encontrei o oleiro trabalhando com o barro sobre a roda de
madeira. Quando o pote que o oleiro estava fazendo não ficava
bom, ele pegava o barro e fazia outro, conforme queria. Aí o
Senhor me disse: - Será que eu não posso fazer com o povo de
Israel o memo que o oleiro faz com o barro? Vocês estão nas
minhas mãos assim como o barro está nas mãos do oleiro.” (Jeremias 18.3-6) Deus disse a Isaías: “Um vaso de barro não briga
com quem o fez. O barro não pergunta ao oleiro: ‘O que você
está fazendo?, “nem diz: ‘Você não sabe trabalhar.’” (Isaías
45.9)
Quando nós colocamos a nossa vida nas mãos de Deus, ele
vai nos moldar de novo de maneira como achar melhor. A nossa
humildade nos permite aceitar o fato de que ele é o nosso Criador.
Nossa nova vida pode ser semelhante àquela que abandonamos ou
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inteiramente diferente. Deus é o artesão. Podemos confiar em tudo o
que ele faz, desde que não nos afastemos do seu caminho, que
objetiva recriar nossa vida de maneira maravilhosa!
Orgulho Nascido da Dor – Lucas 11.5-13 (pg. 1173)
Nosso orgulho pode impedir que peçamos o que
necessitamos. É possível que tenhamos crescido em uma família na
qual éramos constantemente ignorados ou desapontados. Talvez as
nossa necessidades quase nunca foram supridas. Talvez a reação de
alguns de nos tenha sido de se tornar auto-suficientes. Decidimos
que nunca pediríamos ajuda a ninguém. De fato, lutaríamos para
nunca mais precisar da ajuda de ninguém!
É esse tipo de orgulho, nascido da dor, que nos impedirá de
pedir ajuda a Deus para lidar com os nossos fracassos. Jesus disse:
“Por isso eu digo: peçam e vocês receberão; procurem e vocês
acharão; batam, e a porta será aberta para vocês. Porque todos
aqueles que pedem recebem; aqueles que procuram acham; e a
porta será aberta para quem bate.”(Lucas11.9-10) “Por acaso
algum de vocês que é pai, será capaz de dar uma pedra ao seu filho,
quando ele pede pão? Ou lhe dará uma cobra, quando ele pede um
peixe? Vocês, mesmo sendo maus, sabem dar coisas boas aos seus
filhos. Quanto mais o Pai de vocês, que está no céu, dará coisas
boas aos que lhe pedirem!” (Mateus 7.9-11)
Temos de chegar ao ponto de abandonar a nossa autosuficiência orgulhosa; temos de estar dispostos a pedir ajuda. E não
podemos pedir ajuda somente uma vez e achar que está resolvido.
Devemos ser persistentes e pedir várias vezes, conforme as
necessidades apareçam. Quando praticamos o Passos Sete, podemos
estar certos de que o nosso amoroso Pai celestial responderá dandonos boas dádivas e removendo os nossos defeitos.
Um Coração Humilde – Lucas 18.10-14
Depois de examinar a nossa vida detalhadamente (como
fizemos nos Passos Quatro, Cinco e Seis), podemos nos sentir
separados de Deus. Quando consideramos tudo o que fizemos,
talvez sintamos que não merecemos pedir nada a Deus. Talvez as
pessoas a quem consideramos respeitáveis desprezem as nossas
atitudes pecaminosas como o pior tipo de maldade. É possível que
estejamos lutanto com o desprezo por nós mesmos. Nosso
remorso genuíno pode fazer com que nos questionemos se
podemos sequer ousar a nos aproximar de Deus para lhe pedir
ajuda.
Deus nos recebe, mesmo quando nos sentimos assim,
Jesus contou esta história: “Dois homens foram ao Templo para
orar. Um era fariseu, e o outro, cobrador de impostos. O fariseu
ficou de pé e orou sozinho, assim: ‘Ó Deus, eu te agradeço
porque não sou avarento, nem desonesto, nem imoral como as
outras pessoas. Agradeço-te também porque não sou como esta
cobrador de impostos. Jejuo duas vezes por semana e te dou a
décima parte de tudo o que ganho.’ Mas o cobrador de impostos
ficou de longe e nem levantava o rosto para o céu. Batia no peito
e dia: ‘Ó Deus tem piedade de mim, pois sou pecador!’... Eu
afrimo a vocês que foi este homem, e nào o outro, que voltou
para casa em paz com Deus. Porque quem se engrandece será
humilhado, e quem se humilha será engrandecido.” (Lucas 18.1014)
Os cobradores de impostos (publicanos) estavam entre os
cidadãos mais desprezados na sociedade judaica. Os fariseus, por
outro lado, desfrutavam do mais alto respeito. Jesus usou essa
ilustração com a intenção de demonstrar que não importa onde
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nos encaixemos na hierarquia social. Um coração humilde é o que
abra as portas ao perdão de Deus.
Recuperação Pela Fé – Romanos 3.23-28
Quais são os defeitos? Todos sabemos que temos defeitos.
Essa é, talvez, outra maneira de dizer que não conseguimos alcançar
os nossos próprios ideais? Em algum momento, todos tivemos altos
idais para definir o que queíamos se na vida. Mas a maioria de nós
logo aprendeu que não podíamos viver à altura deles. Pior ainda:
com freqüência, não atingimos as expectativas dos outros, nem os
padões de Deus. Ah! O peso da culpa que carregamos! Ah! A dor de
pensar em como decepcionamos as pessoas que amamos! Ah! O
desejo de encontrar alguma forma de ser o que deveríamos ser!
O apóstolo Paulo escreveu: “Todos pecaram e essstão
afastados da presença gloriosa de deus. Mas, pela sua graça e sem
exigir nada, Deus aceita todos por meio de Cristo Jesus, que os
salva.” (Romanos 3.23-24) Paulo continua e nos pergunta: “Será
que temos motivo para ficarmos orgulhosos? De modo nenhum! E
por que não? Srá que é porque obedecemos à lei? Não; não é. É
porque cremos em Cristo. Assim percebemos que a pessoa é aceita
por Deus pela fé e não por fazer oq ue a lei manda”(Romanos 3.2728).
Deus faz um excelente trabalho quando elimina os nossos
pecados! “Quanto o Oriente está longe do Ocidente , assim ele
afasta de nós os nossos pecados.” (Salmo 103.12) Podemos confiar
que Deus remove as nossas deficiências, passo a passo, se nos
humilharmos para obedecer à Palavra. Isso significa ter fé em Jesus
para corrigir as nossas fraquezas, tanto de caráter como de conduta.
Reputação Recuperada – Filipenses 2.5-9 (pg. 1379)
Por causa do nosso orgulho, podemos nos esconder trás
das defesas durante o porcesso de recuperação. Talvez nos
ocultemos atrás da nossa boa reputação, da nossa posição
importante ou de uma ilusão de que somos superiores. Podemos
sentir uma vergonha inteerior tão grande, que, possivelmente
façamos um esgorço supremo por nos esconder sob uma
identidade pública impecável. Se nós tentarmos nos proteger
recorrendo a algum desses subterfúgios, necessitaremos de uma
drástica mudança de atitude.
O Apóstolo Paulo escreveu: “Tenham entre vocês o
mesmo modo de pensar que Cristo Jesus tinha: Ele tinha a
natureza de Deus, mas não tentou ficar igual a Deus. Pelo
contrário, ele abriu mão de tudo o que era seu e tomou a natureza
de servo, tornando-se assim igual aos seres humanos. E, vivendo
a vida comum de um ser humano, ele foi humilde e obedeceu a
deus até a morte - morte de crua. Por isso Deus deu a Jesus a
mais alta honra e pôs nele o nome que é o mais importante de
todos os nomes”(Filipenses 2.5-9). E o autor de Hebreu falou que
devemos manter “os nossos olhos fixos em Jesus, pois é por meio
dele que a nossa fé começa, e é ele quem a aprefeiçoa. Ele não
deixou que a cruz fizesse com que ele desistisse. Pelo contrário,
por causa da alegria que lhe foi prometida, ele não se importou
com a humilhação de morrer na cruz e agora está sentado do
lado direito do trono de Deus.” (Hebreus 12.2)
Podemos pedir a Deus que muda as nossas atitudes.
Quando ele der um jeito no nosso orgulho, seremos capazes de
deixar de nos esconder atrás de nossa reputação. Podemos
permitir que nos tornemos “anôminos” e que outros nos conheçam
simplesmente como mais uma pessoa que luta contra a sua
adicção. Quando nos rendemos humildemente perante Deus para a
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25
nossa recuperação, ele nos promete honra futura e a restauração do
nosso bom nome.
podemos ter total confiança de que Deus eliminará as nossas
imperfeições no seu devido tempo.
Os Olhos do Amor – 1 João 5.11-15 (pg. 1485)
PASSO 8
Fizemos uma relação de todas as pessoas que tínhamos
prejudicado e nos dispusemos a reparar os danos a elas
causados.
Muitos de nós, provavelmente, não estejamos acostuma-dos a
receber as coisas que pedimos. Como podemos ter certeza de que
Deus ouvirá as nossas orações? Como sabemos que responderá
quando lhe pedirmos que elimine as nossas imperfeições?
O apóstolo Paulo escreveu: “Antes da criação do mundo,
Deus já nos havia escolhido para sermos dele por meio da nossa
união com Cristo, a dim de pertencermos somente a Deus e nos
apresentarmos diante dele sem culpa.”(Efésios 1.4) O principal
objetivo de Deus é nos fazer santos, ou seja, moldar o nosso caráter
ao dele. Quando olha através dos olhos do amor, ele já nos vê como
seremos quando a obra estiver concluída. Então, vai realizando suas
metas para nós na nossa vida diária. A Bíblia nos diz: “Os nossos
pais humanos nos corrigiam durante ouco tempo, pois achavam que
isso era certo; mas Deus nos corrige para o nosso próprio bem,
para que participemos da sua santidade” (Hebreu 12.10). a nossa
santidade – a remoção das nossas imperfeições – é a vontade de
Deus para cada um de nós. O apóstolo João escreveu: “Quando
estamos na presença de Deus, temos coragem por causa do
seguinte: se pedimos alguma coisa de acordo com a sua vontade,
temos a certeza de que ele nos ouve. Asim sabemos que ele nos ouve
quando lhe pedimos alguma coisa. E, como sabemos que isso é
verdade, sabemos também que ele nos dá o que lhe pedimos.” (1
João 5.14-15)
A vontade de Deus é claramente eliminar as nossas
imperfeições pecaminosas. E ele prometeu nos dar tudo o que
pedirmos e que esteja de acordo com a sua vontade. Portanto,
Fazendo Reparações – Êxodo 11.10-15 (pg. 97)
Sistemas de famílias disfuncionais tendem a afetar pessoas
de várias maneiras. Algumas pessoas passam a se considerar
irresponsáveis e se condenam continuamente. Outras pessoas
tendem a admitir que são irresponsáveis, mas se desculpam por
todas as coisas que sofreram. Ainda outras sequer percebe seus
comportamentos irresponsáveis, mas têm repetidos problemas
com terceiros porque falham no respeito às propriedades destes.
A Bíblia afirma claramente: “Se alhuém pedir emprestado
um animal, e este ficar doente ou morrer quando o seu dono não
estiver presente, quem pediu emprestado deverá pagar o preço
dele.” (Êxodo 22.14) Davi escreveu: “Os maus pedem
emprestado e não pagam, mas os bons são generosos em dar.”
(Salmo 37.21)
A Bíblia nos conta que é importante assumir a
responsabilidade pelas coisas que tomamos emprestadas. Quem
sabe sintamos que somos seriamente condenados se temos algum
problema com irresponsabilidade. A expressão traduzida por “os
maus”, de fato, significa, uma pessoa que está moralmente errada
ou uma pessoa que age maldosamente. Deus considera o
comportamento irresonsável como má ação, que pode ser
corrigida. Deus não nos vê como maus sem esperança.
25
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Independentemente do que fomos até aqui, ainda assim somos tidos
como responsáveis pelo respeito à propriedade alheia. Precisamos
levar em consideração as pessoas que prejudicamos por nossa
negligência ou irresponsabilidade no uso da propriedade delas.
Deus perdoa todos os nossos pecados. No processo de
recuperação, porém, precisamos ser responsabilizados pelos
pecados, involuntários juntamnet com os pecados mais evidentes.
Bodes Expiatórios – Levítico 16.20-22 (pg. 137)
Pecados Involuntários – Levítico 4.1-28 (pg. 123)
Enquanto permitimos que nossa vida fugisse do controle,
provavelmente prejudicamos pessoas sem nos dar conta disso. De
fato, grande parte da dor que causamos, possivelmente, tenha
acontecido involuntariamente. No entanto, ainda assim precisamos
assumir a responsabilidade por nossos atos e fazer reparações.
Quando Deus deu os mandamento, incuiu instruções sobre
como lidar com erros e pecados intencionais. Ele ordenou “que
Moisés dissesse aos israelitas o que deveria fazer a pessoa que, sem
querer, quebrasse uma das leis do Senhor e fizesse o que é
proibido... Se uma pessoa do povo, sem querer, quebrar uma das leis
de Deus e for culpada de fazer aquilo que o Senhor proibiu, logo
que for avisada de que cometeu o pecado, trará como sua oferta a
Deus uma cabra sem defeito, para tirar o pecado que
cometeu.”(Levítico 4.2,27-28) “Pode acontecer que alguém, sem
querer, peque e desobedeça a algum desses mandamentos que o
Senhor Deus deu a Moisés... Se por ignorância o povo cometer um
pecado, então apresentará um touro novo, que será completamente
queimado como sacrifício... e eles serão perdoados; pois, sem
quererem, cometeram um pecado e paresentaram ao senhor uma
oferta para tirar o pecado. “(Números 15.22-25)
Somos
responsáveis
pela
maneira
como
nosso
comportamento afetou outras pessoas. Isto é verdade mesmo que não
nos demos conta do prejuízo causado. Esse pecados involuntários
precisam ser reconhecidos e corrigidos tão logo os descubramos.
É natural esperar que as pessoas a quem prejudicamos
terão um conceito melhor de nós se as procuramos para fazer
reparações. Quem sabe tenhamos receio de que algumas pessoas
jamais
atualizarão
sua
opinião
a
nosso
respeito,
independentemente do que fazemos. Talvez de fato seja assim,
especialmente se decidiram nos eleger como bodes expiatórios.
Antes da vinda de Cristo, o povo de Israel foi intruído a
escolher um bode vivo que levaria
embora os seus pecados (Jesus se tornou nosso bode expiatório
quando levou sobre si os nossos pecados.). o sacerdote colocava
suas mãos sobre esse bode e convessava sobre ele todos os
pecados do povo. “Porá as mãos na cabeça do animal e
confessará todas as culpas e faltas e todos os pecados dos
esraelitas. Assim, arão passará para a cabeça do bode os
pecados do povo e então mandará o bode para o deserto. Será
escolhido um homem para levar o animal, e ele o soltará no
deserto. Assim, o bode irá para um lugar onde não mora
ninguém, levando os pecados do povo.”(Levítico 16.21-22)
Algumas das pessoas que prejudicamos nos usarão como
seus bodes expiatórios. Já que as prejudicamos, elas sente-se com
razão em nos mandar embora com um peso extra além daquele
que já carregamos. Insconscientemente, elas colocam a culpa da
sua dor sobre nós para que nós a levemos embora. Como bodes
expiatórios delas, fazemos a função de remover algo com que elas
são incapazer de lidar de outra maneira. Por caus disso, talvez
26
27
nunca nos acolham. Devemos estar preparados para esse tipo de
resposta e nos dar conta de que o comportamento delas diz mais a
respeito delas do que a nosso respeito.
cordões”, não seremos facilmente despedaçados ou desviadors do
caminho da recuperação.
Perdoados Para Perdoar: Mateus 18.23-35 (pg. 1093)
Superando a Solidão: Eclesiastes 4.9-12 (pg. 745
Solidãoe isolamento caminham juntos com a culpa e a
vergonha que sentimos a respeito de quem somos e o que fizemos.
Podemos nos sentir tão separados dos outros, que nos sentimos
sozinhos quando estamos ao redor de outras pessoas. Culpa, medo de
ser machucado e ódio d esi mesmo podem nos tornar incapazes de
acreditar no amor que outros têm por nós. Podemos nos sentir
totalmente sozinhos nesta luta, inclusive quando há pessoas ao nosso
lado querendo ajudar. Estar desejoso de aceitar o amor delas faz
parte da preparação para indenizar os prejuízos.
O sábio rei Salomão observou: “É melhor haver dois do que
um, porque duas pessoas trabalahdno juntas podem ganhar muito
mais. Se uma delas cai, a outra a ajuda a se levantar. Mas, se
alguém está sozinho e cai, fica em má situação porque não tem
ninguém que o ajude a se levantar. Se faz grio, dois podem dormir
juntos e ese esquentar; mas um sozinho, como é que vai se
esquentar? Dois homens podem resistir ao ataque que derrotaria um
deles se estivesse sozinho. Uma corda de três cordões é difícil de
arrebentar”(Eclesiastes 4.9-12).
A solidão pode nos quebrar e derrotar no processo de
recuperação. Quando nos preparamos para fazer corre’~oes, também
precisamos preparar nosso coração para aceitar qualquer amor,
apoio ou amizade que nosé oferecido como retorno. Esses
relacionamentos de apoio, juntamente com a mão de apoio de Deus,
fortalecerão nossa vida consideravelmente. Com nossos amigos e
com Deus juntando-se a nós para formar uma “corda de três
Fazer uma lista de todas as pessoas às quais ofendemos,
provavelmente, provoque uma atitude defensiva natural. A partir
de cada nome que escrevemos, começará a se formar outra lista
mental: uma lista do que foi feito de mal vontra nós. Como
podemos lidar com o ressentimento que guardamos contra os
outros e, assim, corrigir os nossos erros?
Jesus contou esta história: “Um rei... resolveu fazer um
acerto de contas com os seus empregados. Logo no começo
trouxeram um que lhe devia milhões de moedas de
prata.”(Mateus 18.23-24) O homem supricou por perdão porque
não tinha como pagar. “O patrão teve pena dele, perdoou a dívida
e deixou que ele fosse embora. O empregado seiu e encontou um
dos seus companheiros de travalho que lhe devia cem moedas de
prata. Ele pegou essa conpanheiro pelo percoço e começou a
sacudilo, dizendo: ‘Pague o que me deve!” (Mateus 18.27-28) E o
rei ficou sabendo disso. “Aí o patrão chamou aquele empregado e
disse: ‘Empregado miserável! Você me pediu, e por isso eu
perdoei tudo o que você me devia. Portanto, você deveria ter pena
do seu companheiro, como eu tive pena de você.’O patrão ficou
com muita raiva e mandou o empregado para a cadeia a fim de
ser castigado até que pagasse toda a dívida. E Jesus terminou,
dizendo: ‘É isso o que o meu Pai, que está no céu, vai fazer com
vocês se cada um não perdoar sinceramente o seu irmão.’”
(Mateus 18.32-35)
Quando pensamos em todas as coisas de que Deus nos
perdoou, faz sentido também perdoar os outros. Isso nos livra da
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28
tortura de um ressentimento que corrói. Não podemos mudar o que
os outros fizeram contra nós, mas podemos perdoar as suas ações e
estar dispostos a corrigie o erro.
O Fruto do Perdão: 2 Coríntios 2.5-8 (pg. 1339)
Algumas das nossas ações teráo merecido desaprovação e,
possivelmente, terào sido o motivo que tenha levado outros a deixar
de nos amar, Descobrimos que algumas pessoas nos amam só se
puderem aprovar a nossa conduta. Talvez tenhamos lutado contra o
ressentimento em relação a elas porque sentimos que tentaram nos
castigar. Se os nossos “pecados” se tornaram públicos, podemos
pensar que perdemos o amor de todos os que desaprovam as nossas
ações. Esse medo do desprezo pode evitar que tentemos reparar o
dano que causamos.
Na jovem igreja de Corinto, um homem foi expulso da
congregação quando os seus pecados se tornaram públicos. Depois
de mudar e de tentar resparar o dano causado, alguns se nagaram a
recebê-lo de volta na igreja. O apóstolo disse aos crentes: “Mas, se
alguém fez com que alguma pessoa ficasse triste... Basta o castigo
que a maioria já deu a ele. Agora vocês devem perdoá-lo e animá-lo
para que ele não fique tão triste, que acabe caindo no desespero.
Por isso peço que façam com que ele tenha a certeza de que vocês o
amam.”(2 Coríntios 2.5-8) Algumas pessoas seguirão esse conselho
e reafirmarão o amor delas quando você for ao encontro delas.
Algumas pessoas responderão com perdão, estímulo,
aceitação e amor. Isso nos ajudará a passar por cima da tristeza, da
amargura e do desânimo que possamos sentir. O perdão dessas
pessoas nos aajudará a seguir adiante com a recuperação.
Quando estamos em recuperação, aprendemos a aceitar a
responsabilidade pelas nossas ações, mesmo que sejamos
impotentes perante a nossa adicção. Percebemos que toas as
nossas ações produzem conseqüências. Alguns de nós nos
enganamos pensando que podemos escapar das conseqüências do
que fizemos. Mas, com o tempo, fica evidente que Deus vê a
responsabilização como um elemento necessário para se poder
viver saudavelmente.
“Não se enganem: ninguém zomba de Deus. O que uma
pessoa plantar, é isso mesmo que colherá. Se plantar no terreno
da sua natureza humana, desse terreno colherá a morte. Porém,
se plantar no terreno do Espírito de Deus, desse terreno colherá a
vida eterna.” (Gálatas 6.7-8)
A lei sobre o semear e colher também pode ser benéfica
para nós. Deus falou por meio do profeta Oséias: “Preparem os
campos para a lavoura, semeiem a justiça e colham as bênçãos
que o amor produzirá. Pois já é tempo de vocês se voltarem para
mim, o Senhor, e eu farei chover sobre vocês a chuva da
salvação.”(Oséias 10.12)
Deus diz que sempre colheremos o que semeamos. Até
depois de termos sido perdoados, devemos lidar com as
conseqüências das nossas ações. É possível que leve tempo para
terminar com a colheita de conseqüências negativas do nosso
passado, mas não podemos permitir que isso nos desanime.
Elaborar uma lista de pessoas às quais prejudicamos é um passo
para o plantio de boas sementes. Com o tempo, veremos como
começa a crescer uma boa colheita.
PASSO 9
Colhendo o que Plantamos: Gálatas 6.7-10 (pg. 1363)
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Fizemos reparações diretas dos danos causados a tais
pessoas, sempre que possível, salvo quando fazê-lo significasse
prejudicá-las ou a outrem.
Cura Há Muito Esperada: Gênesis 33.1-11 (pg. 45)
Voltar a uma pessoa a quem prejudicamos dá medo. Os anos
passados, a falta de comunicação e lembranças de reaiva e troca de
emoções de ódio podem gerar enorme ansiedade. Mesmo que
façamos algum contato através de um terceiro, ainda assim haverá
tensão até que encontremos aquela pessoa frente a frente.
Esse foi o caso de Jacó quando voltava para er Esaú.
“Quando Jacó viu que Esaú vinha chegando com os seus
quatrocentos homens, dividiu os seus filhos em grupos... Esaú saiu
correndo ao encontro de Jacó e o abraçou; ele pôs os braços em
volta do seu percoço e o beijou. E os dois choraram.” Depois de ser
apresentado à família de Jacó, Esaú perguntou: “E o que são aqueles
grupos que encontrei pelo caminho? Jacó respondeu: - Por meio
deles pensei em ganhar a boa vontade do senhor. Aó esaú disse: Eu já tenho bastante, meu irmão; fique com o que é seu. Mas Jacó
insistiu: - Não recuse. Se é que mereço um favor seu, aceite o meu
presente. Para mim, ver o seu rosto é como ver o rosto de Deus, poir
o senhor me recebeu tão bem. Por favor, aceite este presente que eu
trouxe para o senhor. Deus tem sido bom para mim e me tem dado
tudo o que preciso.”(Gênesis 33.1,3-4.8-11)
O enorme medo de Jacó deu lugar alívio. Na última vez que
Jacó tinha visto Esaú, Jacó temia perder a vida. Com o passar do
tempo, ambos mudaram. Quando Jacó viu seu irmão, descobriu que
ainda tinha afeto, apesar de ambos recordarem a dor.
O pessoas ainda estão vivendo à margem das nossas
promessas não cumpridas? É tarde demais para voltar agora ou
para tentar cumpri-las?
O rei Davi tinha feito uma promessa a seu amigor Jônatas.
“Certo dia Davi perguntou: - Será que alguma pessoa da família
de Saul ainda está viva? Se está, eu quero fazer alguma coisa boa
para essa pessoa, por causa de Jônatas” (2Samuel 9.11).
Mefibosete, o único filho de Jônatas, tinha vonvivido
durante longo tempo com a dor de uma promessa não cumprida
por Davi. Isso tinha moldado seu estilo de vida, sua condição
emocional e a maneira como pensava a respeito de si. Seu avô, o
rei Saul, tinha maltratado Davi antes de Davi se tornar rei. Talvez
Mefibosete tivesse medo de que Davi o maltrataria por causa de
seu avô. Gerações de medo e culpa pesavam sobre Mefibosete, até
que Davi relemvrou e cumpriu sua promessa.
Provavelmente, haja pessoas conhecidas nossas que foram
afetadas por promessas que não cumprimos. É importante que
tentemos cumprir as promessas que fizemos. Quando não
podemos cumpri-las, o mínimo que podemos fazer é perguntar o
que nossa negligência causou às pessoas que desapontamos ou
nos desculpar por não termos cumprido as promessas.
Deixando o Passado para Trás: Ezequiel 33.10-16 (pg. 941)
Quando andamos pelo caminho errado, chegamos a
lugares maus e experimentamos perdas devastadoras. Quando
prosseguimos por este caminho, colocamos em perigo a própria
vida. Convém nos perguntar se já não fomos longe demais. É
realmente possível um novo caminho de vida, mesmo se
Cumprindo as Promessas: 2 Samuel 9.1-9 (Pg 355)
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30
abandonamos nossos velhos caminhos do pecado e fizemos
reparações?
Mesmo sob as leis do Antigo Testamento, houve esperança
para aqueles que abandonaram o pecado e fizeram reparações. Deus
falou através de Ezequiel: “O Senhor me disse o seguinte: - Homem
mortal, repita aosd israelitas o que eles andam dizendo: ‘Os nossos
pecados e maldades são um peso para nós. Estamos nos acabando.
Como podemos viver?’ Diga-lhes que juro pela minha vida que eu, o
Senhor Deus, não me alegro com a morte de um pecador. Eu
gostaria que ele parasse de fazer o mal e vivesse. Povo de Israel,
pare de fazer o mal. Por que é que vocês essstão querendo morrer?
– Agora, homem mortal, diga aos israelitas que, quando um homem
correto pecar, o bem que ele fez não o salvará. Se um homem mau
para de fazer o mal, ele não será castigado; e, se um homem correto
começar a pecar, ele não continuará vivendo. Se eu avisar um
homem mau, dizendo que vai morrer, e se ele para de pecar e fizer o
que é bom e correto – por exemplo, se devolver o objeto que lhe
deram como garantia de pagamento de uma dívida ou se devolver o
que roubou – se ela parar de pecar e seguir as leis que dão vida, ele
não morrerá, mas viverá. Eu perdoarei os pecados que cometeu. Ele
viverá porque fez o que é bom e correto.”(Ezequiel 33.10-12,14-16)
Há esperança para cada pessoa que se afasta do pecado e faz
reparações. Através de Cristo, os pecados do nosso passado podem
ser apagados por uma nova vida futura.
Reparando as Rupturas: Mateus 5.23-25 (pg. 1069)
Todos nós sofremos rupturas na nossa vida, no nosso
relacionamento com Deus e no nosso relacionamento com os outros.
A ruptura tende a nos sobrecarregar e, facilmente, pode nos levar de
volta à adicção. A recuperação não é completa até que todas as
áreas da ruptura estejam reparadas.
Jesus ensinou: “Portanto, se você estiver oferecendo no
altar a sua oferta a Deus e lembrar que o seu irmão tem alguma
queixa contra você, deixe a sua oferta ali, na frente do altar, e vá
logo fazer as pazes com o seu irmão. Depois volte e ofereça a sua
oferta a Deus.”(Mateus 5.23-24) O apóstolo João escreveu: “Se
alguém diz: ‘Eu amor a Deus’, mas odeia o seu irmão, é
mentiroso. Pois ninguém pode amar a Deus, a quem não vê, se
não amar o seu irmão, a quem vê.” (1 João 4.10)
Muito da recuperação envolve reparar as rupturas na nossa
vida. Isso exige que nós façamos as pazer com Deus, conosco e
com outros de quem nos afastamos. Assuntos não resolvidos nos
relacionamentos podem nos impedir de estar em paz com Deus e
conosco. Enquanto passamos pelo porcesso de reparação,
devemos manter nossa mente e coração abertos a qualquer pessoa
que possamos ter negligenciado. Com frequência, Deus nos
lembrará de relacionamentos que precisam de atenção. Não
devemos demorar para ir ao encontro daqueles que ofendemos e
procurar reparar o dano que causamos.
Devolvendo o que Devemos: Lucas 19.1-10 (pg. 1187)
Quando estamos alimentando a nossa adicção, é fácil que
as nossas necessidades nos consumam. A única coisa que importa
é conseguir o que desejamos com tanto desespero. Talvez
tenhamos de mentir, enganar, matar ou roubar; mas nada disso
nos detém. Acabamos nos transformando em “saqueadores” da
nossa família e comunidade, atropelando os sentimneto e as
necessidades dos outros.
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31
Zaqueu tinha o mesmo problema. A sua ânsia por riqueza a
levou a trair o seu próprio povo, cobrando imipostos para o foverno
romano. O seu próprio povo o odiava e o considerava um ladão,
fraudador e traidor. Mas, quando Jesus lhe estendeu a mão, ele
mudou radicalmente. “Zaqueu se levantou e disse ao Senhor:
‘Escute, Senhor, eu vou dar a metade dos meus bens aos pobres. E,
se roubei alguém, vou devolver quatro vezes mais.’Então Jesus
disse: ‘Hoje a salvação entrou nesta casa, pois este homem também
é descendente de Abraão.’” (Lucas 19.8-9)
Zaqueu fez mais do que apenas devolver o que havia tomado.
Pela primeira vez em muito tempo, ele viu as necessidades dos
outros e quis ser um “doador”. Reparar as nossas falhas inclui
devolver o que tomamos, sempre que possível. Alguns de nós talvez
aproveitemos a oportunidade para fazer algo mais, devolvendo mais
do que tomamos. Quando começarmos a ver as necessidades dos
outros e decidirmos responder a elas, a nossa auto-estima aumentará.
Perceberemos que podemos dar a outros em vez de ser somente uma
carga.
o risco de perder a vida por causa do que havia feito. Como seu
antigo senhor era amigo de Paulo e imão na fé, Paulo e Onésimo
tinham a esperança de conseguir o perdão para o escravao
fugitivo.
Onésimo foi portador de uma Carta de Paulo para o seu
senhor. A Carta incuía esta petição: “Gostaria de obrigá-lo a
ficar aqui comigo... Porém não vou fazer nada sem a aprovação
de você... Pode ser que Onésimo tenha sido afastado de você por
algum tempo a fim de que você o tanha de volta para sempre.
Pois agora ele não é mais um escravo, porém muito mais do que
isso: é um querido irmão em Cristo... Se ele deu algum prejuízo a
você ou lhe deve alguma coisa, ponha isso na minha conta.”
(Filemom 13-16,18)
Antes de poder seguir adiante para um novo futuro,
devemos enfrentar os assuntos do passado que ainda estejam
pendentes. Isso inclui procurar devolver o que devemos, resolver
os problemas com a lei e retornar às pessoas das quais tenhamos
fugido. Não podemos ter certeza de que receberemos o perdão das
pessoas, mas podemos esperar por ele. Em alguns casos, talvez
nos suspreendamos ao enxontrar perdão e liberdade da escravidão
do nosso passado.
Assunto Não Concluído: Filemom 13-16 (pg. 1429)
Algumas vezes, precisamos terminar assuntos não concluídos
antes de poder avançar para novas oportunidades na vida. Alguns
possivelmente tenhamos deixado um rastro de leis violadas e
relacionamentos rompidos. São coisas que precisamos encaminhar
antes de seguir adiante.
A nossa nova vida não nos isenta de obrigações passadas.
Enquanto o apóstolo Paulo estava na prisão, levou um escravo
fugitivo chamado Onésimo a uma nova vida em Cristo. Depois,
Paulo o enviou de volta ao seu senhor, mesmo que Onésimo corresse
Um Coração Humlde:1 Pedro 2.18-25 (pg. 1465)
A essa altura da recuperação, muitos de nós experimentamos algumas importantes mudanças de atitude. Em certa
etapa da nossa vida, a adicção nos consumia de tal maneira, que
só pensávamos em nós, sem nenhuma consideração por ninguém
mais. O passo que agora analisamos se enfoca nos interesses e nas
necessidades de outros.
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O apóstolo Paulo ensinou: “Não façamos nada por interesse
pessoal ou por desejos tolos de receber elogios; mas sejam humildes
e considerem os outros superiores a vocês mesmos. Quem ninguém
procure somente os seus próprios interesses, mas também os dos
outros.”(Filipenses 2.3-4) Seja decidirmos reparar diretamente o
dano que tenhamos causado ou se escolhermos não fazê-lo por causa
da ferida que causaria, devemos nos preocupar em proteger outros da
dor e do sofrimento.
Pode haver situações em que sofreremos se tentarmos reparar
o dano causado. Isso é parte do processo de recuperação, e a possível
dor não deve nos intimidar. O apóstolo Pedro escreveu: “Mas, se
vocês sofrem por terem feito o bem e suportam esse sofrimento com
paciência, Deus os abençoará por causa disso... O próprio Cristo
sofreu por vocês e deixou o exemplo, para que sigam os seus passos.
Ele não cometeu nenhum pecado, e nunca disse uma só mentira.
Quando foi insultado, não respondeu com insultos. Quando sofreu,
não ameaçou, mas pôs a sua esperança em Deus, o justo Juiz.” (1
Pedro 2.10-23)
Dar esse passo pode ser muito difícil, pois enfrentaremos as
consequências dolorosas das nossas ações passadas. Durante esse,
período precisamos confiar a nossa vida a Deus, que sempre julga
justamente.
Limites Pessoais: Gênesis 31.55 (pg. 43)
Todos nós temos fraquezas particulares. Muitas vezes, é
útil estabalecer limites pessoas para sustentar as áreas mais fracas.
Talvez necessitemos definir, claramente nossos comprometimentos com outros; talvez necessitemos firmar um acorod sobre
certos limites a fim de conservar a paz. Uma vez estabelecidos os
limites, se faz necessária honestidade apra mantê-los. A determinação de nossa honestidade de cumprir nossos comprometimentos tem de fazer parte regular de nossa vida diária.
Jacó e seu sogro Labão conflitos. Enquanto tentavam resolvê-los , encontraram num acordo, estabelecendo um limite
claramente definido e erguendo um monumento que servisse de
lambrança do comprometimento. “Que o Senhor Deus fique nos
vigiando quando estivermos separados um do outro!... Aqui estão
as pedras e o pilar que coloquei entre nós dois. O mont e o pilar
são para lmebrarmos desse trato... Então Jacó fez um juramento
em nome do Deus a quem Isaque, o seu pai, temia.”(Gênesis
31.49,51-53)
A restauração da confiança em nosso relacionamento faz
parte da recuperação. Para isso precisamos definir nossas
expectativas e ingressar nos comprometimentos com cautela. Não
somos apenas responsáveis por aquilo que a outra pessoa conhece
a respeito. Somos pessoalmetne responsáveis por nossa própria
honestidade perante os olhos vigilantes de Deus. Esses
comprometimentos relacionais não devem ser assumidos
levianamente. Mas. Quando os fazemos, devem ser cuidadosamente mantidos.
PASSO 10
Continuamos fazendo o inventário pessoal e, quando
estávamos errados, nós o admitíamos prontamente.
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Precisamos de Perdão Outra Vez: Romanos 5.3-5 (pg. 1301)
Lidando com a Raiva: Efésios 4.26-27 (pg. 1373)
Talvez nos impacientemos conosco mesmos quando
contiamos praticando osmesmos pecados sempre de nos. Isso pode
fazer com que nos desanimemos ou podemos estar com medo de
estar condenados às recaídas.
Pedro perguntou a Jesus: “Então Pedro cheou perto de Jesus
e perguntous: ‘Senhor, quants vezes devo perdoar o meu irmão que
peca contra mim? Sete vezes?’ ‘Não!’, respondeu Jesus. ‘Você não
deve perdoar sete vezes, mas setenta e sete vezes.’”(Mateus 18.2122) Se essa deve ser a nossa atitude em relação aos outros, por acaso
não vaz sesntido que tratemos anós mesmos com igual bondade?
Devemos ser tão pacientes consoco como Deus estpera que sejamos
com outros.
Paulo escreveu: “E também nos alegramos nos sofrimentos,
pois sabemos que os sofrimentos produzem a paciência, a paciência
traz a aprovação de Deus, e essa aprovação cria a esperança. Essa
esperança não nos deixa decepcionados, pois Deus derramou o seu
amor no nosso coração, por meio do Espírito Santos, que ele nos
deu.”(Romanos 5.3-5)
Aprender a esperar pacientemente é uma característica
importante que devemos desenvolver. Cada vez que confessamos o
nosso pecado e aceitamos o perdão de Deus, temos a oportunidade
de exercer a nossa esperança e fé e, assim , fortalecê-las. Já não
precisamos nos esconder envergonhados cada vez que cairmos.
Podemos confessar as nossas faltas, arrependidos, e seguir adiante. O
amor de Deus por nós se reafirma cada vez que confiamos nele.
Dessa forma, o senhor nos ajuda a manter a nossa cabeça levantada,
Nào importa o que aconteça.
Para muitos de nós, é bastante difícil lutar contra a
irritação. Alguns temos um histórico de raiva, e assim tentamos
reprimir os nossos sentimento. Outros ocultamos os sentimentos
de coragem, fingindo que não existem, porque, no passado, nunca
pudemos expressá-los. Se alguns dos nossos problemas derivam
de não sabermos como expressar apropriadamente a nossa
irritação, é possível que procuremos não lidar com eles. Talvez
tentemos “deixá-los de lado”, com a esperança de que
desapareçam. Avaliar como lidar com a irritação de forma
adequada é parte importante do nosso inventário diário.
O apóstolo Paulo disse: “Se vocês ficarem com raiva, não
deixem que isso faça com que pequem e não fiquem o dia inteiro
com raiva. Não dêem ao diabo oportunidade para tentar
vocês.”(Efésios 4.26-27) Uma saída é estabelecer um tempo
limite diário para lutar com a nossa coragem; um tempo para
encontrar a maneira de expressar os nossos sentimento e, então,
abandoná-los.
Lutar contra a irritação rapidamente é importante, pois,
quando deixamos que amadureça, ela se converte em amargura. A
amargura é a raiva que foi enterrada e teve tempo para crescer. A
Bíblia nos adverte: “Abandonem toda amargura, todo ódio e toda
raiva. Nada de gritarias, insultos e maldades! Pelo contrário,
sejam bons e atenciosos uns para com os outros. E perdoem uns
aos outros, assim como Deus. Por meio de Cristo, perdoou
vocês.”(Efésios 4.31-21)
Os Alcólicos anônimos ensinam que nunca devemos
chegar ao ponto de estar muito famintos, zangados, sós ou
cansados. Poderemos conseguir isso se logo lidarmos com a raiva
tão logo apareça.
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34
praticamos essas disciplinas a cada dia, no final colheremos os
benefícios.
Perseverança: 2 Timóteo 2.1-8 (pg. 1415)
Exercícios Espirituais: 1 Timóteo 4.7-8 (pg. 1407)
É espantoso o que os seres humanos podem conseguir como
resultado de esforços persistentes e disciplinados. Quantas vezes
vimos finastas treinados ou outros atletas e nos maravilhamos diante
da desenvoltura das suas apresentações? Entendemos que
desenvolveram essas habilidades através de um treinamento
rigoroso, que é o que distingue os verdadeiros atrletas dos
espectadores. Realizar regularmente o nosso inventário pessoal exige
uma autodisciplina semelhante.
Paulo escreveu a Timóteo: “Mas não tenha nada a ver com
as lendas pagãs e tolas. Para progredir na vida cristã, faça sempre
exercícios espitiruais. Pois os exercícios físicos têm alguma
utlidade, mas o exercício espiritual tem valor para tudo porque o
seu resultado é a vida, tanto agora como no futuro.” (1 Timóteo 4.78) A palavra que se traduz por “exercício”se referuam
específicamente, ao treinamento disciplinado que era praticado pelos
ginastas nos tempos de Paulo.
A força e a agilidade espiritual vêm apenas através da prática.
Precisamos desenvolver os nossos músculos espirituais por meio do
esforço perseverante e da disciplina diária. Continuar fazendo o
nosso inventário pessoal é uma disciplina que precisamos
desenvolver. Como o atleta, podemos motivar a nós mesmos para
continuar praticando disciplinadamente as rotinas diárias com os
olhos na nossa recompensa futura. Quanto a esse tipo de disciplina,
“o seu resultado é a vida, tanto agora como no futuro”(1. Timóteo
4.8). Os resultados não chegam de um dia para outro. Mas, quando
A recuperação é um processo que dura toda a vida. Haverá
momentos em que nos sentiremos cansados e desejaremos jogar a
toalha. Experimentaremos dor, medo e toda uma variedade de
outras emoções. Na guerra por obter a integridade, ganharemos
algumas batalhas e perderemos outras. Talvez nos desanimemos
em alguns momentos, pois não estaremos notando nenhum
progresso, embora tenhamos feito grande esforço. Mas se, apesar
de tudo, formos perseverantes, poderemos conservar o terreno que
tenhamos ganhado.
O apóstolo Paulo usou três ilustrações para ensinar sobre a
perseverança. Escreveu a Timóteo:
“Como fiel solcado de Cristo Jesus, tome parte no meu
sofrimento. Pois o soldade, quando está servindo, quer agradar o
seu comandante e por isso não se envolve em negócios da vida
civil. O atleta que toma parte numa corrida não recebe o prêmio
se não obedecer às regras da competição. E o lavrador que
trabalha no pesado deve ser o primeiro a receber a sua parte na
colheita. Pense no que estou dizendo, pois o Senhor fará com que
você compreenda todas as coisas.”(2 Timóteo 2.3-7)
Como soldados, estamos em uma guerra que só podemos
ganhar se lutarmos até o final. Como atletas, devemos treinar para
uma nova forma de vida e para seguir os passos da recuperação
até alcnaçar o objetivo. Como lavradores, devemos fazer o nosso
trabalho em cada estação e, então, esperar pacientemente até que
vejamos o crescimento. Se deixarmos de trabalhar nonosso
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programa antes de alcançar o objetivo, podemos perder tudo aquilo
pelo que temos lutado, treinado e trabalhado com afinco.
Olhando no Espelho: Tiago 1.21-25 (pg.1453)
Quantas vezes nos olhamos no espelho a cada dia? Imagine
que nos olhamos no espelho e descobrimos que temos mostarda ao
redor da boca. Por acaso não lavamos o rsoto e limpamos a sujeira
imediatamente? Desta forma, precisamos constantemente nos olhar
no nosso “espelho espiritula”: a Bíblia. Então, se houver algo errado,
podemos dar os passos apropriados para corrigir.
Tiago usa uma ilustração semelhante para nos mostrar que
deus deve ser como um espelho espiritual na nossa vida. Afirmou:
“Não se enganem; não sejam apenas ouvintes dessa mensagem, mas
a ponham em prática. Porque aquele que ouve a mensagem e não a
põe em prática é como uma pessoa que olha no espelho e vê como é.
Dá uma boa olhada, depois vai embora e logo esquece a sua
aparência. O evangelho é a lei perfeita que dá liberdade às pessoas.
Se alguém examina bem essa lei e não a esquece, mas a põe em
prática, Deus vai abençoar tudo o que essa pessoa fizer.”
(Tiago 1.22-25)
Esta ilustração mostra que é sensato fazer regularmente um
inventário pessoal. Quando examinamos a nossa vida, se
descobrirmos que da última vez que o fizemos houve alguma
mudança problemática, devemos agir imediatamente. Se não
prestamos atenção imediata no problema, talvez logo o esqueçamos.
Da mesma maneira que seria uma tolice passar todo o dia sabendo
que tmeos mostarda no rosto, não é lógico reconhecer que temos um
problema que pode nos levar a uma recaída e não corrigi-lo
imediatamente.
Pecador Recorrentes: 1 João 1.8-10 (pg. 1481)
Talvez nos sintamos sem jeito quando confessamos os
nossos pecados diante de Deus. Possivelmente, já tenhamos
ficado envergonhados pelas vezes que tivemos de lutar contra as
mesmas coisas, problemas que, obstinadamente, se negam a
desaparecer. É possível que imaginemos Deus fazendo uma
grande lista de erros cometidos para usá-la contra nós.
O apóstolo João escreveu: “Se dizemos que não temos
pecados, estamos nos enganando, e não há verdade em nós. Mas,
se confessarmos os nossos pecados a Deus, ele cumprirá a sua
promessa e fará o que é correto: ele perdoará os nossos pecados
e nos limpará de toda maldade. Se dizemos que não temos
cometido pecados, fazemos de Deus um mentiroso, e a sua
mensagem não está em nós.”(1 João 1.8-10)
Confessar quer dizer concordar com Deus que o que ele
diz estar mal realmente está mal. Isso significa que precisamos
reconecer os nossos erros logo que os cometemos. João diz que
Deus nos perdoará e nos limpará de toda maldade. Cada vez que
confessamos um pecado, o Senhor o limpa. A nossa vida é como
uma lousa em que se apagou tudo o que estava escrito nela. Os
nossos pecados não fiam gravados em nenhum tipo de “lista
celestial”; eles se foram para sempre! Mesmo que cometamos os
mesmos erros sempre de novo, Deus continua nos perdoando se
estivermos verdadeiramente arrependidos. Algusn aspectos da
nossa vida necessitam mais limpeza do que outros. Deus não se
zanga quando retornamos a ele reiteradas vezes. Não é necessário
que nos sintamos incomodados. Deus quer que nos aproximemos
dele cada vez que pequemos.
35
36
PASSO 11
Procuramos, através da prece e da meditação, melhorar
nosso contato consciente com Deus, rogando apenas o
conehcimento de sua vontade em relação a nós, e forças para
realizar essa vontade.
podemos clamar a Deus por ajuda.ele sempre está aqui, pronto
para nos escudar e proteger quando clamamos a ele.
Um Lugar Seguro: 2 Samuel 22.1-33 (pg.373)
No passado, quando a vida se tornava pesada, usamos nossas
adicções como esconderijo. Agora que estamos em recuperação às
vezes a vida pode se apresentar ainda mais dura. Necessitaremos de
um novo local de refúgio para escapar das tempestades e encontrar
proteção.
O rei Davi enfrentou muitas lutas. Ele disse a respeito de
Deus: “O Senhor é a minha rocha, a minha fortaleza e o meu
libertador. O meu Deus é uma rocha em que me escondo. Ele me
protege como um escudo; ele é o meu abrigo, e com ele estou
seguro. Deus é o meu Salvador; ele me protege... Eu clamo ao
Senhor pedindo ajuda, e ele me salva dos meus inimigos. Louvem ao
Senhor pedindo ajuda, e ele me salva dos meus inimigos. Louvem ao
Senhor! Estive cercado de perigos de morte, e ondas da destruição
rolaram de perigos de morte, e ondas da destruição rolaram sobre
mim. A morte me amarrou com as suas cordas, e a sepultura aramou
a sua armadilha para me pegar. No meu desespero eu clamei ao
Senhor, eu pedi que ele me ajudasse. No seu templo ele ouviu a
minha voz, ele escutou o meu grito de socorro... Ele é como um
escudo para os que procuram a sua proteção. O Senhor é o único
Deus; somente Deus é a nossa rocha. Ele é o meu forte refúgio e me
protege aonde quer que eu vá”(2 Samuel 22.2-7, 31-33).
Sempre haverá ocasiões em que sentimos a necessidade de
um lugar seguro, a necessidade de correr e esconder-se. Deus pode
ser esse esconderijo. Quando nos encontramos em aflição, cercados
pelas “ondas da morte” em nosso antigo estilo de vida pecaminosa,
A maioria de nós, inicialmente, buscam a Deus pela ajuda
que ele pode nos dar, ou seja, o seu poder para nos libertar do
poder da nossa dependência. Talvez fiquemos surpresos quando
nos damos conta de que, com o passar do tempo, buscamos a
Deus pelo desejo de estar perto dele. Quando descobrimos como
ele é maravilhoso e quanto nos ama, nós nos aproximamos dele
pela alegria que experimentamos na sua presença.
O rei Davi nos permite dar uma olhada no seu
relacionamento com Deus, quando diz: “A Deus, o Senhor, pedi
uma coisa, e o que eu quero é só isto: que ele me deixe viver na
sua casa todos os dias da minha vida, para sentir, maravilhado, a
sua bondade e pedir a sua orientação. Em tempos difíceis, ele me
esconderá no seu abrigo. Ele me guardará no seu Templo e me
colocará em segurança no alto de uma rocha. Assim vencerei os
inimigos que me cercam. Com gritos de alegria, oferecerei
sacrifícios no seu Templo; eu cantarei e louvarei a Deus, o
Senhor.”
(vs. 4-6).
Davi encontrou grande alegria ao melhorar seu relacionamento com Deus. O Senhor sempre está aí, mas nem sempre
nos damos conta da sua presença. O nosso relacionamento com
Deus geralmente começa quando ele supre as nossas necessidades
desesperadas. Mas, quando começarmos a nos concentrar em
conhecer a Deus como um fim em si mesmo, descobriremos que
ele nos dará o que sempre desejamos: a alegria de estarmos perto
Sede de Deus Salmo 27.1-6
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do nosso amoroso Criador. Então, veremos que podemos confiar a
ele toda a nossa vida toda.
Alegria na Presença de Deus Salmo 65.1-4
A maioria de nós precisa desejar algo antes de buscar isso de
todo o coração. Enquanto não compreendermos o quanto Deus nos
ama e se preocupa conosco, provavelmente, não tenhamos o desejo
de orar. Até que creiamos sinceramente que ele nos perdoou por
completo, sentiremos vergonha de olhar para ele. Se nos agarrarmos
aos nossos conceitos equivocados sobre Deus, este passo será um
grande fardo em vez de algo que produza alegria.
A vida do rei Davi deveria nos dar esperança. Depois de
enfrentar cara a cara a sua pecaminosidade, foi capaz de cantar: “É
justo, ó Deus, que o povo te louve no monte Sião e te dê o que
prometeu, pois tu respondes às orações. Pessoas de toda parte virão
te adorar por causa dos seus pecados. As nossas faltas nos deixam
derrotados, mas tu nos perdoas. Como são felizes aqueles que tu
escolhes, aqueles que trazes para viverem no teu Templo! Nós
ficaremos contentes com as coisas boas da tua casa, com as bênçãos
do teu santo Templo”(Salmo 65.1-4). Deus quer que sejamos como
os que viviam e serviam no seu Templo, chegando livremente a sua
presença. Ele quer que saibamos que somos bem-vindos e
importantes perante ele (veja também Mateus 10.29-31).
O Senhor está sempre conosco e pode ser, agora mesmo,
fonte de alegria e felicidade. Podemos desejar passar tempo com ele
e viver em sua presença dia após dia.
Encontro com Deus Salmo 105.1-9
À medida que trabalhamos, nos esforçamos nos Doze
Passos, passamos muito tempo olhando para trás. Com freqüência,
pensamos nos erros cometidos no passado. Enquanto
continuarmos no processo de recuperação, necessitaremos de
força para andar pelo caminho que Deus quer que sigamos. Parte
dessa força virá quando visualizarmos a presença constante de
Deus conosco.
O salmista escreveu; “Agradeçam a Deus, o Senhor,
anunciem a sua grandeza e contem às nações as coisas que ele
fez... Lembrem de tudo o que Deus tem feito, lembrem dos seus
grandes e maravilhosos milagres... Ele é o Senhor, nosso Deus;
os seus mandamentos são para o mundo inteiro. Ele sempre
lembrará da sua aliança e, por milhares de gerações, cumprirá as
suas promessas”(Salmo 105.1,5-8).
De agora em diante, quando olharmos para trás, devemos
nos concentrar em ver os “seus grandes e maravilhosos milagres”
e em nos lembrar “de tudo o que Deus tem feito”. Podemos olhar
ao nosso redor para vê a sua bondade no “mundo inteiro” e
esperar o cumprimento das suas promessas. Em oração, devemos
agradecer a Deus o que ele tem feito, busca-lo para conseguir a
força de que necessitamos hoje e pedir que cumpra as suas
promessas para o dia de amanhã. Em meditação, precisamos
lembrar as nossas vitórias, refletir sobre a presença de Deus
conosco hoje e pensar na sua fidelidade e na esperança que ele
nos dá para o amanhã.
Segredos Poderosos Salmo 119.1-11
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Os segredos que escondemos têm um imenso poder na nossa
vida. Quantas condutas aditivas ou compulsivas mantivemos ocultas
ou escondidas? Quando, finalmente, demos o passo e confessamos a
outra pessoa a natureza exata da nossa adicção, provavelmente,
tenhamos ficado surpresos por descobrir que a adicção havia perdido
o seu poder ao ser exposta. O poder dos segredos e das condutas
escondidas pode agir a favor de nós ou contra nós.
O salmista escreveu essa oração a Deus: “Quardo a tua
palavra no meu coração para não pecar contra ti.”(Salmo 119.11)
Se “guardamos” a Palavra de Deus no nosso coração, memorizandoa meditando nela, encontraremos um novo poder para manter limpos
a nossa mente e o nosso coração.
O poder dos segredos também agirá a favor de nós na nossa
vida de oração. Jesus nos ensinou: “Mas você, quando orar, vá para
o seu quarto, feche a porta e ore ao seu Pai, que não pode ser visto.
E o seu Pai, que vê o que você faz em segredo, lhe dará a
recompensa”(Mateus 6.6). Na medida em que passarmos tempo a
sós com Deus em oração e meditação, iremos descobrindo esse
poder agindo em nosso benefício.
Espera Paciente: Isaías 40.28-31 (pg. 799)
Todos nós queremos recuperar-nos o mais rápido possível. É
difícil ficar paciente quando esperamos pela eficácia do processo.
Com certeza, estamos cientes de que não chegaremos ao ponto
crítico de uma hora para outra. Compreendemos que não podemos
desfazer uma vida toda de danos em poucos instantes. Mas, ainda
assim, é um desafio esperar pacientemente. Cada parte do processo
de recuperação requer tempo e paciência. Esse passo também requer
tempo e paciência. Esse passo também requer que aprendamos a
esperar em Deus.
O profeta Isaías nos dá a seguinte promessa: “os que
confiam no Senhor recebem sempre novas forças. Voam nas
alturas como águias, correm e não perdem as forças, andam e
não se cansam.”(Isaías 40.31) Jeremias disse: “O Senhor é bom
para todos os que confiam nele. O melhor é ter esperança e
aguardar em silêncio a ajuda do senhor.” (Lamentações 3.5-6)
Esperar no Senhor traz recompensas. Podemos permanecer
calmos quando parece que não estamos alcançando nenhum
progresso na recuperação. Quando aprendemos a confiar no
Senhor e a esperar nele, ele nos levantará entre suas asas de águia.
Deus nos dá a força e a resistência para nos mantermos em pé
debaixo do fardo a fim de não desanimarmos ou cairmos. Ao
desenvolvermos fé paciente em Deus, seremos capazes de
agüentar até o final da corrida e vencer.
Andando na Luz: João 3.18-1 (pg 107)
Às vezes, não queremos conhecer a vontade de Deus
porque há áreas na nossa vida com as quais ainda não estamos
prontos a lidar. A recuperação é um processo para nós. Talves
estejamos preparados para orar pedindo a vontade de Deus em
algumas áreas, mas nos incomoda que a luz de Deus brilhe sobre
outras áreas que ainda se escondem na vergonha.
Quando falou com aqueles que se negavam a confiar a sua
vida a ele, Jesus lhes disse: “Deus mandou a luz ao mundo, mas
as pessoas preferiram a escuridão porque fazem o mal odeiam a
luz e fogem dela, para que ninguém veja as coisas más que eles
fazem” (João 3.19-20). Mais adiante, em uma das suas
mensagens, disse às pessoas: “Eu sou a luz do mundo; quem me
segue nunca andará na escuridão, mas terá a luz da vida”(João
8.12).
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A escuridão é muito boa quando estamos tentando esconder
algo, mas a luz é necessária quando estamos tentando caminhar sem
cair. Quando tentávamos esconder a nossa conduta vergonhosa ou
nos agarrávamos à nossa adicção, a escuridão parecia nossa amiga.
Mas, agora que estamos tentando caminhar para a recuperação,
necessitamos da luz para não tropeçar. Já não temos de temer a luz
de Deus porque temos o seu perdão através de Cristo. Ele quer nos
guiar em segurança pelo caminho correto.
PASSO 12
Tendo experimentado um despertar espiritual, graças a
esses Passos, procuramos transmitir a mensagem a outros e
praticar esses princípios em todas as nossas atividades.
enviou para animar os aflitos, para anunciar a libertação aos
escravos e a liberdade para os que estão na prisão. Ele me enviou
para anunciar que chegou o tempo em que o Senhor salvará o seu
povo... Ele me enviou para consolar os que choram, para dar aos
que choram em Sião uma coroa de alegria, em vez de tristeza, um
perfume de felicidade, em vez de lágrimas, e roupas de festa, em
vez de luto.” (Isaías 61.1-3)
Essa missão foi passada adiante para nós. Algumas
pessoas falam sobre “pregar o evangelho”, mas podem alienar-se
daqueles que mais necessitam das Boas Notícias. Nós estamos
numa posição peculiar para compartilhar nossas experiências,
nossas forças e nossa esperança de maneira tal que pessoas
quebrantadas possam compreendê-las e recebe-las.
A Nossa História: Marcos 16.14-18 (pg 1145)
A Nossa Missão: Isaías 61.1-3 (pg 85)
Uma vida liberta de adicções pelo senhor é um quadro lindo
de se contemplar. Quando praticamos esses princípios e
compartilhamos nossas experiências, pessoas verão a glória de Deus
em nossa vida e receberão esperança. Sabemos de experiência
própria a gravidade do sofrimento, da aflição e do quebrantamento.
Conhecemos a dor de estar escravizado às paixões e da cegueira
causada pela nossa negação. Suportamos os tempos de choro. Agora,
podemos nos relacionar com as pessoas que lutam pela liberdade.
Também sabemos que, além da escravidão, algo mais pertence à
vida. Em Cristo, há cura e liberdade, claridade e misericórdia, beleza
e alegria.
Quando Jesus veio à terra, ele teve uma missão, que foi
expressa nestas palavras: “O Senhor Deus me deu o seu Espírito,
pois ele me escolheu para levar boas notícias aos pobres. Ele me
Cada um de nós tem uma história valiosa para contar.
Talvez sejamos tímidos e nos sentimos envergonhados ao falar.
Talvez pensemos que o que temos a dizer é trivial demais. Isso vai
mesmo ajudar a alguém? Pode se que lutemos com a vergonha das
nossas experiências passadas. No entanto, a nossa história de
recuperação pode ajudar outros que ainda se encontram presos.
Estamos dispostos a deixar que Deus nos use para libertar a
outros?
Jesus nos deixou esta tarefa que é vital: “Vão pelo mundo
inteiro e anunciem o evangelho a todas as pessoas”(Marcos
16.15). O apóstolo Paulo viajou por todo o mundo contando a
todos sobre a sua conversão. Terminou preso, mas o seu espírito
estava livre. Ele apresentou a sua defesa (e a sua história pessoal
de redenção) perante os reis. O rei Agripa o interrompeu para
dizer: “Você pensa que assim, em tão pouco tempo, vai me tornar
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cristão? Paulo disse: ‘Pois eu pediria a Deus que, em pouco ou
muito tempo, não somente o senhor, mas todos os que estão me
ouvindo hoje chegassem a ser como eu, mas sem estas correntes’”
(Atos 26.28-29).
Entre cada jornada pessoal da escravidão à liberdade há um
microcosmo do evangelho. Quando as pessoas escutam a nossa
história, mesmo quando pareça trivial, estamos oferecendo a elas a
oportunidade de romper as suas corrente e começar a sua
recuperação.
Compartilhando a Nossa Experiência: João 15.5-15 (pg 1229)
Depois de termos passado pelos Doze Passos, estamos em
uma posição especial para levar a mensagem a outros. Podemos
reconhecer os sinais de aviso das tendências aditivas ou compulsivas
nas pessoas que nos rodeiam, assim como em nós mesmos. Quando
tocamos nesses assuntos profundos e delicados, é importante que
falemos a linguagem do amor, não o da condenação.
A Bíblia nos diz que “se alguém for apanhado em alguma
falta, vocês que são espirituais devem ajudar essa pessoa a se
corrigir. Mas façam isso com humildade e tenham cuidado para que
vocês não sejam tentados também. Ajudem uns aos outros e assim
vocês estarão obedecendo à lei de Cristo” (Gálatas 6.1-2). O
mandamento era o que Jesus havia ensinado aos discípulos: “Eu
lhes dou este novo mandamento: amem uns aos outros. Assim como
eu os amei, amem também uns aos outros” (João 13.34). “O meu
mandamento é este: amem uns aos outros como eu amo vocês.
Ninguém tem mais amor pelos seus amigos do que aquele que dá a
sua vida por eles” (15.12-13).
Nós não somos o Salvador, mas podemos amar os outros
como ele nos amou. O amor vai além das meras palavras. Algumas
vezes se expressa em silêncio, quando não condenamos alguém
que vem até nós buscando ajuda. O amor não somente lhe diz
quais são os problemas; também ajuda a levar o peso das suas
cargas. Podemos fazer parte de um grupo de apoio que ajude os
nossos amigos até que sejam capazes de dar os passos para a
recuperação por iniciativa própria.
Ouvindo Primeiro: Atos 8.26-40 (pg. 1255)
Talvez estejamos tão emocionados pelo que Deus fez por
nós que temos vontade de sair correndo para contar a nossa
história a todo o mundo. Ou talvez sejamos muito tímidos e
duvidemos se devemos contar ou não aos outros, especialmente se
pensamos que eles são melhores que nós. Todos temos uma
história valiosa para contar; precisamos somente descobrir a
melhor maneira de comunica-la.
Deus levou o evangelista Filipe a conhecer um viajante
muito influente que “tinha ido a Jerusalém para adorar a Deus.
Na volta, sentado na sua carruagem, ele estava lendo o livro do
profeta Isaíai. Então o Espírito Santos disse a Filipe: ‘Chegue
perto dessa carruagem e acompanhe-a.’Filipe correu para perto
da carruagem e ouviu o funcionário lendo o livro do profeta
Isaías. Aí perguntou: ‘O senhor entende o que está lendo?’’Como
posso entender se ninguém me explica?’, respondeu o
funcionário... Então, começando com aquela parte das
Escrituras, Filipe anunciou ao funcionário a boa notícia a
respeito de Jesus.”(Atos 8.27-31,35)
A forma como Filipe comunicou a mensagem é um
modelo para nós. Foi muito sensível ao permitir que Deus o
guiasse até alguém que já estava preparado. Não se intimidou com
a condição social elevada do homem e não hesitou em lhe
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anunciar as boas notícias sobre Jesus. Filipe começou escutando
cuidadosamente. Colocou-se em sintonia com as necessidades e os
interesses do homem e, então, explicou a relação que estes tinham
com a mensagem que iria compartilhar. Se somos entusiasmados ou
tímidos, seguir este modelo pode nos ajudar a comunicar a nossa
mensagem de uma forma que as pessoas possam entende-la e aceitála.
Contando a História: 1 Timóteo 4.14-16 (pg 1409)
Quando percebemos tudo o que ganhamos ao seguir os Doze
Passos, será natural que queiramos compartilhar essa mensagem de
vida com outros. Se pensarmos na época antes de começar a nossa
recuperação, provavelmente nos lembraremos de que não
respondemos muito bem às “pregações”. No entanto, também
percebemos que há pessoas na nossa vida que poderiam se beneficiar
com a nossa mensagem. Por isso, precisamos passar adiante a nossa
história, mas devemos fazê-lo com sensibilidade.
O apóstolo Paulo ensinou a Timóteo que, para anunciar a
mensagem do evangelho, ele não devia apenas ensinar os outros,
mas também devia servir de exemplo, colocando em prática a sua fé.
Paulo disse: “Pratique essas coisas e se dedique a elas a fim de que
o seu progresso seja visto por todos. Cuide de você mesmo e tenha
cuidado com o que ensina. Continue fazendo isso, pois assim você
salvará tanto você mesmo como os que o escutam.” (1 Timóteo
4.15-16) Quando praticarmos os princípios dos Doze Passos, outros
estarão nos observando e notarão as mudanças. Isso nos dará a
oportunidade de contar a nossa história.
Cada dependente é uma alma perdida a quem Deus ama e
quer resgatar. “Meus irmãos, se algum de vocês se desviar da
verdade, e outro o fizer voltar para o bom caminho, lembrem disto:
quem fizer um pecador voltar do seu mau caminho salvará da morte
esse pecador e fará com
perdoados.”(Tiago 5.19-20)
que
muitos
pecados
sejam
Não Esquecendo o que Deus tem Feito: Tito 3.2-5 (pg. 1425)
Quanto mais avançamos na recuperação, a lembrança de
como a nossa vida era realmente má pode começar a desaparecer.
Por acaso, lembramos claramente o que uma vez já fomos?
Podemos recordar humildemente as emoções sombrias que
enchiam a nossa alma? Temos compaixão verdadeira e simpatia
genuína por aqueles a quem tentamos levar a mensagem?
Quando transmitirmos a outros a mensagem de
recuperação, nunca devemos nos esquecer de onde viemos e como
chegamos ali. Paulo disse ao Tito: “Pois antigamente nós mesmos
não tínhamos juízo e éramos rebeldes e maus. Éramos escravos
das paixões e dos prazeres de todo tipo... Porém, quando Deus, o
nosso Salvador, mostrou a sua bondade e o seu amor por todos,
ele nos salvou porque teve compaixão de nós, e não porque nós
tivéssemos feito alguma coisa boa. Ele nos salvou por meio do
Espírito Santo, que nos lavou, fazendo com que nascêssemos de
novo e dando-nos uma nova vida.”(Tito 3.3-5)
Quando compartilhamos a nossa mensagem com outros,
nunca devemos esquecer as seguintes verdades: antes fomos
escravos, assim como outros ainda são hoje em dia. O nosso
coração estava cheio de confusão e das emoções dolorosas que
outros ainda sentem. Fomos salvos pelo amor e pela vontade de
Deus, não porque éramos o suficientemente bons. Também
devemos lembrar que podemos nos manter livres porque Deus
está conosco, nos sustentando em cada passo do caminho.
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O Caminho Estreito: 1 Pedro 4.1-4 (pg. 1469)
Copiado
da Bíblia
24/6/2017
Despertar
por
Cleusa
Matzenbacher
Hautsch
Iniciamos a recuperação, provavelmente porque já não
agüentávamos mais. Já tínhamos experimentado muita dor, mentiras
e a destruição resultante da nossa conduta aditiva. Pouco a pouco
fomos aprendendo os princípios que marcam o caminho para a
recuperação. Agora, estamos em um lugar que não tínhamos certeza
de que poderíamos alcançar: o Passo Doze. Agora, temos a coragem
para levar a mensagem a outros, mesmo que nem todos queiram
recebê-la.
Pedro afirmou: “No passado vocês já gastaram bastante
tempo fazendo o que os pagãos gostam de fazer. Naquele tempo
vocês viviam na imoralidade, nos desejos carnais, nas bebedeiras,
nas orgias, na embriaguez e na nojenta adoração de ídolos. E agora
os pagãos ficam admirados quando vocês, não se juntam com eles
nessa vida louca e imoral e por isso os insultam.” (1 Pedro 4.3-4)
Jesus disse: “Entrem pela porta estreita porque a porta larga
e o caminho fácil levam para o inferno, e há muitas pessoas que
andam por esse caminho. A porta estreita e o caminho difícil levam
para a vida, e poucas pessoas encontram esse caminho.” (Mateus
7.13-14)
Muitas pessoas não aceitarão a nossa mensagem. As pessoas
que estão no “caminho fácil que leva para o inferno” não se
mostrarão entusiasmadas em submeter-se aos passos claramente
definidos no caminho para a recuperação. Mas, para aqueles que
ouvirem, a nossa história poderá ser a diferença entre a vida e a
morte.
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