PRECE A UM RIO QUE EU VI, VEJO, E ÀS VEZES CHORO POR ELE DR. ADEMAR STOCKER Que vergonha a ver meu rio, Este rio que um dia sorriu. Águas mortas a passo lento, Quem te matou não assumiu. Foram homens sem consciência Te devorando a sangue frio. A natureza vai punir Os que mataram o meu rio, Mas ainda há tempo Pra salvar o que não sumiu. Basta um pouco de consciência E não jogar lixo no rio. Se você já passou por mim e me viu Ou até envergonhado fingiu que não me viu, Não esqueça Que já estou cansado De carregar nestas águas O que não é meu E foi você quem produziu. Portanto, me ajude a descansar E ser apenas aquilo que Deus me deu: Viver livremente, Saciar a sede da gente, Alimentar os peixes, Regar as plantas E ser simplesmente um rio.