A Páscoa 1. O que significa a Páscoa? A verdadeira Páscoa é uma festa anual que comemora a saída do povo de Israel do Egipto. Na noite anterior a sua libertação o anjo da morte iria passar a meia-noite para matar todos os primogénitos egípcios, incluindo os animais, como décima e última praga de Deus sobre o Egipto. Para salvar os filhos de Israel, Deus ordenou que cada família tinha de tomar um cordeiro macho de um ano de idade, sem defeito e sacrificálo ao entardecer. Parte do sangue deveria aspergir nas duas ombreiras e na verga da porta de casa. E quando o anjo da morte passasse e visse o sangue na porta passaria por cima daquela casa. Daí a palavra “Páscoa”, do hebreu significa “pular além da marca”, “passar por cima” ou “poupar”. Assim, pelo sangue do cordeiro morto, os judeus foram poupados da morte naquele dia. Deus ordenou o sinal do sangue na porta da csa do Seu povo preparando-o para o advento do Cordeiro de Deus, Jesus Cristo, que séculos mais tarde viria a Se sacrificar para tirar o pecado do mundo. (João 1:29) Naquela noite específica, os Israelitas deviam estar vestidos e preparados para viajar (Êxodo 12:11). Teriam de assar o Cordeiro e não fervê-lo, e comê-lo com ervas amargas e pão sem fermento (Êxodo 12:1-14). Mas o mundo transformou a festa de liberdade de um povo numa festa pagã, envolvendo coelhos e chocolates. 2. Qual o sentido da Páscoa judaica para os cristãos? Para a Igreja Cristã, a Páscoa reúne importantíssimos simbolismos proféticos para falar do Senhor Jesus Cristo. O novo testamento ensina que as festas judaicas são “sombras das coisas futuras” (Colossenses 2:16-17 ; Hebreus 10:1), ou seja, apontam a redenção pelo sangue do Senhor Jesus. Senão, vejamos: O âmago da Páscoa era a graça salvadora de Deus. Ele libertou Seu povo do Egipto, não porque era merecedor, mas porque o amava e porque era fiel a Sua Aliança com seus pais (Deuteronômio 7:7-10). Por semelhante modo, a salvação que recebemos do Senhor Jesus nos vem através da graça de Deus (Efésios 2:810 ; Tito 3:4-5). O propósito do sangue aplicado na porta era para livrar da morte o primogénito de cada família. Esse facto prenuncia o derramamento do sangue do Senhor Jesus, o Primogénito de Deus, a fim de nos salvar da morte eterna e da ira de Deus contra o pecado (Êxodo 12:13,23,27 ; Hebreus 9:22). Quer dizer: a salvação dos primogénitos dos homens pelo Primogénito de Deus. O cordeiro pascal era um sacrifício que serviu de substituto do primogénito de cada família. Isto prenuncia a morte do Senhor em substituição a morte dos que O aceitam. Por isso o apóstolo Paulo diz claramente que o Senhor Jesus é o nosso Cordeiro Pascal (I Coríntios 5:7). O cordeiro macho a ser sacrificado tinha de ser perfeito (Êxodo 12:5), e é figura da condição de Jesus sem ser pecado (João 8:46 ; Hebreus 4:15). Alimentar-se do cordeiro identificava os filhos de Israel com o sacrifício do cordeiro, o qual os salvou da morte física. Assim, como no caso da Páscoa, só a morte de alguém sem pecado, ou seja, perfeito, serviria como sacrifício eficaz para a salvação da alma. Ao participarmos da Sua carne na Santa Ceia, o fazemos em memória d’Aquele que não tinha pecado, não tinha culpa ... (I Coríntios 11:24). Mesmo assim, o Senhor fez cair sobre Ele a iniquidade de nós todos ... (Isaías 53:6). A aspersão do sangue nas vergas das portas foi feita na base da fé obediente (Êxodo 12:28 ; Hebreus 11:28). Essa obediência pela fé resultou então em redenção mediante o sangue (Êxodo 12:7-13). Da mesma forma, a salvação mediante o sangue do Senhor Jesus se obtém somente através da “obediência da fé” (Romanos 1:5 ; 16:26). A IURD também celebra a Páscoa do seu povo no terceiro domingo de Agosto, logo após a campanha de fé do monte Sinai. Assim, como o povo de Israel foi liberto naquela noite, também o povo da Universal um dia foi livre dos egípcios espirituais, ou seja, dos espíritos destruidores pelo poder do Espírito do Senhor Jesus Cristo. Fonte: Igreja Universal do Reino de Deus